quarta-feira, 1 de maio de 2013

Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau acusado de ameaças de morte


                                      Manuel Nascimento Lopes (Manelinho) D.R

Um membro do comité executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau acusa o presidente do organismo, Manuel Nascimento Lopes (Manelinho), de lhe ter feito ameaças de morte, caso persista em questionar a sua liderança.

Em nota de imprensa, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Inum Embalo, suspenso por ordens de Manuel Nascimento Lopes, diz que o presidente da Federação tem tido “comportamentos infantis e irresponsáveis”.

Na carta, Embalo, até agora o membro do comité executivo da Federação encarregue do futebol feminino, afirma que Manuel Lopes o terá ameaçado de morte numa reunião e que este afirmou que se isso acontecesse sairia impune, porque “o país não tem pena de morte”.

Além de presidente da Federação, Manuel Lopes é também empresário e deputado no Parlamento da Guiné-Bissau.

“O mais caricato e inacreditável foi que o Deputado da Nação expressou em alto e bom som de que o país carece de leis [não tem pena de morte] e mesmo que ele cometesse um crime de assassinato vai pagar a caução, porque tem dinheiro suficiente para tal e sairia impune de tal ato”, lê-se na carta de Inum Embalo.

Contactado pela Lusa, o assessor de imprensa de Manuel Nascimento Lopes disse que este não vai reagir neste momento.

Inum Embalo diz que se sente ameaçado e pede a proteção dos órgãos competentes, ao mesmo tempo que insta o Ministério Publico a averiguar as declarações de Manuel Lopes, que diz terem sido proferidas na presença de outras pessoas.

(lusa.pt)

Acordo no parlamento: Eleições na Guiné-Bissau em Novembro


                                  Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau

Políticos e outros responsáveis da Guiné-Bissau concordaram hoje no parlamento que as eleições gerais devem ser em novembro e que o período de transição deverá terminar a 31 de dezembro.

As propostas foram aprovadas pelos presentes numa reunião no parlamento (políticos, chefias militares, chefes religiosos e lideres sindicais) e resultaram de um consenso sobre o novo modelo para o período de transição em curso na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado militar.

Além da realização de eleições gerais em novembro, em data a ser marcada pelo Presidente da República de transição, Serifo Nhamadjo, as partes concordaram também na formação de um novo Governo “mais inclusivo” e ainda na eleição de um novo presidente da Comissão Nacional de Eleições, cujo nome deve ser indicado pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial.

O presidente do parlamento, Sory Djaló, anunciou que as partes chegaram a um acordo de princípio sobre aquilo que será o roteiro político e um pacto de regime, a serem apresentados no dia 02 de maio no parlamento para serem adotados como leis.

A ideia dos atores políticos e sociais da Guiné-Bissau é, de acordo com o presidente do parlamento, ter um roteiro de transição e um Governo inclusivo antes do dia 09 de maio, data em que a situação do país será debatida no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O chefe das Forças Armadas, general António Indjai, disse que os militares concordaram com os pontos propostos pelos políticos, mas pediu aos dirigentes do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), para que “deixem de ser guiados por ‘Cadogo’”.

Cadogo é o diminutivo de Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro deposto no golpe de Estado de 12 de abril do ano passado. Desde então a Guiné-Bissau vive um período de transição.

(lusa.pt)