quarta-feira, 9 de abril de 2025

O presidente norte-americano apontou que "é necessário fazer cirurgia" a um "paciente que está muito doente", referindo-se aos Estados Unidos sob a liderança de Joe Biden.

Por LUSA 

 Taxas? "Estavam a sugar-nos. Aproveitaram-se do nosso país por décadas"

O presidente norte-americano apontou que "é necessário fazer cirurgia" a um "paciente que está muito doente", referindo-se aos Estados Unidos sob a liderança de Joe Biden.

O presidente norte-americano, Donald Trump, salientou, esta quarta-feira, que haverá "acordos justos para toda a gente", mas que "não foram justos" com os Estados Unidos, horas depois de ter anunciado um aumento das tarifas aplicadas à China para 125%.

"Estavam a sugar-nos. Não podem fazer isso. Temos uma dívida de 36 biliões de dólares (cerca de 32.850.611.856.000,00 euros) por uma razão, não é por divertimento. Aproveitaram-se do nosso país e roubaram-nos durante décadas. Penso nisto há décadas", disse, em conferência de imprensa num evento privado, na Casa Branca.

O responsável assinalou ter começado este trabalho no seu primeiro mandato, mas que, uma vez que teve de devolver "as rédeas depois de uma eleição fraudulenta", não teve "tempo de implementar a grande medida, o que estamos a fazer agora".

Trump considerou ainda que o país "está muito, muito doente" e "necessita de cirurgia", devido às ações da anterior administração.

"Joe Biden devolveu-nos um país em sarilhos economicamente e em qualquer outra esfera. Deixou a China apoderar-se de coisas, deixou outros países apoderarem-se de coisas, e talvez o pior de tudo, deixou que pessoas entrassem no nosso país de forma desenfreada. Muitos eram assassinos e traficantes de droga, ladrões, presidiários de todo o mundo. Havia até pessoas vindas de instituições mentais e asilos. Pegavam nos seus cidadãos dementes e largavam-nos no nosso país", enumerou.

Trump acusou ainda os democratas de quererem implementar a mesma decisão, mas "não terem coragem" para o fazer.

"Vai funcionar. Requererá uma transição, mas creio que será uma transição para a grandeza. Não haverá nada como isto. Haverá pessoas a investir no nosso país", disse, ao mesmo tempo que apontou que "a situação era insustentável".

Recorde-se que Trump anunciou, esta quarta-feira, ter aumentado as tarifas contra Pequim para 125%, tendo por base a "falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais". Ainda assim, o republicano decidiu autorizar uma pausa de 90 dias aos países que não tenham "retaliado de qualquer forma ou feitio", bem como "uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%".

Questionado sobre este hiato, o presidente defendeu ser necessário "haver flexibilidade".

De qualquer forma, a China anunciou também que aumentaria as suas taxas de retaliação sobre os produtos americanos para 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos, numa nova escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington.

Pequim deu conta de que voltou a remeter à Organização Mundial do Comércio (OMC) a questão das tarifas, depois de Donald Trump ter imposto um novo aumento, que chegava aos 104%.

As taxas sobre os produtos do gigante asiático aumentaram de 34% para 84%, valores a que juntavam os 20% impostos desde janeiro.

Wall Street e os mercados bolsistas mundiais registaram perdas nos últimos dias, com os investidores assustados com a guerra comercial desencadeada pelos direitos aduaneiros determinados por Donald Trump e com as medidas de retaliação que começam a ser aplicadas pela China e pelo Canadá.

Cerca de 60 países, incluindo os 27 membros da União Europeia (UE), são afetados pelas sobretaxas adicionais impostas por Trump, que entraram em vigor às 00h00 de hoje em Washington (05h00 em Lisboa).

Zelensky afirma que "há 155 cidadãos chineses a lutar contra a Ucrânia"

Por LUSA 

Note-se que, na terça-feira, Volodymyr Zelensky anunciou a captura de dois cidadãos chineses na zona de Donetsk Oblast.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quarta-feira, que deverão haver "155 cidadãos chineses" ao serviço da Rússia no conflito entre os dois países. No entanto, o jornal The Kyiv Independent teve acesso a documento da Inteligência Ucraniana e refere que existirão, pelo menos, 163 soldados chineses nas forças armadas russas.

Há 155 cidadãos chineses a lutar contra a Ucrânia em território ucraniano", disse o presidente Volodymyr Zelensky, acrescentando que estão a "recolher informação", que acreditam que "há muitos mais" e que Pequim estará ao corrente do envio dos seus cidadãos para a guerra.

Segundo Zelensky, as autoridades chinesas sabiam que alguns dos seus cidadãos estavam a ser recrutados pela Rússia para combater na Ucrânia, mas ignora se existe alguma ordem dada nesse sentido por Pequim.

"Simplesmente observamos, com base nos dados e detalhes que temos, que a China (...) estava ciente do envio. Não estamos a dizer que alguém deu uma ordem, não temos essa informação", declarou.

O presidente ucraniano descreveu que um dos esquemas de recrutamento envolve as redes sociais, principalmente o TikTok, "onde os russos transmitem vídeos publicitários".

Volodymyr Zelensky explicou que os cidadãos chineses são depois submetidos a exames médicos na Rússia e a vários meses de treino para combater em território ucraniano e que recebem um cartão bancário russo, através do qual recebem o pagamento.

O presidente ucraniano acrescentou ainda que para os mais de 100 chineses "há passaportes" que dizem de "onde são, idade, etc" e que estes estarão introduzidos em várias brigadas russas. 

Já os documentos, citados pelo The Kyiv Independent, têm várias informações sobre estes cidadãos estrangeiros: desde dados pessoais, lugar de serviço, quais as suas posições no exército russo, incluindo fotos de alguns deles.

Note-se que, na terça-feira, Volodymyr Zelensky anunciou a captura de dois cidadãos chineses na zona de Donetsk Oblast e que mantêm-se detidos pelos Serviços Secretos da Ucrânia.

"As nossas forças armadas capturaram dois cidadãos chineses que estavam a combater como parte do Exército russo. O facto ocorreu em território ucraniano, na região de Donetsk. Foram encontrados na sua posse documentos de identificação, cartões bancários e dados pessoais", disse o presidente ucraniano, numa publicação divulgada na rede social X, divulgando também um vídeo. 

Chefe de Estado General Umaro Sissoco Embaló, participa no Fórum Diplomático da Antália que decorre na Turquia. O evento reúne líderes políticos, diplomatas e especialistas de várias nacionalidades para debater questões globais e reforçar a cooperação internacional.

PASSAGEIROS DENUNCIAM NOVO ESQUEMA DE ROUBO NOS TÁXIS EM BISSAU Vários passageiros denunciaram à Rádio Sol Mansi um novo esquema de roubo praticado por alguns taxistas nas vias públicas da capital, Bissau.

 RSM: 09-04-2025

As vítimas relatam que, após o desembarque, os motoristas partem com os seus pertences ainda no carro, sem qualquer aviso.  

De acordo com os testemunhos, trata-se de uma prática aparentemente intencional, que tem deixado os passageiros indignados e inseguros.  

“Quando me preparava para abrir a mala do táxi, o motorista arrancou de repente. Gritei, mas ele não parou. O meu filho, de apenas 7 anos, correu atrás do carro, mas foi inútil”, contou uma das vítimas.  

Outro caso semelhante foi partilhado por um passageiro que, ao chegar à paragem central de Bissau, saiu em busca de outro transporte e só depois percebeu que sua carga tinha ficado no táxi, que já havia desaparecido. 

 A Polícia de Trânsito, através da Brigada Nacional de Prevenção à Pirataria e Acidentes, confirma a existência do fenómeno, que classifica como crime. Em entrevista à Rádio Sol Mansi, a adjunta coordenadora Criscélia Lopes da Fonseca revelou que, entre segunda-feira e hoje, três taxistas foram apanhados em flagrante.  

“É um fenómeno real e preocupante. Só esta semana, já detivemos três condutores envolvidos nesse tipo de ação”, alertou. 

 Para travar esta prática, a polícia pede a colaboração dos passageiros. A recomendação é que denunciem qualquer incidente, indicando sempre a matrícula e a série do veículo.  

“É importante que os utentes estejam atentos e denunciem com detalhes, para que possamos agir de forma eficaz”, apelou Criscélia Lopes da Fonseca. 

 O aumento de casos nos últimos tempos tem manchado a imagem dos taxistas da capital. Em resposta, a associação que os representa promete pronunciar-se oportunamente sobre as denúncias.  


O ministro da Saúde de Cabo Verde anunciou hoje que o país vai contratar 70 médicos especialistas e clínicos gerais de Cuba, com o apoio da cooperação internacional, para reforçar os hospitais centrais e regionais.

Por  LUSA 
Cabo Verde vai contratar 70 médicos cubanos para reforçar hospitais 

O ministro da Saúde de Cabo Verde anunciou hoje que o país vai contratar 70 médicos especialistas e clínicos gerais de Cuba, com o apoio da cooperação internacional, para reforçar os hospitais centrais e regionais.

"Já identificámos cerca de 70 médicos para garantir o funcionamento dos hospitais centrais e regionais sem problemas. Esta é a razão da minha visita a Cuba, ainda este mês, para negociar a contratação desses profissionais", afirmou Jorge Figueiredo, durante a sessão de abril, que decorre até sexta-feira.

O objetivo é que os médicos cheguem ao país ainda este ano, e o Ministério da Saúde já está a trabalhar com outras entidades para definir o quadro de necessidades, tendo em conta a nova carta sanitária e os perfis epidemiológicos e demográficos das diferentes regiões.

O governante também disse que, em 2024, foram integrados 272 profissionais, entre eles 42 médicos, 47 enfermeiros e 130 profissionais de apoio operacional.

Jorge Figueiredo revelou ainda que uma equipa de médicos dos Estados Unidos está a realizar consultas especializadas em oito ilhas do país.

A partir dos centros hospitalares principais, o Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN), na Praia, e o Hospital Batista de Sousa, na ilha de São Vicente, o Governo pretende integrar médicos especialistas que estão fora do sistema, com mais de 40 anos de experiência, permitindo-lhes continuar a prestar atendimento e manter uma ligação entre as duas infraestruturas.

Além disso, garantiu que todas as delegacias de saúde e hospitais terão equipamento para telemedicina, facilitando o acompanhamento à distância de pacientes em áreas como cardiologia, ginecologia e cirurgia.

Com envolvimento dos militares, a Câmara Municipal de Bissau_CMB inicia na próxima semana a campanha de remoção de carros velhos, chucatas e, materiais ao longo das avenidas e, ruas da capital Bissau. José Medina Lobato no lançamento da campanha alertou que, a CMB vai organizar a difícil situação do mercado de Bandim, zona fustigada pela venda ambulante e lixeira. Medina Lobato defende que a cidade Bissau precisa de acompanhar com a dinâmica de modernização das Infraestruturas e higiene saudável, em respeito aos esforços do Governo.

EUA admitem ter cortado por engano financiamento de programas alimentares da ONU

Por CNN  09/04/2025

Programa Alimentar Mundial ainda não se pronunciou sobre as declarações norte-americanas

O Departamento de Estado dos EUA disse terça-feira que reverteu múltiplos cortes de financiamento a projetos de emergência do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU em 14 países pobres, alegando que os cortes foram feitos por engano.

“Houve alguns programas que foram cortados noutros países que não eram para ser cortados, que foram revertidos e postos em prática”, avançou a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Tammy Bruce, aos jornalistas.

Bruce disse que não tinha informações imediatas sobre quais países tiveram o financiamento dos EUA para ajuda alimentar restaurado após um corte de um dia.

A porta-voz não deu nenhuma explicação sobre como alguns contratos foram cancelados por engano.

O PAM ainda não se pronunciou sobre as declarações norte-americanas.

A agência de notícias Associated Press noticiou na segunda-feira que a administração Trump cortou o financiamento dos programas de emergência do PAM, ajudando a manter milhões de pessoas vivas no Afeganistão, Síria, Iémen e 11 outros países, muitos deles em conflito, de acordo com a agência e funcionários que falaram com a AP.

O secretário de Estado Marco Rubio e outros funcionários da administração prometeram poupar programas de emergência alimentar e outras ajudas de vida ou morte, mesmo quando a administração Trump e o Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk (DOGE, na sigla inglesa) desmantelaram a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa).

Todos os milhares de contratos da USAID para programas de ajuda e desenvolvimento no estrangeiro foram eliminados, exceto algumas centenas.

Os novos cortes atingiram alguns dos últimos programas humanitários geridos pela USAID.

Os avisos enviados na semana passada diziam que o financiamento dos EUA para os programas de emergência do PAM em 14 países estava entre os cerca de 60 que foram cancelados no Médio Oriente, África, América Central e do Sul e Ilhas do Pacífico “por conveniência do Governo dos EUA”.

Estas últimas rescisões foram efetuadas sob a direção de Jeremy Lewin, um oficial de topo do DOGE que foi nomeado para supervisionar a eliminação dos programas da USAID, de acordo com os avisos de rescisão enviados aos parceiros e consultados pela AP.

O PAM, o maior fornecedor mundial de ajuda alimentar, apelou publicamente aos EUA na segunda-feira para que reconsiderassem os cortes de centenas de milhões de dólares nos programas alimentares.

 “Isto pode equivaler a uma sentença de morte para milhões de pessoas que enfrentam fome extrema e inanição”, publicou o PAM no X.

Tarifas "recíprocas" de Trump entram hoje em vigor (incluindo na UE)

Por LUSA  09/04/2025

Trata-se de uma taxa que se soma à tarifa mínima global de 10% que se começou a aplicar em 5 de abril.

As tarifas, que o presidente dos EUA chama de "recíprocas", entram hoje em vigor, tratando-se de uma taxa que se soma à tarifa mínima global de 10% que se começou a aplicar em 5 de abril.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na passada quarta-feira, num dia que apelidou de "dia da libertação", uma tarifa de 10% sobre 184 países e territórios, incluindo a União Europeia (UE), bem como a imposição de uma tarifa adicional para aqueles que considera serem os "piores infratores".

Está em causa uma tarifa "recíproca", que corresponde a cerca de metade da taxa aplicada pelos outros países aos EUA, disse Trump, tendo exibido uma tabela com o nível das barreiras comerciais e não comerciais sobre produtos norte-americanos em vários países.

Contempla uma taxa de 20% sobre as importações da União Europeia e de 34% sobre os produtos chineses, enquanto os produtos da Índia passam a pagar 26%, de Taiwan 32% e do Vietname 46%.

Encontram-se na lista ainda outros países, que podem no entanto entrar em negociações com os EUA para impedir a aplicação imediata das tarifas.

Para o Japão, estava prevista uma taxa de 24%, mas o país está em conversações com os Estados Unidos sobre as tarifas, sendo que o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, pediu que Washington revisse as medidas no âmbito das consultas entre as duas partes.

Entretanto, na terça-feira, a Casa Branca confirmou que os EUA passarão a taxar a 104% as importações chinesas a partir de hoje, cumprindo a ameaça de aumento das tarifas em 50 pontos percentuais (acima dos 54% previstos), após a China ter anunciado que vai impor uma tarifa de 34% sobre as importações de todos os produtos dos Estados Unidos a partir de 10 de abril.

Já a UE espera apresentar a resposta às tarifas de 20% impostas pelos Estados Unidos no início da próxima semana.

Segundo a Casa Branca, estas tarifas adicionais "permanecerão em vigor até que o presidente Trump determine que a ameaça representada pelo défice comercial e pelo tratamento não recíproco subjacente seja satisfeita, resolvida ou mitigada".

A ordem executiva que foi assinada "também contém autoridade de modificação, permitindo que o presidente Trump aumente a tarifa se os parceiros comerciais retaliarem ou diminua as tarifas se os parceiros comerciais tomarem medidas significativas para remediar acordos comerciais não recíprocos e se alinharem com os Estados Unidos em questões económicas e de segurança nacional".

A imposição de novas tarifas está a gerar ondas de choque na economia global, enquanto parceiros e adversários comerciais prepararam resposta perante as incertezas da guerra comercial.