sexta-feira, 21 de março de 2025

O Presidente da República, chegou à Turquia para uma visita de Trabalho e de Amizade, onde foi recebido pelo seu homólogo turco.

A visita reforça os laços de cooperação e amizade entre os dois países.

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Ucrânia/Rússia: Moscovo divulga lista de cidades na Ucrânia... para russos comprarem casa

© Kherson Regional Military Admin. /Handout/Anadolu via Getty Images  Lusa   21/03/2025 22:51
Um portal estatal russo publicou este mês uma lista de cidades ucranianas, em territórios que nem sequer estão ocupados pelos militares de Moscovo, onde famílias russas podem comprar imóveis, com recurso a hipotecas sociais.

A lista tem 901 cidades, onde, a partir de 01 de abril, segundo o portal, se podem comprar casas.

Entre aquelas estão cidades da região de Donetsk controladas pela Ucrânia, como Kramatorsk, Sloviansk, Dobropolie e Druzhkovka, além de Kherson.

O governo de Moscovo está a procurar atrair russos para as regiões ucranianas que invadiu e tem ocupadas.

No ano passado, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que "a densidade da população nestas regiões (Donetsk e Lugansk) tem sido sempre muito alta e o clima é maravilhoso".

Em relação ao Donbass, detalhou, "é uma região industrialmente desenvolvida em que a União Soviética investiu muito na sua indústria mineira e também na siderúrgica. Tudo o que lá há é de alto nível".  

Várias construtoras russas têm planos para construção nas regiões ocupadas, em particular na cidade de Mariupol, no Donetsk.


A Plataforma Republicana Nô Kumpo Guiné realiza uma conferência para discutir os benefícios do mandato do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló. O porta-voz Afonso Té e Pedro Tipote enquadraram os participantes no debate.

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Radio Voz Do Povo

UNICEF: Cerca de 1,3 milhões de crianças subnutridas nigerianas e etíopes enfrentarão um risco agravado de fome nos próximos dois meses porque a Unicef não terá ajuda alimentar disponível devido a cortes de financiamento internacional, anunciou hoje a entidade.

© Lusa  21/03/2025 

De acordo com a diretora-adjunta executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Kitty Van der Heijden, citada num comunicado, cerca de 1,3 milhões de crianças com menos de cinco anos que sofrem de desnutrição aguda grave correm o risco de perder o acesso a apoio vital este ano na Etiópia e na Nigéria pois, "sem novos financiamentos, a cadeia de abastecimento de alimentos terapêuticos prontos a utilizar ficará esgotada até maio", contextualizou.

Segundo Van der Heijden, isto significa que 74.500 crianças na Etiópia, dependentes deste tipo de tratamento, não poderão ser ajudadas.

Já na Nigéria esse fenómeno pode acontecer já entre março e maio e afetar 80.000 crianças que utilizam alimentos terapêuticos.

Todavia, acrescentou, "os programas têm de prestar serviços para evitar que as crianças fiquem subnutridas, o que inclui o apoio à amamentação, o acesso a suplementos de micronutrientes como a vitamina A e a garantia de que recebem os serviços de saúde de que necessitam para outras doenças".

Van der Heidjen salientou que a crise de financiamento vai muito além dos casos na Etiópia e na Nigéria.

"Está a acontecer em todo o mundo e as crianças mais vulneráveis estão a sofrer as consequências", lamentou.

Nos últimos anos, os doadores internacionais reduziram as contribuições para as agências da ONU, incluindo a Unicef, que estima "que mais de 213 milhões de crianças em 146 países e territórios necessitarão de assistência humanitária em 2025".

De uma forma geral, em 2024, a Unicef e os seus parceiros prestaram serviços de prevenção de todas as formas de malnutrição a 441 milhões de crianças com menos de cinco anos, graças "aos esforços dos governos e à generosidade dos doadores", indicou Van der Heijden.

Ucrânia: "No que concerne à ONU, com todo o respeito, a ONU não nos protegerá da ocupação ou da tentativa de [presidente russo, Vladimir] Putin de nos invadir novamente. Não vemos a ONU como uma alternativa a um contingente ou a garantias de segurança", declarou Zelensky, em conferência de imprensa em Kyiv com o homólogo checo, Petr Pavel.

© Lusa  21/03/2025 

 "A ONU não nos protegerá da tentativa de Putin de nos invadir novamente"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afastou hoje a possibilidade de uma missão de paz da ONU como garantia de segurança para evitar uma nova invasão russa do seu país, a poucos dias de negociações de uma trégua com Moscovo.

"No que concerne à ONU, com todo o respeito, a ONU não nos protegerá da ocupação ou da tentativa de [presidente russo, Vladimir] Putin de nos invadir novamente. Não vemos a ONU como uma alternativa a um contingente ou a garantias de segurança", declarou Zelensky, em conferência de imprensa em Kyiv com o homólogo checo, Petr Pavel.

O presidente ucraniano reafirmou o seu compromisso com um contingente militar apoiado pelos parceiros europeus de Kyiv como uma opção desejável para impedir uma nova invasão russa.

Segundo Zelensky, a ONU poderia oferecer assistência a um contingente internacional, mas considerou que a Ucrânia precisa de "tropas em terra, defesa aérea, navios de guerra, aeronaves e um Exército sério", com informações dos seus parceiros, para que os russos não sejam tentados a atacar novamente.

O líder ucraniano anunciou também que vai participar numa reunião de aliados internacionais, convocada para dia 27 de março pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, para debater o envio de forças para a Ucrânia após um acordo de cessar-fogo.

O encontro internacional, disse Zelensky, vai reunir "uma coligação de voluntários" para contribuir para um possível contingente de paz na Ucrânia, mas também discutir garantias de segurança para o seu país após mais de três anos de guerra.

Antes disso, os negociadores norte-americanos têm agendadas para segunda-feira, na Arábia Saudita, conversações alternadas sobre uma trégua de 30 dias com delegações da Ucrânia e da Rússia, que o Kremlin quer limitar a ataques a infraestruturas e alvos energéticos.

Esta nova fase de contactos segue-se a telefonemas mantidos esta semana pelo presidente norte-americano, Donald Trump, com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.


Leia Também: Rússia e Ucrânia? Trump anuncia negociação para "divisão de territórios"

Trump apresenta novo caça F-47 produzido pelos EUA: “Invisível e o mais letal já construído”

De acordo com o Presidente dos EUA, a aeronave de sexta geração será produzida pela Boeing. "Os inimigos da América não vão saber o que os atingiu", afirmou Trump Metrópoles

 Com Lusa  21/03/2025

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje o caça F-47, um avião de combate de sexta geração, cuja produção foi adjudicada à Boeing, fabricante aeronáutica sob escrutínio devido a falhas em alguns dos seus aviões comerciais.

Trump fez o anúncio na Casa Branca, acompanhado do seu secretário da Defesa, Pete Hegseth, assegurando que o F-47 já está há cinco anos em desenvolvimento e será o primeiro caça de sexta geração e "o avião mais avançado, mais capaz e mais letal alguma vez construído", equipado com "tecnologia furtiva de última geração".

"Praticamente invisível. Os inimigos nunca o verão aproximar-se", advertiu o chefe de Estado norte-americano, referindo-se ao novo modelo de avião militar do país, cujo código de identificação remete precisamente para o facto de Trump ser o 47.º Presidente dos Estados Unidos.


Namíbia: Netumbo Nandi-Ndaitwah tomou posse hoje como presidente da Namíbia, uma raridade no continente e uma estreia história do país da África Austral, depois da sua vitória nas conturbadas eleições do final de novembro ter sido confirmada em tribunal.

© SIMON MAINA/AFP via Getty Images  Lusa  21/03/2025 

 Nandi-Ndaitwah tomou posse como primeira mulher presidente da Namíbia

Netumbo Nandi-Ndaitwah tomou posse hoje como presidente da Namíbia, uma raridade no continente e uma estreia história do país da África Austral, depois da sua vitória nas conturbadas eleições do final de novembro ter sido confirmada em tribunal.

A mulher de 72 anos, do histórico partido no poder, foi empossada em Windhoek, durante uma cerimónia na presença dos chefes de Estado de Angola, África do Sul e Tanzânia, países vizinhos.

O presidente cessante, Nangolo Mbumba, de 83 anos, entregou o poder a Nandi-Ndaitwah durante a cerimónia que decorreu no dia em que a Namíbia celebra o seu 35.º aniversário da independência.

Aplausos e vivas soaram quando "NNN", como é conhecida, fez o juramento de posse.

A Namíbia está a ver uma das suas "filhas mais importantes quebrar o teto de vidro", disse Mbumba.

"Não fui eleita por ser mulher, mas pelas minhas capacidades", afirmou a nova presidente durante a cerimónia, que contou também com a presença da antiga presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.

Nandi-Ndaitwah manifestou durante o discurso o seu apoio ao direito à autodeterminação dos palestinianos e apelou ao levantamento das sanções internacionais contra Cuba, a Venezuela e o Zimbabué.

"Este é um dia importante para África. Ela continuará a ser um modelo para muitas outras jovens mulheres e mulheres de todas as idades", afirmou a antiga vice-presidente sul-africana Phumzile Mlambo-Ngcuka também convidada para a cerimónia.

À frente deste país desértico, rico em urânio, desde a sua independência em 1990, a Swapo, a formação politica de "NNN", continuou no poder no final de umas eleições confusas, que se prolongaram durante a noite e depois foram oficialmente prorrogadas por mais dois dias em algumas assembleias de voto selecionadas.

A rejeição do recurso da oposição, no mês passado, permite a Netumbo Nandi-Ndaitwah seguir as pisadas de Ellen Johnson Sirleaf, eleita Presidente da Libéria em 2006, a primeira mulher chefe de Estado de um país do continente africano.

Enquanto ministra dos Negócios Estrangeiros, "NNN" tinha elogiado as "relações historicamente boas" com a Coreia do Norte, um comentário raro na cena diplomática internacional.

Outro desafio do seu mandato: o hidrogénio verde. O imenso potencial de energia solar e eólica da Namíbia faz deste país um Eldorado neste domínio, mas segundo a imprensa, a nova presidente manifestou as suas dúvidas sobre este setor.

Simultaneamente, as missões de exploração em curso na bacia do rio Orange (sudoeste) conduzem a descobertas cada vez mais numerosas de jazidas de gás e de petróleo.

Estas representam uma esperança de impulsionar uma taxa de crescimento de 3,5%, registada no ano passado, que ignorou largamente os jovens, atingidos por um desemprego em massa: 44% dos jovens entre os 18 e os 34 anos estavam sem emprego em 2023.

Esta semana, a líder do partido histórico no poder reiterou a sua promessa de campanha de "criar pelo menos 500.000 empregos" nos "próximos cinco anos".

Este objetivo, em relação aos três milhões de habitantes do país, deverá ser alcançado através do investimento de 85 mil milhões de dólares namibianos (cerca de 4,3 mil milhões de euros) em vários setores, como a agricultura, a pesca e indústrias criativas e desportivas.

"Não mencionam de onde virá este montante", disse à agência de notícias francesa AFP, Henning Melber, investigador do Nordic Africa Institute de Uppsala (Suécia), sublinhando que o orçamento anual "já carece de fundos para serviços sociais, infraestruturas, saúde e educação".


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INE: Mais de 1,2 milhões de pessoas sentiram discriminação em Portugal

© Luis Boza/NurPhoto via Getty Images  Lusa  21/03/2025 

Mais de 1,2 milhões de pessoas já sofreram discriminação em Portugal, recordou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), citando dados de 2023.

A cor da pele, o território de origem ou o grupo étnico foram os fatores que estiveram na base da discriminação sentida por quase meio milhão de pessoas, de acordo com os dados com os quais o INE assinala o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março.

Em 2023, a percentagem de pessoas entre os 18 e os 74 anos que sofreu discriminação no país foi de 16,1% (mais de 1,2 milhões).

Destas, 60,6% identificou fatores como a idade, sexo, escolaridade ou a situação económica e dois quintos (40,1%) referiu a cor da pele, território de origem ou grupo étnico.


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"Os líderes europeus já desistiram da Hungria", que é "uma espécie de cavalo de troia russo dentro da UE"

A União Europeia emitiu na quinta-feira uma declaração conjunta a 26, deixando de fora a Hungria. Francisco Pereira Coutinho, comentador da CNN Portugal, afirma que “nunca tinha acontecido vermos o Conselho [Europeu] a deliberar apenas a 26". "Foi um expediente encontrado para impedir o bloqueio dos húngaros", acrescenta.  


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Guiné-Bissau: Greve geral nos tribunais afeta cidadãos

Djariatú Baldé (Bissau) Por  dw.com/pt

Tribunais da Guiné-Bissau iniciam greve geral de cinco dias devido a questões de segurança e gestão do Cofre da Justiça. Jurista lamenta implicações.

Os Tribunais da Guiné-Bissau iniciaram esta quinta-feira (20.03) uma greve-geral de cinco dias, em protesto contra as condições de segurança nos tribunais e a transferência do Cofre Geral da Justiça para o Tesouro Público, de acordo com a decisão tomada pelo Governo em dezembro de 2024.

O Coletivo dos Sindicatos do Sector da Justiça defende que a medida do Governo viola "flagrantemente" a independência dos Tribunais e o princípio constitucional da separação dos poderes.

A DW constatou que o Tribunal Regional de Bissau e o Tribunal de Família, que recebem mais casos diariamente, estavam praticamente desertos, fortemente afetados pela greve.

O advogado Augusto Na Sambé relatou que tinha um julgamento agendado para esta quinta-feira no Tribunal Regional de Bissau, mas este não se realizou devido à paralisação.

"Hoje tinha um julgamento no Tribunal Regional, estive lá e me confrontaram com a situação de que a greve já está a decorrer", disse Na Sambé, dando conta que os Tribunais se encontram fechados sem o serviço mínimo. "Portanto, o julgamento foi adiado sine die", lamentou.

Magistrados contestam Governo

A greve, prevista para durar cinco dias, foi convocada pela Associação Sindical dos Magistrados Judiciais (ASMAGUI), pela Associação Livre dos Magistrados do Ministério Público (ASSILMAMP-GB), pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e pelos Sindicatos dos Oficiais da Justiça (SOJ). No entanto, a DW tentou obter uma declaração oficial junto dos responsáveis dos sindicatos, mas sem sucesso.

Jurista Fransual Dias admite, sem dúvidas, que
 "o Governo está a fazer uma espécie de intromissão
 no poder judicial" Foto: privat

De referir que a questão principal em disputa está relacionada com a gestão do Cofre da Justiça. O Governo decidiu passar a controlar a receita proveniente do pagamento de preparos e taxas de justiça nos processos judiciais, o que foi prontamente contestado pelos magistrados, que exigem a revogação imediata desta medida.

O Bastonário da Ordem dos Advogados, Januário Pedro Correia, afirmou que a decisão do Governo compromete a dignidade da classe, justificando assim a greve. "Nós testemunhamos as dificuldades com que deparam os nossos colegas magistrados", relatou.

"Os Tribunais carecem de meios para tornar funcional este serviço público de que todos os guineenses necessitam", esclareceu o bastonário. Para Januário Correia, as receitas dos Tribunais não devem ser controladas pelo Estado.

Violação da separação de poderes

Em declarações à DW, o jurista Fransual Dias não tem dúvidas sobre a verdadeira intenção do Governo. "A questão aqui é que o Governo está a fazer uma espécie de intromissão no poder judicial", denunciou. "Parece que visa limitar as capacidades operacionais da justiça", acrescentou.

"Com base nesta intromissão, o Governo está a violar um princípio fundamental que é o princípio da separação de poderes". O jurista mostrou ainda preocupação face às implicações desta paralisação na vida dos cidadãos.

"Ter a justiça paralisada é muito difícil", reconheceu. "Nós estamos preocupados, sobretudo, com as situações diárias da Justiça, sobre os problemas de posse de terreno e da criminalidade", enunciou Fransual Dias, que deixou um apelo. "Deixem os Tribunais funcionarem para resolver os problemas dos cidadãos".