sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Governo da Guiné-Bissau considera lamentável posição dos sindicatos de professores

O Governo da Guiné-Bissau, através do comunicado do Conselho de Ministros, considerou lamentável a posição dos sindicatos de professores do país, que emitiram um pré-aviso de greve para o período entre 06 e 24 deste mês.

"Para o Conselho de Ministros, o posicionamento do Sindicato Nacional dos Professores e do Sindicato Democrático dos Professores, além de lamentável, torna-se inexplicável e constitui um sério atentado ao princípio da legalidade e da boa colaboração entre o patronato e os sindicatos", refere o Governo guineense, no comunicado do Conselho de Ministros, hoje divulgado.

Segundo o Conselho de Ministros, a "análise dos dados prova que a greve começou muito antes do tempo previsto", sublinhando que os dois sindicatos "não se dignaram a iniciar as aulas".

A abertura do ano letivo no país foi anunciada a meio de outubro, mas muitas escolas continuam encerradas sem a presença de alunos e professores.

Na defesa dos "superiores interesses do país", o Governo guineense decidiu iniciar negociações com os sindicatos dos professores.

Dn.pt/lusa

ANP: Deliberação nº 16 da Comissão Permanente




Fonte: Ditaduraeconsenso.blogspot.sn

Norte-americana detida no Zimbabué por insultar o presidente do país

Uma cidadã norte-americana foi detida pela polícia zimbabueana por alegadamente ter acusado no Twitter o Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, indicaram hoje fontes judiciais e da Embaixada dos Estados Unidos em Harare.


Segundo o porta-voz da missão diplomática norte-americana na capital zimbabueana, a detenção de Martha O'Donovan ocorreu na sexta-feira.

Por seu lado, Obey Shava, advogado de O'Donovan, indicou que a polícia ainda não formalizou a acusação, mas argumenta que as mensagens no Twitter foram "insultuosos para o Presidente".

O advogado acrescentou que O'Donovan trabalhou com um órgão de comunicação social local, Magamba TV, cujo programa em que participou tem uma audiência predominantemente jovem.

Em outubro, Mugabe nomeou um ministro para o novo Ministério para a Cibersegurança, medida criticada pelos ativistas, que consideram a decisão como mais um meio para calar os comentários da população nos "media" locais.

A organização Advogados Zimbabueanos para os Direitos Humanos já denunciou que representa atualmente mais de 200 pessoas que estão nas mesmas circunstâncias da cidadã norte-americana.

As palavras ou frases alegadamente utilizadas por O'Donovan para insultar Mugabe, 93 anos e no poder desde 1980, não foram reveladas.

NAOM

Camarões: País com mais casos de violência sexual

Nos Camarões, uma em cada seis adolescentes foi forçada a praticar sexo, segundo o mais recente relatório da UNICEF. A média de abusos também é alta no Uganda, na Guiné Equatorial e na República Democrática do Congo.


Pelo menos 15 milhões de meninas em todo o mundo foram forçadas a ter relações sexuais, agora divulgado. Muitas vezes, os agressores foram parceiros, parentes ou amigos, revela um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O relatório da UNICEF, que analisou dados de mais de 40 países, também revela casos de abusos sexuais contra meninas menores de idade em países europeus. "Os dados disponíveis indicam claramente que certos países em África são mais afetados. Mas também é verdade que a violência contra meninas e mulheres é uma questão universal", explica a autora do relatório, Claudia Cappa.

"Mesmo em países como Luxemburgo, Espanha, Alemanha e França, muitas mulheres relatam experiências de abuso sexual na infância", refere a investigadora.

Agressores conhecidos

Segundo o relatório da UNICEF, na maioria dos casos de abuso sexual, o agressor era conhecido da vítima, o pode dificultar a denúncia. "São parceiros íntimos, incluindo parceiros de namoro, mas também amigos, colegas de classe, vizinhos. As vítimas conhecem os abusadores e também é por isso que permanecem em silêncio", afirma Claudia Cappa.

O número de meninas que foram forçadas a ter relações sexuais provavelmente é superior a 15 milhões em todo o mundo, de acordo com a UNICEF. que em muitos países os casos não são relatados pelas vítimas e que muitas não procuram ajuda.

"Em geral, apenas 1% das vítimas procura ajuda profissional. Por isso é muito difícil divulgar essa violência", diz a autora do estudo. "Há vários estigmas associados à violência sexual - particularmente as meninas mais jovens podem sentir-se responsáveis ​​ou culpadas pelo ato. Também podem temer as repercussões da denúncia", explica.

Leis mais duras

Claudia Cappa considera que leis mais eficientes de proteção à criança e um reforço dos serviços sociais são fundamentais para combater a violência sexual contra menores, em especial contra meninas.

"É preciso fortalecer a legislação, garantindo que, quando as vítimas têm a coragem de denunciar o abuso, haverá consequências para os violadores. E é preciso melhorar a qualidade dos serviços. Muitas vezes as vítimas não relatam o abuso porque não confiam neste apoio", defende.

A UNICEF lembra que a violência sexual generalizada contra adolescentes pode prejudicar o progresso global na consecução dos objetivos da ONU por um desenvolvimento sustentável - um plano para acabar com a pobreza, a fome, alcançar a igualdade de género e proteger o planeta até 2030.

Dw.com