domingo, 25 de dezembro de 2022

A governadora Elisa Tavares Pinto proporciona natal feliz às crianças internadas no Hospital de Gabú.

Radio Voz Do Povo

CHINA: Exercícios militares da China perto de Taiwan em resposta a "provocações"

© Lusa

POR LUSA  25/12/22 

A China realizou hoje exercícios militares perto de Taiwan, em resposta ao que disse serem provocações e conluio entre os Estados Unidos e as autoridades da ilha, anunciou o Exército de Libertação do Povo (ELP).

Um porta-voz do ELP, as forças armadas chinesas, coronel Shi Yi, disse que as manobras militares envolveram "patrulhas conjuntas de prontidão de combate multisserviços e exercícios de ataque conjuntos no mar e no espaço aéreo em redor da ilha de Taiwan".

O porta-voz não especificou o número de meios envolvidas, nem a localização dos exercícios.

"Esta é uma resposta firme ao crescente conluio e provocações entre as autoridades norte-americanas e taiwanesas", acrescentou, num comunicado citado pela agência francesa AFP.

O ELP divulgou fotografias de um bombardeiro, um navio de guerra e de uma vista aérea do que é identificado como uma cadeia de montanhas de Taiwan vista a partir do 'cockpit' de um avião.

Esta última foto destina-se a salientar que a aeronave se aproximou relativamente da costa de Taiwan.

A China considera Taiwan, com uma população de 24 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

As forças nacionalistas, que governavam a República da China (ROC, na sigla em inglês), fundada em 1912, refugiaram-se em Taiwan quando foram derrotadas pelas forças comunistas, que proclamaram a República Popular da China (RPC) em 1949.

Em 1971, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução em que reconheceu o governo da RPC como representante da China nas Nações Unidas e no Conselho de Segurança, em detrimento do da ROC deslocado em Taiwan.

Desde então, a generalidade da comunidade internacional cortou relações diplomáticas com a ROC e reconheceu a RPC, o que Portugal fez em 1975, depois da revolução do 25 de Abril.

Com base na resolução da ONU, Pequim considera ter soberania sobre Taiwan, que foi devolvida pelo Japão ao governo da ROC 1945, quatro anos antes da proclamação da RPC.

Pequim ameaça invadir Taiwan se a ilha declarar a independência e rejeita qualquer interferência externa na questão.

A ilha de Taiwan, situada a cerca de 180 quilómetros a leste da China continental, evoluiu de um regime de partido único para uma democracia multipartidária nas últimas décadas, com um sistema político completamente separado do da China.

Taipé rejeita a soberania da RPC sobre a ilha e considera que Taiwan já é independente 'de facto'.

Ao ser reeleita em 2020, a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse à televisão britânica BBC que Taiwan não necessita de declarar a independência.

"Já somos um país independente e chamamo-nos a nós próprios República da China, Taiwan", afirmou Tsai na altura.

Pequim tem criticado os Estados Unidos por fornecerem apoio militar a Taipé e expressou, no sábado, "forte oposição" à aprovação de uma lei de defesa em Washington que autoriza 10.000 milhões de dólares (mais de 9.410 milhões de euros, ao câmbio atual) de ajuda e venda de armas a Taiwan.

Em agosto, a China realizou manobras militares sem precedentes junto a Taiwan, em resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipé.

Pequim considerou tal visita como uma provocação de Washington, que reconhece o governo da República Popular como o único representante legítimo da China.


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UCRÂNIA/RÚSSIA: Podoliak diz que Rússia não quer negociar, mas fugir à responsabilidade

© Twitter

POR LUSA 25/12/22 

O principal conselheiro da Presidência ucraniana, Mikhail Podoliak, desmentiu hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que Moscovo não está interessado em quaisquer negociações, como demonstra ao continuar a "matar cidadãos", e que só tenta "fugir às responsabilidades".

Podoliak disse que "Putin precisa de voltar à realidade" e questionou as razões que tem vindo a apresentar para justificar a invasão da Ucrânia.

"Não há outros 'países, motivos, geopolítica'. A Rússia não quer negociações, mas está a tentar fugir às suas responsabilidades. É óbvio", escreveu o conselheiro no Twitter.

"Ver-nos-emos em Tribunal", disse Podoliak, em consonância com a linha da Ucrânia de não se sentar para negociar com a Rússia enquanto este país estiver sob condições impostas pelo Kremlin de Putin.

O conselheiro principal do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também falou horas antes da última ofensiva russa em Kherson, ocorrida na véspera de Natal, da qual resultaram 16 mortos e dezenas de feridos, criticando aqueles que apoiam as chamadas iniciativas de paz do Kremlin.

"Recordarei àqueles que se propõem ter em conta as iniciativas de 'paz' de Putin que neste momento a Rússia está a 'negociar', matando os habitantes de Kherson, exterminando Bajmut, destruindo as redes de Kiev e Odessa, torturando civis em Melitopol... A Rússia quer matar com impunidade", escreveu Podoliak no Twitter.

"Matar mulheres, crianças e pessoas idosas na véspera de Natal! É isso que é a 'paz russa'! Transformar Kherson numa 'cidade morta' com projéteis Grad depois de fugir cobardemente! Esta é a própria essência da sede de sangue da Rússia", afirmou.


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Efeitos do álcool que se refletem na pele (e como os minimizar)... Leia o que dizem os especialistas.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  25/12/22 

Beber uns copos a mais, não só causa ressacas desagradáveis, como tem efeitos negativos e visíveis na pele. Para saber quais são, e como os minimizar, o jornal The Independent falou com médicos de várias especialidades, incluindo dermatologistas, e explica-lhe tudo. 

Como o álcool é um diurético, causa desidratação, algo que "pode causar pele seca, olhos encovados, pele menos brilhante e olheiras", explica a médica Tara Francis. 

Além disto, também é possível que a a pele fique mais vermelha, "o que resulta da dilatação dos vasos sanguíneos sob a pele". Isto significa que o álcool causa, muitas vezes, surtos em pessoas com rosácea, por exemplo. 

Já o médico de medicina geral, Ahmed El Muntasa, diz que a desidratação faz com que a pele "não se consiga reparar ou funcionar adequadamente, o que pode causar linhas mais profundas". 

A melhor forma de prevenir que isto aconteça, no futuro, o médico Dev Patel recomenda que "beba um copo de água entre as bebidas", mas também que "pare de beber álcool algumas horas antes do final da noite". Aliás, segundo o médico, o ideal é consumir, pelo menos, 500 mililitros de água. 

Todas as bebidas alcoólicas têm efeitos diferentes, por isso, o aconselhado é que opte pelas que envolvem líquidos transparentes, assim garante que têm menos aditivos.

Antes de adormecer, o mais importante é, segundo o médico, que "não adormeça com sua maquilhagem".

Use um creme ou bálsamo de limpeza, sem espuma, para remover toda a maquilhagem, "sem remover a oleosidade tão necessária da pele". Quando terminar aplique um hidratante e vá, finalmente, dormir. 


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OS FIÉIS CATÓLICOS CELEBRAM A FESTA DE NATAL

Na noite de sábado de ontem, os cristãos católicos reuniram-se em diferentes igrejas das duas Dioceses existentes no país numa Missa Solene de "nascimento" do menino Jesus.

A Rádio Jovem registou as imagens do rito na Paróquia "São João Baptista" de Brá, em Bissau.

Rádio Jovem Bissau

REALIZA-SE O PRIMEIRO CONGRESSO DA ETNIA MANJACA EM CANCHUNGO, COM OBJETIVO DE RESGATAR OS VALORES CULTURAIS E TRADICIONAIS DAQUELE POVO, NORTE DO PAÍS

O anúncio foi feito ontem Bissau, numa conferência de imprensa realizada pelas duas organizações promotores do referido encontro, tráta-se de Academia Undiman Manjaco e Bakom.

Rádio Jovem Bissau

Papa Francisco alerta para humanidade insaciável de dinheiro e poder

© Reuters

POR LUSA  25/12/22 

O Papa Francisco alertou hoje para a existência de uma humanidade insaciável de dinheiro, poder e prazer que devora os mais fracos e provoca as guerras, durante a homília da Missa do Galo celebrada na Basílica de São Pedro.

O Papa Francisco celebrou hoje a tradicional Missa do Galo às 19:30 (18:30 de Lisboa, tal como no ano passado, mas devido a problemas num joelho permaneceu sentado num lado do altar e o cardeal Giovanni Battista Re celebrou a eucaristia.

Um diácono destapou pelo Papa a imagem do menino Jesus, enquanto crianças provenientes de várias partes do mundo depositaram ao seu lado umas flores e na Praça de São Pedro soaram as campainhas para anunciar o nascimento de Jesus.

Perante as sete mil pessoas que encheram a Basílica, enquanto outras três mil pessoas esperavam do lado de fora na praça, numa cerimónia transmitida pela Mundovisión, criticou que "depois de muitos Natais celebrados entre enfeites e presentes, depois de tanto consumismo que envolveu o mistério que comemorar (...) o significado foi esquecido".

O Papa leu a homília sentado e explicou as três palavras que disse que podem inspirar o presépio: "a proximidade, a pobreza e o concreto".

Sobre a proximidade, o Papa afirmou "que a manjedoura serve para aproximar os alimentos da boca e consumi-los mais rapidamente" e que "pode assim simbolizar um aspeto da humanidade: a voracidade em consumir".

"Porque, enquanto os animais do estábulo consomem a comida, os homens do mundo, famintos de poder e dinheiro, devoram os seus vizinhos, os irmãos da mesma forma", disse Francisco, acrescentando: "Quantas guerras! E em muitos sítios, ainda hoje, a dignidade e a liberdade são pisadas. E as principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis, os fracos".

"Neste Natal, como aconteceu com Jesus, uma humanidade insaciável de dinheiro, poder e prazer não dá lugar aos mais pequenos, às crianças por nascer, aos pobres, aos esquecidos. Penso sobretudo nas crianças devoradas pelas guerras, pobreza e injustiça", lamentou.

Sobre a pobreza, o Papa recordou o convite "a ser uma Igreja que adora Jesus pobre e serve Jesus nos pobres".

E depois citou as palavras do assassinado e proclamado santo arcebispo de San Salvador, Óscar Arnulfo Romero: "A Igreja apoia e abençoa os esforços para transformar essas estruturas de injustiça e só coloca uma condição: que as transformações sociais, económicas e políticas resultem num verdadeiro benefício dos pobres".

O Papa recordou que não é verdadeiramente Natal sem os pobres.

"O Natal celebra-se sem eles, mas não o de Jesus. Irmãos, irmãs, no Natal, Deus é pobre. Que renasça a caridade!", exortou o Papa.

Por outro lado, o pontífice pediu "uma fé concreta, feita de adoração e caridade, não de palavreado e exterioridade".

"Não deixemos passar este Natal sem fazer algo de bom. Já que é a sua festa, o seu aniversário, demos-lhe presentes que lhe agradem. No Natal Deus é concreto, em seu nome vamos reavivar um pouco a esperança a quem a perdeu" disse o pontífice argentino.

Jorge Bergoglio voltará no domingo à janela da Basílica de São Pedro, no Vaticano, assim como fez quando foi eleito Papa em 2013, para ler a mensagem de Natal e dar a tradicional benção "Urbi et Orbi" (para a cidade e para o mundo).

UCRÂNIA/RÚSSIA: 16 civis mortos e 72 feridos nos ataques de sábado

© Getty

POR LUSA  25/12/22 

As autoridades ucranianas afirmaram hoje que 16 civis morreram e outros 72 ficaram feridos na última ofensiva russa na véspera de Natal.

O chefe adjunto do gabinete presidencial, Kirilo Tymoshenko, disse que todas as mortes tinham sido registadas na região de Kherson, bem como 64 feridos. Dos restantes feridos, sete foram registados em Donetsk e um em Kharkiv.

A região de Kherson foi a mais duramente atingida pelos ataques russos nas últimas 24 horas.

No total, Kherson foi atingida por 74 ataques de mísseis e foguetes russos. De acordo com Kirilo Tymoshenko, os projécteis atingiram instalações de infraestruturas críticas, bem como edifícios privados, um hospital e uma escola, entre outros.

Ao longo da noite passada, foram relatados bombardeamentos pelas forças russas nas regiões de Sumy, Kharkiv, Zaporijia e Mikolaiv, entre outras.

O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, felicitou os ucranianos pela época festiva e agradeceu-lhes a força que demonstraram desde que a Rússia iniciou a invasão do país há dez meses.

"A guerra separou muitos de nós.... No entanto, apesar de todos os bombardeamentos e ataques terroristas, vamos perseverar. Nem o frio, nem a fome, nem a escuridão nos farão desesperar", afirmou o primeiro-ministro ucraniano.


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Notícias ao Minuto  25/12/22 

O Presidente Vladimir Putin afirmou em entrevista que a Rússia está pronta para negociar com todas as partes envolvidas no conflito - mas que a Ucrânia e os seus apoiantes do Ocidente se recusam a fazê-lo.

"Acredito que estamos a agir na direção certa. Estamos a defender os nossos interesses nacionais, os interesses dos nossos cidadãos, o nosso povo. E não temos outra escolha a não ser proteger os nossos cidadãos", disse Putin à televisão estatal, numa entrevista emitida este domingo e citada pela agência Reuters.

"Estamos prontos para negociar com todos os envolvidos [na guerra na Ucrânia] sobre soluções aceitáveis, mas isso é com eles - não somos nós que recusamos as negociações, são eles", disse ainda. 

"Tudo se baseia na política dos nossos adversários geopolíticos, que visam dividir a Rússia, a Rússia histórica", disse Putin numa entrevista, de que um excerto foi transmitido na televisão pública russa.

"'Dividir para reinar melhor': eles sempre tentaram fazê-lo, estão a tentar fazê-lo agora, mas o nosso objetivo é bastante diferente: unir o povo russo", disse Putin.

O presidente russo já tinha justificado a intervenção militar na Ucrânia em várias ocasiões pela necessidade de unir ucranianos e russos, que, na sua perspetiva, são um e o mesmo povo.

Questionado sobre a próxima entrega de um sistema de defesa aérea Patriot de Washington a Kiev, na sequência da visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aos Estados Unidos, o Presidente russo disse estar "100% seguro" de que o exército russo "destruirá" este equipamento.

"Claro que o destruiremos, 100% de certeza", disse Putin na televisão russa.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Mais de 7,8 milhões de pessoas fugiram da guerra na Ucrânia para outros países europeus, havendo ainda 6,5 milhões de deslocados internos, segundo dados recentes das Nações Unidas

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares em dez meses de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.


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