segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Putin retalia com "medidas económicas especiais" contra os EUA e aliados

© Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS

Notícias ao Minuto  28/02/22 

O documento, publicado no site do Kremlin, estabelece, entre outras medidas, que os exportadores deverão vender 80% dos lucros creditados a partir do dia 1 de janeiro de 2022.

Depois do anúncio de um novo pacote de sanções, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto-lei que impõe "medidas económicas especiais aos Estados Unidos da América (EUA) e aos países que a eles se juntaram", avança a agência estatal russa RIA.

O documento, publicado no site do Kremlin, estabelece que os exportadores deverão vender 80% dos lucros creditados a partir do dia 1 de janeiro de 2022, incluindo a “transferência de bens para não residentes, prestação de serviços a não residentes, realização de trabalho para não residentes, transferência para não residentes dos resultados da atividade intelectual, incluindo direitos exclusivos, o mais tardar três dias úteis a partir da data em que este decreto entrar em vigor”.

Além disso, os residentes russos estão, a partir de agora, proibidos de transferir moedas estrangeiras para suas contas, ou de realizar depósitos em bancos estrangeiros.

O decreto-lei permite, contudo, que as instituições de crédito abram contas bancárias sem a presença física de uma pessoa ou do seu representante, no caso da transferência de fundos de outra organização.

Recorde-se que hoje foram aplicadas novas sanções à Rússia, particularmente contra o seu Banco Central, tendo os EUA, a União Europeia e o Reino Unido proibido todas as transações. Ainda assim, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, assegurou que o país tem capacidade para fazer frente à onda de sanções económicas que lhe foram impostas devido à "operação militar especial" lançada contra a Ucrânia.


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Alfa Umaro

Manifestação contra Senegal em curso



Fonte: Sana Cante 

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje, em audiência de cortesia, o novo Diretor Geral do Tribunal de Justiça para os Direitos Humanos, Sr. Jorge Lopes.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

MARCHA KINA FACIDO PÁ MILITANTES DI PAIGC DI DSP CANCELADO AOS NA LISBOA...KUSAS DI MISTI ODJADA.

Por Gaitu Baldé  

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Alfa Umaro

PAIGC pede ao PR da Guiné-Bissau demissão do procurador-geral


Por  LUSA  28/02/22

O advogado do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pediu hoje ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que demita o procurador-geral da República, Bacari Biai, a quem acusa de "ilegalidades".

Em conferência de imprensa na sede do partido em Bissau, Carlos Pinto Pereira defendeu que Bacari Biai deve ser afastado "por não estar a trabalhar ao serviço das leis" da Guiné-Bissau.

"Ele não está a cumprir a lei e nem está a fazer cumprir a lei", observou o advogado, citando a atuação de um magistrado do Ministério Público que "deu o dito por não dito" na apreciação de um processo judicial que supostamente envolvia o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

De acordo com Carlos Pinto Pereira, o magistrado "acabou por voltar atrás" na sua decisão de fixar a medida de coação de obrigação de permanência a Simões Pereira, uma diligência que, na opinião do advogado, "devia merecer uma atitude" do procurador-geral da República.

Para o advogado do PAIGC, Bacari Biai "sabia das ilegalidades" que o magistrado estava a praticar ao decretar a medida de coação contra Domingos Simões Pereira, que "é deputado em efetividade de funções, sem o ter constituído antes suspeito e ainda sabendo que existe uma ordem do Supremo Tribunal de Justiça" que proíbe ao Ministério Público tomar aquela decisão.

Carlos Pinto Pereira considerou que o atual procurador-geral da República deve auto afastar-se ou ser demitido de funções, pelo poder político, que o nomeou.

"Quem permitir que ele lá continue está também ele a ser cúmplice com as ilegalidades do senhor procurador-geral da República", defendeu Pinto Pereira.

O advogado afirmou que o Ministério Público "está claramente com uma atitude persecutória" contra o PAIGC no sentido de impedir que o partido realize o seu 10.º congresso e ainda de não permitir que Domingos Simões Pereira "seja naturalmente reeleito" líder.

"O Ministério Público está ao serviço de interesses obscuros", declarou Carlos Pinto Pereira.

Na mesma conferência de imprensa, o PAIGC denunciou alegadas situações de "ameaças e de intimidações" aos seus militantes e ainda a suposta violação da sede do partido por parte de homens armados.


PAIGC - COMUNICADO À IMPRENSA👇


Exclusivo "O golpe de Estado foi secundarizado pelo PAIGC" ...Fernando Vaz porta voz do Governo.

© Leonardo Negrão / Global Imagens

César Avó, Dn.pt 27 Fevereiro 2022 

Fernando Vaz, ministro do Turismo e porta-voz do governo de coligação chefiado por Nuno Gomes Nabiam, deseja estabilidade política para que a Guiné-Bissau possa fazer reformas e construir infraestruturas. E esclarece o ataque realizado no Palácio do Governo no início do mês.

Pode fazer uma atualização dos acontecimentos de dia 1 [quando o Palácio do Governo em Bissau esteve sob ataque durante cinco hora]? O que pode dizer?

Em relação ao processo de investigação o que posso dizer é que está em curso e eu não vou avançar muito para depois não dizerem que há três ou quatro versões do governo porque o presidente da república (PR) falou, o porta-voz falou, embora todos dissessem que foi um golpe de Estado. As pessoas de má-fé fogem do cerne da questão, que é o golpe de Estado, e depois vão discutir que um disse que havia rebeldes, o outro disse que havia paramilitares, coisas que, enfim, não fazem nenhum sentido e não é o cerne da questão. 

O cerne da questão é que houve um golpe de Estado, houve uma tentativa de decapitação do Estado da Guiné-Bissau, o assassínio do presidente da república e do primeiro-ministro e do executivo que estava reunido, e que ao todo morreram oito cidadãos guineenses. Isso parece que foi secundarizado por interesses políticos de algum setor da nossa política, nomeadamente o PAIGC, e dando mais importância ao assalto à Rádio Capital, que tem a sua importância, mas onde não morreram pessoas, e que houve uma tentativa de alteração da ordem constitucional, que está a ser secundarizada. O ponto da situação é que temos o princípio de separação de poderes na nossa constituição, estamos a observar esse princípio, e mesmo observado esse princípio somos criticados de que há interferência e que deve haver um inquérito internacional independente. Como se isto fosse prática no mundo. Enfim, isto parece um filme a preto e branco. Portanto, a comissão de inquérito vai fazer o seu trabalho. Vamos esperar por aquilo que a comissão ou a Procuradoria-Geral da República vier a apurar.

Em relação ao que se fala de os mandantes estarem ligados ao narcotráfico. O que pode comentar?

Acho que não há nenhuma dúvida. Está preso o comandante Bubo Na Tchuto, é público, foi dito pelo PR. Agora faço eu a pergunta: esse indivíduo, do seu conhecimento, está ou não ligado ao narcotráfico? ...Veja Mais: @ Gaitu Baldé 👇


Kiev diz que travou avanço russo e que tropas russas estão desmoralizadas

© REUTERS/Gleb Garanich

Notícias ao Minuto  28/02/22 

O comando militar ucraniano garantiu hoje que as forças armadas do país impediram as tropas russas de avançarem para Kiev e que estas estão desmoralizadas e sofreram baixas consideráveis.

"Todas as tentativas das tropas de ocupação russas para alcançar os seus objetivos falharam", disse o comandante-chefe do exército ucraniano, Oleksandr Syrski, sobre as tentativas russas de invadir a periferia da capital.

Syrski, citado pela agência noticiosa UNIAN, salientou que "o inimigo sofreu baixas consideráveis".

"As tropas russas estão desmoralizadas e exaustas. Mostrámos que sabemos como defender a nossa casa de quem não foi convidado", disse o general.

De acordo com o exército, todos os movimentos das tropas inimigas estão sob controlo.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.


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Elon Musk deu à Ucrânia a Internet que a Ucrânia pediu. Que impacto tem na guerra? "É um gesto simpático mas no plano militar não muda nada"

Elon Musk

Cnnportugal.iol.pt

Com esta tecnologia, a Ucrânia tem agora acesso ao melhor serviço de internet disponível no mundo, facto que pode tornar impossível à Rússia comprometer as comunicações do país vizinho. Mas será que isso pode realmente influenciar o curso da guerra?

Mykhailo Fedorov, vice primeiro-ministro e ministro da Transição Digital da Ucrânia, fez um simples pedido a Elon Musk: disponibilizar estações Starlink. "Enquanto tentas colonizar Marte, a Rússia tenta ocupar a Ucrânia. Enquanto os teus foguetões aterram a partir do espaço, os rockets da Rússia atacam civis ucranianos", afirmou o ministro no sábado, através do Twitter.

E foi também através de um tweet que o magnata da tecnologia acedeu ao pedido. Em poucas horas, Elon Musk forneceu à Ucrânia o mais resistente serviço de Internet que existe.

Na base deste serviço está a Starlink, uma gigantesca constelação de satélites em construção pela SpaceX, a agência espacial privada liderada por Elon Musk. São atualmente cerca de 2.000 satélites que permitem levar Internet de alta velocidade para zonas mais remotas do planeta, mas o objetivo da agência é chegar aos 42.000. Em janeiro, o serviço tinha cerca de 145.000 utilizadores em 25 países.

Com o serviço de Internet da SpaceX, a Ucrânia passa a ter melhor serviço e deixa de ficar dependente das infraestruturas por fibra. Segundo Rodrigo Adão da Fonseca, especialista em cibersegurança, a Starlink funciona como uma rede alternativa de comunicações, "como se fosse uma rede privativa, via satélite, mas privada", sem que haja hipótese de interferência russa.

A Ucrânia sofreu uma série de ciberataques em larga escala que afetou sites do parlamento, governo e Ministério dos Negócios Estrangeiros. Segundo fonte do governo, vários bancos do país também foram afetados. Tratou-se de um ataque informático DDoS: simples de executar, que inunda o site atingido com uma vasta quantidade de tráfego, sobrecarregando os servidores que o albergam. 

Mas será que este gesto de Musk pode realmente influenciar o curso da guerra? Não no plano militar, refere o major-general Agostinho Costa. "Mas há aqui um dado muito importante: esta campanha militar segue os princípios conceptuais e doutrinários russos, que são diferentes dos nossos" e, sobre isso, "a última coisa que os russos querem é eliminar a possibilidade de a comunicação social poder comunicar" - e facto é que nenhuma das partes tem impedido os jornalistas de fazer o seu trabalho porque esta campanha decide-se no plano comunicacional. "Esta batalha decide-se no plano do chamado mainstream media e do social media. E nós, no Ocidente, ainda não percebemos isso." Nesse domínio, segundo o major-general, a Ucrânia está em vantagem. Mas outra coisa é o que se passa no terreno. 

Resumindo: "É um gesto simpático de Elon Musk, mas no plano geral militar não muda nada."

Aliás, segundo refere o major-general Agostinho Costa, a primeira fase da campanha (a aérea) foi para a destruição dos meios de comunicação militares: os radares, os meios de comunicação militares, os postos de comando... tudo no mesmo dia. "Uma coisa são ciberataques para neutralizar o funcionamento da estrutura politico-administrativa. Outra coisa é o domínio da comunicação da população porque a centralidade numa guerra destas é a população e as perceções. O teatro de operações é aqui nas redações, através da influência da campanha comunicacional de ambas as partes e da opinião pública."

Este projeto da empresa de Elon Musk foi uma aposta disruptiva que alertou os países para uma nova realidade. É possível ter internet e comunicações em qualquer parte do planeta com mais segurança e com menos controlo de terceiros nos tarifários, velocidades e outros aspetos fundamentais para a sociedade moderna. Nesse sentido, há várias potências mundiais a querer ter a sua própria "constelação", entre elas a União Europeia.

Ora, enquanto a maioria dos serviços de internet via satélite provém de satélites em órbita a cerca de 35.000 quilómetros da Terra, a constelação Starlink está muito mais próxima, a cerca de 550 quilómetros, o que lhe permite reduzir o tempo de viagem de dados entre o utilizador e o satélite. E, curiosamente, a tecnologia que permite precisamente a comunicação entre nano-satélites numa constelação de baixa órbita é um dos projetos de engenharia mais inovadores de sempre em Portugal: o Gamalink.