sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Zelensky abandona a Casa Branca mais cedo após acusações de Trump

© Getty Images    Notícias ao Minuto 28/02/2025 

A conferência de imprensa dos chefes de Estado foi cancelada. Trump rejeita conversações com Zelensky até que esteja "pronto para paz"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, abandonou a Casa Branca mais cedo depois de um encontro público tenso com Donald Trump e o vice-Presidente norte-americano, JD Vance, na Sala Oval. 

A conferência de imprensa que estava marcada para depois do encontro foi também cancelada. Um funcionário da Casa Branca, citado pela agência Reuters, confirmou que o acordo de minerais entre os países não foi assinado.

Pouco depois, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que não continuará as negociações com o seu homólogo ucraniano e disse que Volodymyr Zelensky poderá regressar a Washington quando "estiver pronto para a paz".

"Tivemos uma reunião muito significativa na Casa Branca hoje. [...] É incrível o que sai através da emoção, e eu determinei que o Presidente Zelensky não está pronto para a paz se a América estiver envolvida, porque ele sente que o nosso envolvimento lhe dá uma grande vantagem nas negociações", escreveu Trump na rede social Truth Social.

"Eu não quero vantagem, eu quero paz. Ele desrespeitou os Estados Unidos da América no seu querido Salão Oval. Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz", concluiu.


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O Presidente da Nigéria disse hoje que o país está a sair da crise económica em que está mergulhado, referindo o crescimento de 3,8% da economia no quarto trimestre de 2024, o melhor desempenho em três anos.

© Getty Images  Lusa   28/02/2025 

Presidente da Nigéria assegura que fim da crise económica está próximo

O Presidente da Nigéria disse hoje que o país está a sair da crise económica em que está mergulhado, referindo o crescimento de 3,8% da economia no quarto trimestre de 2024, o melhor desempenho em três anos.

A Nigéria, país mais populoso de África, tem sido assolado por uma inflação galopante desde que Bola Tinubu, que foi eleito Presidente em 2023, pôs fim aos subsídios aos combustíveis e ao controlo cambial.

O chefe de Estado, que falava após assinar o orçamento de Estado para 2025, com um valor de cerca de 35,2 mil milhões de euros, disse que a Nigéria está a caminhar para "a luz ao fundo do túnel".

Perante as críticas de que é alvo, Bola Tinubu tem apelado repetidamente à paciência dos seus compatriotas, afirmando que as suas reformas ajudarão a atrair investidores estrangeiros e a relançar a economia.

"O ano passado testou a nossa determinação, mas graças à disciplina económica e às reformas estratégicas, conseguimos o que muitos consideravam impossível", afirmou Tinubu.

Os números do produto interno bruto da Nigéria divulgados na terça-feira revelaram que a economia nigeriana cresceu 3,8% no quarto trimestre de 2024, marcando o melhor desempenho em três anos.

Tinubu citou o crescimento, bem como a reforma do mercado cambial, o aumento do salário mínimo e o aumento das receitas públicas para 13 mil milhões de euros em 2024, como prova de que as suas reformas estavam a dar frutos.

"Depois da turbulência inicial... a descolagem era incerta", afirmou, vincando: "Hoje, podemos ver a luz ao fundo do túnel".

De acordo com vários economistas, o aumento do PIB é um sinal promissor para o país.

O Presidente nigeriano e o seu governo esperam um melhor desempenho económico em 2025, graças à redução das importações de petróleo refinado, ao aumento das exportações devido às refinarias nacionais e a uma abundante colheita de produtos alimentares.

O país reviu recentemente as suas estatísticas económicas, baixando a taxa de inflação anual para 24,48%, contra 34,80% apontados em dezembro.

Mas muitas pessoas continuam a sentir os efeitos da crise económica, nomeadamente devido ao aumento do preço das rendas na capital económica, Lagos.

Em dezembro de 2024, Tinubu explicou ao Parlamento que o orçamento de 2025 seria dedicado principalmente às missões e aos salários das forças de segurança.

Para além das dificuldades económicas, a Nigéria sofre há 15 anos os efeitos de uma insurreição fundamentalista islâmica, que causou mais de 40 mil mortos e dois milhões de deslocados, bem como de ataques de grupos armados no norte e no centro do país.


Rússia acusa Ucrânia de conspiração para assassinar o "único confessor de Putin"

Tikhon Shevkunov com Vladimir Putin (Mikhail Svetlov/Getty Images)  Por  cnnportugal.iol.pt 

O sacerdote é membro do conselho consultivo do presidente russo para a cultura e as artes

A principal agência de serviços de informação russa disse esta sexta-feira que impediu um atentado contra o líder da igreja ortodoxa na Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, tendo responsabilizado a Ucrânia. O Serviço Federal de Segurança russo (FSB, na sigla em inglês) avançou em comunicado que "frustrou um ataque planeado pelos serviços especiais ucranianos contra Tikhon".

Tikhon Shevkunov, de 66 anos, que foi nomeado líder da igreja ortodoxa em Simferopol e na Crimeia em 2023, tem um doutoramento em história e é também editor-chefe do site de notícias ortodoxo Pravoslavie.

O sacerdote é ainda membro do conselho consultivo do presidente russo para a cultura e as artes e foi condecorado em 2024 por Vladimir Putin pela participação na reconstrução de um complexo museológico na Crimeia.

Um cidadão russo e um cidadão ucraniano foram detidos na capital russa, refere o comunicado. Os suspeitos são Alexander Ivankovich, um clérigo, que confirmou que uma primeira tentativa de assassinato estava planeada para o início de janeiro, mas que acabaria por ser cancelada devido à detenção de Popovich, tendo sido marcada uma nova data para o final de fevereiro.

Denis Popovich, o outro suspeito, é o assistente do Metropolitan e foi recrutado pela Direção Principal de Informações do ministério da Defesa da Ucrânia para espiar o líderes de igreja, tendo-lhe sido confiada a tarefa de encontrar um cúmplice e eliminar o hierarca com explosivos.

Segundo a agência estatal de notícias russa RIA, foram encontrados mais de 70 contactos de indivíduos ucranianos, incluindo o da secretária de imprensa das Forças Armadas da Ucrânia, Margarita Rivchachenko, nos telefones dos detidos.

Os suspeitos tinham ainda em sua posse dois passaportes ucranianos falsos que, alegadamente, os ajudariam a sair da Rússia após o ataque terrorista.

Após as averiguações foi aberto um processo-crime com base nos artigos “Preparação de um ato terrorista”, com uma pena máxima de até 20 anos ou prisão perpétua, e “Tráfico ilegal de engenhos explosivos”, com uma pena entre os 8 e os 12 anos.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, várias personalidades russas ou pró-Rússia foram alvos de ataques. A maior parte desses ataques foram atribuídos a Kiev ou reivindicados pelos serviços secretos ucranianos, sendo o mais recente o assassínio do general Igor Kirillov no mês de dezembro, em Moscovo.

Comissão Nacional Lunar anuncia preparativos para a observação da lua, momento crucial para determinar o início do jejum_ Ramadão.

Durante uma conferência de imprensa esta manhã, os responsáveis apelam à colaboração da comunidade muçulmana no sentido de estar atenta à aparição do crescente lunar.

A Comissão Nacional de Observação Lunar da Guiné-Bissau destaca ainda a importância da unidade e da participação da comunidade para garantir uma determinação precisa da data de início do jejum, que será anunciada oficialmente após a confirmação da lua nova.

@Radio Voz Do Povo

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, prestou homenagens aos heróis nacionais do Azerbaijão, depositando uma coroa de flores no Monumento da Vitória.

 Presidência da República da Guiné-Bissau  27 de fevereiro de 2025

Durante a visita, conheceu o centro de formação das forças especiais do país, onde assistiu a exercícios militares e discutiu oportunidades de cooperação na área da defesa.

O Presidente também visitou o ASAN Center, uma referência internacional na digitalização de serviços públicos, onde testemunhou a assinatura de um memorando de entendimento para apoiar a modernização dos serviços administrativos da Guiné-Bissau.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão condenou esta quinta-feira declarações do chefe da diplomacia de Israel admitindo uma "opção militar" para travar as ambições nucleares iranianas.

© Guglielmo Mangiapane/Reuters   Lusa  28/02/2025

Irão condena declarações de Israel sobre "opção militar"

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão condenou esta quinta-feira declarações do chefe da diplomacia de Israel admitindo uma "opção militar" para travar as ambições nucleares iranianas.

Em entrevista ao site noticioso norte-americano Politico, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, disse que o Irão tinha enriquecido urânio suficiente para fabricar "algumas bombas" nucleares e que está a esgotar-se o tempo para impedir que se torne numa potência nuclear.

"Acredito que, para impedir o Irão de desenvolver um programa de armas nucleares, deve ser considerada uma opção militar fiável", disse Saar ao Politico.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão considerou um "ultraje" as ameaças de Telavive e a postura ocidental.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita e outras autoridades continuam a ameaçar o Irão com ações militares, enquanto o Ocidente continua a culpar o Irão pela sua capacidade de se defender", publicou no X o porta-voz ministerial Esmaeil Baqaei.

Um novo relatório confidencial da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) conclui que o Irão aumentou "de forma muito preocupante" as suas reservas de urânio enriquecido a 60%, um limiar próximo dos 90% necessários para fabricar uma arma nuclear.

Citada pelas agências internacionais na quarta-feira, a agência da ONU registou 274,8 quilos no passado dia 08 contra os 182,3 quilos assinalados três meses antes, o que demonstra uma clara aceleração do ritmo de produção.

O Irão cumpriu, assim, o seu anúncio de instalar e utilizar mais maquinaria para enriquecer urânio a 60%.

No relatório é ainda notada a preocupação com a falta de progressos e de cooperação de Teerão, pelo que a AIEA "não estará em posição de dar garantias de que o programa nuclear do Irão é exclusivamente pacífico".

O aumento do ritmo de enriquecimento de urânio começou dias depois de o Conselho de Governadores da AIEA ter aprovado uma resolução a condenar o facto de o Irão não ter esclarecido que o seu programa nuclear é, como Teerão afirma, exclusivamente pacífico.

Em 2015, o Irão e as grandes potências chegaram a um acordo que limitava o âmbito e as capacidades do programa atómico iraniano em troca do levantamento das sanções.

Esse acordo foi enfraquecido, primeiro porque os Estados Unidos o abandonaram em 2018, no primeiro mandato do Presidente Donald Trump, e depois porque o Irão decidiu ignorar as suas obrigações.

Segundo a AIEA, o Irão é o único país sem arsenal nuclear que enriquece urânio a 60% e já passaram quatro anos desde que o Irão suspendeu a aplicação do protocolo do Tratado de Não Proliferação Nuclear que permite inspeções mais rigorosas às suas instalações.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou recentemente que Israel "terminaria o trabalho" contra o Irão com o apoio dos Estados Unidos, o seu principal aliado.

Netanyahu não elaborou, mas há muito que defende uma linha dura contra a República Islâmica do Irão, que vê como uma ameaça à existência de Israel.

O Irão diz que o seu programa nuclear existe apenas para fins civis, incluindo energia, e nega que queira possuir armas nucleares.

O Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse hoje que não descarta negociar com os Estados Unidos um novo acordo sobre o programa nuclear, mas assegurou que não o fará sob intimidação de Trump.

"Não dissemos que não negociaremos, mas não cederemos à pressão daqueles que nos intimidam", explicou o Presidente reformista do Irão, num evento em Teerão.

Pezeshkian lembrou que, depois de impor sanções, os Estados Unidos estão agora a dizer "vamos conversar", algo que Teerão ainda não está preparado para fazer, já que, sustentou, "primeiro, é preciso que ele [Trump] mostre a sua sinceridade ao procurar o diálogo".

"Depois poderemos iniciar as negociações", defendeu o líder iraniano.



Leia Também: Morreu Rose Girone aos 113 anos, a mais velha sobrevivente do Holocausto. A morte foi confirmada pela família e a Claims Conference, uma organização que representa a comunidade judaica e indemniza as vítimas da Alemanha nazi.