O presidente da Associação dos Albinos na Guiné-Bissau, Jerónimo Joaquim Gomes, lamentou esta sexta-feira que a discriminação contra pessoas com albinismo ainda seja uma realidade dolorosa no país, sobretudo no seio das próprias famílias, nas comunidades rurais e no convívio social.
Em entrevista concedida por ocasião do Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, celebrado a 13 de junho, Jerónimo denunciou situações em que cidadãos, ao cruzarem-se com pessoas com albinismo, "cospem disfarçadamente dentro das suas camisas, por acreditarem, de forma ignorante e supersticiosa, que isso evita o nascimento de filhos albinos".
O líder associativo apelou à superação de preconceitos e encorajou os membros da associação a manterem-se firmes na defesa dos seus direitos. “Devemos ser fortes, exigir respeito e cuidar da nossa saúde, especialmente da nossa pele”, afirmou.
A data é assinalada este ano sob o lema “Exigindo Nossos Direitos: Proteja a Nossa Pele, Preserve Nossas Vidas”, e visa chamar a atenção para os desafios enfrentados por pessoas com albinismo em todo o mundo, promovendo uma maior inclusão, respeito e igualdade.
Desde a sua proclamação pelas Nações Unidas, em 2015, o Dia Internacional do Albinismo tem servido para sensibilizar a sociedade sobre esta condição genética, hereditária, rara e não contagiosa, e para reforçar o combate à marginalização e violência, muitas vezes enraizadas em mitos e estigmas.
A celebração destaca ainda a importância do acesso à saúde, à educação, à proteção e à plena participação na vida social, como pilares fundamentais para garantir a dignidade e os direitos das pessoas com albinismo.
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