domingo, 19 de março de 2017

DSP NA CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO DA GIARAH

Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, encontra-se em Mansoa a convite do Chefe Religioso, Aladje Abubacar Djalo, Presidente da União dos Imames da Guiné-Bissau e Imame Central da Mesquita de Mansoa, para assistir ao encerramento da GIARAH (um ação de intercâmbio religioso, marcada com um intercâmbio de visitas entre fieis, visando a fortificação de laços e da fé entre humanidade e assinalada com leituras de textos e de canções cornijas, bem como de exposições etc...).


DSP, presidente do PAIGC, Idrissa Djalo, presidente do PUN e Aly Hijazi, secretário nacional do PAIGC
O evento juntou várias personalidades do país dentre quais Presidente do PAIGC DSP, outras formações Política e alguns membros do 'Governo' de iniciativa presidencial. Foram entregues certificados aos leitores corânicos, bem como a cerimónia de conversão de novos crentes ao islamismo.

Publicada por António Aly Silva 

Um almoço de reconhecimento e restricto.

A tarde deste sabado 18 de Março do corrente ano foi de muita alegria.

O Grande mestre Kausso Baldé fez um convite que foi aceite com muita honra e com toda a humildade por parte da S. Excª o sr. 1º  Ministro- General Umaro Sissoko.

Na residência do Grande Mestre Kausso Baldé, o almoço foi num ambiente acolhedôr, aconchegante e cheio de verdade e reconhecimento.



Amigos comuns e próximos de ambos estiveram presentes.
Não eramos muitos, mas a coisa foi boa.
Obrigado Grande mestre.

Publicada por didi lopes

Opinião: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ACTUAL VAZIO POLÍTICO NA GUINÉ-BISSAU

Por: Fernando Casimiro(nosso Didinho), via facebook

1 - A Presidência Aberta

Na minha perspectiva, uma presidência aberta, mais do que um meio de promoção da figura do Presidente da República, deve ser um meio de facilitação da comunicação directa entre o Povo e o Presidente da República.

Uma presidência aberta deve servir mais, para o Presidente da República ouvir o Povo, tomar nota das suas opiniões, reivindicações e sugestões, tendo em conta as suas constatações, dificuldades e preocupações.

Uma presidência aberta, na minha perspectiva, não deve servir para manipular consciências, instrumentalizar o nosso Povo, em função das intervenções previamente elaboradas pelo Presidente da República.

Os problemas do país, concretamente a crise política guineense, deve ser abordado pelo Presidente da República numa perspectiva e abrangência nacionais, ou seja, sempre que necessário, através de uma Comunicação ao País e não numa presidência aberta.

Não faço ideia quanto custou a organização e realização da recente presidência aberta na zona leste do país, contudo, pelo que se deu a observar, não foram poucos os milhões de Francos CFA gastos no evento, que certamente seriam melhor aplicados em acções concretas de interesse das populações.

Não é preciso gastar rios de dinheiro dos cofres do tesouro público para se falar da corrupção, para repetir justificações sobre demissões de governos. Isso faz-se numa comunicação ao país, com partilha nas rádios, nos jornais e na Televisão.

Uma presidência aberta visa ouvir, auscultar, o Povo, as Comunidades locais, que devem ser os principais protagonistas.

O que vimos e ouvimos, foi um Presidente da República figura central de uma presidência aberta que deveria ter nas populações do leste do pais, a razão de ser da sua organização e realização.

2 - A (ir)responsabilidade do PRS enquanto partido que "sustenta" o actual governo

Não posso aceitar que o PRS permita que o ainda Primeiro-ministro, nomeado pelo Presidente da República, sem soluções para apresentar o seu programa de governo e o Orçamento Geral do Estado em tempo legal, o que o torna duplamente ilegal, também por via da argumentação da sua nomeação com base no acordo de Conacri, entre em discursos de âmbito político usando e abusando de uma certa impreparação política, tal a ausência de ética política nas suas recentes intervenções quer sobre abordagens internas, quer sobre abordagens com referências a instituições e personalidades externas.

Um Primeiro-ministro que não sendo parte da estrutura política do partido que apoia o governo, não deve entrar em disputas políticas, tentando atingir outros partidos políticos.

Deve sim, ficar à margem das disputas políticas e tentar encontrar uma solução de harmonia entre os diversos partidos políticos, sobretudo, com assento parlamentar, para conseguir um consenso, um pacto político capaz de desbloquear o Parlamento e viabilizar a governação, quiçá, o país.

Temos visto e ouvido nas últimas semanas, com espanto e preocupação, um Primeiro-ministro desenquadrado com o exercício do cargo, convencido de ter poderes e competências, constitucionais e legais, que na verdade não tem.

Se de facto, o ainda governo, é apoiado pelo PRS, onde está a responsabilidade política e governativa do PRS, que nunca se preocupou com o processo político e governativo do ainda governo, permitindo que o Primeiro-ministro ponha em causa a própria sustentação da governação pelo PRS?

3 - Depois da primeira sessão recente do Conselho de Estado, mais uma sessão, dada a conhecer através de um Comunicado, do Presidente da República e assinado pelo próprio Presidente da República da Guiné-Bissau.

O que é feito do Sr. Fernando Mendonça, Conselheiro e Porta-voz do Presidente da República, que nunca mais assinou ou apresentou um comunicado da Presidência da República, sendo que os últimos comunicados, ao que tudo indica, são feitos e rubricados pelo próprio Presidente da República?

Foi exonerado, demitido o Sr. Fernando Mendonça?

Se foi ou não, na sua ausência, não há quem o possa substituir?

Tem que ser o Presidente da República a elaborar os comunicados da Presidência da República?

Sobre a segunda sessão do Conselho de Estado, constatamos até que ponto existem fortes contradições nos diversos posicionamentos de políticos guineenses face à crise política, com base nas competências dos órgãos de soberania.

Se a Assembleia Nacional Popular, o nosso Parlamento, está bloqueado há tantos meses, sem que se consiga agendar e realizar uma sessão plenária e sendo o Parlamento um órgão colegial, que precisa de decisões por maioria dos seus membros, como é que o Presidente da Assembleia Nacional Popular, enquanto membro do Conselho de Estado decide apresentar uma proposta para a resolução da crise política, em nome do órgão de soberania colegial que é o Parlamento, sem conhecimento e consentimento de todos os Deputados da Nação?

Se o Parlamento tem estado bloqueado; se os Deputados não se têm reunido em conformidade com a agenda e o calendário prévio e legal das sessões parlamentares, como pode o Presidente da Assembleia Nacional Popular levar ao Conselho de Estado uma proposta que não foi apresentada, discutida, votada e validada pelos Deputados da Nação?

Como pode também o próprio Presidente da República, o suposto garante da Constituição da República, aceitar receber uma proposta que não foi elaborada com base numa visão colegial, de legitimidade constitucional?

Na minha perspectiva, o agendamento e realização da segunda sessão do Conselho de Estado é mais um dos muitos erros do Presidente da República, que continua com a sua agenda de promoção e afirmação de um presidencialismo de Estado contrário à definição constitucional do nosso sistema político.

Já que o Presidente da República continua a fazer afirmações públicas de que o actual governo, mesmo tendo entrado em ilegalidade com a não apresentação, discussão e aprovação do seu programa de governo, vai continuar em funções até final da legislatura, sem dissolução do Parlamento e consequentemente queda do governo, sugeria que em nome da legalidade democrática e no respeito pela Constituição da República da Guiné-Bissau, algum cidadão residente na Guiné-Bissau avançasse com um pedido de fiscalização da constitucionalidade junto do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, sobre a legalidade e legitimidade do ainda governo.

Positiva e construtivamente.

Didinho 18.03.2017

Secretário-Geral do PRS: “QUERO RELEMBRAR AO PAIGC QUE O QUE NOS UNE É MAIS IMPORTANTE DO QUE O QUE NOS DIVERGE”


O Secretário-Geral do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira exortou hoje, 18 de março 2017, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) a ter em consideração o que une os dois partidos ao invés do que os diverge.

Florentino Mendes Pereira falava durante a cerimónia de abertura da 2ª Conferência de Quadros do PRS que decorre numa das unidades hoteleiras em Bissau até amanhã, 19 de março, sob o lema: “PRS e os Desafios da Governação: Um Olhar para o Futuro”.

A conferência que reuniu cerca de 300 participantes, na sua maioria jovens e mulheres provenientes de diferentes estruturas do partido, conta igualmente com a participação de representantes dos partidos da família ‘Centro Democrática Internacional’ do espaço da lusofonia, designadamente: PSD (Portugal), MpD (Cabo Verde), UNITA (Angola), RENAMO (Moçambique) e ADI de São Tome e Príncipe.


Presidindo a cerimónia de abertura da conferência, o Secretário-geral do partido, Florentino Mendes Pereira, apelou os quadros do partido presentes no encontro a estarem conscientes do momento crítico e difícil que o país atravessa. O politico disse contudo acreditar que as conclusões da conferência venham impulsionar uma profunda reflexão com vista a solução aos problemas que se apresentam à Guiné-Bissau e ao seu povo martirizado.

Pereira criticou ainda a postura de responsáveis de alguns setores da cena política nacional, que segundo ele, tiveram o ‘comportamento antidemocrático’ optando pelo “bloqueio das instituições importantes como o Parlamento, o incumprimento de acordos internacionais  firmados e o não acatamento de decisões judiciais”.

Este responsável político e atual titular da pasta da energia e indústria apelou à união da classe política, alegando existir “inimigos” que influenciam alguns órgãos de comunicação social nacional e estrangeiro para difundir “notícias alarmistas e mentirosas” sobre fragilidades institucionais e o tráfico de estupefaciente no país.


Sobre o ‘Acordo de Conacri’, Florentino Mendes Pereira assegurou que o seu partido contribuiu para o acordo chegado em Conacri na base da expetativa de um desbloqueio institucional destinado a garantir a estabilidade.

“O acordo assinado em Conacri não cumpriu os seus objetivos e, tudo parece ter ficado bem pior do que antes. Assim, afirmo em consciência que não houve nunca consenso quanto ao nome divulgado pelo mediador e pelo presidente da Comissão da CEDEAO. Nem o PRS, nem o país precisam de uma mediação parcial que evoca pontos fantasiosos não escritos na letra do acordo”, contou o Secretário-geral dos renovadores, que entretanto, avançou  ainda que o mediador deve mudar de posição para ajudar melhor a Guiné-Bissau a sair da crise política.

Herménio Celso Fernandes, membro da Comissão Política do Movimento para a Democracia de Cabo Verde (MpD), e José Batista em representação do Partido Social Democrata de Portugal (PSD), durante as suas intervenções enfatizaram a formação dos jovens quadros como “uma das missões mais importantes dos partidos políticos na qualificação dos agentes políticos”.


De referir que durante a conferência os participantes irão debater diferentes temas apresentados por vários especialistas, nomeadamente: Papel dos Partidos Políticos na Constituição de um Estado de Direito Democrático; Comunicação Política; Acordo de Conakry: Relevância Política e Jurídico-Constitucional; Transparência na Gestão da Coisa Pública; Reforma Jurídico-Constitucional; Reformas da Administração Pública e Descentralização; Mulheres na Atividade Política e igualdade de Oportunidade, e Juventude da Renovação Social: A realidade e as perspectivas de reforma.

Por: Assana Sambú/Alcene Sidibé
OdemocrataGB