sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

DESPACHO №: 023/GMF/2024

 

Guiné-Bissau: PRS vai renunciar a acordo político com PAIGC

Fernando Dias, presidente interino do Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau Foto: Iancuba Dansó/DW

DW.COM  12/01/24

O Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau vai renunciar ao acordo de incidência parlamentar e governativo que mantinha com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A decisão deverá sair da reunião da Comissão Política, hoje convocada pelo presidente interino do PRS, Fernando Dias, e será anunciada no domingo (14.01), dia em que o partido assinala o 32.º aniversário.

"O presidente do partido fará um pronunciamento nesta ocasião e anunciará a renúncia ao acordo com o PAIGC", disse à Lusa fonte do PRS, terceira força mais votada no parlamento, dissolvido pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embalo.

A fonte do PRS não indicou os motivos que estarão na base da renúncia ao acordo que o PAIGC firmou com o PRS, no âmbito da Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka) que liderava e que venceu as eleições legislativas de junho com uma maioria absoluta.

O acordo permitiu à plataforma Terra Ranka contar com uma maioria confortável no parlamento e serviu de base para a formação do Governo, entretanto demitido por Umaro Sissoco Embalo a 04 de dezembro.

"Nós, do PRS, decidimos assinar este acordo em nome da estabilidade da Guiné-Bissau, em nome de combate à fome que assola o país neste momento e em nome de seguir a orientação que o povo da Guiné-Bissau deu em relação à coligação PAI - Terra Ranka", afirmou Fernando Dias, no dia da assinatura do documento, a 27 de julho.

Dias disse então que esperava que o povo guineense voltasse a ter confiança no PRS após "erros cometidos no passado".

O líder da plataforma Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, dizia tratar-se de um "momento especial" em que os dirigentes iriam trabalhar para atender às necessidades do povo.

Dissolução do Parlamento

Evocando uma grave crise institucional no país, com foco no parlamento, o Presidente guineense dissolveu aquele órgão e ainda demitiu o Governo da PAI-Terra Ranka e nomeou um executivo da sua iniciativa.

O Presidente denunciou ter ocorrido uma tentativa de golpe de Estado na sequência de trocas de tiros entre elementos da Guarda Nacional e das Forças Armadas a 30 de novembro e 1 de dezembro.

A Guarda Nacional é acusada de ter tentado libertar das celas dois membros do Governo da plataforma Terra Ranka que estão a ser investigados num processo de pagamentos do Estado a empresários.

O PAIGC e outros partidos da aliança têm vindo a denunciar a decisão de Umaro Sissoco Embalo, que consideram inconstitucional, com base no artigo 94 da Constituição do país que veda a possibilidade de dissolução do parlamento 12 meses depois das eleições.

O PRS integra o Governo de iniciativa presidencial, que o PAIGC também considera de ilegal por não sair de eleições e ainda por ser uma figura inexistente na Constituição guineense.

Mário Bedam, presidente da comissão organizadora do 32.º aniversário da fundação do PRS, adiantou hoje que no domingo, durante as comemorações oficiais, o partido irá anunciar formalmente uma aliança com a Assembleia do Povo Unido - Partido Social Democrata da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

A APU-PDGB é liderada por Nuno Nabiam, ex-primeiro-ministro e atual conselheiro político do chefe de Estado guineense, sendo que era o único deputado do partido no parlamento dissolvido.

Iémen. Hutis disparam "por engano" contra navio que levava petróleo russo... Foram feitos vários disparos contra o navio.

© Mohammed Hamoud/Getty Images

Notícias ao Minuto    12/01/24 

Um navio que transportava petróleo russo foi alvo de disparos pelos Hutis após ter sido "erradamente ligado ao Reino Unido, revelou a empresa britânica de segurança marítima Ambrey, citada pela Sky News-

O petroleiro, com bandeira do Panamá, foi alvo de disparos perto da cidade portuária de Áden.

A empresa adiantou que o navio foi atingido "por engando", com base em informações "desatualizadas" que o ligavam ao Reino Unido.

"Este foi o segundo petroleiro que os Hutis atacaram por engano enquanto transportava petróleo russo", notou ainda. 

A informação surge já depois de a agência britânica de Operações de Comércio Marítimo ter revelado que tinha recebido informações sobre o disparo de um míssil contra um navio a cerca de 90 milhas náuticas a sudeste de Áden.


Do Domingos Simões Pereira não se espera nada, absolutamente nada!...

Por O Democrata Osvaldo Osvaldo

Numa agenda carregada de patetices em Portugal, o mais confuso líder politico guineense mostrou a sua fraqueza, pois é uma agenda vazia que está repleta de fantasias e de muitas ilusões, o que aprovou de que estamos perante um homem desgastado e anda sem nenhuma credibilidade! 

O Domingos Simões Pereira pediu socorro nos aforamentos internacionais para enfrentar o Umaro Sissoco Embaló, o desacreditado implorou pela intervenção da comunidade internacional para suportar suas fantasias em nome das instituições ditas democráticas de um País soberano, livre e independente já 50 anos!!! Sobre libertação de detidos durante manifestação, é um direito interno e não se afirma numa arquitetura política externa, é importante admitir de que: o comportamento nazista do Ministério do Interior e Secretário geral da ordem pública foi flagrantemente criminosa contra manifestação pacífica dos paigcistas.

Voltando ao delírio político do Engenheiro Domingos Simões Pereira, tal como eu disse anos atrás, DSP é um líder lunático sem liderança! E hoje, tudo aprovou de que ele está deverasmante desesperado e sem esperança, pois sua vocação política é para o seu bem-estar próprio e da família! Do Domingos Simões Pereira não se espera nada, absolutamente nada!

O que ele anda em busca é da fortuna pessoal e para sua família como tantos outros ditos líderes do PAIGC, partido político que tanto sofrimento e danos causou à este Povo e o retrocesso da Nação Bissau-Guineense!

Que convicções tem o Domingos Simões Pereira senão, vaidade e roubar? Herdou alguma fortuna familiar, ganho num jogo de sorte, algum lucro fruto do seu labor pessoal?

Como conseguiu adquirir uma mansão numa zona exclusiva em Lisboa?

Não se nega o seu apetite pelo luxo e pelas mulheres esbeltas por isso é um Playboy por excelência!

Há uma visão para fazer um paigcista refletir. Esse é o Poder de um verdadeiro analista político. Afirmei tempos atrás de que tudo era um espetáculo para fazer referências falsas; mas o Gajote não vai conseguir afirmação do objetivo quando tiver alguém que também não respeita a Constituição à sua frente e que vai fazer face a sua politica fraca.

Falei com alguns amigos e colegas paigcistas de que o líder deste partido vai virar mulher pelo caminho, eu disse isso de forma respeitável e ao meu lado estava dois Paigcistas, pois aprendi com eles de alguns membros desta organização politica criminosa, não sabem o que fazer, após a nossa conversa, um paigcista que estava ao meu lado sofre à morte política e não conseguiu resistir- um processo real análogo dos meus argumentos, o levou à morte política na hora, e correspondendo exatamente o que eu disse anteriormente para outros paigcistas que não querem ouvir verdade, portanto, em sinais externos hoje, ficou visível de que o DSP não tem salvação politicamente falando, só que o seu delírio é permanente frente do Partido. 

“Alguns militantes e simpatizantes morrem muito por ele, em grande agonia”, disse a minha convicção política; outros de forma bastante pacífica simplesmente não sabem o que fazer!!' Eles nunca “saltam do amor politico cego para a realidade factual” vão continuar cegos até quando DSP morrer politicamente ao público ”; isto é, pelo que entendi, eles não estão sujeitos a essas afeições políticas magnéticas em público, até porque estão sob a influência politica de quinta categoria, quando o momento mágico é para inovação e não aceitar o despotismo esclarecido absoluto. 

Eu absolvo um deles que estava do meu lado, todavia, fiquei satisfeito de ter feito ele acordar de tanto dormir. Eu disse isso a ele, pois ele antecipou tal explicação e a negou na hora. Também estou bem ciente de que explicar o "salto" pelo magnetismo fanático é muito parecido com explicar obscurantismo politico; mas estou convencido de que, qualquer que seja a origem da chamada condição fanática, a mesma é a causa dos saltos políticos fracos e inúteis na Diáspora. 

Quer dizer que isso agora virou espécie de "vigília nazista" de um político magnético que pode produzir alguma coisa fora do país sem contato ou passes nacionais - pelo menos, assim dizem professores paigcistas-  numa clara e evidente excitação fantasiada de intelectual do dito líder, é certamente uma causa perdida que não vai produzir tal efeito desejado. "Uma vez paigcistas mortos politicamente no país, significa que morrerão mais tarde no cenário político internacional, mas eles não sofrem a dor que eu objetivava, não sentem tristeza merecida ", é o meu ponto de vista. Durante todo esse tempo, as meninas e alguns jovens sem qualquer capacidade nas redes sociais continuam a falar coisas sem sentido; 

Ainda ontem, falei com uma menina paigcista de uma maneira um pouco idiota, por quê? Porque ela deu um pulo e juntou-se à dança de salão de algumas frustrações, pois não gostei do seu comportamento, porém, era tudo menos feliz; ela orou como se fosse em uma língua desconhecida e gritou: "O Osvaldo me salvou! O diabo na Guiné-Bissau é PAIGC!' Mencionei esse fato à pessoa com quem estava conversando já muito tempo atrás para abandonar o Paigc e ela disse: 

"Sim, há algo errado na Guiné- Bissau" - e este algo é partido dito histórico, então até os imortais vão ficar revoltados sabendo que este partido ainda continua no cenário político nacional.

—Inglaterra, Londres— quinta-feira, 12 de janeiro

15:13.

Juvenal Cabi Na Una.

Golpes de Estado em África: É necessário "mecanismo regional", diz ONU

© Lusa

POR LUSA   12/01/24 

O chefe do gabinete da ONU para a África Ocidental e Sahel (UNOWAS) afirmou hoje que é necessário "um mecanismo de coordenação regional reconfigurado para se evitar mais golpes de Estado" e combater a insegurança generalizada.

O chefe do UNOWAS, Leonardo Santos Simão apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) o mais recente relatório relativo ao período de 30 de junho a 31 de dezembro de 2023.

"Embora tenham sido feitos progressos significativos na consolidação da democracia, a situação de segurança e os desafios de governação continuam a ser preocupações importantes", declarou Santos Simão.

Um exemplo dado foram as eleições da Libéria, que "demonstraram a capacidade das instituições para realizar escrutínios credíveis e estabelecer um Governo com legitimidade constitucional", segundo Santos Simão.

"No Senegal, o entusiasmo pela escolha do próximo líder do país nas próximas eleições presidenciais de 25 de fevereiro é também palpável. O Gana também demonstrou o seu empenho na democracia, com o envolvimento dos dois principais partidos num processo transparente para as eleições gerais de dezembro de 2024", referiu.

A diretora regional do gabinete para a África Ocidental, o Sahel e a Bacia do Lago Chade do Instituto de Estudos de Segurança, Lori-Anne Theroux-Benoni, alertou, na reunião, para a "rápida expansão do terrorismo, e uma série de golpes de Estado",que levantam desafios à região.

A responsável frisou ainda que a retirada da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA) e a dissolução do Grupo dos Cinco para o Sahel (G5 Sahel) "são condições para a criação de um vazio de segurança regional".

"Não existe uma solução milagrosa a curto prazo", referiu, sublinhando a necessidade de reforçar a coordenação nacional e regional e de implementar uma abordagem preventiva para evitar a criação de condições para um golpe de Estado subsequente.

Para Theroux-Benoni, "o objetivo não é encorajar transições militares de longa data, mas sim regressar à ordem constitucional".

Na reunião que se seguiu, os delegados que estavam presentes no Conselho de Segurança declararam que era imperativo que os países em transição política cumprissem os seus calendários eleitorais e garantissem a consolidação democrática, a boa governação, o Estado de direito, o respeito pelos direitos humanos, a igualdade de género e o desenvolvimento sustentável.

O representante da Serra Leoa, Michael Imran Kanu, que falou também em nome da Argélia, da Guiana e de Moçambique, chamou a atenção para o crescente afastamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), lamentando "as crescentes tensões políticas causadas pela passagem de mudanças de Governo democráticos para inconstitucionais em alguns países da região".  

"Deve haver um envolvimento contínuo entre a ONU, a União Africana e a CEDEAO para garantir o apoio ao reforço da governação e do Estado de direito nesses países", concluiu o representante.


EUA impõem sanções a duas companhias de navegação por apoio aos Hutis

© MOHAMMED HUWAIS/AFP via Getty Images

POR LUSA   12/01/24 

Os Estados Unidos impuseram hoje sanções a duas companhias de navegação, uma com sede em Hong Kong e outra nos Emirados Árabes Unidos, pelo seu apoio financeiro aos rebeldes Hutis, responsáveis por ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho.

As empresas, Cielo Maritime e Global Tech Marine Services, transportam "produtos iranianos" em nome da Guarda Revolucionária Islâmica e "as receitas da venda de matérias-primas apoiam os Hutis e os seus ataques contra a navegação internacional no Mar Vermelho e no Golfo de Aden", declarou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA) num comunicado.

Quatro navios pertencentes ou explorados por estas empresas são igualmente objeto das sanções norte-americanas.

"Os Estados Unidos continuam a tomar medidas contra as redes financeiras iranianas ilícitas que financiam os Hutis e facilitam os seus ataques", afirmou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, Brian Nelson, citado no comunicado.

"Juntamente com os nossos aliados e parceiros, tomaremos todas as medidas disponíveis para acabar com as atividades desestabilizadoras dos Hutis e as suas ameaças ao comércio global", acrescentou.

Com estas sanções, Washington está novamente a visar a rede de Sa'id al-Jamal, um intermediário financeiro Huti que tem estado sujeito a sanções dos EUA desde junho de 2021.

Segundo Washington, esta rede participa numa "variedade de atividades comerciais envolvendo a venda de produtos iranianos a fim de gerar receita para os Hutis e a Força Qyds", o ramo de operações externas do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão.

Na noite de quinta-feira, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam posições dos xiitas pró-iranianos Hutis no Iémen, após semanas de ataques destes rebeldes contra o tráfego marítimo no Mar Vermelho, num sinal de solidariedade para com os palestinianos em Gaza, onde está em curso uma guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Os ataques de quinta-feira mataram cinco pessoas.

No início de dezembro, os EUA já tinham imposto sanções económicas a 13 pessoas e entidades acusadas de transferir dezenas de milhões de dólares em divisas provenientes da venda de produtos iranianos aos rebeldes Hutis no Iémen, e pertencentes à rede Sa'id al-Jamal.

Estas sanções económicas implicam o congelamento dos ativos nos Estados Unidos destas empresas e das entidades de que são proprietárias, no todo ou em parte, e a proibição de transacionarem com destino ou a partir do país.



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O Presidente da República viaja para a Costa do Marfim - para assistir ao jogo de abertura do CAN2023


 Presidência da República da Guiné-Bissau 

OMS certifica Cabo Verde como um país livre de malária

© Lusa

POR LUSA   12/01/24 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou Cabo Verde como um país livre de malária, "marcando uma conquista significativa na saúde global", anunciou hoje, em comunicado. 

O país lusófono junta-se ao grupo de 43 países e um território a que a OMS já atribuiu esta certificação.

Cabo Verde é o terceiro país a ser certificado na região africana da OMS, juntando-se às Maurícias e à Argélia, que foram certificados em 1973 e 2019, respetivamente. 

O continente africano é o que mais sofre com a malária, refere a OMS, ao acolher 95% dos casos globais e 96% das mortes relacionadas com a doença, em 2021.

"A certificação da eliminação da malária impulsionará um desenvolvimento positivo em muitas frentes para Cabo Verde", indica a organização. 

Os sistemas e estruturas construídos para a eliminação da malária "reforçaram o sistema de saúde e serão utilizados para combater outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue", doença com um surto registado desde final do ano nalgumas ilhas cabo-verdianas. 

A medida vai beneficiar o turismo: "os viajantes provenientes de regiões não endémicas de malária podem agora viajar para as ilhas de Cabo Verde sem receio de infeções locais" e sem necessitar "da potencial inconveniência das medidas de tratamento preventivo". 

"Isto tem o potencial de atrair mais visitantes e impulsionar as atividades socioeconómicas num país onde o turismo representa aproximadamente 25 por cento do PIB", acrescentou.

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado no comunicado, saudou "o Governo e o povo de Cabo Verde pelo seu compromisso inabalável e resiliência na jornada para eliminar a malária".

Aquele responsável está em Cabo Verde, onde participa hoje numa cerimónia oficial de anúncio da erradicação da malária.

"A certificação da OMS de que Cabo Verde está livre de malária é uma prova do poder do planeamento estratégico de saúde pública, da colaboração e do esforço sustentado para proteger e promover a saúde. O sucesso de Cabo Verde é o mais recente na luta global contra a malária e dá-nos esperança de que, com as ferramentas existentes, bem como com as novas, incluindo as vacinas, possamos ousar sonhar com um mundo livre da malária", acrescentou.

"A certificação como país livre de malária tem um impacto enorme e demorou muito para chegar a este ponto: em termos de imagem externa do país, isso é muito bom, tanto para o turismo como para todos os demais", referiu o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, citado no mesmo comunicado.

O certificado de eliminação é concedido quando um país demonstra -- com provas rigorosas e credíveis -- que a cadeia de transmissão autóctone da malária pelos mosquitos da espécie Anopheles foi interrompida em todo o país durante os últimos três anos consecutivos. 

Um país deve também demonstrar a capacidade de impedir o restabelecimento da transmissão.

Antes da década de 1950, todas as ilhas de Cabo Verde eram afetadas por malária: epidemias graves ocorriam regularmente nas zonas mais densamente povoadas até haver pulverizações que a eliminaram em 1967 e 1983. 

Contudo, falhas subsequentes levaram ao regresso da doença. 

Desde o último pico de casos de malária no final da década de 1980, a malária em Cabo Verde esteve confinada a duas ilhas: Santiago e Boa Vista, que estão agora livres de malária desde 2017.

"O feito de Cabo Verde é um farol de esperança para a Região Africana e não só", afirmou Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para África. 

Entre os países lusófonos, Moçambique a Angola estão entre os cinco mais afetados do mundo, de acordo com a edição de 2023 do relatório anual sobre malária publicado pela OMS.

A organização anunciou há duas semanas que a vacina contra a malária R21 vai entrar na sua lista de "vacinas pré-qualificadas", um requisito para entrar nos programas de distribuição de organizações humanitárias como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) ou a GAVI Vaccine Alliance.

A malária afeta anualmente cerca de 250 milhões de pacientes em todo o mundo e causa mais de 600 mil mortes.


"Guerra aberta". A escalada do conflito entre Hutis e Ocidente... Grupo rebelde ameaça EUA e Reino Unido. "Vão arrepender-se dos ataques" ao Iémen.

© Mohammed Hamoud/Getty Images

Notícias ao Minuto    12/01/24 

Nas últimas horas, os Hutis tomaram conta da atualidade internacional. Após vários avisos, os EUA e o Reino Unido cumpriram e começaram a bombardear alvos relacionados com o grupo rebelde, no Iémen, e estes retaliaram com novos ataques.

Apesar de o conflito se ter intensificado agora, já existe há muitos anos. Os Hutis foram formados para combater a corrupção no Iémen, no entanto, a sua história está intensamente marcada pela luta contra os EUA.

Depois de vários anos em aparente paz, com o início da guerra em Gaza, a 7 de outubro de 2023, os Hutis, que dizem fazer parte do eixo da resistência (Irão, Hamas e Hezbollah) voltaram ao ataque. Não só contra Israel, como contra os EUA e o Ocidente.

Em 19 de novembro, por exemplo, lançaram 27 ataques com drones e mísseis contra navios comerciais, com ligação a Israel, no Mar Vermelho. Ataques esses que aumentaram em 500% entre novembro e dezembro e obrigaram muitas companhias marítimas a abandonarem a região.

Nesta quinta-feira, depois de vários avisos, os EUA e o Reino Unido bombardearam bases militares do grupo rebelde, localizadas em Sanaa, e as províncias de Hodeidah e Dhamar, o que fez escalar ainda mais o conflito. Pelo menos cinco combatentes dos Hutis terão morrido nos ataques.

Ainda no dia de ontem, os Hutis atacaram navios dos EUA e Reino Unido, que estavam no Mar Vermelho, declarando, como escreveu na rede social X (antigo Twitter) o membro do gabinete político dos Hutis, Ali al Quhom, "guerra aberta" ao Ocidente.

"A batalha será maior e vai além da imaginação e das expetativas dos norte-americanos e dos britânicos. É uma guerra aberta", ameaçou, acrescentando que os EUA e o Reino Unido vão "arrepender-se dos ataques" ao Iémen.

Em comunicado, o presidente dos EUA, Joe Biden, explicou que autorizou o ataque conjunto com o Reino Unido e que contou com o apoio da Austrália, Bahrein, Canadá e Países Baixos.

Por sua vez, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, garantiu que os ataques contra as posições dos rebeldes hutis no Iémen foram "limitados, necessários e proporcionais" e em retaliação pelas ofensivas contra navios no mar Vermelho.

Perante a escalada do conflito, a Arábia Saudita pediu contenção e a Rússia uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.



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Ministro do Interior entrega passaporte aos adeptos dos djurtus CAN Costa de Marfim


Radio Voz Do Povo 

EUA e Reino Unido lançam ataque contra os Houthis. Vai o conflito no Médio Oriente alargar-se?

Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram vários ataques contra posições dos rebeldes Houthis no Iémen. Com o apoio de outros países, vários caças, navios e submarinos dispararam em retaliação aos ataques no Mar Vermelho.

O tenente-general Marco Serronha analisa este caso e explica as implicações no conflito do Médio Oriente.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE CUMPRIMENTOS DE ANO NOVO

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló,  recebeu os cumprimentos de Ano Novo das mais altas instituições do Estado, da vida política, religiosa e diplomática do país, nomeadamente: o Executivo, chefias militares, câmara municipal, governadores regionais, instituições judiciais, sociedade civil, entidades religiosas; o sector da arte, cultura, cinema e desporto, funcionários da presidência e por fim, o Corpo Diplomático, organismos Internacionais acreditados e Embaixadores Nacionais

Além de cumprir a tradição, este ritual permitiu às diferentes instituições e sectores da sociedade partilhar com o Mais Alto Magistrado da Nação as perspectivas para o novo ano. O Chefe de Estado, por sua vez, expressou a sua gratidão pelos votos recebidos e reiterou o compromisso de trabalhar em prol do bem-estar e progresso da nação.

Depois dos avisos, EUA e Reino Unido (cumprem e) atacam Hutis no Iémen

© EVELYN HOCKSTEIN/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   12/01/24 

O grupo iemenita tem atacado vários navios no Mar Vermelho desde o ano passado. Estados Unidos avisaram esta semana que iria haver consequências se os ataques do grupo apoiado pelo Irão continuassem.

Os Estados Unidos e o Reino Unido começaram a atacar alvos relacionados com os Hutis, no Iémen, de acordo com o que avança, esta quinta-feira, a Reuters. A informação foi confirmada por quatro responsáveis norte-americanos à agência de notícias.

Esta é a primeira vez que ataques são lançados por estes países a este grupo, apoiado pelo Irão. A situação surge depois depois de os Hutis terem atacado já vários navios no Mar Vermelho, desde o final do ano passado.

Um responsável do grupo, Abdul Qader al-Mortada, já confirmou os ataques, de acordo com o que avançam as publicações internacionais. Na rede social X (antigo Twitter), o responsável "confirmou que os dois países lançaram ataques na capital, Sanaa, e nas províncias de Hodeidah, Saada e Dhamar".

EUA  e Reino Unido já tinham deixado aviso

Já esta semana, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, tinha avisado que os ataques deste grupo não podiam continuar. Após uma visita a vários países do Médio Oriente, por forma a perceber qual seria a melhor forma de o conflito não arrastar a nível regional, Blinken foi questionado, durante uma conferência de imprensa, sobre estes ataques. 

Blinken explicou, na terça-feira, que não era do interesse de ninguém ver "uma escalada", mas foi peremptório: "Se as nossas forças forem atacadas ou ameaçadas, tomaremos as medidas adequadas. Vamos responder, vamos protegê-las - já o demonstrámos no passado, e faremos o mesmo se tiver de ser".

  • Blinken deixa aviso a Hutis: "Se continuarem, haverá consequências"

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, deu uma conferência de imprensa depois de viajar por vários países - com os quais falou sobre a guerra no Médio Oriente. Evitar a expansão do conflito a nível regional foi um dos principais assuntos.

Apesar de sublinhar que não se deve especular sobre o futuro, Blinken esclareceu: "Só queremos esclarecer que se estas ações dos Hutis continuarem, haverá consequências".

Esta posição foi reforçada pelo ministro da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, na quarta-feira. Shapps advertiu os rebeldes Hutis que os seus ataques no Mar Vermelho devem parar, acusando ainda o Irão de apoiar as operações dos rebeldes iemenitas.

"É demais. Precisamos deixar claro aos Hutis que [os ataques] têm de parar e enviamos-lhes uma mensagem simples: preparem-se", afirmou Shapps à televisão britânica Sky News.

Já esta quinta-feira, o grupo 'respondeu' aos avisos feitos por estes dois países. O principal líder dos rebeldes Hutis do Iémen, Abdelmalek al-Huti, avisou que qualquer agressão dos EUA contra o movimento xiita apoiado pelo Irão "nunca ficará sem resposta".

"Enfrentaremos a agressão americana. Qualquer agressão americana nunca ficará sem resposta", disse o líder Huti num discurso emitido na televisão.



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