21 de janeiro de 2022

É proibido rir em cerimónias de casamento no registo civil, em Rostov, na Rússia

▲O acompanhamento musical da cerimónia e as fotografias escaparam às novas regras dos casamentos no sul da Rússia Getty Images

Observador.pt

Além do riso, foram também banidas as conversas em voz alta ou sapatos sujos nos casamentos no registo civil. "É uma ocasião alegre, mas não se devem empolgar. Não há nada de engraçado na cerimónia".

O dia do casamento é amplamente considerado como um dos dias mais felizes da vida dos noivos, mas em Rostov, no sul da Rússia, sinais ostensivos de alegria não são permitidos.

Um documento oficial, aprovado pelos deputados locais da região na terça-feira, refere que é expressamente proibido rir em cerimónias de casamento nos registos civis, revela o jornal The Times, citando a agência estatal de notícias russa, Novosti.

Além desta norma, o casamento não pode durar mais de 40 minutos e é proibido estar ao telemóvel ou ter conversas em voz alta.

Nas cerimónias, os participantes passam a ter de assegurar que não estão a utilizar sapatos e roupas sujas e que não transportam acessórias volumosos, como carteiras ou mochilas. Circular pela sala, entrar ou sair das instalações do registo civil, fumar, beber ou comer também não é permitido.

Em declarações ao The Moscow Times, Olga Isaenko — diretora de um cartório na região de Rostov — considera que as restrições sempre existiram, ainda que informalmente.

Sim, o casamento é uma ocasião alegre, mas não se devem empolgar. É permitido sorrir, mas não há nada de engraçado na cerimónia. [O casamento] é uma ocasião solene e terna.”

O acompanhamento musical da cerimónia e as fotografias escaparam às novas regras e continuam a ser permitidos.

Com o novo diploma é estabelecido que qualquer dano material causado ao registo civil e qualquer infração pode ter em consequências, nomeadamente processos judiciais.

"Que pergunta estúpida!", disse Biden a repórter sobre guerra com Putin

© Getty Images

Notícias ao Minuto  21/01/22 

Biden já tinha sido criticado pelos seus comentários na quarta-feira depois de ter dado a entender que recuou um pouco na proteção da soberania da Ucrânia.

A repórter da Fox News Jacqui Heinrich tentou falar com Joe Biden durante um dos briefings da Casa Branca, esta quinta-feira, e perguntou se este estava à espera que Vladimir Putin faça algo primeiro na Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos respondeu com humor: "Que pergunta estúpida!".

Biden já tinha sido criticado pelos seus comentários na quarta-feira depois de ter dado a entender que recuou um pouco na proteção da soberania da Ucrânia.

Na altura sugeriu que uma "pequena incursão" da Rússia pode não obter uma grande resposta dos aliados da NATO.

Depois desta questão da repórter Jacqui Heinrich, os restantes jornalistas foram negados à oportunidade de questionar mais Joe Biden sobre este tema. 

O tema desta conferência estava mais relacionado com a pandemia Covid-19, no entanto, existem muitas questões sobre a intervenção americana no conflito da Ucrânia a que mais uma vez o chefe de estado se recusa a responder.

Veja aqui o vídeo deste momento partilhado nas redes sociais:👇

Comité Central do PAIGC renova confiança no seu líder, Simões Pereira

Bissau, 21 Jan 22(ANG) – O Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), aprovou quinta-feira,  por unanimidade, uma Resolução que renova a confiança desta direção alrgada do partido ao líder desta formação política, Domingos Simões Pereira.

A renovação de confiança ao Simões Pereira acontece numa altura em que, em vésperas de realização do X congresso do PAIGC, várias correntes de opinião , inclusive de alguns dirigentes do partido se insurgem contra a continuidade de Domingos Simões Pereira na liderança do partido.

O Comité central através desssa Resolução apela aos subscritores de uma  Carta Aberta a reconsiderarem as suas posições e que, doravante, passam a observar os mecanismos internos existentes no seio do Partido.

Um grupo de cinco dirigentes, por via dessa Carta Aberta, responsabilizam Domingos Simões Pereira pela perda de mandatos  parlamentares verificada durante os dois mandatos que dirigiu o partido e pela situação de oposição em que o PAIGC se encontra actualmente, entre outras.

Igualmente os Membros do Comité Central aprovaram 3 moções, nomeadamente de Gratidão e Reconhecimento aos Combatentes da Liberdade da Pátria por ocasião do Dia 20 de Janeiro; Moção de felicitações ao autor e compositor  Adriano Ferreira Atchutchi, pela atribuição do Diploma “Fidju di Guiné Bali” pela Universidade Colinas de Boé e de Condenação ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, pelas “ameaças, tentativas de intimidações e de ingerência nos assuntos internos do PAIGC”.

Segundo Muniro Conté, secretário nacional do PAIGC para  Informação e Comunicação, no seu discurso de encerramento dessa reunião do Comité Central,  Domingos Simões Pereira recomendou o respeito aos compromissos  com os ideais de Amilcar Cabral, como forma de tornar o Partido cada vez mais unido e coeso.

ANG/ÂC//SG

GUINÉ-BISSAU - Balanço Ministro de Estado do interior Botche Candé em Cantchungo

GUINÉ-BISSAU - Canchungo Terá Força Conjunta de Seg para o combate ao roubo e assalto à mão armada.

Ministério do Interior anuncia constituição e instalação de uma Força Conjunta de Segurança para o combate ao roubo e assalto à mão armada.👇

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, afirmou hoje que o seu relacionamento com o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, "está bom" e que os desentendimentos foram ultrapassados.

Por LUSA  21/01/22 

"O meu relacionamento com o Presidente da República está bom. Houve momento de algum desentendimento, o que é normal na política, mas são problemas institucionais, que foram ultrapassados de forma institucional", disse Nuno Gomes Nabiam.

"As minhas relações com o Presidente estão normais. Ainda ontem (quinta-feira) tive um encontro com ele. Eu compreendi, o Presidente compreendeu. A Guiné-Bissau está acima de nós todos e continuamos a trabalhar com dinâmica para criar condições para o país", explicou Nuno Gomes Nabiam, quando questionado pelos jornalistas sobre a sua relação com o Presidente.

No final do ano, as relações entre Nuno Gomes Nabiam e Umaro Sissoco Embaló estiveram especialmente tensas, principalmente, quando o primeiro-ministro denunciou, no parlamento, que o Presidente tinha assinado, em outubro de 2020, um acordo de petróleo com o Senegal, sem o seu conhecimento.

O parlamento guineense acabou para anular, através de uma resolução, o acordo assinado com o Senegal, considerando que é inconstitucional porque o chefe de Estado não tem poder para assinar acordos, mas, apenas, de os ratificar.

Nuno Gomes Nabiam falava à imprensa no final da reunião da comissão permanente da Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), por si liderado, para começar a preparar o partido para as eleições legislativas de 2023.

"Foi uma reunião de orientação. Algumas situações que ocorreram no passado foram ultrapassadas. Alguns permaneceram no partido, outros saíram. Dia 18 de fevereiro reunimos a comissão política", disse.

Questionado sobre as orientações dadas ao partido, Nuno Gomes Nabiam disse que o partido vai reforçar as estruturas de base, dinamizá-las para "conseguir o triplo dos deputados" dos que conseguiu em 2019.

Nas legislativas de 2019, a APU-PDGB conseguiu eleger cinco deputados para o parlamento guineense.

"Estamos confiantes, é uma questão de humildade, trabalhar com a população e explicar o que é preciso fazer para o bem da Guiné-Bissau. A primeira coisa é haver estabilidade governativa", afirmou.


GUINÉ-BISSAU - Ministro de Estado do Interior e Ordem Pública visita Canchungo

Canchungo: intervenção do regulo, FERNANDO BATICÃ FERREIRA após encontro com o Ministro de Estado do Interior e Ordem Pública.👇

GUINÉ-BISSAU - Lançamentos da Primeira Pedra da Construção de Sede Nacional de SINJOTECS.

Cabo Verde gastou 10 milhões para importar combustíveis em novembro

© Lusa

Por LUSA   21/01/22 

Cabo Verde importou 1.138 milhões de escudos (10,2 milhões de euros) em combustíveis em novembro de 2021, o valor mensal mais alto desde o início da pandemia, segundo dados do Banco de Cabo Verde.

De acordo com os dados compilados hoje pela Lusa sobre as importações nacionais, o país comprou ao exterior, em 11 meses de 2021, quase 8.228 milhões de escudos (73,8 milhões de euros) em combustíveis de vários tipos, nomeadamente para garantir a produção de eletricidade, um crescimento homólogo superior a 130%.

De janeiro a novembro de 2020, período fortemente afetado pelo confinamento geral provocado pela pandemia de covid-19 (a partir de março), o arquipélago importou 6.251 milhões de escudos (56 milhões de euros) em combustíveis, segundo o histórico do BCV.

Em média, Cabo Verde - que não tem capacidade de refinação nacional - passou do equivalente a 167 mil euros diários de combustíveis importados nos primeiros 11 meses de 2020, para mais de 221 mil euros no mesmo período de 2021.

Como reflexo do progressivo aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, os combustíveis à venda em Cabo Verde aumentaram de preço mais de 37% de janeiro a dezembro de 2021, segundo dados oficiais.

Em todo o ano de 2020, Cabo Verde comprou ao exterior pouco mais de 6.793 milhões de escudos (61 milhões de euros) em combustíveis de vários tipos, contra os 9.164 milhões de escudos (82,3 milhões de euros) em 2019.

De 2019 para 2020, com a economia a crescer mais de 5%, a importação de combustíveis por Cabo Verde aumentou mais de 1%.

Contudo, essa importação caiu para o equivalente a 166 mil euros por dia em 2020, face aos impactos da crise económica sentidos depois de março.

Os dois meses de estado de emergência, em abril e maio de 2020, com confinamento generalizado da população e restrições à circulação, bem como o encerramento do arquipélago a voos internacionais de março a outubro, para conter a transmissão da pandemia de covid-19, explicam a quebra de 26% no valor dessas importações no espaço de um ano, bem como a descida das cotações internacionais do petróleo, nesse período.

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou anteriormente que o Governo já está a fazer um "esforço" para mitigar as consequências do impacto do aumento do preço dos combustíveis no arquipélago, que em outubro levaram a um aumento médio nas tarifas de eletricidade de 30%.

"Nós baixámos o IVA de 15% para 8%, não só na eletricidade, mas também na água, aumentámos o nível de devolução da tarifa social de 30% para 50% para as famílias de menor rendimento e também introduzimos a dedução fiscal de 130% para as empresas relativamente ao custo com energia", disse o primeiro-ministro.

Ulisses Correia e Silva apontou que o arquipélago vive o que espera ser uma situação conjuntural, mas que o executivo está a analisar medidas para reduzir os seus efeitos.

"Nós estamos perante uma situação que espero que seja conjuntural, de uma crise energética que é impactante, e o país tem limitações em termos de instrumentos também que possam minorar ainda mais esse efeito, mas nós estamos ainda em sede de discussão do Orçamento do Estado para a sua aprovação no parlamento e, até lá, iremos ver que outros instrumentos podem ser mobilizados para minorar o efeito", sublinhou.

Ulisses Correia e Silva considerou que a crise energética é "uma outra crise que se junta à pandemia".

"Temos metas muito ambiciosas", sublinhou, remetendo para a vontade de ter as energias renováveis responsáveis por 50% da produção energética em 2030 ou para a transformação digital, que diz ser "um fator importante para a melhoria da eficiência da economia".


Domingos Simoes Pereira lider do PAIGC reage as declaraçõs de Umaro Sissoco Embalo, Presidente da República ...RTP Africa Reporter

Morreu esta madrugada a mãe de Jair Bolsonaro. Tinha 94 anos

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Notícias ao Minuto 21/01/22 

O presidente do Brasil anunciou a notícia nas redes sociais com um vídeo em que partilha vários momentos com mãe.

A mãe de Jair Bolsonaro morreu esta madrugada aos 94 anos. Olinda Bolsonaro estava internada no Hospital São João, em São Paulo, desde segunda-feira, mas as causas da morte são ainda desconhecidas.

O anúncio foi feito pelo presidente do Brasil através de um vídeo em que partilha fotografias em várias datas e termina com a mãe a cantar.

Na descrição pode ler-se: "Com pesar o passamento da minha querida mãe. Que Deus a acolha em sua infinita bondade."

Depois de uma viagem ao Suriname e à Guiana, Jair Bolsonaro divulgou também que se prepara para regressar ao Brasil.

Segundo o G1, Olinda morava em Eldorado, que fica a aproximadamente 52 quilómetros de distância de Registro, e não tem hospital.

De acordo com a agenda oficial do chefe de Estado, que ainda poderá sofrer alterações, Bolsonaro mantém hoje um encontro com o Presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, estando a sua aterragem em Brasília prevista para as 20:30 (horário local, 23:30 em Lisboa).

Cientistas mantêm Relógio do Juízo Final em 100 segundos para a 00h00

© Getty Images

Notícias ao Minuto  21/01/22 

Os cientistas que gerem o designado Relógio do Juízo Final ('Doomsday Clock') decidiram mantê-lo a cem segundos da meia-noite para salientar a gravidade da situação internacional, em função de várias crises existenciais.

Este indicador é usado para ilustrar a vulnerabilidade do mundo a uma catástrofe oriunda das armas nucleares, alterações climáticas e tecnologias disruptivas em outros domínios.

Os autores do documento, publicado pelo Boletim dos Cientistas Atómicos (BCA), salientaram que a alteração da liderança política nos EUA em 2021 alimentou esperanças de que a corrida para a catástrofe pudesse ser interrompida.

Porém, esta mudança, só por si, foi "insuficiente para reverter as tendências negativas na segurança internacional", que se alongaram e continuaram através do horizonte de ameaças em 2021.

Assim, as relações tensas dos EUA com a Rússia e a China estão a ter desenvolvimentos, designadamente, no domínio das armas, que "podem marcar o início de uma nova corrida às armas nucleares".

Acresce "a imensa distância entre os compromissos para a redução a longo prazo das emissões de gases com efeito de estufa e as ações que estão a ser tomadas no curto e médio prazo.

Depois, a resposta mundial à pandemia do novo coronavirus permanece "inteiramente insuficiente".

A este propósito, no documento apontou-se: "Os planos para uma rápida distribuição global de vacinas colapsaram, o que deixou os países pobres largamente por vacinar e permitiu que novas variantes do coronavirus ganhassem terreno".

E, para mais, "além da pandemia, preocupantes lapsos na biossegurança e tornaram claro que a comunidade internacional precisa de dar uma atenção séria à gestão da investigação biológica à escala global".

Ainda a este propósito, os autores realçam que "o estabelecimento e desenvolvimento de programas de armas biológicas marca o início de uma nova corrida às armas biológicas".

Por outro lado, "apesar do novo governo do EUA ter restabelecido o papel da ciência e das provas na política pública, a corrupção do ecossistema de informação manteve-se em 2021".

Considerando este ambiente de ameaças diversificado, em que alguns desenvolvimentos positivos tiveram por contrapartida tendências negativas, preocupantes e em intensificação, o BCA considerou que o mundo não está mais seguro do que em 2020, o que os levou a manter o 'Doomsday Clock' nos 100 segundo ara a a meia-noite.

Esta decisão, porém, não sugere, "de forma alguma" que a situação na segurança internacional estabilizou. "Pelo contrário", afirmaram, de forma explícita.

"O Relógio permanece o mais próximo eu alguma esteve do apocalipse terminal da civilização, porque o mundo permanece em um momento extremamente perigoso. Em 2019, designámos esta situação como 'o novo anormal', o que infelizmente persiste", alertaram.

Em termos gerais, descreveram a situação da seguinte forma: "No ano passado, apesar de esforços louváveis de alguns líderes e do público, as tendências negativas nas armas nucleares e biológicas, nas alterações climáticas e uma variedade de tecnologias disruptivas -- exacerbadas por uma eco esfera de informação corrompida, que mina processos racionais de tomada de decisão -- mantiveram o mundo à beira do apocalipse".

Recuar deste abismo, na sua opinião, requer várias medidas, como que EUA e Federação Russa limitem as armas nucleares, que EUA e outros acelerem a descarbonização, que EUA e outros trabalhem na Organização Mundial de Saúde para reduzir os riscos biológicos de todo os tipos, que os EUA persuadam aliados e rivais assumirem o princípio de não serem os primeiros a usar a arma nuclear, que a Federação Russa regresse ao Conselho NATO-Rúsia, que os investidores troquem as aplicações em projetos de combustíveis fósseis por outros amigos do ambiente, que os cidadãos de todo o mundo questionem os seus políticos, a todos os níveis, sobre o que vão fazer para resolver as alterações climáticas.

O BCA foi fundado em 1945 por Albert Einstein e cientistas da Universidade de Chicago que ajudaram a desenvolver as primeiras armas atómicas, no Projeto Manhattan, e criou o 'Doomsday Clock' dois anos depois, usando a imagem do apocalipse (meia-noite) e o idioma contemporâneo da explosão nuclear (contagem para zero), para ilustrar a gravidade das ameaças para a humanidade e o planeta.

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Pelo menos 17 mortos e 59 feridos em explosão no Gana

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Notícias ao Minuto 21/01/22 

Pelo menos 17 pessoas morreram e 59 ficaram feridas numa explosão que devastou parte de uma cidade no Gana, causada por um acidente que envolveu um camião de transporte de material explosivo para uma mina, disse o Governo.

A explosão ocorreu na quinta-feira em Appiatse, não muito longe de Bogoso, uma cidade mineira, a cerca de 300 quilómetros a oeste de Acra, a capital do país rico em minerais da África Ocidental.

De acordo com informações preliminares, "um acidente envolvendo um camião que transportava materiais explosivos para uma empresa mineira, uma motocicleta e um terceiro veículo ocorreu perto de um transformador elétrico e levou à explosão", disse o Ministro da Informação, Kojo Oppong-Nkrumah, num comunicado divulgado na noite de quinta-feira.

"Um total de 17 pessoas foram infelizmente confirmadas mortas e 59 pessoas feridas foram resgatadas", acrescentou o ministro.

Das 59 pessoas feridas, 42 estão atualmente a ser tratadas em centros de saúde, "algumas delas em estado crítico", disse.

Todos os hospitais da área estão a ser mobilizados para tratar os feridos, tendo sido ativado um plano para transportar os que se encontram em estado crítico para instalações médicas em Acra, para tratamento, disse o Governo.

"A fim de evitar uma segunda explosão, uma equipa conjunta de peritos policiais e militares em explosões foi destacada para investigar a situação e pôr em prática medidas de segurança", indicou o comunicado.

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Senegal pede à UE que não ponha "mais injustiça nos ombros de África"

 Por LUSA  20/01/22

O Presidente do Senegal, que em fevereiro assume a presidência da União Africana, apelou hoje à União Europeia para "não pôr mais injustiça nos ombros de África" ao cortar o financiamento de projetos de combustíveis fósseis.

"Precisamos de alcançar um rácio de 31% de renováveis na produção de eletricidade, por isso dizer a estes países que têm esperança no gás que não vai haver financiamento para combustíveis fósseis é injusto", disse Macky Sall, durante um debate organizado, por videoconferência, pela Fundação África-Europa e pela Fundação Mo Ibrahim para antecipar a próxima cimeira União Africana (UA)-União Europeia (UE), prevista para o início do próximo mês.

Trinta e nove países e agências de desenvolvimento prometeram parar o financiamento de projetos de combustíveis fósseis no exterior durante a cimeira do clima de Glasgow, a COP26, em novembro.

A decisão tem sido criticada pelos países africanos, que argumentam que o gás é o mais limpo dos combustíveis fósseis e pode ter um papel na transição energética no continente.

Na conversa de hoje, em que também participou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Macky Sall disse que na cimeira UA/UE as nações africanas "falarão a uma só voz" na questão da transição energética.

"Precisamos de decidir por quanto tempo estas energias irão acompanhar a instalação de eletricidade em toda a África", disse o Presidente senegalês, recordando que muitos africanos ainda vivem sem eletricidade.

Um estudo divulgado pela organização do debate de hoje conclui que quase 600 milhões de africanos, quase metade da população do continente, vivem sem acesso à eletricidade, o que representa mais de 1,3 vezes a população da União Europeia.

Na UE, conclui o mesmo estudo, a totalidade dos 445 milhões de habitantes tem acesso à rede elétrica.

Macky Sall sublinhou que o gás é importante para a transição energética em África, e "não só em África, mas também na Europa": "Sabemos que muitos países europeus ainda usam gás", salientou.

O Presidente senegalês recordou ainda a promessa não cumprida da comunidade internacional de apoiar a adaptação do continente às alterações climáticas com 100 mil milhões de dólares (88 mil milhões de euros).

"África espera respostas da Europa em termos de solidariedade. Estamos todos comprometidos com o clima. As economias africanas estão entre as que menos poluem, mas somos a parte do mundo que é mais afetada pelas consequências das alterações climáticas", disse.

Para o futuro líder da União Africana, a UA e a EU precisam de se juntar para encontrar uma "estratégia que seja amiga do clima, mas que tenha em conta o nível de desenvolvimento dos países africanos.

Respondendo a Macky Sall, Charles Michel sublinhou que a União Europeia definiu objetivos ambiciosos para si própria há dois anos, nomeadamente a alcançar a neutralidade climática até 2050, e está agora a aplicar as medidas para alcançar esse objetivo.

E lembrou que a Europa também tem em curso o debate sobre que fontes de energia permitirão o desenvolvimento, recordando a taxonomia da UE, que define os critérios que serão usados para financiar a transição que sejam realistas do ponto de vista económico e social.

"O debate é legítimo, é muito relevante e a discussão que estamos a ter agora antecipa o debate que teremos entre os chefes dos Governos europeus e africanos", disse Michel.

O dirigente europeu referiu-se ainda à questão da promessa não cumprida dos 100 mil milhões de dólares, afirmando que "se há uma região que tem estado à altura dos seus compromissos" é a Europa.

"Foi a União Europeia de decidiu dedicar 25 mil milhões e mais cinco mil milhões adicionais por ano, por isso [a crítica dos países africanos sobre] a promessa de há uns anos não é tanto pata a União Europeia, mas sim para outros parceiros que não cumpriram as suas promessas", disse Michel, reiterando: "Nós cumprimos a nossa promessa".

As nações ricas prometeram em 2009 dar aos países em desenvolvimento 100 mil milhões de dólares por ano para os ajudar a lidar com as alterações climáticas, mas esse objetivo foi adiado para 2023 no início da COP26, o que motivou críticas dos países africanos.


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