sexta-feira, 12 de abril de 2024

CARTA ABERTA DE FRENTE POPULAR PARA UMARO SISSOCO EMBALO.

Fonte: Gervasio Silva Lopes

És i qa justo! És i inaceitável!!

Por Umaru Idriss 

Criminalidade aumentou 6% em Cabo Verde em 2023

© Lusa

 Por Lusa   12/04/24 

Cabo Verde registou um aumento de 6% da criminalidade em 2023, em comparação com o ano anterior, com um total de 22.838 ocorrências, segundo dados da Polícia Nacional consultados hoje pela Lusa.

A força de segurança registou 39 homicídios no arquipélago durante o último ano, a maioria na ilha de Santiago e representando mais seis do que em 2022.

Os suspeitos são maioritariamente do sexo masculino e utilizam, sobretudo, armas brancas.

Registaram-se ainda 155 crimes sexuais, 99 contra menores, mais 12 do que em 2022.

A polícia registou também 2.399 ocorrências de violência baseada no género, representando uma redução de 3% face a 2022.

"Continua a ser o segundo tipo de crime contra pessoas mais participado à Polícia Nacional", representando um quinto do total de crimes contra pessoas registados em 2023, de acordo com a polícia.

Os dados daquela força de segurança incluem ainda 12.837 crimes contra o património (menos 105 ocorrências do que em 2022).

Leia Também: Quase 55 milhões de pessoas na África Ocidental e Central terão dificuldades em alimentar-se na estação seca, de junho a agosto, segundo um estudo divulgado hoje pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas. 

Gabú : Tentativa de assassinato de um jovem por questões amorosas em Sintchur Cada. As explicações foram dadas pelo Presidente do Grupo "Kumpuduris de Paz de Gabú" e, garante que a situação foi controlada.

 Radio Voz Do Povo

Presidente de ANINGB acusa Governo de tentativa de silenciar atividades dos Intermediários

Bissau, 12 Abr 24 (ANG) – O Presidente de Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANINGB), acusou hoje o Governo de tentativa de silenciar os intermediários de negócios na presente campanha de comercialiação da castanha de caju do presente ano.

O Conselho dos Ministros reunido quinta-feira, aprovou o Projeto Decreto que concede a todos os intervenientes o direito de aquisição direta da castanha junto ao produtor, valendo as respetivas licenças para todo o territorio nacional.

A medida deita por terra a possibilidade de o intermediário ser o único que pode comprar a castanha junto ao produtor para dsepois vender ao exportador.

Em reação à decisão do Executivo,  o Presidente de Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANINGB), Lássana Sambú diz em  entrevista exclusiva à ANG (ANG), que a decisão não partiu do próprio Governo, mas sim de “pequeno grupo de pessoas que faz parte do Executivo”.

Acrescentou  que não é de hoje que “essas pessoas”  tentam fazer isso, porque “entendem que afastar a ANINGB deste processo será um benefício para eles”.

“Queremos lançar um  apelo ao Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló de que o 2º mandato que procura dependerá, fortemente, da presente campanha de caju, mas certas pessoas próximas ao PR, não estão a trabalhar para que isso aconteça”, referiu Sambu.

Segundo o Presidente de ANINGB, o Presidente da República ordenou que seja respeitado  a fixação da base tributária de castanha de caju no valor de 800 dólares por tonelada, num dos comunicados do Conselho dos Ministro, mas Sambú disse que  as mesmas pessoas, que não identifica  desobedeceram o PR e foram calcular a base tributária no valor de 850 dólares por tonelada.

“Estamos tranquilos porque a decisão de fazer com que os nossos parceiros comprem a castanha diretamente das mãos do produtor não vai abortar a nossa relação com os nossos parceiros, nem com os produtores, porque somos o elo de ligação dos parceiros com os produtores, e o próprio Governo necessita de nós para conseguir  financiamentos”, disse Lassana Sambú.

O Governo procedeu no dia 15 de Março, a abertura oficial da campanha de comercialização e exportação da castanha de caju/ 2024, tendo fixado o preço de 300 francos CFA como valor mínimo de compra da castanha junto ao produtor.

ANG/LLA/ÂC//SG

 

 Leia Também: Todos intervenientes na fileira de caju podem comprar directamente a castanha junto ao produtor e, também as licenças são para todo o país. A decisão do Governo foi tomada em Conselho de Ministros e, anunciada em Comunicado_ 11.04.2024. 

Uma "Legião Estrangeira" para os Emirados Árabes Unidos?

O exército dos Emirados Árabes Unidos tem cerca de 65 mil efetivos, mas cerca de 40% do pessoal é estrangeiroFoto: Dominika Zarzycka/NurPhoto/picture alliance
Por Cathrin Schaer  DW  12/04/2024 

Os Emirados Árabes Unidos são um centro de mercenários em África e no Médio Oriente e querem criar a sua própria versão da Legião Estrangeira Francesa. Que implicações haverá para exércitos privados em áreas de conflito?


O anúncio de emprego intrigou muito mais pessoas do que se esperava, possivelmente porque parecia o início de um filme de ação: "Procura-se operadores para a Legião Estrangeira", dizia.

Os candidatos devem ter menos de 50 anos, ser muito disciplinados, estar em boa forma física, ter pelo menos cinco anos de experiência militar e ser capazes de lidar com "condições de elevado stress". O salário base seria de cerca de 2 mil dólares por mês, mas poderia aumentar se vier a ser destacado fora dos Emirados Árabes Unidos (EAU), para o Iémen ou para a Somália.

O anúncio foi descoberto pela primeira vez pelo site francês Intelligence Online, segundo o qual foi posto a circular por antigos soldados das forças especiais francesas. Investigações posteriores identificaram o anúncio como sendo de uma empresa de consultoria de segurança, a Manar Military Company (MMC), com sede em Abu Dhabi.

A empresa é dirigida por um antigo oficial das forças especiais francesas e está financeiramente ligada a uma família rica e politicamente influente em Abu Dhabi. O anúncio indicava que os Emirados Árabes Unidos pretendiam criar a sua própria legião de elite estrangeira, com 3 mil a 4 mil recrutas, até meados do próximo ano.

Os meios de comunicação social que contactaram a consultora de segurança MMC não conseguiram obter uma resposta direta. Os representantes da empresa afirmaram que o anúncio não era real, que o projeto tinha sido cancelado e que tudo não passava de um exercício de desinformação. A MMC não respondeu aos pedidos de informação solicitados pela DW.

🚨 🇫🇷 🇦🇪 Intelligence Online can reveal that a former French special forces officer is creating a new elite unit for the Emirates of at least 3,000 foreign recruits based on the model of the French Foreign Legion.

No entanto, especialistas disseram à DW que há hipóteses de este projeto - uma legião estrangeira dos Emirados Árabes Unidos - ser real.

A Intelligence Online tem ligações ao setor militar francês e esta fuga de informação é, muito provavelmente, a sua forma de dizer que a França não está satisfeita com o desenvolvimento, disse Andreas Krieg, professor da Escola de Estudos de Segurança do King's College, em Londres.

Os franceses estarão preocupados com o aliciamento do pessoal de segurança para empregos bem remunerados nos Emirados Árabes Unidos (EAU). "Parece algo que os EAU fariam, dada a sua história", concorda Sean McFate, professor da Universidade de Georgetown e autor do livro "As novas regras da guerra".

"Os Emirados têm uma tradição de externalizar o poder militar e têm-no feito de forma intermitente desde 2011", refere. Além disso, "atualmente, quando se ouve falar de mercenários, penso muito mais nos Emirados Árabes do que na Rússia", acrescenta Krieg. "Os Emirados tornaram-se uma espécie de centro de atividades mercenárias no Sul global."

Porque é que os Emirados recorrem a mercenários?

 
Os sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos têm uma população de cerca de 9 milhões de pessoas, mas apenas um milhão é emiradense. Portanto, embora as forças armadas dos EAU  tenham cerca de 65 mil funcionários, entre um terço e 40% são estrangeiros.

Ao mesmo tempo, a liderança dos EAU tem sido agressiva em relação ao que considera seus interesses estratégicos em locais como o Iémen e a costa da Somália. Assim, os mercenários são contratados devido à "aversão a baixas", como afirma o analista Andreas Krieg.

"Os mercenários são atraentes para sociedades muito ricas que querem participar de guerras, mas não querem sangrar", explica McFate.

Outro aspecto da integração de estrangeiros nas forças armadas dos EAU é a "proteção contra golpes". Afinal de contas, por que motivo mercenários bem pagos derrubariam um governo autoritário num país no qual não têm interesses?

E há também a ideia de "negação plausível" que os mercenários oferecem aos seus empregadores se as operações militares forem clandestinas.

A proliferação das empresas militares e de segurança privadas começou com os EUA, que utilizaram empresas como a Blackwater (na foto) no Iraque e no AfeganistãoFoto: Chris Curry/dpa/picture alliance


Desde 2003, o uso das chamadas "empresas privadas de segurança militar", ou PMSCs, explodiu, escreveu o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo num relatório publicado em 2023. "Hoje, as PMSCs operam em quase todos os países do mundo, para uma grande variedade de clientes", afirma o instituto.

Para os Emirados Árabes Unidos, tudo começou em 2009, quando Erik Prince, ex-membro da Marinha dos EUA e fundador da PMSC Blackwater, criou uma brigada de 800 membros dentro dos Emirados.

Prince acabou por se desentender com os seus empregadores, mas a cooperação lucrativa entre altos funcionários dos EUA e os Emirados Árabes Unidos continua. Em 2019, a agência de notícias Reuters descobriu que os EAU pagaram para criar unidades de guerra cibernética. Em 2022, o jornal norte-americano Washington Post noticiou que os Emirados continuam a pagar ex-funcionários militares séniores dos EUA para obter assistência e instrução.

E há outros exemplos: uma investigação da BBC revelou que os Emirados Árabes Unidos contrataram mercenários, incluindo norte-americanos e israelitas, para realizar assassinatos com motivação política no Iêmen, ou treinaram moradores locais para fazer isso. Os EAU também são conhecidos por serem um centro de logística e financiamento para o famoso grupo mercenário russo Wagner.

O empresário norte-americano Erik Prince também ajudou a criar uma força de polícia marítima anti-pirataria na Somália para os Emirados Árabes UnidosFoto: Jackson Njehia/AP Photo/picture alliance


Uma legião legítima

Caso se concretize, uma legião estrangeira dos Emirados, como foi descrita na oferta de emprego, seria significativamente diferente das anteriores.


"Quando se contratam mercenários, isso traz muitas dores de cabeça", explica McFate, que também trabalhou no setor militar privado. "A maior parte tem a ver com segurança, responsabilidade e traição - o que não é de admirar. Os mercenários são como fogo: Podem incendiar a nossa casa ou acionar uma máquina a vapor", argumenta. "Por isso, uma solução para este problema é ter uma legião estrangeira", conclui.

Os soldados de uma legião estrangeira tendem a ter contratos mais longos, normalmente são parte oficial de um exército nacional e também estão sujeitos a regras e regulamentos locais.

Além disso, uma legião estrangeira é "uma espécie de ruptura com o passado [para os EAU] porque parece ser mais institucionalizada", disse Krieg à DW. "Isso dá-lhes a capacidade de recrutar pessoas de um modo semi-legítimo", disse.

Contingente militar da Infantaria Estrangeira da Legião Estrangeira Francesa durante desfile em Nova Deli, na ÍndiaFoto: Raj K Raj/Hindustan Times/Sipa USA/picture alliance

"Pode até ser uma espécie de mudança de jogo", argumenta. "Porque sempre que alguém denuncia os Emirados pelas suas atividades mercenárias, onde estão a cometer potenciais crimes de guerra ou talvez a facilitá-los, agora que estão a usar um modelo estabelecido como a Legião Estrangeira Francesa, podem desviar as atenções e dizer 'os franceses estão a fazê-lo, porque é que nós não podemos?'", explica.

O analista McFate acredita que, à medida que o mundo se torna mais multipolar e a política externa se torna ainda mais transacional, haverá ainda mais "mercantilização do conflito". Os Emirados Árabes Unidos, com liderança autoritária, muita riqueza e poucas restrições legislativas, estão em posição de explorar esse facto, disse ele.

Andreas Krieg concorda e acrescenta que "a mercantilização das guerras vem ocorrendo nos últimos 20 anos". Agora, "vemos mais sinergias entre entidades públicas e privadas trabalhando juntas na guerra, de modo que já não se pode dizer que se trata apenas de uma questão de Estado ou de uma questão privada. É uma mistura de ambos", explica. "E os Emirados são mestres nisso, tendo explorado essa área cinzenta durante anos", lembra ainda.

A Rússia enviou um sistema antiaéreo e uma centena de instrutores para o Níger, no âmbito de um acordo de cooperação bilateral em matéria de defesa e segurança entre os dois países

© TATYANA MAKEYEVA/AFP via Getty Images

Por Lusa    12/04/24

Moscovo envia sistema antiaéreo e instrutores para o Níger

A Rússia enviou um sistema antiaéreo e uma centena de instrutores para o Níger, no âmbito de um acordo de cooperação bilateral em matéria de defesa e segurança entre os dois países, segundo a junta militar.

A junta militar no poder no Níger confirmou a chegada de uma centena de "instrutores militares" da Rússia ao país, no âmbito de um acordo assinado pelos dois países para o reforço da cooperação em matéria de defesa e segurança e num contexto de relações mais fortes entre ambos os dois países, desde o golpe de Estado de julho de 2023, em que foi derrubado o então presidente eleito, Mohamed Bazoum.

"No âmbito do reforço das capacidades de defesa e de segurança e no quadro do acordo de cooperação militar com a Federação Russa, o Níger acaba de adquirir um sistema antiaéreo de última geração", afirmou a junta, acrescentando que estes aparelhos chegaram ao país "acompanhados de uma centena de instrutores militares russos".

A junta explicou, num comunicado publicado na sua conta na rede social X, que "a missão destes instrutores é instalar o sistema e assegurar a formação das forças armadas do Níger para a sua utilização otimizada".

As autoridades russas não fizeram qualquer comentário até ao momento sobre o assunto.

"Esta aquisição estratégica demonstra a firme vontade das mais altas autoridades de elevar as capacidades defensivas do país a um nível dissuasor, num contexto regional marcado pelo ressurgimento de ameaças assimétricas à segurança", adiantou a junta.

O envio do sistema e a chegada dos 100 instrutores russos "também fazem parte do reforço da parceria militar e técnica com a Rússia", um país que descreveu como "um aliado histórico do Níger em questões de paz e estabilidade".

De acordo com informações veiculadas pelo canal de televisão estatal do Níger, RTN, a instalação do sistema também faz parte dos esforços de Niamey em prosseguir "um novo caminho para diversificar os seus parceiros em vários domínios e para afirmar a sua soberania perante o mundo".

A informação da RTN, também divulgada pela junta militar através da sua conta na rede social X, refere que esta cooperação com Moscovo "é mutuamente benéfica" e diz que os instrutores militares russos são "membros do Ministério da Defesa russo".

Esta ajuda justifica-se ainda com o aumento dos ataques de grupos terroristas nos últimos anos.

O último desses ataques, realizado na segunda-feira, causou a morte de pelo menos seis militares, quando uma bomba explodiu no veículo em que se deslocava quando este passava perto de Tingara, na região de Tillabéri, perto da fronteira com o Mali e o Burkina Faso, segundo disse o exército nigerino na quinta-feira, adiantando que matou mais de 20 suspeitos de terrorismo num bombardeamento subsequente.

A junta militar do Níger - tal como as do Mali e do Burkina Faso - cortou os laços militares com a França e ordenou a saída dos seus militares do país, o que suscitou preocupações em Paris quanto à perda da sua influência tradicional nas suas antigas colónias nesta parte de África e à aproximação destes países à Rússia.

Leia Também: A Rússia admitiu hoje dialogar com a Ucrânia com base nos acordos de Istambul discutidos com Kyiv em março de 2022, desde que tenham em conta "a nova realidade" no terreno.  

EUA dizem que Irão pode atacar Israel nas próximas 48 horas

© Reuters

Notícias ao Minuto 12/04/24

A imprensa dos Estados Unidos está a avançar, esta sexta-feira, que o Irão poderá lançar um ataque em território israelita nas próximas 24 a 48 horas.

Os EUA, recorde-se, têm referido várias vezes que está iminente um ataque do Irão dirigido a Israel.

O The Wall Street Journal avançou que Teerão poderá responder, até sábado, "possivelmente em território israelita", a um ataque aéreo israelita contra um consulado na Síria, que matou 16 pessoas, entre elas vários membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais.

Telavive tem-se preparado para um possível ataque iraniano, ao mesmo tempo que Washington alertou os seus funcionários em Israel para limitarem as suas viagens no país, recomendando manter-se em Telavive, Jerusalém e Be'er Sheva.

O The Wall Street Journal cita informações dos serviços secretos americanos e, ao mesmo tempo, uma fonte próxima à liderança iraniana, que diz que ainda não é certo que o ataque venha a acontecer.

"Como eu disse ao primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu, o nosso compromisso com a segurança de Israel contra estas ameaças do Irão e dos seus proxies [grupos aliados que o país financia em vários países da região] é à prova de bala", disse, na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Já nesta sexta-feira, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, instou os homólogos chinês, turco e saudita a dissuadirem o Irão contra qualquer ataque a Israel.

"Ninguém tem interesse numa escalada" na região e "todos os países devem exortar o Irão a não empreender uma escalada", realçou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas. Além de conversar com os chefes da diplomacia chinês, turco e saudita, Blinken também falou ao telefone com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, "para reiterar o forte apoio [dos EUA] a Israel perante as ameaças [do Irão]", sublinhou Miller.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, indicou, por sua vez, que Washington alertou o Irão sobre potenciais ataques contra Israel.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, descreveu o ataque ao consulado em Damasco, na Síria, como "um ponto de viragem". A resposta iraniana "chegará", prometeu, "hoje, amanhã, depois de amanhã, numa semana, dez dias…".

As tensões no Médio Oriente escalaram devido ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, que foi desencadeado por um ataque realizado em outubro do ano passado pelo movimento islamita palestiniano.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria, civis, e sequestradas cerca de 240 pessoas, das quais uma grande parte continua na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 30.000 pessoas, também maioritariamente civis.

Israel advertiu na terça-feira que responderá a qualquer retaliação do Irão, onde quer que seja, após o ataque contra o consulado iraniano em Damasco, do qual os israelitas de dissociaram.

O ataque destruiu o consulado iraniano em Damasco e causou 16 mortos, incluindo sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico da República Islâmica, segundo uma ONG.

Entre os mortos, estavam o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, general Mohamed Reza Zahedi, o seu adjunto, general Mohamed Hadi Haj Rahimi, e mais cinco oficiais da Guarda Revolucionária iraniana.

Desde então, as autoridades iranianas advertiram que reservavam o direito de responder e o líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei, disse que Israel se iria arrepender.

O ataque em Damasco foi o pior golpe para o Irão desde 2020, quando um bombardeamento norte-americano no Iraque matou o general Qasem Soleimani, que comandava a Força Quds da Guarda Revolucionária.


Leia Também: França recomenda que cidadãos evitem Irão, Líbano, Israel e Palestina  

Migrações: UE autoriza revisão das autorizações de trabalho e residência

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Por Lusa   12/04/24

O Conselho da União Europeia (UE) autorizou hoje a revisão de uma diretiva que concede autorização de trabalho e residência e cidadãos de países de fora do bloco comunitário.

Em comunicado, o Conselho anunciou que com a adoção desta diretiva preenche as lacunas que persistiam sobre migrações legais para a UE.

"A diretiva estabelece o procedimento administrativo para a concessão de uma autorização única tanto para o direito de trabalhar como para o direito de permanecer na UE e determina um conjunto comum de direitos para os trabalhadores de países terceiros", sustentou Bruxelas, acrescentando que o processo vai ser simplificado.

Deste modo, o mesmo pedido feito por um cidadão de um país de fora da UE vai servir como autorização de trabalho e de residência, e os prazos vão passar a ser de três meses, assim que um Estado-membro recebe o pedido.

"Se os Estados-Membros optarem por analisar a situação do mercado de trabalho antes de decidirem se concedem ou não a autorização única --- por exemplo, para avaliar a necessidade de um perfil de trabalhador de um país terceiro --- tal deverá ser feito durante este período de 90 dias", acrescentou o Conselho.

Com a alteração os cidadãos a quem seja concedida a autorização poderão mudar de empregador, algo que não era possível até hoje, mas os Estados-membros podem exigir um período mínimo durante o qual o titular da autorização tem de trabalhar para o primeiro empregador.

Se ficarem desempregados, os cidadãos mantém a autorização única durante três meses.

Os Estados-membros têm agora dois anos para transpor a diretiva para as legislações nacionais.


Papa Francisco visita Timor-Leste em 9, 10 e 11 de setembro

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Por Lusa  12/04/24

O Papa Francisco vai visitar Timor-Leste nos dias 9, 10 e 11 de setembro deste ano, no âmbito de um périplo ao sudeste asiático, anunciou hoje o Vaticano.

A visita do Papa Francisco ocorre no âmbito de um périplo que vai fazer à região e incluiu também a Indonésia, que visita entre 3 e 6 de setembro, a Papua Nova Guiné, de 6 a 9, e Singapura, de 11 a 13 de setembro.

O Governo timorense já disponibilizou 10,9 milhões de euros para organizar as atividades de preparação da visita do Papa e uma missão do Vaticano deve visitar o país em junho.

O anúncio foi feito em simultâneo em Díli, através de uma mensagem do cardeal Virgílio do Carmo da Silva, da Arquidiocese de Díli, lida aos jornalistas pelo padre Carlos Ruben.

"A visita do Papa será um evento histórico para o povo timorense, que desejava ardentemente a presença do Santo Padre Francisco nesta terra bendita, onde os povos simples vivem com a originalidade a sua fé em Cristo Jesus", referiu o cardeal, na mensagem

Virgílio do Carmo Silva salientou que a visita do Papa Francisco estava planeada para 2020, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.

"E hoje, agradecemos com imensa alegria a confirmação da sua vinda a Timor-Leste. Em sinal da nossa gratidão e do nosso amor para o Santo Padre, a equipa de preparação da igreja está a trabalhar incansavelmente, em conjunto com a Nunciatura Apostólica, para o bom êxito da realização da visita", salientou, na mensagem lida aos jornalistas.

O cardeal apelou também a todos os timorenses para "colaborarem e trabalharem juntos" na preparação da visita.


Leia Também: O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, pediu hoje aos timorenses para colaborarem para que a visita do Papa Francisco consagre o país como a "terra da fraternidade humana".  

Líder do Hamas diz que continuará negociações apesar da morte dos filhos

© Fatemeh Bahrami/Anadolu via Getty Images

Por Lusa 12/04/24 

O chefe do gabinete político do grupo islamita Hamas garantiu hoje que a morte dos seus filhos e netos num ataque israelita há dois dias não mudará a sua posição e nem afetará as negociações com Israel.

"Os meios de comunicação sociais da ocupação afirmaram que matar (os meus) filhos e netos seria uma forma de pressionar o Hamas a mudar a sua posição nas negociações, mas isso não vai acontecer", disse Ismail Haniyeh ao canal libanês Al-Mayadeen, próximo do Hezbollah.

"Confirmamos o nosso compromisso com a necessidade de declarar um cessar-fogo claro e permanente em Gaza", acrescentou.

Haniyeh declarou que o acordo entre as partes deveria ainda garantir a "retirada completa" das tropas isrelitas e "o regresso dos deslocados (internos) em Gaza sem restrições ou barreiras", assim como o envio de mais ajuda humanitária e o início da reconstrução da Faixa, para depois se chegar a um acordo sobre os reféns e os prisioneiros.

"Se as nossas condições não forem cumpridas, o Hamas não chegará a qualquer acordo", disse Haniyeh, repetindo as exigências que o grupo islamita tem feito a Israel, com a mediação realizada há meses por Qatar, Egito e Estados Unidos.

Além disso, Haniye também pediu a "toda a nação (árabe e islâmica)" que se envolva mais contra "o genocídio em curso", numa referência à guerra na Faixa Gaza onde, em pouco mais de seis meses, cerca de 33.500 pessoas morreram segundo dados do grupo islamita palestiniano.

Além disso, o líder político do Hamas disse que essa guerra causou um "isolamento sem precedentes" na esfera internacional em relação a Israel, apesar de ser o "queridinho do Ocidente", reiterando que os israelitas não conseguiram "nem conseguirão" eliminar o Hamas ou recuperar os reféns se "um acordo decente" não for alcançado.

Leia Também: Hamas alerta que localização de reféns em Gaza exige "tempo e segurança" 

"Pela primeira vez o líder iraniano assumiu que irá haver uma retaliação"

A comentadora da CNN Portugal Sónia Sénica entende que um ataque perpetrado pelo Irão em solo israelita "é um dos cenários possíveis", tendo em conta as ameaças daquele país na sequência do bombardeamento que atingiu a embaixada iraniana na Síria. 

"Eu creio que pela primeira vez o líder iraniano assumiu que irá haver uma retaliação e a questão é perceber que tipo de retaliação ocorrerá", diz.