sexta-feira, 9 de junho de 2017

Manecas dos Santos detido em Bissau

Este online sabe que Manecas dos Santos , cabo-verdiano , empresário , comandante histórico do PAIGC, foi detido em Bissau . Manecas foi detido por agentes da Policia Judiciária na clinica onde se encontra a fazer tratamentos ,e familiares temem que ele seja levado para um estabelecimento prisional na capital Guine –Bissau . 

O NN apurou que no inicio da semana Manecas de Santos foi interrogado por agentes da PJ sobre as declarações feitas ao jornal português Diário de Noticias onde este dizia que estava iminente um golpe de estado “Penso que antes disso há um golpe de estado [pausa]. Esta situação está-se a tornar insustentável para a maioria.

Ao que apuramos a detenção tem como base estas declarações. E mais , quando na entrevista Manecas explica porque acha que via haver um golpe de estado “ Para dizer a verdade, não acredito que haja um golpe para os militares tomarem o poder. Estamos na iminência de haver um golpe de estado, e eventualmente violento, para tirar o presidente, o primeiro-ministro, e provocar eleições rapidamente. Não creio que os militares façam um golpe para se apoderarem do poder “

Quando questionado se o Presidente da Republica da Guine –Bisau tem consciência disso , respondeu “Deve ter, mas está perfeitamente obcecado pelo poder. Pelo poder e pelo dinheiro, que para ele é complemento essencial do poder. O tipo está a meter a Guiné-Bissau no bolso. Antes de ele ser eleito, eu já tinha dito aos camaradas do partido: esse tipo vai nos criar grandes dores de cabeça. Ele é um traidor. Claro que o presidente sabe disso e não me pode ver nem com molho de tomate.”

Combatente da Liberdade da Pátria, Manuel dos Santos, o Comandante Manecas, está nos dois momentos que ficam para a história da guerra colonial: o assalto ao quartel de Guiledje e a introdução dos mísseis Strella no cenário da luta pela independência. No pós independência, acaba por ficar na Guiné-Bissau, onde chegou a ser Ministro das Finanças e embaixador em Angola

Noticiasdonorte.publ.cv

GUINÉ-BISSAU QUER COMEÇAR A EXPLORAR FOSFATO BREVEMENTE


O governo quer um calendário de início de construção de fábrica e consequente exploração de fosfato de Farim, norte do país. A posição do governo foi tornada público, esta quinta-feira (08), pelo inspector-geral do ministério dos recursos Naturais durante apresentação do novo estudo de exploração do fosfato de Farim

Seco Bua Barro defende que a exploração do fosfato deve ter, para além de incidente financeira, o incidente agrícola para garantir o desenvolvimento e a auto-suficiente alimentar.

O responsável diz ainda que o fosfato irá ajudar no desenvolvimento da agricultura.

Délio Darsamo, director executivo da GB Mineral, diz que a empresa projecta começar, ainda este ano, a construção de fábrica para que a exploração possa iniciar em 2019.

Ele garantiu por outro lado de que todos cuidados foram tomados para que a exploração do minério não prejudique o meio ambiente e a sociedade guineense.

“Não é possível começar a exploração em 2019 porque a construção vai levar 19 meses”, admite.

As projecções iniciais apontavam para um potencial de 166 milhões de toneladas de fosfatos em Farim, o que vai permitir a exploração por um período de 25 a 50 anos. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Radiosolmansi

Universidade Amílcar Cabral - Reitora promete início da oferta formativa ainda este ano


Bissau, 09 Jun 17 (ANG) – A reitora da Universidade Amílcar Cabral (UAC) garantiu hoje o inicio da oferta formativa na área de licenciatura em tecnologias da informação e comunicação  ainda este ano.

Zaida Pereira fez estas afirmações numa entrevista exclusiva à ANG, em que indicou que, para o efeito já traçaram um plano a curto, médio e longo prazo, tendo salientado que ainda este ano vai-se realizar  exames de acesso para o ano preparatório.

“Volto a sublinhar que  não se trata de Engenharia Informática.Estamos a falar da formação no sector das Tecnologias de Informação e Comunicação “,precisou.
A reitora da UAC disse que antes de abrirem os cursos de formação, tentaram perceber que condições tinham para tal, tendo frisado que se tivessem melhores condições abririam mais de um curso.

Para Zaida Pereira, as condições normais de funcionamento seriam no caso da Universidade Amílcar Cabral, uma instituição em restruturação, ter os estatutos, regulamentos orgânicos ou seja ter toda a estrutura sobre a qual assenta a universidade e que vai permitir o funcionamento normal dos cursos.

“Depois disso passamos para a fase mais difícil e complexa que é a contratação do corpo docente, saber quem são, que formação têm, quem vai os pagar uma vez que a UAC não tem financiamento, nem orçamento para tal, muito menos a implementação do estatuto da carreia docente universitária”, disse a reitora universitária.

Pereira disse compreender a ansiedade ou até certo ponto  a frustração do público, mas é bom que fiquem a saber que abrir um curso, tem muito mais implicações do que redigir um plano curricular.

A reitora da UAC disse que, de ponto de vista da instituição pública universitária, há um desconhecimento, não só no meio do público estudantil, mas também das próprias instituições do governo, que desconhecem completamente o trabalho da universidade, salientando que há muito trabalho a fazer junto dos organismos governamentais para lhes explicar o que é uma organização pública de ensino superior.

Questionado das garantias do Ministro da Educação de que a UAC iria funcionar ainda este ano, Zaida Pereira frisou que a vontade política não é, muita das vezes, acompanhada de actos e atitudes, dando o exemplo do interesse do Ministro das Finanças em ver a universidade a funcionar.

“Digo isso porque no passado mês de Março ele autorizou o desbloqueamento de um fundo de maneio para a Universidade Amílcar Cabral num valor a rondar os quarenta milhões de francos CFA que a instituição pediu desde o ano 2016, o que, mesmo com autorização do actual ministro das finanças, não foi dado à Universidade”, afirmou.

Pereira disse ainda que mesmo vendo a vontade política para retoma da UAC, a burocracia e o desconhecimento do que é uma instituição universitária em restruturação faz com que as coisas não funcionem na sua normalidade, frisando que o problema não esta em abrir mais cursos, mas sim em como mantê-los até ao fim.

“Pergunto, como é que uma instituição em restruturação pode dar ao luxo de abrir os cursos pensando cobrir todas as suas despesas só com as propinas dos alunos, uma vez que a família guineense, na sua maioria, não tem condições de manter os estudos dos seus filhos”, referiu Zaida Pereira.

Desde o relançamento da UAC em 2012, segundo a Reitora, o corpo da reitoria passou quatro anos a funcionar numa só sala emprestado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), e só em Dezembro de 2015 é que se mudou para as instalações da universidade,  sem móveis.

A docente universitária apela ao Governo  a  conhecer melhor o seu trabalho porque, segundo ela, há parceiros com disposição para colaborar com a UAC :casos de Brasil, Portugal, Senegal entre outros. 

ANG/MSC/SG