sábado, 21 de junho de 2025

Líder supremo do Irão terá nomeado sucessores para o caso de ser morto... O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, terá nomeado três possíveis sucessores a partir de um bunker onde está escondido para o caso de morrer num ataque israelita ou norte-americano, noticiou hoje o The New York Times.

Por LUSA 

O jornal, que cita três funcionários iranianos familiarizados com a situação, afirma que Khamenei, de 86 anos, deu instruções à Assembleia de Peritos do seu país, o órgão clerical responsável pela nomeação do líder supremo, para escolher rapidamente o seu sucessor de entre os três clérigos de alto nível que propôs.

A sucessão na república islâmica é um processo delicado, mas o 'ayatollah' quer assegurar uma transição rápida e ordenada para preservar o seu legado no meio da guerra com Israel, acrescenta o jornal.

O líder supremo é o comandante chefe das Forças Armadas e dirige os poderes executivo, legislativo e judicial, além de ser a mais alta autoridade religiosa do xiismo, o ramo maioritário do Islão no Irão.

O conflito direto entre Israel e o Irão - o mais grave entre os dois países até à data - começou na semana passada, após o bombardeamento israelita de instalações nucleares e militares em território iraniano. Desde então, os dois países têm trocado uma série de ataques aéreos.

Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que decidirá dentro das próximas duas semanas se o seu país se juntará aos ataques israelitas, com o objetivo de impedir a República Islâmica de obter uma arma nuclear.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que assassinar Khamenei "acabaria com o conflito", enquanto Trump afirmou conhecer o paradeiro do líder supremo, embora tenha descartado matá-lo "por enquanto".


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Ataque contra central nuclear iraniana Isfahan foi "em grande escala"... O ataque aéreo israelita contra a central nuclear iraniana Isfahan na madrugada de hoje foi "em grande escala" e procurou aumentar os danos causados às instalações em bombardeamentos anteriores, afirmou o porta-voz do exército israelita.

Por  LUSA 

"Durante a noite, aprofundámos o ataque à central nuclear de Isfahan e à parte ocidental do Irão", disse Effie Defrin numa conferência de imprensa 'online', acrescentando que estas instalações já tinham sido alvo de um ataque a 13 de junho e, hoje de madrugada, Israel voltou a bombardear "em grande escala" o local "para reforçar os ganhos".

A imprensa iraniana alertou hoje para os ataques à central nuclear e os responsáveis iranianos garantiram que o bombardeamento não "provocou a fuga de materiais perigosos".

Isfahan, no centro do país, alberga o Centro de Tecnologia Nuclear do Irão e uma instalação de conversão de urânio, que sofreram "danos significativos" com os ataques, segundo os militares israelitas.

A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) confirmou que a central nuclear de Isfahan, no centro do Irão, foi atingida após novos ataques israelitas, que atingiram uma oficina com máquinas utilizadas para enriquecer urânio.

"Conhecemos bem estas instalações. Não havia material nuclear e, consequentemente, o ataque não terá consequências em termos de radiação" no ambiente, disse o diretor-geral do organismo da ONU, Rafael Grossi, citado num comunicado de imprensa.

A guerra entre o Irão e Israel começou na madrugada de 13 de junho, com Israel a lançar uma vasta ofensiva militar contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.

Os ataques dizimaram infraestruturas militares e nucleares do Irão, que tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, assim como várias instalações militares espalhadas pelo país.


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26 de Junho de 2025 - Conferência “Desafios da Habitação” no IGOT-ULisboa

Conferência “Desafios da Habitação” no IGOT-ULisboa

No âmbito do Ciclo de Conferências “Desafios Atuais da Imigração Lusófona: Portugal e União Europeia”, vai ter lugar no dia 26 de junho, às 14h30, no IGOT-ULisboa - Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, a conferência subordinada ao tema “Desafios da Habitação”.

Esta conferência - moderada pela Professora Doutora Alina Esteves, IGOT-ULisboa - contará com as intervenções de:

- Dra. Joana Ribeiro (EAPN Portugal/ Rede Europeia Anti-Pobreza);

- Dr. Paulo Fernandes (Câmara Municipal do Fundão);

- Professor Doutor Luís Mendes (IGOT-ULisboa);

- Professor Doutor António Brito Guterres (Dinâmia-CET, ISCTE);

- Dr. Timóteo Macedo (Solidariedade Imigrante);

- Dr. Eduardo Quinta Nova (Câmara Municipal de Sintra) (por confirmar).

Estas conferências, organizadas pela Universidade de Lisboa e pela UCCLA, pretendem ser um espaço de diálogo e partilha de experiências, promovendo uma reflexão crítica sobre as dinâmicas da imigração no espaço lusófono.

A entrada é livre.

Morada:

IGOT-ULisboa - Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

Rua Branca Edmée Marques, em Lisboa

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

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Faladepapagaio

Moscovo exige que Kyiv reconheça soberania russa das regiões que controla ... O Presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que a Ucrânia tem de reconhecer a soberania russa sobre as povoações ucranianas controladas pela Rússia e declarar formalmente a sua neutralidade, como passos para avançar nas conversações de paz.

© REUTERS/Maxim Shemetov     Lusa   21/06/2025

As povoações ucranianas controladas pela Rússia, região que outrora Putin designou por Novorossiya (Nova Rússia) são as localidades que foram incorporadas em território russo na sequência de um referendo que nem o Governo ucraniano nem os seus aliados reconhecem, como Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporiyia. 

Novorossiya é um nome histórico resgatado pelo Presidente russo.

"É necessário que a Ucrânia reconheça os resultados dos referendos nestas quatro regiões. É do interesse da Ucrânia manter relações amigáveis connosco a longo prazo", afirmou o Presidente russo numa entrevista à Sky News Arabia.

Putin apelou ainda para que a Ucrânia declare a sua "neutralidade" e se abstenha de "aderir a qualquer aliança estrangeira", referindo-se à NATO, duas medidas essenciais para "alcançar a estabilidade na região".

"Espero que a atual liderança na Ucrânia seja guiada pelos interesses nacionais e não pelos interesses de terceiros", acrescentou, antes de acusar "partidos externos" de manipularem as autoridades ucranianas.

"A Ucrânia merece um destino melhor do que ser um instrumento nas mãos desses partidos, que estão a trabalhar contra a Rússia", acrescentou Putin.

Putin tem vindo a reivindicar todas estas questões praticamente desde a crise de 2014 na Ucrânia, o precedente direto do atual conflito que eclodiu com a invasão russa do país em 2022.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sempre respondeu que o seu país não tem intenção de aceitar uma única destas exigências e que o fim do conflito exige a retirada da Rússia de todos os territórios ucranianos sob o seu controlo.

Entretanto, o Ministério da Defesa russo informou hoje que as defesas antiaéreas da Rússia abateram na quinta-feira à noite 28 drones ucranianos em quatro das suas regiões, sendo a região fronteiriça de Belgorod a que registou o maior número de vítimas.

"No dia 20 de junho, entre as 22:00 e as 23:55 locais, os sistemas antimíssil ativos destruíram 23 drones ucranianos do tipo aeronave", afirmou o ministério da Defesa russo no seu canal Telegram.


Leia Também: Putin diz que Irão tem direito a programa nuclear "pacífico"...     Vlaimir Putin diz que a Rússia “está disposta a dar a assistência e o apoio necessários” para o “Irão desenvolver programas para o uso de tecnologias nucleares com fins pacíficos”.

Papa pede que se enfrente "inaceitável" desproporção entre ricos e pobres... O Papa Leão XIV pediu aos políticos de todo o mundo para enfrentar a "inaceitável" desproporção entre ricos e pobres como um serviço à paz social, durante uma audiência hoje para o Jubileu dos governantes.

Por LUSA 

O pontífice recordou aos políticos que um dos seus "deveres" é "promover e proteger, além de qualquer interesse particular, o bem da comunidade, especialmente em defesa dos mais fracos e marginalizados".

"Trata-se de lutar para superar a inaceitável desproporção entre a riqueza nas mãos de poucos e a pobreza inaceitável. Aqueles que vivem em condições extremas clamam para fazer ouvir a sua voz, mas muitas vezes não encontram ouvidos dispostos a escutá-los", denunciou Leão XIV.

Neste sentido, salientou que esta desigualdade gera injustiça, que pode levar à violência e "mais cedo ou mais tarde ao drama da guerra".

"Uma boa ação política, que favoreça uma distribuição equitativa dos recursos, pode oferecer um serviço eficaz à harmonia e à paz, tanto a nível social como internacional", recomendou.

Leão XIV recebeu hoje de manhã no Palácio Apostólico os políticos que neste fim de semana participam no Jubileu dos Governantes e Administradores, no âmbito deste Ano Santo.

O encontro contou com a presença da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e de deputados, senadores, presidentes de câmara, governadores regionais e diplomatas de 68 países.

No encontro, o papa salientou que o surgimento da Inteligência Artificial (IA) é "um grande desafio", observando que "será válida para ajudar a sociedade na medida em que a sua utilização não afete a identidade e a dignidade" das pessoas e as suas liberdades fundamentais.

"A vida pessoal vale muito mais do que um algoritmo e as relações sociais precisam de espaços humanos muito superiores aos ecrãs limitados que qualquer máquina sem alma pode fazer", alertou.

Por fim, o Pontífice agostiniano, evocando Cícero, recomendou que, ao legislar sobre o bem comum, o conceito de direito natural, "não escrito pela mão do homem, mas reconhecido como universalmente válido em todos os tempos", fosse o ponto de referência.

A lei natural, válida universalmente e acima de outras convicções de caráter mais opinativo, constitui uma bússola com a qual nos devemos orientar quando legislamos e agimos, particularmente em questões éticas delicadas que hoje tocam a esfera da intimidade pessoal", aconselhou.

Leão XIV despediu-se dos governantes citando como "exemplo" Thomas More, o jurista e chanceler de Henrique VIII que foi decapitado em 1535 por não ter respeitado a nova igreja anglicana.

"A coragem com que não hesitou em sacrificar a sua própria vida para não trair a verdade faz dele ainda hoje, para nós, um mártir da liberdade e do primado da consciência. Que o seu exemplo seja uma fonte de inspiração para cada um de vós", concluiu o pontífice.


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Congresso internacional debate ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau

Por LUSA 

O ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau junta, durante três dias, académicos e especialistas de alguns países lusófonos no primeiro congresso internacional sobre a temática, que decorre entre segunda e quarta-feira, na capital do país africano.

Com intervenções da Guiné-Bissau, de Portugal, de Cabo Verde e de Angola, o primeiro Congresso do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau tem como propósito a partilha, reforço da cooperação científica e dar contributos para o sistema educativo guineense.

"Que seja um subsídio científico para depois ficar", enfatizou, em entrevista à Lusa, Júlio Azevedo João da Silva, da comissão organizadora, que é também coordenador da licenciatura em Língua Portuguesa na Escola Superior de Educação Tchico Té.

A iniciativa parte deste estabelecimento de ensino superior público guineense, onde terá início no próximo ano letivo o primeiro mestrado em Língua Portuguesa na Guiné-Bissau.

O ensino do português tem o apoio do Instituto Camões com a disponibilização de docentes e assessoria científica, e foi a assessora científica Sofia Santos que fez a proposta, "imediatamente aceite", para a realização do congresso, disse Júlio Azevedo, da comissão organizadora.

Ao longo de três dias, presencialmente e através de videoconferência, especialistas, cientistas de língua, pedagogos, professores universitários e académicos vão partilhar experiências e debater o ensino do português.

No final do congresso internacional, segundo a organização, será feito um relatório pela comissão científica que vai deixar um instrumento, uma orientação ao sistema educativo guineense sobre o ensino do português.

Júlio Azevedo, também professor de português, realçou que deste congresso vai ficar também a cooperação científica entre os diferentes intervenientes do espaço lusófono.

"Tenho a certeza que vão deixar aqui contribuições que vão ter o seu impacto no ensino e na valorização e na presença da língua portuguesa na Guiné-Bissau", considerou, explicando que o congresso "vai ser um debate teórico de partilha de práticas, como é que lá nos outros contextos da lusofonia o ensino é encarado".

"Também são experiências que vão ser partilhadas e que de certeza absoluta vão ficar como uma riqueza, sobretudo para os professores, em especial, e para o nosso sistema educativo, no geral", acrescentou.

O ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica da Guiné-Bissau, Herry Mané, é um dos convidados para o evento, assim como o diretor de Serviços da Língua do Instituto Camões, Rui Vaz.

Com este congresso internacional pretende-se ainda enfatizar "que há uma preocupação e há uma iniciativa em que vai debater-se tudo aquilo que tem a ver com os aspetos científicos do ensino da língua".

Para Júlio Azevedo, "vai ser um momento histórico no ensino, com o objetivo de apoiar, proporcionar um ambiente de confiança no sistema educativo" guineense.

O primeiro Congresso Internacional de Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau, financiado pelo Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., é coorganizado pela Escola Superior de Educação -- Unidade Tchico Té e pelo Centro de Língua Portuguesa Camões I.P. em Bissau.

O evento tem como parceiros o Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica da Guiné-Bissau, as Embaixadas de Portugal e do Brasil em Bissau e os institutos Internacional da Língua Portuguesa (ILLP) e Guimarães Rosa.

São ainda parceiros as universidades do Minho e de Lisboa (Portugal), de Cabo Verde, a Amilcar Cabral (Guiné-Bissau), a de Leipzig (Alemanha), a Faculdade de Direito de Bissau e o Agrupamento de Escolas Daniel Sampaio (Portugal).

Análise. Irão ameaça fechar estreito de Ormuz: porque é tão importante? ... José Palmeira, professor de relações internacionais, explica como é que o estreito de Ormuz liga o Médio Oriente ao resto do mundo.

Por SIC Notícias

Teerão ameaçou fechar o estreito de Ormuz, o corredor marítimo mais importante do mundo para o transporte de petróleo, caso os Estados Unidos se envolvam no conflito entre o Irão e Israel.

Estima-se que cerca de 20 milhões de barris de petróleo e combustíveis sejam transportados por este local entre o Irão e os Emirados Árabes diariamente, pelo que o seu encerramento faria disparar o preço do petróleo, explica à SIC o professor de relações internacionais José Palmeira.

Irã ameaça fechar Estreito de Ormuz caso EUA apoiem Israel em conflito 

Os consumidores da Europa e Estados Unidos “seriam imediatamente afetados”, aponta.

“Os custos do petróleo têm implicações não apenas ao nível do consumidor doméstico e industrial, mas acaba por afetar também o preço de todos os produtos que são transportados e, por via disso, teríamos uma nova crise inflacionista que vinha a somar já outras recentes que os bancos centrais têm vindo a combater."

O estreito de Ormuz continua aberto, mas o petróleo já está mais caro e, consequentemente, inclusivamente em Portugal, espera-se um aumento do preço dos combustíveis na próxima semana.

“Os mercados antecipam sempre os cenários, isto é, se há um cenário de acentuar a crise, de eventualmente existir esse encerramento do estreito de Ormuz com as consequências de os Estados terem menos acesso às importações de combustíveis, os mercados antecipam e aquilo que está a acontecer é essa perspetiva”, explica José Palmeira.


Escolas da Guiné-Bissau recebem primeiros manuais escolares... As crianças da Guiné-Bissau têm, pela primeira vez, manuais para aprender e os professores guias para ensinarem, acompanhados de uma reforma curricular que promete mudar as salas de aulas das escolas públicas.

© Lusa   21/06/2025

"São os primeiros manuais", enfatizou à Lusa Jorge Sanca, diretor da escola de Cadjens, no setor de Bula, com 376 alunos, do jardim-de-infância até ao nono ano.

O material continua a ser guardado nas caixas em que chegou recentemente, mas a utilidade do mesmo já pode ser observada nas salas de aulas do primeiro ao quarto ano, como constatou a reportagem da Lusa.

As escolas públicas do primeiro ciclo foram as primeiras contempladas pelo projeto Reforma Curricular do Ensino Básico da Guiné-Bissau (RECEB) com a impressão de 220 mil manuais e cadernos de atividades e sete mil guias para professores, além de outros materiais, como 'tablets' e carregadores solares.

O projeto começou há dez anos e envolve o Governo guineense, o Banco Mundial, a Fundação Gulbenkian e a Universidade do Minho, em Portugal, para a reforma do ensino num país onde 45% da população adulta é analfabeta.

Uma década depois, os resultados chegaram às escolas e na de Cadjens o diretor contou à Lusa o que mudou, a começar pela renovação do currículo escolar.

O ensino do primeiro ciclo tem mudança nas disciplinas que passam agora a ser Expressão, Matemática, Língua Portuguesa, Meio Físico e Social e Cidadania.

Os 20 professores que o Ministério da Educação guineense envia de Bissau para aquela escola tiveram formação e cada um tem um guia que usa para lecionar.

O diretor acredita que "vai mudar muito, porque o ensino era muito deficitário por falta de materiais. Agora, com esse apoio, com esses materiais, vai ajudar as crianças".

"Dantes, por exemplo, na Língua Portuguesa ensinava Gramática mas primeiro era a oralidade, agora os alunos estão vendo imagens, já começam a falar, criar oralidade, depois escrita. Isso vai ajudar muito", exemplificou.

No português, na matemática ou noutra disciplina, o facto de terem algo que permita ver a realidade do que se fala, "facilita a aprendizagem das crianças", acredita o diretor.

As crianças, acrescentou, aprendem observando e o facto de terem o apoio dos manuais, nomeadamente das gravuras, "ajuda muito".

"Antes era difícil, porque não havia manuais. O professor é que fazia tudo, a sua arte para poder ensinar. Agora, com esses manuais, vai ser mais fácil o professor trabalhar", contou.

Os guias para os docentes ajudam porque servem de orientação, dão toda a explicação de "como introduzir uma matéria, como vai desenvolver, como vai avaliar".

De acordo com informação disponibilizada pela Universidade do Minho, antes da pandemia da covid 19, foi iniciado o processo de alargamento da reforma ao segundo ciclo, mas "limitações orçamentais fizeram com que só agora fosse possível pensar em retomar o processo".

Mais recentemente, foram elaborados materiais para a educação pré-escolar e para a educação acelerada, uma inovação no país, destinada a quem não fez o 1.º e o 2.º ciclos obrigatórios na idade normal, segundo  fonte.

Estes materiais estão a ser testados em algumas pré-escolas e escolas de diversas regiões do país e, em paralelo, têm decorrido cursos de formação para educadores de infância e para professores daqueles ciclos.

Zelensky adverte "ayatollah Putin" para situação do regime iraniano... O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou hoje a intenção da Rússia de continuar a guerra apesar das negociações de cessar-fogo e advertiu o homólogo russo, Vladimir Putin, para a situação do regime do Irão, alvo de ataques israelitas.

© Ukrinform/NurPhoto via Getty Images   Por  Lusa

"Hoje, os russos declararam mais uma vez, de forma aberta e absolutamente cínica, que 'não estão com disposição' para um cessar-fogo. A Rússia quer estar em guerra, inclusive brandindo algumas ameaças", destacou Zelensky, durante o seu discurso noturno diário.

O governante ucraniano referiu-se ainda ao homólogo russo como o "ayatollah Putin", numa referência aos lideres da República Islâmica, sublinhando que o líder do Kremlin (presidência russa) pode "contar com os seus amigos no Irão para ver onde estes regimes vão parar e até que ponto estão a levar os seus países ao declínio".

Também o chefe da diplomacia ucraniana acusou hoje Vladimir Putin de demonstrar desprezo pelo processo de paz, ao sugerir que Moscovo poderá tomar novos territórios na Ucrânia, nomeadamente a cidade de Sumy, no nordeste do país.

"As declarações cínicas de Putin demonstram um total desprezo pelos esforços de paz norte-americanos (...). A única forma de obrigar a Rússia a fazer a paz é privá-la do seu sentimento de impunidade", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, numa mensagem publicada na rede social X.

O chefe da diplomacia ucraniana reagiu assim às declarações hoje emitidas por Putin, que se disse "muito preocupado" com a possibilidade de uma terceira guerra mundial, devido aos conflitos no Irão e na Ucrânia, reivindicando, ao mesmo tempo, a posse do país vizinho.

"Estou preocupado. Digo isto sem ironia ou brincadeira. Há um grande potencial de conflito que está a crescer (...). O conflito que estamos a viver na Ucrânia, o que está a acontecer no Médio Oriente e, claro, estamos muito preocupados com o que está a acontecer em torno das instalações nucleares do Irão", declarou o líder russo no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.

Numa intervenção transmitida em direto pela televisão russa, Vladimir Putin comentou que todos estes conflitos exigem não só a atenção do Kremlin, "mas também a procura de soluções, de decisões, de preferência por meios pacíficos".

Quanto à Ucrânia, o chefe de Estado russo reivindicou a posse de todo o país, que mandou invadir em fevereiro de 2022, num conflito em curso há mais de três anos e que envolveu ajuda militar do Ocidente a Kyiv.

"Já o disse muitas vezes, considero o povo russo e ucraniano o mesmo povo. Nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa", defendeu, citando "uma regra antiga" ao moderador do debate: "Onde a bota de um soldado russo pisa, é nosso".

Mais de três anos após o início da invasão da Ucrânia, a Rússia exige o reconhecimento da sua anexação das regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país, e de Zaporijia e Kherson, no sul, além da península da Crimeia, desde 2014.

Moscovo pretende também que Kyiv renuncie aos seus planos de aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) e ao reforço das suas capacidades militares, condições recusadas pelas autoridades ucranianas.


Leia Também: O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, defendeu hoje que ou a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) muda, porque "o mundo mudou", ou então "já não tem razão para existir".

Vladimir Putin diz que "toda a Ucrânia é russa"... O presidente russo afirmou que todo o território que um soldado russo pisa é Rússia e admitiu conquistar mais território na Ucrânia. Putin avançou a possibilidade de eclodir uma Terceira Guerra Mundial e propôs ideias ao Irão.

© Lusa

Putin diz estar "muito preocupado" com hipótese de uma 3.ª guerra mundial. 

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje estar "muito preocupado" com a possibilidade de uma terceira guerra mundial devido aos conflitos no Irão e na Ucrânia e, ao mesmo tempo, que reivindicou a posse deste país vizinho.

"Estou preocupado. Digo isto sem ironia ou brincadeira. Há um grande potencial de conflito que está a crescer (...). O conflito que estamos a viver na Ucrânia, o que está a acontecer no Médio Oriente e, claro, estamos muito preocupados com o que está a acontecer em torno das instalações nucleares do Irão", declarou o líder russo durante o Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.

Numa intervenção transmitida em direto pela televisão russa, Vladimir Putin comentou que todos estes conflitos exigem não só a atenção do Kremlin, "mas também a procura de soluções, de decisões, de preferência por meios pacíficos".

Em relação ao seu aliado Irão, Putin disse que Moscovo cumpre todos os seus compromissos com a República Islâmica, mas afastou o envolvimento russo ao lado de Teerão na guerra iniciada por ataques israelitas em grande escala desde 13 de junho, justificados por Telavive com a necessidade de parar o programa nuclear iraniano.

"Sempre cumprimos os nossos compromissos, e o mesmo se aplica às relações russo-iranianas. Apoiamos o Irão na luta pelos seus interesses legítimos, incluindo a sua luta por um programa nuclear pacífico", sustentou, criticando aqueles que o acusam de não ter feito o que estava ao seu alcance para apoiar o Irão.

"O que mais deveríamos fazer? Iniciar algum tipo de operação militar, ou quê?", questionou Putin, acrescentando que o Kremlin "tem as suas próprias operações militares contra aqueles que considera inimigos das ideias que defende e contra aqueles que representam ameaças à Rússia".

O presidente russo afirmou que não procura o papel de mediador no conflito entre Israel e o Irão, mas está "simplesmente a propor ideias" para resolver a situação.

"Se forem apelativas para ambos os países, ficaremos felizes", disse Putin, ao referir que mantém contactos com Israel e os seus "amigos iranianos" quase diariamente, após a diplomacia de Moscovo ter considerado as justificações de Telavive para os seus ataques no Irão como cínicas.

A propósito da incerteza expressada pelo homólogo norte-americano, Donald Trump, sobre uma participação de Washington no conflito, em apoio de Israel, o líder russo recomendou a Washington que mantenha o seu afastamento, sob risco de "consequências imprevisíveis".

Do mesmo modo, manifestou confiança de que as ameaças de Israel em relação a um eventual assassínio do líder supremo do Irão, Ali Khamenei, continuem "na retórica", dois dias após ter afirmado aos jornalistas que "nem sequer queria falar sobre essa possibilidade".

Na sua intervenção, o presidente russo referiu-se também à Ucrânia e reivindicou a posse de todo o país vizinho, que mandou invadir em fevereiro de 2022, num conflito que persiste há mais de três anos e que envolveu o apoio militar do Ocidente a Kiev.

"Já o disse muitas vezes, considero o povo russo e ucraniano o mesmo povo. Nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa", defendeu, citando "uma regra antiga" ao moderador do debate: "Onde a bota de um soldado russo pisa, é nosso".

O líder russo não descartou a conquista da região de Sumy, no nordeste da Ucrânia, onde as forças de Moscovo abriram uma frente de combate alegando que pretendem criar uma "zona de segurança", que indicou já se estender por 10 a 12 quilómetros.

"Não temos esse objetivo: conquistar Sumy. Mas, em princípio, não descarto", disse Putin, que realçou ter alertado Kiev, em diversas ocasiões, que se não parasse as suas operações militares, as condições de Moscovo à mesa das negociações ficariam cada vez mais exigentes.

Mais de três anos após o início da invasão da Ucrânia, a Rússia exige o reconhecimento da posse das regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país, e de Zaporijia e Kherson, no sul, além da península da Crimeia, anexada desde 2014.

Moscovo pretende também que Kiev renuncie aos seus planos de aderir à NATO e do reforço das suas capacidades militares, condições recusadas pelas autoridades ucranianas.


Leia Também: "As declarações cínicas de Putin demonstram um total desprezo pelos esforços de paz norte-americanos (...). A única forma de obrigar a Rússia a fazer a paz é privá-la do seu sentimento de impunidade", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, numa mensagem publicada na rede social X.