quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Ansiedade e depressão pode reduzir esperança de vida até 20 anos

Por LUSA 

Um estudo publicado pela revista The Lancet Regional Health concluiu que as pessoas com transtornos mentais têm um risco mais elevado de serem diagnosticadas com doenças cardíacas e mesmo de morte por doenças cardiovasculares.   

Os problemas de saúde mental, como é o caso da ansiedade e depressão, afetam não apenas a mente, como também o próprio corpo. 

Vários estudos sugerem que problemas comuns de foro mental, incluindo depressão, ansiedade, transtorno bipolar e stress pós traumático podem reduzir a esperança média de vida de 10 a 20 anos. 

Um dos principais fatores que contribuem para estes valores alarmantes é o risco superior de doenças cardiovasculares, realça a BestLife 

Um estudo publicado em setembro, pela revista The Lancet Regional Health - Europe, realça a ligação que existe entre a saúde mental e a cardiovascular. 

Segundo os investigadores, as pessoas com transtornos mentais enfrentam um risco de 50% a duas vezes superior de doenças cardíacas, AVC e morte cardiovascular comparando com quem não sofre desta patologia. 

E a relação será bidirecional: o desenvolvimento de doenças cardíacas também pode desencadear novos problemas de saúde mental, incluindo depressão e ansiedade.

O estudo descobriu que as pessoas com depressão têm 72% mais de probabilidade de desenvolver doenças cardíacas, enquanto que as diagnosticadas com transtorno de ansiedade têm 41% mais probabilidade de morrerem por uma doença cardiovascular. Em pessoas com esquizofrenia os números chegam aos 95%.

Porque é que isto acontece?

Acontecimentos da vida com um elevado nível de stress podem contribuir para o surgimento da depressão, ansiedade e esquizofrenia. Condições biológicas como a inflamação ou respostas hormonais ao stress podem agravar a saúde mental, assim como outros fatores, entre eles o tabaco e sono de má qualidade. 

Apesar destes fatores de risco serem muito conhecidos, as pessoas com transtornos mentais continuam a não receber os cuidados necessários à sua saúde cardiovascular. 

Assim, os cientistas aconselham a que sigam diversas práticas que poderão fazer a diferença.

- Triagem de rotina em saúde mental nas unidades de cardiologia;

- Melhoria do rastreio e da prevenção cardiovascular em contextos de cuidados de saúde mental;

- Intervenções que abordem o stress, o trauma e os fatores de risco relacionados ao estilo de vida;

- Políticas que visam os determinantes sociais da saúde, como a pobreza e o acesso a cuidados de qualidade; 

- Práticas mente corpo que melhoram os fatores de risco para a saúde cardiovascular e mental. 

𝗛𝗢𝗥𝗧𝗔 𝗜𝗡𝗧𝗔 𝗔𝗟𝗘𝗥𝗧𝗔 𝗔𝗢 𝗧𝗢𝗠Á𝗦 𝗗𝗝𝗔𝗦𝗦𝗜 𝗤𝗨𝗘 𝗢 𝗣𝗢𝗩𝗢 𝗘𝗦𝗧Á 𝗔𝗧𝗘𝗡𝗧𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗢 𝗣𝗥Ó𝗫𝗜𝗠𝗢 𝗥𝗨𝗠𝗢 𝗗𝗢 𝗣𝗔Í𝗦

Acompanhe a comunicação do Manjor-General Horta Inta, durante tomada de posse do novo Chefe de Estado, Maior General das Forças Armadas, Manjor-General Tomás Djassi.


CRONOLOGIA: Em cinco anos, Guiné-Bissau soma já dez golpes de Estado

Por  sicnoticias.pt

O golpe de Estado na Guiné-Bissau, ocorrido a 26 de novembro, representa o décimo golpe militar desde 2020. Esta quinta-feira o general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição após os militares terem detido o Presidente Umaro Sissoco Embalo.

O golpe de Estado na Guiné-Bissau, que ocorreu na quarta-feira, foi o 10.º no continente africano desde 2020.

Os Governos da Guiné-Conacri, do Sudão, do Níger, do Gabão e de Madagáscar sofreram um golpe de Estado nos últimos cinco anos, enquanto os do Mali e do Burkina Faso tiveram esse desfecho por duas vezes.

18 de agosto de 2020:

O Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, é deposto por um movimento de cinco coronéis. Um oficial na reforma é nomeado Presidente de transição e é formado um novo Governo.

24 de maio de 2021:

Os militares malianos detêm o Presidente de transição e o primeiro-ministro. O líder, Assimi Goïta, é investido como novo Presidente de transição. Depois de se comprometerem a devolver o poder aos civis através das urnas em fevereiro de 2024, os militares adiam a eleição presidencial para uma data indeterminada, dizendo que o país, afetado pela violência 'jihadista', ainda não está estabilizado.

O Presidente Goïta promulga, em julho de 2025, uma lei que lhe concede um mandato de cinco anos, renovável, sem eleições.

05 de setembro de 2021:

O Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, é deposto por um golpe militar, sendo que a 01 de outubro do mesmo ano, Mamadi Doumbouya torna-se Presidente e promete inicialmente devolver o poder a civis.

Mamadi Doumbiuya apresentou recentemente a candidatura à eleição presidencial prevista para 28 de dezembro, destinada a restaurar a ordem constitucional.

25 de outubro de 2021:

Os militares liderados por Abdel Fattah al-Burhane afastam os dirigentes civis da transição sudanesa que deveriam conduzir o Sudão à democracia após 30 anos de ditadura de Omar al-Bashir, deposto em 2019.Desde 15 de abril de 2023, uma guerra motivada por uma luta pelo poder entre al-Burhane e o seu antigo adjunto Mohamed Hamdane Daglo, chefe das forças paramilitares das Forças e Apoio Rápido, devasta o país.

O conflito já causou dezenas de milhares de mortos, milhões de deslocados e provocou a "pior crise humanitário do mundo", segundo as Nações Unidas.

24 de janeiro de 2022:

O Presidente do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kanoré, é afastado do poder por militares, e Paul-Henri Sandaogo Damiba é investido Presidente em fevereiro.

Damiba é por sua vez deposto em setembro do mesmo ano por militares, e Ibrahim Traoré torna-se Presidente de transição, prometendo inicialmente devolver o poder aos civis.Em maio de 2024, a junta autoriza-o a permanecer mais cinco anos à frente deste país.

26 de julho de 2023:

Os militares do Níger derrubam o Presidente Mohamed Bazoum e Abdourahamane Tiani torna-se o novo homem forte do país. A junta prolonga a sua transição por mais cinco anos, em março de 2025.

30 de agosto de 2023:

No Gabão, governado pela família Bongo há mais de 55 anos, os militares depõem Ali Bongo Ondimba, que dirigia o país há 14 anos, menos de uma hora depois da proclamação da sua reeleição num escrutínio contestado.Brice Oligui Nguema é investido Presidente de transição e, em abril de 2025, é eleito Presidente com 94,85% dos votos - toma posse sob a nova Constituição aprovada por referendo durante a transição.

14 de outubro de 2025:

Em Madagáscar, uma unidade militar junta-se ao movimento de contestação iniciado pelos jovens da geração Z, que sacode a ilha, e depõe o Presidente Andry Rajoelina e Michaël Randrianirina é investido Presidente e promete eleições dentro de 18 a 24 meses.

26 de novembro de 2025:

Um grupo de militares anunciou na quarta-feira ter tomado o poder na Guiné-Bissau, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Os militares prenderam o Presidente, Umaro Sissoco Embalo, e hoje o general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição do país.

Preocupada com situação na Guiné-Bissau, UE pede "regresso à ordem"... A União Europeia (UE) está a acompanhar "com preocupação os desenvolvimentos na Guiné-Bissau", após um golpe militar na quarta-feira, e pediu o "regresso célere à ordem constitucional" do país e contenção para evitar mais violência.

Por  LUSA  27/11/2025

A UE disse que "notou com preocupação os desenvolvimentos na Guiné-Bissau", num comunicado que divulgou 24 horas depois de a Lusa pedir um comentário aos acontecimentos naquele país africano lusófono.

"Pedimos o regresso célere à ordem constitucional e a reassunção do processo eleitoral", apelou o bloco comunitário europeu, insistindo que a contagem dos votos, que estava na fase final, devia continuar como planeado.

Para a UE, os resultados das eleições presidenciais e legislativas "devem ser respeitados por todas as partes".

"A UE apela que se abstenham de todas as ações violentas e pede que se respeitem os direitos fundamentais e liberdades de todas as pessoas detidas extrajudicialmente", finaliza o breve comunicado.

O general Horta Inta-A foi empossado hoje Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Os militares anunciaram a destituição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.

Guiné-Bissau: Militares garantem: Embaló está bem e termina recolher obrigatório... Os militares que realizaram um golpe de Estado na Guiné-Bissau garantiram hoje que o ex-Presidente se encontra bem, mas sob custódia, e anunciaram o fim do recolher obrigatório a partir desta sexta-feira.

© Lusa  27/11/2025 

Num comunicado de imprensa do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública garante-se que "se encontram sãos, porém, sob custódia deste comando", o ex-Presidente Umaro Sissoco Embalo, o ex-ministro do Interior e da Ordem Pública Botche Candé, bem como o ex-vice e ex-Chefe do Estado-Maior general das Forças Armadas, respetivamente o tenente-general Mamadu Turé e o general Biagué Na N'Tan.

Por outro lado, "depois da análise da situação em curso, [o comando militar] decide comunicar o levantamento das medidas de restrição de circulação e recolher obrigatório anteriormente impostas a partir de amanhã [sexta-feira]".

Na mesma nota também "se ordena a imediata abertura e retoma do funcionamento normal de escolas e centros de formação públicos e privados, mercados, centros comerciais e todas as instituições privadas, enquanto as restantes instituições públicas, ministérios, sobretudo, aguardam pela breve instituição do Governo de Transição".

O Presidente de Transição da Guiné-Bissau, hoje empossado após um golpe de Estado militar, nomeou o major-general Tomás Djassi Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, naquele que foi o primeiro decreto presidencial.

O general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Os militares anunciaram a destituição do Presidente, Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.

*** A delegação da agência Lusa na Guiné-Bissau está suspensa desde agosto após a expulsão pelo Governo dos representantes dos órgãos de comunicação social portugueses. A cobertura está a ser assegurada à distância ***

Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública: COMUNICADO À IMPRENSA

𝗡𝗢𝗧Í𝗖𝗜𝗔 𝗗𝗘 Ú𝗟𝗧𝗜𝗠𝗔 𝗛𝗢𝗥𝗔‼️ Tomas Djassi é o novo Chefe de Estado Maior General Forças Armadas da Guiné-Bissau. A nomeação consta num Decreto do Comando Militar para Restauração de Segurança Nacional e Ordem Pública

Por: Rádio Jovem 

OS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO REÚNEM-SE ESTA QUINTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2025, EM CIMEIRA EXTRAORDINÁRIA VIRTUAL SOBRE A SITUAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU

Por CEDEAO

Vladimir Putin: "Se ucranianos abandonarem territórios ocupados, cessaremos hostilidades"... O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que Moscovo cessará as hostilidades com a Ucrânia caso Kyiv retire as suas forças dos territórios que a Rússia alega ter anexado.

© Getty Images   Lusa   27/11/2025

"Se as tropas ucranianas abandonarem os territórios ocupados, cessaremos as hostilidades. Se não saírem, expulsá-las-emos pela força militar", declarou numa conferência de imprensa em Bishkek, capital do Quirguistão, onde está a realizar uma visita de Estado. 

O líder russo não especificou se se referia apenas às regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, consideradas alvos prioritários pelo Kremlin, ou também às de Kherson e Zaporijjia, no sul.

Em setembro de 2022, a Rússia reivindicou a anexação destes quatro territórios, que não controla totalmente.

A entrega por Kiev das regiões de Donetsk e Lugansk a Moscovo fazia parte do plano original de 28 pontos dos Estados Unidos para pôr fim à guerra na Ucrânia, que foi visto por muitos em Kiev como uma capitulação.

O texto foi entretanto reformulado após consultas com a Ucrânia e os países da chamada "Coligação dos Dispostos", onde a possibilidade de ceder território é uma questão volátil após quatro anos de invasão russa no país.

O enviado norte-americano, Steve Witkoff, é esperado em Moscovo na próxima semana para discutir o plano com responsáveis russos.

Putin também reiterou hoje que o seu país não tem qualquer intenção de atacar a União Europeia (UE), mas indicou que Moscovo tinha elaborado "medidas de retaliação" económicas em caso de apreensão dos bens russos congelados.

Tanto a UE como a Ucrânia têm defendido a utilização dos bens russos apreendidos para apoiar o país que tem sido fustigado por quatro anos de conflito, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022.

Atualmente, existem cerca de 210 mil milhões de euros em bens congelados russos na UE, principalmente na Bélgica, onde está sediada a Euroclear, uma das maiores instituições de títulos financeiros do mundo.

MISSÃO PERMANENTE DE OBSERVAÇÃO DA CEDEAO JUNTO DAS NAÇÕES UNIDAS CONCLUI RETIRO TÉCNICO DE PERITOS ELEITORAIS E RETIRO DE ALTO NÍVEL DOS REPRESENTANTES PERMANENTES*

Por CEDEAO

A Missão Permanente de Observação da CEDEAO junto das Nações Unidas concluiu com êxito dois retiros de fim de ano: o Retiro Técnico de Peritos Eleitorais, realizado de 14 a 16 de novembro de 2025, e o Retiro de Alto Nível dos Representantes Permanentes, realizado de 21 a 22 de novembro de 2025, em Nova Iorque, Estados Unidos da América.

Os retiros tiveram como objetivo reforçar a coordenação regional e posicionar a Comunidade para um envolvimento mais sólido e uma maior visibilidade na agenda multilateral em 2026.

Presidido por S. Ex.ª Embaixadora Kinza Jawara-Njai, o Retiro Técnico centrou-se no ciclo eleitoral de 2025, nas diretrizes revistas sobre candidaturas e nas próximas eleições para órgãos e agências das Nações Unidas. O subsequente Retiro de Alto Nível, dirigido pelo Presidente do Grupo CEDEAO, S. Ex.ª Embaixador Michael Imran Kanu, Representante Permanente da Serra Leoa, avaliou os compromissos assumidos pelo Grupo em 2025 e definiu prioridades estratégicas para promover os interesses da região ao longo de 2026.

Após golpe de Estado, TAP adia voo de hoje para a Guiné-Bissau... O voo partiria de Lisboa às 14h40 com destino a Bissau e está agora previsto para sexta-feira à mesma hora. Segundo a companhia aérea, os passageiros já foram informados desta alteração.

© Shutterstock noticiasaominuto.com com Lusa   27/11/2025 

A TAP adiou para sexta-feira o voo previsto para esta quinta-feira para a Guiné-Bissau, um dia depois de os militares terem tomado o poder naquele país africano, informou fonte oficial da companhia aérea. 

O voo partiria de Lisboa às 14h40 com destino a Bissau e está agora previsto para sexta-feira à mesma hora.

Segundo a companhia aérea, os passageiros já foram informados desta alteração.

A TAP opera três voos semanais para Bissau, à terça-feira, quinta-feira e sábado, segundo o 'site' da transportadora.

Os militares guineenses anunciaram na quarta-feira ter tomado o poder, um dia antes de a Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau anunciar o resultado das eleições gerais, realizadas no domingo.

O general Horta Inta-A foi hoje empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder.

A informação está a ser veiculada nas redes sociais de meios de comunicação guineenses, nomeadamente a Televisão da Guiné-Bissau (TGB).

Atos consulares estão suspensos na Embaixada de Portugal em Bissau

 A Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau informou hoje que estão suspensos os atos consulares agendados, devido à situação política no país africano, com a tomada do poder por um comando militar.

Nos canais oficiais, a Embaixada portuguesa informa "que, tendo em conta a atual situação de segurança, se encontra temporariamente suspensa a realização dos atos consulares agendados na Secção Consular".

De acordo com a informação disponibilizada, "os atendimentos afetados serão reagendados para a primeira oportunidade possível, logo que as condições o permitam".

A embaixada ressalva que "a Secção Consular mantém-se em funcionamento para efeitos de apoio consular de emergência aos cidadãos portugueses".

Na mesma nota informativa, a Embaixada de Portugal em Bissau indica que "continua a acompanhar de perto a situação de segurança na cidade de Bissau" e reitera "a recomendação de prudência e vigilância, bem como de evitar deslocações desnecessárias".

A representação diplomática portuguesa lembra que "de acordo com o comunicado emitido em nome do 'Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública', todas as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas da Guiné-Bissau encontram-se encerradas, tendo sido também estabelecido um recolher obrigatório entre as 19:00 e as 06:00".

Sublinha ainda que "estas medidas produzem efeitos imediatos e permanecerão em vigor até indicação em contrário pelas autoridades competentes".

Os militares tomaram hoje o poder na Guiné-Bissau, depois de um tiroteio que durou cerca de meia hora, segundo um comunicado das Forças Armadas guineenses.

O comunicado foi lido na televisão estatal guineense TGB pelo porta-voz do Alto Comando Militar, Dinis N´Tchama, que informa que os militares assumiram a liderança do país.

Na comunicação informa-se que foi "instaurado pelas altas chefias militares dos diferentes ramos das Forças Armadas, o Alto Comando Militar para a restauração da segurança nacional e ordem pública" e que o mesmo "acaba de assumir plenitude dos poderes de Estado da República da Guiné-Bissau".

O Alto Comando Militar informa que depôs o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló e que encerrou, "até novas ordens, todas as instituições da República da Guiné-Bissau".

Informa ainda que estão suspensas "as atividades de todos os órgãos de comunicação social", assim como decidiu "suspender imediatamente o processo eleitoral em curso".

Os guineenses votaram no domingo em eleições gerais, presidenciais e legislativas, tendo sido anunciada para quinta-feira a divulgação dos resultados, com o candidato da oposição Fernando Dias a reclamar vitória na primeira volta contra o atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que concorreu a um segundo mandato.

O comunicado explica que se trata de uma reação "à descoberta de um plano em curso de destabilização do país", atribuído a "alguns políticos nacionais com a participação de conhecidos barões de droga nacionais e estrangeiros".

Segundo os militares, o plano consistiria ainda na "tentativa de manipulação dos resultados eleitorais" das eleições gerais de domingo.

O Alto Comando Militar acrescentada que "foi descoberto pelo Serviço de Informação de Estado um depósito de armamento de guerra" destinado à "efetivação desse plano".

O Alto Comando Militar exercerá o poder do Estado a contar da data de hoje "até que toda a situação seja convenientemente esclarecida e respostas as condições para o pleno retorno à normalidade constitucional".

Os militares apelam "à calma, à colaboração dos guineenses e compreensão de todos perante" o que classificam como "grave situação imposta por uma emergência nacional".

BREAKING: Guinea-Bissau Military Escorts Former Nigerian President Jonathan Out Of Country Amid Political Turmoil

 

OT

𝗖𝗢𝗠𝗔𝗡𝗗𝗢 𝗠𝗜𝗟𝗜𝗧𝗔𝗥 𝗔𝗨𝗧𝗢𝗥𝗜𝗭𝗔 𝗔𝗟𝗚𝗨𝗠𝗔𝗦 𝗖𝗢𝗠𝗣𝗔𝗡𝗛𝗜𝗔𝗦 𝗔 𝗥𝗘𝗧𝗢𝗠𝗔𝗥𝗘𝗠 𝗦𝗘𝗨𝗦 𝗩𝗢𝗢𝗦

Por: Rádio Jovem

Através de uma nota na posse da Rádio Jovem, datado de 27 de Novembro, o Presidente do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil da Guiné Bissau, AACGB, Caramó Camará, informa as companhias aéreas comerciais: a ROYAL AIR MAROC, RAM e ASKY, TAP AIR PORTUGAL, EUROATLINTIC AIRWAYS E AIR COTE D'IVOIRE, que são autorizadas superiormente pelo ALTO COMANDO MILITAR PARA RESTAURAÇÃO DE SEGURANÇA NACIONAL E DA ORDEM PÚBLICA a efetuarem os seus voos regulares e programados para à Guiné Bissau e vice-versa.

Dentre companhias aéreas comerciais autorizadas, não consta na lista a AIR SENEGAL.

PRESIDENTE DA CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO: Declaração sobre a situação na República da Guiné-Bissau 26 de novembro de 2025


General Horta Inta-A assume a Presidência da Transição após um Alto Comando Militar para Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública do Estado Maior General ter assumido o controle do país na sequência dos acontecimentos que abalaram o país ontem (26/11).

Fonte: TGB_info

O Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, instruiu as forças no terreno a garantirem a livre circulação de transportes, bem como o normal funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais, dentro do horário autorizado, das 6h00 às 19h00.

Este posicionamento reforça o compromisso das autoridades militares com a estabilidade e o retorno gradual da normalidade no país.

Nas próximas horas, o Comando Militar deverá anunciar a nomeação do Presidente de Transição, passo considerado crucial para a reorganização institucional e para a consolidação do processo político em curso.

Hoje, 27 de novembro de 2025, a Guiné-Bissau encontra-se calma, sem registo de disparos. A cidade permanece parcialmente vazia, grande parte do comércio mantém-se encerrado e não há circulação de transportes.