sexta-feira, 1 de setembro de 2023

ÁFRICA DO SUL: Pelo menos 18 pessoas mortas em tiroteio com a polícia da África do Sul... O incidente ocorreu na província de Limpopo, a norte do país.

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Notícias ao Minuto   01/09/23 

Pelo menos 18 pessoas foram baleadas mortalmente, esta sexta-feira, durante um tiroteio com a polícia, na província de Limpopo, a norte da África do Sul, relata a agência Reuters.

A unidade de elite Hawks anunciou, através de um comunicado, que altos funcionários da polícia estavam a caminho do local do crime.

Para já não foram dados mais detalhes do caso, refere a Reuters.


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Até ao final do ano vamos ter resultados desejados em relação as obras em curso das vias urbanas, garantiu esta sexta-feira (01.09) o Ministro da Obras Públicas IIdelfonso Duarte Pinto depois da visita as obras da Avenida Amilcar Cabral e BISSAU VELHO.


Radio Voz Do Povo

Associação de Proteção e Defesa dos Idosos condena espancamento até a morte de uma cidadã em Suzana


Bissau 01 Set 23 (ANG) - O Presidente da Associação de Protecção e Defesa dos Idosos da Guiné-Bissau condenou hoje o espancamento até a morte da cidadã de 64 anos de idade de nome Sali Djata acusada de feitiçaria, em Suzana, norte da Guiné-Bissau.

Nelson Oliveira Intchama fez estas denúncias hoje numa conferência de imprensa na qual condenou  o acto que considera de “terrível”, tendo pedido a criação de uma lei que protege os mais velhos.

Segundo ele, esse acto “maldoso e selvagem”  aconteceu no passado dia 27 de Agosto, e Nelson pede as autoridades competentes para iniciarem uma investigação com o objetivo de se apurar a veracidade dos factos e responsabilizar criminalmente oa seus autores.

“Lamentamos esta atitude num  Estado que se diz democrático mas  as pessoas atuam a margem de lei. A  maltratar uma pessoa idosa e doente até a morte alegando que era feiticeira”, disse.

Intchama disse que desde a criação, em 2021, de sua organização, tem sido crescente o registo de  actos semelhantes em todo o território nacional e que os presumíveis autores não têm sido responsabilizados pelas autoridades competentes.

Nelson pediu que a justiça seja feita para evitar futuras consequências ou evitar a tentação de se “fazer justiça com as próprias mãos”.

“Há menos de um ano, a mesma situação aconteceu na localidade de Quisset sector de Prábis, Região de Biombo e denunciamos mas  nada foi feito. Por isso, achamos que a Guiné-Bissau está a transformar-se num país de terror, e se este caso não for devidamente tratado, vamos mobilizar a população  para uma vigília junto as instituições competentes”,disse .

ANG/MSC/ÂC//SG

Burkina Faso e Rússia discutem possível cooperação militar

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POR LUSA   01/09/23 

O Presidente de transição do Burkina Faso, Ibrahim Traoré, reuniu-se com o vice-ministro da Defesa russo, Yunus-Bek Evkurov, para discutir uma possível cooperação militar e económica, anunciou hoje a presidência burquinense.

Num comunicado divulgado na quinta-feira à noite pela imprensa local, Evkurov explicou que o encontro com Traoré na capital do país africano, Ouagadougou, foi uma continuação da conversa que tiveram durante a cimeira Rússia-África, realizada em julho passado na cidade russa de São Petersburgo.

"Também discutimos as conclusões dos intercâmbios entre os ministros da Defesa dos dois países na Rússia", acrescentou o vice-ministro, segundo meios locais que se referiram a declarações no final da audiência.

"São todas áreas que incluem a cooperação militar e técnica, mas também a cooperação no campo da economia, da energia nuclear e de todas as questões que podem gerar cooperação", acrescentou.

Da mesma forma, o chefe da delegação russa assegurou a Traoré "o apoio do seu país à transição e ao povo burquinense em todos os setores do desenvolvimento", segundo o comunicado.

Estes setores referem-se ao "campo militar, formação de cadetes e oficiais burquinenses a todos os níveis, incluindo pilotos na Rússia".

A visita sugere que a Rússia está a tentar reforçar os seus laços com o Burkina Faso para aumentar a sua influência em África, após a recente morte do chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que através dessa empresa de mercenários construiu uma rede de interesses em vários países africanos.

Traoré negou, em maio passado, que o Wagner estivesse a colaborar com o Exército burquinense na luta contra o 'jihadismo' que ameaça o país desde 2015 e que se agravou nos últimos anos.

Uma junta militar, encabeçada por Ibrahim Traoré, protagonizou um golpe de Estado contra o líder Paul-Henri Sandaogo Damiba, e lidera agora o país.

A junta tem adotado uma postura de aproximação à Rússia e muito crítica da França, acusando a antiga potência colonial de apoiar de forma interesseira e insuficiente a luta contra o terrorismo, que tem aumentado com a instabilidade política dos últimos anos neste país africano do Sahel.


GABÃO: União Africana exige "libertação imediata" do Presidente deposto do Gabão

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POR LUSA  01/09/23 

A União Africana (UA) exigiu hoje a "libertação imediata" do Presidente deposto do Gabão, Ali Bongo Ondimba, que se encontra em prisão domiciliária desde o golpe de Estado levado a cabo na passada quarta-feira pelos militares.

O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da organização exigiu através de uma declaração emitida a partir da sede da UA em Adis Abeba, "a libertação imediata e a garantia dos direitos humanos, da integridade pessoal, da segurança e da saúde do Presidente Ali Bongo Ondimba, dos membros da sua família e dos membros do seu Governo".

O CPS condenou ainda "qualquer detenção politicamente motivada nestas circunstâncias" e sublinhou "a importância de garantir que todos os presos políticos sejam tratados no sistema judicial, tal como previsto na legislação do país".

No comunicado, em que se divulga as decisões tomadas na reunião de urgência do Conselho para analisar a crise no Gabão, realizada na quinta-feira em Adis Abeba, reitera que a UA, tal como já tinha dito, suspendeu o Gabão como membro da organização pan-africana "até ao restabelecimento da ordem constitucional".

O CPS apelou "ao restabelecimento imediato da ordem constitucional através da realização de eleições livres, justas, credíveis e transparentes, que deverão ser observadas pela União Africana e pela Missão Regional de Observação Eleitoral".

Exigiu igualmente que "os militares regressem imediatamente aos quartéis e devolvam incondicionalmente o poder às autoridades civis, respeitem o seu mandato constitucional e o princípio do constitucionalismo e se abstenham de qualquer interferência no processo político no Gabão".

Caso contrário, a UA advertiu que poderá vir a tomar "as medidas necessárias, incluindo a imposição de sanções específicas contra os autores do golpe de Estado".

O CPS também pediu à Comissão da União Africana (secretariado da organização) que envie uma missão de alto nível ao Gabão "com o objetivo de lançar as bases para a transferência imediata do poder para um Governo liderado por civis e democraticamente eleito".

Um grupo de militares gaboneses tomou o poder na quarta-feira, alegando que as eleições realizadas no passado sábado dia 26 - que deram a vitória a Ali Bongo mas foram contestadas pela oposição - não foram transparentes, credíveis ou inclusivas, e acusando o executivo de governar de forma "irresponsável e imprevisível", deteriorando assim a "coesão social".

Os golpistas colocaram Ali Bongo em prisão domiciliária por "alta traição às instituições do Estado" e "desvio massivo de fundos públicos", entre outros crimes, e anunciaram a nomeação do general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, como novo "presidente de transição".

A família de Ali Bongo Ondimba - que se tornou presidente após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009 - está no poder desde 1967.

O golpe de Estado no Gabão, uma das potências petrolíferas da África subsaariana, é o segundo a ocorrer em África em pouco mais de um mês, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, em 26 de julho.

O Gabão juntou-se assim à lista de países palcos de golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos, que, para além do Níger, inclui o Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), a Guiné-Conacri (setembro de 2021), o Sudão (outubro de 2021) e o Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).



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GUERRA NA UCRÂNIA: Rússia incorpora mísseis intercontinentais Sarmat no arsenal de combate

© pplware.sapo.pt

POR LUSA   01/09/23 

A Rússia anunciou hoje a ativação para potencial uso em combate do sistema de mísseis balísticos intercontinentais Sarmat, capaz de transportar uma dezena de ogivas nucleares.

Em junho, o Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha anunciado que estes novos mísseis seriam em breve formalmente incorporados na lista de opções das Forças Armadas.

Hoje, o chefe da agência espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov, confirmou que este sistema já está pronto para combate, segundo avançou a agência Interfax.

As forças russas conduziram o primeiro teste deste míssil balístico intercontinental em abril de 2022 e pretendem produzi-lo em série numa fábrica em Krasnoyarsk.

Com um alcance de entre 17.000 e 18.000 quilómetros, este sistema de mísseis é considerado uma peça-chave do arsenal de armas da Rússia, capaz de atingir alvos em toda a Europa e até atingir o território dos Estados Unidos.

Moscovo iniciou em fevereiro de 2022 uma ofensiva militar no território ucraniano, naquela que é considerada a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Ucrânia. Ano letivo arranca com ameaças de bomba em escolas de Kyiv

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POR LUSA  01/09/23 

As autoridades ucranianas receberam hoje ameaças de bombas em escolas de Kyiv, no primeiro dia do novo ano letivo na Ucrânia, com aulas presenciais, à distância ou em formato híbrido para quase quatro milhões de alunos.

"Recebemos informações sobre a presença de bombas em escolas de Kyiv (...) Todos os estabelecimentos de ensino são controlados pelas forças policiais" na capital ucraniana, disse a polícia nas redes sociais, citada pela agência francesa AFP.

Trata-se do segundo ano letivo em que as aulas decorrem num ambiente de guerra, iniciada com a invasão do país pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Apesar de os combates ocorrerem no leste e no sul da Ucrânia, as principais cidades longe da linha da frente são também regularmente atingidas por mísseis russos ou ataques de 'drones' (aparelhos sem tripulação).

"A nação preservou a possibilidade de as crianças frequentarem as escolas ucranianas", congratulou-se hoje o chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Iermak, numa mensagem nas redes sociais.

Segundo Iermak, 3.750 escolas foram destruídas "por mísseis e bombas russas" desde o início do conflito.

Nalgumas grandes idades, foram construídos abrigos subterrâneos para permitir que os professores continuem as aulas em caso de alertas aéreos de possíveis bombardeamentos.

"As crianças em idade escolar e os professores são obrigados a adaptar-se a estas realidades. Mas o mais importante é que as nossas crianças estudem", declarou o comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaloujny, também nas redes sociais.

"O conhecimento e a cultura são o que nos distingue do inimigo. São estes os pilares sobre os quais assenta a frente atual e sobre os quais será construído o futuro do nosso país", acrescentou.

Desde o início de junho, o exército ucraniano tem vindo a conduzir uma contraofensiva no sul e no leste da Ucrânia, numa tentativa de retomar os territórios ocupados pelas forças de Moscovo.

A Ucrânia tem contado com apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a capacidade russa financiar o esforço de guerra.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.


Qual é exatamente a força do exército russo?


Considerado a quinta maior força militar do mundo, o exército russo não tem sido tão bem sucedido na Ucrânia como o Presidente Vladimir Putin inicialmente esperava quando invadiu o país há um ano e meio. A Voz da América conversou com especialistas americanos sobre a força militar da Rússia.👇

Por voaportugues.com

Por Quemo Dabo  Rádio Capital Fm  01.09.2023

O Presidente da Federação Nacional de Associação dos Condutores, Caram Lamine Cassama, exortou ás autoridades  nacionais a eliminar as barreiras não tarifadas na Guiné-Bissau.

Observações registadas esta quinta-feira, no ato da entrega de camisolas e chapéus destinadas aos condutores de camiões das mercadorias, contentores e cisternas por parte do Conselho Nacional de Carregadores da Guiné-bissau.

Decreto Presidencial N*55/2023: É nomeado o Major-General Horta Inta-a, Chefe de Estado Maior particular do Presidente da Republica.

Decreto Presidencial N* 56/2023: 

É nomeado Major-General Tomás Djassi, Comandante de Segurança Presidencial.

Fonte: Presidência da República da Guiné-Bissau  Bissau: 01.09.2023




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POR LUSA   01/09/23 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, nomeou hoje o general Horta Inta-A chefe do Estado-Maior particular da presidência da República, um dia após este ter sido exonerado pelo Governo das funções de comandante da Guarda Nacional.

Através de um decreto presidencial, Sissoco Embalo invocou a alínea z do artigo 68º, conjugado com o artigo 70º, da Constituição da Guiné-Bissau, para nomear o major-general Horta Inta-A.

A alínea z da Constituição guineense refere que são atribuições do Presidente da República "exercer as demais funções que lhe forem atribuídas pela Constituição e pela lei" e o artigo 70º indica que no exercício das suas funções, o Presidente da República profere decretos presidenciais.

A figura de Chefe do Estado-Maior particular da presidência da República existe nos países africanos francófonos e na Guiné-Bissau é a primeira vez que é nomeada por um chefe de Estado.

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau é o tenente-general Biague Na N'Tan, nomeado em 2014, pelo então Presidente guineense, José Mário Vaz, e reconduzido em agosto de 2020, pelo atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embalo.

No mesmo dia que é nomeado o general Horta Inta-A para as funções de Chefe do Estado-Maior particular, o Presidente guineense chamou para as funções de Comandante de Segurança Presidencial o general Tomás Djassi.

Este responsável foi exonerado pelo Governo do cargo de Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, na quinta-feira.


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Ucranianos dizem que ataque a aeroporto russo foi lançado da Rússia

© YURIY DYACHYSHYN/AFP via Getty Images

POR LUSA   01/09/23 

O ataque com 'drones' que teve como alvo nesta semana o aeroporto de Pskov, no noroeste da Rússia, foi lançado a partir do território russo, declarou o responsável dos serviços de informação da Ucrânia.

"Os 'drones' usados para atacar a base aérea de Kresty, em Pskov, foram lançados de dentro da Rússia", disse Kyrylo Budanov na rede social Telegram, divulgando ainda o endereço na internet do portal The War Zone, ao qual concedeu uma entrevista.

"Operámos a partir do território da Rússia", afirmou o responsável dos serviços de informação ucranianos durante a entrevista.

Segundo o portal, o responsável não quis dizer se foi uma operação levada a cabo pelos seus homens ou por russos a agir em nome de Kyiv.

Budanov afirma ainda que "dois [aviões militares russos] foram destruídos e outros dois seriamente danificados".

O portal The War Zone também divulgou imagens de satélite a mostrar aviões totalmente destruídos.

Os 'drones' atingiram o aeroporto de Pskov durante a noite de terça-feira para quarta-feira, numa região no noroeste da Rússia, que faz fronteira com a Estónia, Letónia e Bielorrússia.

Questionado sobre o local de onde foram lançados estes aparelhos não tripulados, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, limitou-se a dizer na quarta-feira que "especialistas militares estão a trabalhar para estabelecer a rota dos 'drones' para tomar medidas que não permitam a repetição de tais situações".

Se os 'drones' têm como alvo muito regular as regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia e a Rússia, mas os ataques no extremo norte, a cerca de 700 ou 800 quilómetros, são raros.

Na semana passada, um ataque semelhante teve como alvo um campo de aviação na região vizinha de Novgorod, destruindo ou danificando pelo menos uma aeronave militar.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou no final de julho que a guerra esteja "a chegar ao território da Rússia", sem reivindicar operações realizadas a partir do território russo.



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Reunião Aberta do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo

Por Assessora de imprensa Mariama Florenca Iyere.  01/09/23 

Video/fotos: Tuti Vitoria Iyere

O Gabinete do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo realizou hoje, sexta-feira, 1º de setembro de 2023, uma Reunião Aberta para expor ao senhor Ministro, 
IIdelfonso Duarte Pinto, os desafios e problemas estruturais que afetam a capacidade de resposta dos differentes departametos e serviços técnicos e demais assuntos de pertinência para o funcionamento do Ministério.


VOLODYMYR ZELENSKY: "Não haverá paz sustentável" sem devolução dos territórios à Ucrânia

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Notícias ao Minuto   01/09/23 

O presidente da Ucrânia defendeu que "haveria uma situação de caos permanente e insustentável" e lembrou o caso da península da Crimeia, que "atraiu turistas e negócios" e é "agora um território ocupado e militarizado".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou, esta sexta-feira, que "não haverá paz sustentável" se os territórios anexados pela Rússia não forem devolvidos. Num discurso, por videoconferência, no Fórum Ambrosetti, que decorre em Cernobbio, Itália, o chefe de Estado ucraniano alertou que "haveria uma situação de caos permanente".

"Não haverá paz sustentável na Ucrânia e, portanto, nem mesmo na Europa", referiu Zelensky, citado pela estação italiana RAI 1. "Vejam o que aconteceu na Crimeia. A ocupação trouxe civilização, turismo, negócios? Nada disso".

O presidente ucraniano lembrou ainda que "a Ucrânia e todos os países que se referem ao direito internacional não reconhecem que a Crimeia pertence à Federação Russa, nem mesmo as empresas o reconhecem".

"Haveria uma situação de caos permanente e insustentável", alertou, acrescentando, contudo, que "é o que a Rússia quer". "Uma península que atraiu turistas e negócios é agora um território ocupado e militarizado e não pode crescer", lamentou.

Neste sentido, Zelensky voltou a defender que existem dois caminhos para a paz: diplomático e militar. "As tropas russas deveriam deixar a península sem pressão, para salvaguardar vidas: tal como cuidados do nosso povo, Putin deveria pensar no seu", atirou.

Zelensky considerou que o presidente russo, Vladimir Putin, é "incapaz de respeitar as suas promessas e as suas palavras" e, por isso, "é impossível negociar" e a morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, mostra que "não se pode confiar" em Putin. 

"Não estamos preocupados que um terrorista tenha sido morto, mas este ano significa que não podemos confiar em Putin e nas suas palavras", explicou.

"Se é verdade que Putin matou Prigozhin, ele está a revelar-nos ainda mais a sua fraqueza. Mesmo sendo um terrorista, ele fez o que Putin lhe disse para fazer", acrescentou, lembrando a rebelião falhada de Prigozhin contra o Kremlin, nomeadamente o Ministério da Defesa. 

"Putin tentou marchar sobre Moscovo, o que significa que Putin foi incapaz de defender o seu estado. Isso é fraqueza. A marcha de Prigozhin em direção a Moscovo significa que nem todas as forças estavam sob o comando de Putin", considerou. 

Após o fim da rebelião, que durou cerca de 24 horas, Prigozhin e Putin chegaram a um acordo, mediado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. No entanto, para Zelensky, Putin "primeiro fez promessas e depois matou-o". "Isto mostra quão fracas são as suas palavras", atirou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.



Leia Também: Relatora da ONU contra a tortura na segunda-feira em Kyiv para uma visita

Rússia interceta novo drone que se aproximava de Moscovo

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POR LUSA   01/09/23 

A Rússia intercetou hoje mais um drone que se aproximava de Moscovo, informou o presidente da Câmara da capital russa, que na véspera disse estarem a ser instalados novos sistemas de defesa aérea, juntamente com o Ministério da Defesa.

"Hoje, as forças de defesa aérea perto de Liubertsy impediram outra tentativa de lançar um drone em direção a Moscovo. Não houve vítimas nem danos preliminares. Os serviços de emergência estão no local", afirmou Sergey Sobyanin, na plataforma de mensagens Telegram.

Os ataques com drones contra Moscovo tornaram-se quase diários nas últimas semanas.

O atentado de hoje provocou o atraso de 58 voos nos aeroportos da capital, de acordo com a agência de notícias oficial TASS.

Os voos que deveriam aterrar nos aeroportos de Vnukovo e Domodedovo tiveram de ser desviados para outros aeroportos, como Serhemetevo, nos arredores da capital, e Nizhny Novogorod, a 460 quilómetros de Moscovo.


Leia Também: Ataques na Crimeia? "Oportunidade de agir contra todos os países da NATO"

CHINA: Venda de armas dos EUA a Taiwan? "Viola princípio de 'uma só China'"

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POR LUSA   01/09/23 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês alertou hoje que a venda de equipamento militar dos Estados Unidos a Taiwan, sob um programa reservado habitualmente a nações soberanas, viola o princípio de "uma só China" e acordos com Washington.

O Departamento de Estado notificou esta quarta-feira o Congresso norte-americano sobre a aprovação da venda, referindo que o material "será usado para fortalecer as capacidades de autodefesa de Taiwan"

O pacote representa apenas 80 milhões de dólares (cerca de 73 milhões de euros) dos 2.000 milhões de dólares (1.830 milhões de euros) que o Congresso reservou para este programa, mas as implicações da utilização do chamado programa de 'financiamento militar estrangeiro' (FMF, na sigla em inglês) antecipa conflitos com a China.

A diplomacia chinesa condenou imediatamente a medida, classificando-a como uma violação dos compromissos dos EUA no âmbito da sua política de "uma só China" e de uma série de acordos subsequentes nos quais Washington se comprometeu a não apoiar a independência de Taiwan.

"Isso viola gravemente o princípio de 'uma só China' e as estipulações dos três acordos China-EUA", sublinhou hoje o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, em declarações aos jornalistas em Pequim.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

As autoridades dos EUA foram rápidas a esclarecer que o fornecimento de financiamento através do FMF a Taiwan não representava uma mudança de política face à ilha.

Dois responsáveis norte-americanos referiram hoje à agência Associated Press (AP) que "há anos que os Estados Unidos fornecem equipamento militar pelo programa 'vendas militares estrangeiras (FMS, na sigla em inglês) a Taiwan".

"O FMF simplesmente permite que nações parceiras elegíveis comprem artigos, serviços e treino de defesa dos EUA através do FMS ou, para um número limitado de países, através do programa de financiamento militar estrangeiro de contratos comerciais diretos (FMF/DCC)", sublinharam os responsáveis, que falaram sob a condição de anonimato.

A notificação do Departamento de Estado ao Congresso, obtida pela AP, não especifica quais equipamentos ou sistemas militares seriam pagos através do FMF, que aplica o dinheiro dos contribuintes norte-americanos para pagar o fornecimento de material a países estrangeiros.

Mas refere que entre os equipamentos e armamento possíveis estão sistemas de defesa aérea e costeira, veículos blindados, veículos de combate de infantaria, drones, mísseis balísticos e defesas cibernéticas, e equipamentos avançados de comunicações, entre outros.

Além do equipamento, o FMF também pode ser utilizado para apoiar o treino das forças militares taiwanesas.

A medida atraiu forte apoio bipartidário dos congressistas dos EUA na Câmara dos Representantes e no Senado, que sublinharam que as ações militares cada vez mais agressivas da China devem ter como resposta dos norte-americanos o apoio à defesa de Taiwan.


Ministério Público guineense investiga contrato do Governo para aquisição de arroz

Por agroportal.pt    31-08-2023

 Ministério Público guineense quer ouvir o Governo sobre os contornos de um contrato recentemente assinado com uma empresa para o fornecimento do arroz à Guiné-Bissau, disseram hoje à Lusa fontes do executivo.

Na terça-feira, o Ministério Público, enquanto advogado do Estado guineense, notificou o primeiro-ministro, Geraldo Martins, para que esclareça os motivos pelos quais o Governo firmou contrato com uma empresa privada, “sem que tenha havido um concurso público”, para o fornecimento do arroz, a partir da Índia.

As mesmas fontes do executivo adiantaram à Lusa que o assunto deverá ser analisado na reunião do Conselho de Ministros, que hoje decorre em Bissau.

O Governo guineense anunciou, no passado dia 22, ter rubricado um acordo com uma empresa privada para que passe a fornecer arroz ao país a preços favoráveis à maioria da população.

Na mesma ocasião, o primeiro-ministro guineense, Geraldo Martins, indicou que o seu Governo decidiu baixar o preço de um saco de 50 quilogramas do arroz da espécie trinca 100% partido de 22.500 francos CFA (34 euros) para 17.500 francos CFA ( cerca de 26 euros).

O arroz é a base da dieta alimentar dos guineenses e devido a um défice na produção local o país importa grande quantidade do produto do Vietname, China, Paquistão e Índia.