13 de junho de 2017

Revendedoras de peixe da Guiné-Bissau queixam-se de falta de produto no mercado

As mulheres da associação de revendedoras de peixe da Guiné-Bissau queixaram-se hoje no Ministério das Pescas da falta do produto no mercado guineense e de serem impedidas de o comprar no vizinho Senegal.

Segundo Mariama Djaló e Antónia Djaló, que representaram a associação no Ministério das Pescas, o mercado regista falta de peixe nos últimos três meses sem que haja uma explicação sobre o que se passa.

Antónia Djaló, revendedora de peixe desde 1992, afirmou compreender as dificuldades do Governo, mas observou que apenas com a criação de uma frota nacional poderá ser ultrapassada a falta de peixe no mercado.

As revendedoras - mulheres que compram o peixe aos armadores privados e estatal para venda nos mercados - dizem que o mercado guineense necessita mensalmente de entre 75 e 100 toneladas de peixe para "cobrir" os 12 mercados da associação.

Como aquela quantidade raras vezes é atingida, as revendedoras deslocam-se a Ziguinchor, região do sul do Senegal, que faz fronteira com o norte da Guiné-Bissau, para se abastecerem de peixe para o mercado guineense.

"Agora ouvimos que o Governo proibiu a entrada do peixe do Senegal para o nosso país. Não compreendemos essa medida", observou Mariama Djaló, que espera uma explicação do Ministério das Pescas.

As duas mulheres lembraram ao Governo que é através do negócio do peixe que "muitas mulheres" conseguem pagar a alimentação familiar e os estudos dos filhos "em Portugal, na Rússia ou no Brasil".

"Graças à venda do peixe, muitas mulheres têm agora filhos formados", salientou Antónia Djaló.

O representante do Ministério das Pescas no encontro com as mulheres revendedoras de peixe prometeu transmitir as preocupações ao ministro das Pescas, Orlando Viegas.

Dn.pt/lusa

Energia - BADEA concede mais de 400 mil dólares à Guiné-Bissau

Bissau, 13 Jun 17 (ANG) – A Guiné-Bissau vai receber mais de 400 mil dólares americanos do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico da África (BADEA), no quadro do projecto de electrificação e resolução de assuntos sociais na região de Biombo, norte do país.

Floretino Mendes Pereira
Durante a assinatura do protocolo de acordo entre o governo e o BADEA no ultimo-fim-de-semana, o ministro da Energia e Indústria, Florentino Mendes Pereira, revelou que o referido apoio será conduzido para a melhoria da electricidade e centros de saúde, em algumas zonas sociais de extrema importância da região de Biombo.

O governante realçou por outro lado que sete centros de saúde de Biombo concretamente no sector de Quinhamel,  Safim, Prábis e Ondame vão beneficiar de ambulâncias, medicamentos e equipamentos sanitários. 

Florentino Mendes Pereira qualificou  o gesto de importante e assegurou que terá um impacto positivo na vida dos populares daquelas zonas.

De acordo com o ministro de Estado da Energia e Indústria, no quadro da mesma parceria, o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico da África (BADEA) vai ainda financiar a Guiné-Bissau a construção de uma central eléctrica de 20 megas em Bissau.

 “O projecto já está em curso, e se tudo correr bem, até final deste mês o Conselho da Administração do BADEA vai aprovar o financiamento do referido projecto”, disse o ministro.

Acrescentou  que, com a construção da central eléctrica de Bissau, o país estará em condições de começar a trabalhar com o seu próprio grupo, e abdicar-se do sistema de aluguer. 

Por seu turno, em representante de BADEA,  Mahmat Alhabo disse que vão efectuar visitas às localidades da região de Biombo que irão beneficiar do referido financiamento, para depois disponibilizar a verba e acompanhar a realização dos trabalho.

“Estamos a trabalhar com o governo da Guiné-Bissau no sector que entender que é de  extrema importância. Priorizaram a área de agricultura e de saúde assim como a capacitação de quadros e técnicos do sector”, concluiu.

ANG/LLA/ÂC/JAM/SG 

Justiça - Policia Judiciária lança operação ante corrupção no aparelho de Estado denominada “Cortar as Unhas”

Bissau 13 Jun. 17 (ANG) – O director-geral da Policia Judiciaria (PJ) informou hoje que a sua instituição lançou nos últimos tempos uma operação contra corrupção no aparelho da Estado denominada “Cortar as Unhas”.


Em conferência de imprensa, Bacari Biai disse que nessa primeira fase a operação “Cortar as Unhas” vai arrancar no Ministério das Finanças em particular a Direcção-geral de Contribuições e Impostos. 

Bacar Biai afirmou que convocaram os jornalistas para tornar público os trabalhos feitos no processo de combate contra a corrupção que, segundo ele, é o mal que está a comprometer  o desenvolvimento da Guiné- Bissau.

De acordo com aquele responsável judicial, neste momento, estão detidos quatro suspeitos sendo dois funcionários da Direcção Geral de Contribuições e Impostos e dois cidadãos comuns metidos num esquema de troca de cheques com certos bancos comerciais da capital, através  do qual movimentaram cerca de 111 milhões de francos CFA, desviados do cofre de Estado em 2016.

“Como podem ver, há um processo bem montado ou seja uma rede que funciona tal e qual  uma organização criminosa onde o cidadão comum no esquema recebe cinco por cento da soma total do dinheiro e o funcionário do banco por sua vez toma dez por cento “, explicou, tendo salientado que o seu pelouro vai levar as investigações até ao fim, doa a quem doer.

O DG da Polícia Judiciária declarou que há uma outra operação em curso designada “Luta Verde” que tem a ver com a investigação de algumas farmácias privadas de Bissau e no Hospital Nacional Simão Mendes, depois de apreensão de medicamentos destinados para uso exclusivo dos hospitais públicos do país mas que parar nas  farmácias.

Biai disse que o proprietário da farmácia onde foram encontrados os medicamentos tentou ainda subornar a polícia com um milhão e meio de francos CFA, mas foi de imediato  detido e o dinheiro confiscado.

“Foram aprendidas cerca de 960 lentes interoculares que correspondem aproximadamente a 10 milhões de francos CFA “,revelou.

O Director da PJ falou também  da investigação sobre as  pensões dos antigos combatentes que envolve  os Ministérios da Função Publica e  das Finanças.  

ANG/MSC/SG