quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Pescas - Mauritânia desposta a ajudar Guiné-Bissau a solucionar problemas do sector

(ANG) – As autoridades da Mauritânia estão dispostas a apoiar a Guiné-Bissau para ulrapassar as dificuldades que o secor pesqueiro guineense enfrena.

Essa disposição, segundo a Rádio Sol Mansi, foi manifestada na quarta-feira ao Chefe de Estado Guineense, José Mário Vaz pelo seu homólogo , Mohammed Ould Abdelaziz, durante a visita de 24 horas que o chefe de estado guineense efectuara aquele país. 

No balanço da visita ,José Mário Vaz considerou posiiva a deslocação à Mauritânia,deixando garantias de que brevemente o país vai sentir os efeitos dessa cooperação. 

José Mário Vaz acrescentou que Mauritânia está aberta para ajudar a Guiné-Bissau a solucionar os seus problemas. 

“Como sabem, as pessoas estão a aproveitar das nossas fragilidades para nos deixar cada ves mais pobres. Por isso, o pais tem de assumir as suas responsabilidades”,disse. 

O Presidente da República disse que durante a visita abordaram com o seu homologo Abdelaziz várias questões,entre as quais, o combate à corrupção. 

A visita de José Mário Vaz à República Islâmica da Mauritânia realizou-se na seuquência da decisáo que tomou recentemente de obrigar à todas as embarcações estrangeiras que pescam na Zona Económica Exclussiva guineense a descarregarem o pescado em Bissau para abastecer o mercado nacional. 

ANG/LPG /SG 

CEDEAO E GUINÉ-BISSAU CONCORDAM NA IMPOSIÇÃO COMUNITÁRIA

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Guiné-Bissau assinaram memorando de entendimento com o objectivo de discutir e de sensibilizar as partes interessadas sobre o mecanismo comunitário de imposição.

O protocolo foi assinado entre o vice-presidente da Comissão da CEDEAO, Edward Singhatey, e o ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, João Aladje Mamadu Fadia, após a visita de dois dias ao país que a delegação da CEDEAO fez na passada segunda-feira (06) e terça-feira (07).

Segundo uma nota de imprensa da comissão da CEDEAO emitida a partir de Abuja, que a Rádio Sol Mansi tem acesso, durante a visita de dois dias em Bissau, Singhatey, que é também o Presidente da Comissão do Levantamento Comunitário, manteve encontros de cortesia para o Presidente da República, José Mário Vaz, o Presidente do Parlamento Nacional, Cipriano Cassamá, o Primeiro-Ministro, Umaro Sissoco Embalo.

Segundo a CEDEAO o principal objectivo da visita foi discutir com as autoridades do país a imposição comunitária, que é um dos principais mecanismos utilizados pela CEDEAO para financiar as suas actividades.

“Com a presença do Primeiro-Ministro da Economia e Finanças, João Aladje Mamadu Fadia, a delegação do Vice-Presidente chegou à solução para o pagamento dos atrasos da União Europeia por parte da Guiné-Bissau”, refere o mesmo comunicado.

O encontro serviu para a comissão da CEDEAO e a Guiné-Bissau adoptaram um roteiro para o pagamento dos pagamentos em atraso que abrange o período de 2003 a 2016.

Segundo a comissão da CEDEAO o montante devido pela Guiné-Bissau será pago nos próximos três anos em fracções de 20 por cento para 2017, 20 por cento em 2018 e finalmente 60 por cento em 2019, representando um montante fixo de quatro biliões e trezentos e cinquenta e nove milhões e novecentos e setenta e dois mil e quatrocentos e quarenta e um francos (4.359.972.441) francos cfa.

Na 77ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros da CEDEAO, realizada em 15 e 16 de Dezembro de 2016, e na 50ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo realizada em 17 de Dezembro em Abuja, as autoridades da Guiné-Bissau concordaram em Conta as recomendações de ambas as reuniões estatutárias sobre os atrasados no pagamento de contribuições comunitárias.

Segundo a mesma fonte após a visita à Guiné-Bissau, a delegação da CEDEAO chefiada pelo Vice-Presidente da Comissão da CEDEAO, Edward Singhatey, deve viajar para outros países da região oeste africana com o mesmo objectivo de sensibilizar os Estados-Membros sobre o seu compromisso e de Mecanismo comunitário de imposição.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Radiosolmansi

DIREÇÃO DA CULTURA E DESPORTOS EM RISCO DE FICAR SEM INSTALAÇÃO

O Sindicato Nacional da Cultura ameaça boicotar o desfile de carnaval deste ano por falta de instalação para continuar os trabalhos porque a direcção da Cultura e dos desportos foi tomada pelo Ministério dos Combatentes da Liberdade da Pátria


Entretanto, esta quarta-feira, numa conferência de imprensa para reagir a esta situação, o Presidente do Sindicato dos homens da cultura, Nicolau Mendes Fernandes, disse a direcção da cultura não teve aviso prévio sobre a mudança do ministério e acusa as autoridades nacionais de uso de forças.

“Iremos boicotar tudo, assim população vai ter conhecimento desta situação. Não foi apresentado nenhum documento que comprova a saída da direcção da cultura e dos desportos. Mudaram a fechadura e não podemos reagir. Vieram com polícias e mandaram retirar a placa da direcção da cultura”, explica o responsável que considera o acto de infantil.

Ainda Nicolau Mendes Fernandes revela que o ministro da cultura está a entabular contactos juntos dos superiores para ultrapassar a situação.

“Se não for resolvido vamos até ao fim porque não temos nenhum gabinete todos os materiais vão para contentor”, adverte

A repórter da RSM constatou no terreno, que na direcção da cultura e dos desportos foram colocadas duas polícias e a placa do ministério dos combatentes da liberdade da pátria foi colocada há dias.

No pátio a RSM viu que foram colocados dois contentores vazios onde deveriam ser colocados os materiais do museu que estavam naquela instituição e até agora são encontram-se espalhados na rua junto com placa da direcção da cultura.

Esta situação acontece numa altura em que faltam 16 dias para o carnaval, a maior festa cultural guineense.   

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bibia Mariza Pereira
Radiosolmansi

“DOMINGOS SIMÕES PEREIRA SERÁ OUVIDO NO PARLAMENTO”

A mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP) reunida, na quarta-feira (08), deliberou por unanimidade que o deputado, Domingos Simões Pereira, e igualmente líder do PAIGC, vai ser ouvido no parlamento.

Domingos Simões Pereira deverá ser ouvido no âmbito de um inquérito que incide sobre o Ministério da Economia e Finanças.

À revelação feita pelo segundo vice-presidente da ANP e igualmente presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto Nambeia, durante uma entrevista concedida a Radio Sol Mansi.

Nambeia disse que a decisão foi tomada em respeito aos procedimentos que há muitos anos são observados a nível da Assembleia Nacional Popular.

“Não é porque é Simões Pereira que tomamos a decisão de ser ouvido no parlamento. A questão da retirada da imunidade é da competência da plenária”, explica.

Nesta entrevista o líder do Partido dos renovadores admitiu equívoco a nível da Governação tendo garantido que o PRS saberá posicionar-se no momento certo em caso da violação do acordo que permitiu a integração dos renovadores no Governo de Umaro Sissoco Embalo.

“ (…) Poderá ter um inequívoco entre nós. Sempre exigimos respeito e por isso existe a governação com base no acordo e se isso não está a ser respeitado o PRS irá ser obrigado a assumir a sua posição, mas agora vamos ser prudentes porque o que nos interesse e defendemos é a estabilidade política.

Questionado sobre o quê de concreto de mal-estar existe entre o PRS e o governo de Sissoco Embalo, Nambeia defende que tudo o que disse era “só uma posição” e caso existir o PRS será obrigado a assumir a sua posição.

Sobre eventual agendamento para possível debate do programa de governo de Umaro Sissoco, Nambeia afirma ser urgente um entendimento para haver um programa de governação, independentemente da engenharia Política que possa haver.

“O país está cansado e se tiver uma forma como as pessoas poderiam sentar a mesma mesa para o diálogo e para resgatar o país da situação, será bem-vindo”.

O líder doa renovadores, sublinhou por outro lado que o seu partido estará sempre pronto em defesa dos interesses do povo Guineense, apelando urgente entendimento entre os actores políticos para tirar o país da difícil situação em que se encontra.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amadu Uri Djalo
Radiosolmansi

DIRECTOR NACIONAL ADJUNTO DA PJ GUINEENSE DEMITE-SE DO CARGO

Fernando Jorge Barreto Costa director Nacional Adjunto da polícia Judiciaria da Guiné-Bissau demitiu-se das suas funções que vinha exercendo desde outubro de 2014.

Em causa, conforme as fontes de Notabanca, o polícia alega a exoneração da Diretora Nacional da PJ, Filomena Lopes, que a sua permanência no cargo obedeceria na base de relação de estreita confiança “intuito personae”.

A fonte adianta ainda que a exoneração de ex-diretora leva à alteração das circunstâncias permitindo o novo Diretor Nacional da PJ, Bacari Biai possa livremente propor alguém da sua confiança.

Apesar de demitir-se, avança ainda a fonte, o policial manifesta-se a sua disponibilidade desde já a prestar toda a sua colaboração, na qualidade de Inspector Coordenador para o sucesso da PJ guineense.

“A dignidade não se compra conquista-se”.

Notabanca

OEA insta Governo de Maduro a devolver passaportes a deputados

A Organização de Estados Americanos (OEA) instou hoje as autoridades venezuelanas a restaurar os direitos e a devolver os passaportes a dois deputados de Caracas, que foram impedidos de sair da Venezuela.


"Condenamos este ataque à imunidade parlamentar e reclamamos o pleno gozo dos direitos dos parlamentares venezuelanos", afirma um comunicado da OEA.

O documento, firmado pelo secretário-geral daquele organismo, José Luís Almagro, explica que "os deputados foram legitimamente eleitos pelo povo" e "gozam de imunidades parlamentares outorgadas pela própria Constituição" da Venezuela, que "estão a ser violadas pelas autoridades nacionais (venezuelanas)".

Na última terça-feira os parlamentares da oposição Williams Dávila Barrios e Luís Florido, da Comissão de Política Exterior do parlamento venezuelano, denunciaram que foram impedidos, pelas autoridades aeroportuárias, de sair do país e que os seus passaportes foram anulados.

Apesar da situação, o presidente e o vice-presidente da Assembleia Nacional, Júlio Borges e Freddy Guevara, conseguiram viajar para o estrangeiro, para o Brasil e Estados Unidos, juntamente com outros deputados.

Freddy Guevara encontra-se em Washington, onde se reuniu com membros da Comissão de Política Exterior do Congresso norte-americano, e Júlio Borges, com parlamentares brasileiros, para denunciar a situação política venezuelana.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já reagiu à visita e acusou os parlamentares de "trairem a pátria", de viajarem para solicitar uma intervenção estrangeira.

NAOM

Política - Presidente da República visita Mauritânia para adquirir experiência no domínio de segurança marítima

(ANG) - O Presidente José Mário Vaz, viajou terça-feira para a Mauritânia a convite do líder daquele país, Mohammed Ould Abdelaziz, com o objetivo de "adquirir experiência" no domínio da segurança marítima.

Em declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, José Mário Vaz lembrou que na última semana tomou a decisão de obrigar todos as embarcações estrangeiras que pesquem na Zona Económica Exclusiva do país a descarregar pescado para abastecimento do mercado nacional. 

Na altura, determinou que as embarcações que não respeitarem aquela orientação seriam apreendidas, podendo até serem confiscados a favor do Estado guineense, sejam eles da União Europeia, da China, Rússia ou de outras nacionalidades, disse. 

José Mário Vaz afirmou hoje que desde a sua decisão foram já apreendidos seis navios. 

O Presidente guineense não revelou a nacionalidade ou a bandeira das embarcações capturadas. 

Sublinhou ser firme a sua determinação em lutar contra aqueles que se aproveitam das riquezas da Guiné-Bissau que disse ser cada vez mais pobre quando outros são cada vez mais ricos. 

O Presidente guineense apontou a falta de infraestruturas no país e a degradação social para justificar a determinação de controlar a ZEE e desta forma arranjar recursos financeiros "para resolver as dificuldades" que o Estado enfrenta, notou. 

A seguir a Mauritânia, o Presidente da República viaja com o mesmo propósito para Senegal e Marrocos. 

ANG/Lusa

Cipriano Cassamá: “GUINÉ-BISSAU É CONHECIDO PELAS SUAS CÍCLICAS CRISES POLÍTICAS E SOCIAIS”

O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, reconheceu esta quarta-feira, 8 de fevereiro 2017, que a “Guiné-Bissau é um país conhecido pelas suas cíclicas crises políticas e sociais, que têm minado qualquer tentativa de instaurar um processo de desenvolvimento socioeconômico e um projeto de sociedade que sirva os interesses de todos os guineenses”.

Cassamá falava durante a cerimónia de abertura do Simpósio Internacional organizado pela Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Reconciliação, sob o lema “Nó Nfrenta Passado Pa Nó Kumpu Guiné-Bissau di Amanhã”. O evento reúne várias personalidades políticas, responsáveis da organização da sociedade civil, académicos e entidades religiosas. Simpósio contou ainda com a participação do antigo chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, igualmente ex-Presidente da República de Timor Leste, José Ramos Horta, que foi convidado como orador de um dos temas da conferência.

Cipriano Cassamá recordou no seu discurso de abertura que a criação da Comissão Organizadora da Conferência Nacional, obedece justamente a ambição de fazer a família guineense falar a uma só voz, por isso o lema ‘Caminhos para Consolidação da Paz e Desenvolvimento’, é um anseio de todos os guineenses em ver eliminado definitivamente os fatores que concorrem para o aparecimento endêmico de conflitos nocivos às suas convivência e ao desenvolvimento da sociedade.

“O povo guineense já provou que, quando unido, consegue forjar empreendimentos espantosos, pelo que a resignação, o deixa andar, o conformismo e o alheamento que grassam a nossa população, sobretudo a camada juvenil, é sintomático da dimensão a que chegou a crise política e social no nosso país. Assistimos, para a nossa desgraça coletiva, que a Guiné-Bissau, outrora um país respeitado e admirado mundialmente pelos seus feitos, mas após mais de 40 anos da sua independência política não logrou concretizar as aspirações e os desígnios mais básicos que estiveram nos ideias daqueles que, ontem, deram a sua juventude e as suas vidas, em prol de uma Guiné-Bissau livre e independente”, espelhou Cassamá.

Explicou ainda que o simpósio que se inicia tem um duplo cunho de natureza avaliadora, por um lado e, por outro, sufragar os resultados obtidos e as propostas feitas pela Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Reconciliação, durante o seu percurso de quase uma década.

“Independentemente dos constrangimentos de várias naturezas, os resultados obtidos permitirão que se avalie a existência de condições objetivas para se avançar para a fase da realização da conferência nacional, cujo pressuposto principal é o comprometimento dos principais órgãos de soberania e de todas as forças que detém ou influenciam efetivamente o poder político no seu exercício”, adevertiu.

O Presidente da Comissão Organizadora da Conferencia Nacional de Reconciliação, Padre Domingos da Fonseca, explicou que a comissão tem como mandato e missão preparar a organização da conferência nacional capaz de delinear modelos, estratégias e mecanismos de implementação de um verdadeiro processo de reconciliação.

“Ao longo da sua história recente a Guiné-Bissau passou por vários ciclos de crises políticas, econômicas e sociais com muitos reflexos no seu percurso de desenvolvimento. Tendo variado essas crises de intensidade, algumas mais violentas do que outras e com duração diferente, mas a consciência de que nenhuma delas trouxe vantagens gerais, contrariamente às justificações que serviram para colocar o país em determinadas situações”, descreveu. 

Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB

Crise Política: SISSOCO QUESTIONA A ‘IMPARCIALIDADE’ DO MEDIADOR ALPHA CONDÉ

Tínhamos alertado desde inicio deste processo que Alpha Condé não era mediador da CEDEAO mas sim um agente ao serviço de interesses da máfia lusófona no nosso país. Um mediador que não foi capaz de apresentar aos seus homólogos um documento assinado por todos em Conacri sobre a figura ou o nome de consenso  escolhido para chefiar o executivo bissau-guineense nem sequer um relatório/ata, não tem condições para continuar como mediador. Esse bandido em colaboração com os mafiosos lusófonos inventaram que o nome de Augusto Olivais foi o nome de consenso em Conacri mas não foram capazes de apresentar provas porque não existem. Fora com o  mentiroso e bandido Alpha Condé, amanhã já é tarde. 
 
 
Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, questionou nesta terça-feira, 07 de fevereiro 2017, a ‘imparcialidade’ do mediador da crise política guineense, Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, noticia a ‘Pressafrik’.

Úmaro Sissoco disse ainda durante a entrevista que pondera pedir a substituição de Aplha Condé como mediador da crise da Guiné-Bissau.

“Mediação de Condé não nos convém, vamos dizer a CEDEAO para escolher outra pessoa. O papel de um mediador não é permanente. Sei que o Presidente Alpha Conde é contra mim pessoalmente”, revelou o primeiro-ministro.

“Para ser mediador, é preciso ser aceite. Se entre ele e eu ou ele e o presidente [José Mário Vaz] que foi eleito como ele, reina um clima de desconfiança, isso significa que não tem as qualidades para prosseguir a mediação da nossa crise”, frisou. In pressafrik

O primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoko, afirmou que o presidente da Guiné Conacri e presidente da União Africana, Alpha Condé, está contra si e que não esconde essa posição.

Em declarações à AFP, retomadas pela BBC, Umaro Sissoko disse que relatórios dos serviços de informações da Guiné-Bissau revelaram que Alpha Condé terá ligado a homens políticos em Bissau para que estes bloqueiem o seu Programa do Governo no parlamento.

Considerando que a mediação de Alpha Condé na crise política guineense está a ter um papel negativo, Umaro Sissoko disse à AFP que poderá pedir à CEDEAO para escolher outro mediador em vez do actual Presidente da União Africana. In © e-Global

Parlamento da Guiné-Bissau rejeita levantar imunidade ao ex-PM Domingos Simões Pereira

A direção do Parlamento da Guiné-Bissau rejeitou hoje levantar a imunidade parlamentar ao deputado e ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, anunciou hoje Alberto Nambeia, presidente do PRS, maior partido da oposição.


Em conferência de imprensa, o líder do Partido da Renovação Social (PRS) adiantou ter sido a posição unânime assumida pelos cinco membros da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) hoje reunidos para analisar o pedido de retirada de imunidade parlamentar a Domingos Simões Pereira.

"A nossa posição foi unânime, pensamos que o deputado Domingos Simões Pereira deve ser ouvido no Parlamento", declarou Nambeia, sublinhando ter sido esta a prática em casos semelhantes no passado.

O líder do PRS destacou que a direção do Parlamento não tomou esta decisão por se tratar da figura de Domingos Simões Pereira, ex-primeiro-ministro (demitido pelo Presidente da República em agosto de 2015), mas sim para manter coerência.

A Procuradoria-Geral da República pretende ver levantada a imunidade parlamentar ao líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para ser ouvido no âmbito de um inquérito conduzido pelo Gabinete de Luta Contra a Corrupção em que é apontando como testemunha.

O dirigente encontra-se em missão pelo seu partido ao estrangeiro.

MB // VM
Lusa/Fim

Caso ”Gabussinho” - Primeiro-ministro promete inquérito para confirmar a actuação policial

(ANG) – O Primeiro-ministro garantiu hoje que haverá uma comissão de inquérito no Ministério do Interior para apurar a verdade dos factos, se houve ou não ilegalidade da polícia, na execução da decisão do tribunal que ordena o despejo, na semana passada, em 250 casas, em Gabussinho, arredores da capital, Bissau.
Umaro Sissoco Embaló que, no final da manhã de hoje visitou o local, e num encontro com as famílias despejadas, assegurou que “se se confirmar” a actuação, à margem da lei, de policias que acompanharam o oficial da diligência do tribunal a Gabussinho, “haverá punição”. 

Em relação à decisão do Tribunal Regional de Bissau que ordenou o despejo de milhares de pessoas, o chefe do executivo disse que estão limitados, devido ao princípio de separação de poderes entre o governo e o poder judicial. 

Contudo, informa que estão em curso, diligências com vista a averiguação do processo em causa, para saber se a decisão do despejo foi ou não legal. 

O Primeiro-ministro que manifestou a sua solidariedade para com os moradores de Gabussinho, admitiu a possibilidade de “excesso” da polícia na execução da decisão judicial. 

Também o Ministro do Interior mostrou-se solidário com os moradores de Gabussinho e afirmou que a “execução da decisão do tribunal nunca pode justificar que os agentes da polícia batessem nas populações”. 

Botche Candé pediu aos moradores de Gabussinhos para identificarem os polícias que supostamente os agrediram durante esta acção de despejo, para que possam ser punidos, caso fossem confirmados os seus actos. 

Em nome dos moradores, Lamine Marna agradeceu a solidariedade do governo, e reiterou que adquiriram os terrenos em causa e que têm em posse os comprovativos de compra e venda. 

Este proprietário duma casa em Gabussinho disse que os polícias chegaram no local “sem qualquer tipo de mandado, e arrombaram as portas das casas, expulsaram as pessoas e até roubaram alguns bens de moradores”. 

“Queremos deixar claro que estamos determinados a defender os nossos patrimónios”, avisou Marna, acrescentando que os moradores de Gabussinho já interpuseram uma acção contra a decisão judicial de despejo. 

Nesta deslocação à Gabussinho, o Primeiro-ministro , para além do Ministro do Interior, esteve acompanho pelo Ministro da Administração Territorial, Sola Nquilim Nabitchita que, igualmente acumula as funções de Presidente da Câmara Municipal de Bissau, a título interino. 

Na semana passada, e por ordens do Tribunal Regional de Bissau mais de 100 famílias foram despejadas nesse novo bairro de arredores de Bissau cujo terreno é reivindicado por um senhor que alega ter comprado o espaço à um senhor já falecido, cujos filhos descontentes com o negócio decidiram vender o mesmo espaço aos novos proprietários agora vítimas de despejos. 

Depois de o caso ter sido julgado pelas instâncias judiciais, dando razão ao primeiro comprador, os agentes da Polícia de Ordem Pública executaram a ordem de despejo, o que levou a detenção de algumas pessoas que resistiram à ordem de expulsão, deixando, por conseguinte, muitas crianças e mulheres ao relento, já que a porta da maioria das habitações foi acorrentada, impedindo a entrada das famílias expulsas e dos seus bens. 

Em reação a esta situação, depois duma visita ao local, o Ministro da Administração Territorial, Sola Nquilim Nabitchita, questionou da legalidade da decisão judicial e pediu um trabalho de fundo que abrange várias entidades públicas, nomeadamente a Câmara Municipal de Bissau, por forma a evitar mais dados. 

As famílias despejadas, por intervenção do Governo, já se encontram de novo nas suas casas. 

Entretanto, sobre esta disputa de terreno em Gabussinho, sabe a reportagem da Agência de Notícias da Guiné (ANG), junto do Ministro da Administração Territorial que, tanto o primeiro proprietário, como os actuais, não legalizaram os seus terrenos junto da Câmara Municipal de Bissau. 

ANG/QC/SG

POLÍTICA: MINISTRO DO INTERIOR AFIRMA QUE SUBSTITUIÇÃO DE FORÇAS DE SEGURANÇA NA ANP FEZ-SE A PEDIDO DO PRÓPRIO HEMICICLO

(ANG) – O ministro de Estado do  Interior disse esta terça-feira que a substituição da força de segurança na Assembleia Nacional Popular (ANP)  foi feita por  solicitação da própria direcção deste órgão de soberania.   

Citado pela Rádio Nossa, Botche Candé que falava á Imprensa revelou que a direcção da ANP pediu duas vezes ao seu Ministério  para  substituir  a força de segurança naquela instituição . 

Candé afirmou que  nunca ordenou a substituição da força de segurança na ANP, contrariando as  acusações do parlamento segundo as quais o ministério do interior decidiu substituir os agentes sem prévio concertação com a direcção da ANP.

Botche Candé, segundo a Rádio Nossa, promete trazer ao público mais informações sobre esse assunto.

O presidente da ANP, Cipriano Cassamá discorda com as afirmações do ministro Botche Candé e desafia-o a apresentar provas de que terá sido a ANP a pedir ,por duas , a substituição dos agentes de segurança .

Cassama considera vergonhosas as declarações de Botche Candé.

O presidente da ANP não tem estado a trabalhar no seu gabinete, desde que foi denunciado um alegado assalto ao local  por indivíduos não identificados, acto ocorrido após a denúncia de substituição do corpo de segurança da ANP por alegada decisão unilateral do Ministério do Interior. 

ANG/ PFC/SG