terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Guerra na Ucrânia: "Paz não nos será dada de presente, mas tudo faremos para travar Rússia"

© Lusa  31/12/2024

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu hoje que fará tudo para acabar com a guerra com a Rússia no próximo ano, apesar de ressalvar que a paz não será dada como um presente.

"Que 2025 seja o nosso ano, o ano da Ucrânia. Sabemos que a paz não nos será dadá como um presente, mas faremos de tudo para travar a Rússia e acabar com a guerra", afirmou Zelensky, na sua mensagem de Ano Novo, transmitida nas redes sociais.

O chefe de Estado da Ucrânia disse ainda que, no próximo ano, o país deve lutar "no campo de batalha", mas também na mesa de negociações.

Para Zelensky, só uma Ucrânia forte será respeita e ouvida no combate e no diálogo.

Em 2024, o exército russo avançou quase 4.000 quilómetros quadrados em território ucraniano.

Na última semana aumentou a especulação sobre possíveis negociações de paz, depois de quase três anos de guerra, que provocou centenas de milhares de mortos e feridos de ambos os lados.

Em meados de dezembro, o Presidente russo, Vladimir Putin, saudou o progresso das suas tropas.

No seu discurso de Ano Novo, Putin voltou a elogiar os soldados russos pela sua "coragem e bravura", sem mencionar, de forma direta, a guerra na Ucrânia.

Entre outubro e novembro, as forças ucranianas recuaram mais de 1.000 quilómetros quadrados.


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A Ucrânia atacou esta terça-feira a Crimeia com drones navais e aéreos. O major-general Isidro de Morais Pereira explica que o objetivo ucraniano é “tornar as águas do Mar Negro razoavelmente seguras”, mas tal não é suficiente para conquistar a região, que está sob domínio russo.

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, expressa seus votos para que 2025 seja um ano de progresso, paz e prosperidade para Guiné-Bissau.


 Presidência da República da Guiné-Bissau

Putin elogia sucesso da Rússia nos seus 25 anos no poder em discurso de Ano Novo

© Contributor/Getty Images   Por Lusa   31/12/2024 

O Presidente russo, Vladimir Putin, elogiou hoje "os sucessos" da Rússia durante o quarto de século em que comanda o país, num discurso de Ano Novo que assinala também o 25.º aniversário da sua chegada ao poder.

"Caros amigos, dentro de poucos minutos o ano de 2025 irá chegar, completando o primeiro quarto do século XXI. Este período foi marcado na Rússia por muitos acontecimentos, particularmente históricos e de grande escala", sublinhou Putin. 

"Ainda há muito a fazer, mas podemos orgulhar-nos do que foi conseguido, é o nosso bem comum para o desenvolvimento futuro", disse, no seu tradicional discurso à nação a propósito da passagem de ano.

Saudando um país "independente, livre e forte", o líder russo considerou que a Rússia "foi capaz de enfrentar os desafios mais difíceis", mas fez apenas fez uma alusão ao conflito na Ucrânia.

"Estamos certos de que tudo ficará bem, que continuaremos a avançar", sublinhou, no momento em que o extremo oriente russo entrava no novo ano.

Putin, que era primeiro-ministro quando o então Presidente russo Boris Ieltsin se demitiu doente e desacreditado, tomou a liderança do país no dia 31 de 1999.

Desde então, orgulha-se de ter transformado a Rússia numa grande potência, capaz de competir com o Ocidente, e de ter restaurado a honra dos russos após a "humilhação da desagregação" do império soviético.

Embora o país esteja imerso numa guerra provocada pela invasão da Ucrânia há quase três anos, a única referência que o discurso do Presidente russo fez àquele que é o conflito mais grave na Europa desde a II Guerra Mundial foi uma saudação aos soldados destacados na frente.

"Nesta véspera de Ano Novo, os pensamentos e as esperanças de familiares, amigos e de milhões de pessoas em toda a Rússia estão com os nossos combatentes e os nossos comandantes", disse.

O líder do Kremlin (presidência russa) também não mencionou as dificuldades económicas da Rússia, atingida por uma inflação elevada e um crescimento que mostra sinais de esgotamento e muito menos referiu que estes problemas advêm do conflito na Ucrânia e das sanções ocidentais pela invasão.

Putin lembrou ainda que 2025 marcará 80 anos desde a derrota da Alemanha nazi, elemento central do discurso russo de grandeza nacional, considerando o Kremlin que a URSS foi o principal arquiteto da vitória dos Aliados em 1945.


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O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou hoje que "ninguém pode impedir" a "reunificação" de Taiwan, num discurso de Ano Novo, numa altura de crescente tensão entre Pequim e Taipé.

© Getty Images/ANTHONY KWAN/POOL/AFP   Lusa   31/12/2024

 Xi Jinping afirma que "ninguém pode impedir" a "reunificação" com Taiwan

O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou hoje que "ninguém pode impedir" a "reunificação" de Taiwan, num discurso de Ano Novo, numa altura de crescente tensão entre Pequim e Taipé.

 "Os chineses de ambos os lados do Estreito de Taiwan são uma só família. Ninguém pode quebrar os nossos laços de sangue e ninguém pode parar a tendência histórica da reunificação da pátria", declarou no discurso transmitido pela imprensa estatal. 

China e Taiwan coexistem desde 1949 com governos separados, mas Pequim reivindica a ilha como parte integrante do seu território e não exclui a possibilidade de recorrer à força para "reunificar" o território.

Pequim intensificou a sua pressão militar e política sobre Taipé nos últimos anos, enviando regularmente navios de guerra e aviões de combate para a zona em torno de Taiwan.

Em outubro, Taiwan afirmou ter detetado um número recorde de 153 aviões militares chineses em 25 horas, depois de Pequim ter organizado exercícios em grande escala que descreveu como um "aviso severo" contra as "forças pró-independência em Taiwan".

Washington é, desde há muito, o aliado mais importante de Taipé e o seu maior fornecedor de armas, facto que tem irritado Pequim.

Historicamente, os Estados Unidos têm mantido uma política de "ambiguidade estratégica" relativamente a uma possível intervenção militar se Taiwan fosse atacada pela China.


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SIC Notícias

Está a chegar um novo ano e com ele espetáculos de fogo de artifício um pouco por todo o mundo. A entrada em 2025 comemora-se de acordo com o fuso horário de cada território:

O primeiro país a celebrar a chegada do novo ano foi Kiribati, um território no Pacífico composto por 33 atóis e ilhas.

Uma hora depois, às 11h00 (hora de Lisboa), 2025 chegou a Auckland, na Nova Zelândia.

Segue-se a Austrália, (às 13h00, hora de Lisboa); Coreia do Sul (15h00); Hong Kong, Taiwan e Malásia (16h00); Bangkok, Tailândia (17h00) Índia (18h30) e Paquistão (19h00).

Às 20h00 (hora de Lisboa), o Dubai entra em 2025, seguido da Grécia e África do Sul (22h00); Alemanha, Itália, França e Espanha (23h00).

Londres e Portugal partilham o mesmo fuso horário, por isso celebram a passagem de ano ao mesmo tempo, enquanto o Brasil só o faz três horas depois.

Os últimos a comemorar a entrada em 2025 são os Estados Unidos e América do Sul.

Este é o efeito do café no estômago vazio. Já sabia?

Por vezes alguns hábitos podem levar a determinados problemas de saúde e nem sequer pensamos nisso. Isto porque é algo que fazemos no dia a dia e que por ser tão comum não pensamos nas implicações. É exatamente o que se passa com o efeito do café no estômago vazio de acordo com o alerta […]     Por msn.com/pt-pt 

Por vezes alguns hábitos podem levar a determinados problemas de saúde e nem sequer pensamos nisso. Isto porque é algo que fazemos no dia a dia e que por ser tão comum não pensamos nas implicações. É exatamente o que se passa com o efeito do café no estômago vazio de acordo com o alerta lançado por um médico espanhol.

Um médico advertiu as pessoas contra o consumo de café com o estômago vazio, não só porque pode causar problemas de estômago, mas também porque pode “aumentar o risco de doenças crónicas”. De facto há muitas pessoas que tomam uma chávena de café sem terem tomado o pequeno-almoço primeiro.

Conforme referido na marca.com, o Dr. Alexandre Olmos, está agora a alertar os consumidores de café para os possíveis efeitos negativos desta prática. Embora possa parecer inofensiva, esta prática pode ter repercussões significativas na nossa saúde.

Porque é que deve evitar o café com o estômago vazio?

O Dr. Olmos afirma que beber café com o estômago vazio pode ativar genes relacionados com inflamações e problemas digestivos. O especialista explica que a bebida é naturalmente ácida. Assim se a consumir sem alimentos, pode alterar o pH do seu estômago. Quando isto acontece, pode levar a um aumento da produção de ácido gástrico e irá sentir azia e desconforto digestivo. Com o tempo, se o fizer frequentemente, pode causar inflamação do trato gastrointestinal, o que tem impacto no nosso microbioma intestinal – algo fundamental para a nossa saúde geral.

Não só pode causar problemas digestivos, como gastrite ou síndrome do intestino irritável (SII), como pode aumentar o risco de doenças crónicas. Isto está ligado a várias condições de saúde, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e doenças auto-imunes.

Entretanto nuitos tiram partido do café para facilitar o jejum intermitente, mas beber café com o estômago vazio pode fazer com que o seu corpo reaja de formas de que não estava à espera.


Vídeo relacionado: Nutricionistas Dizem Que Você Nunca Deve Tomar Café Com O Estômago Vazio (VideoElephant (Video))

Portugal. 2025: Novo ano traz aumento de salários e de pensões e mudanças no IRS

© shutterstock  
Lusa   31/12/2024
O próximo ano traz uma subida do salário mínimo, das pensões e das remunerações na função pública e várias alterações no IRS que deverão traduzir-se num aumento do rendimento líquido.

No privado, os aumentos salariais não estão garantidos, mas há incentivos para as empresas que aumentem o salário médio em pelo menos 4,7% (segundo o acordo tripartido assinado pelos parceiros sociais), sendo que algumas das alterações ao IRS também podem proporcionar a subida do rendimento líquido.

Para 2025 o Governo optou por manter inalteradas as taxas da generalidade dos impostos e ao nível autárquico há mais autarquias a aplicar a taxa mínima do IMI ou a proceder a ligeiras descidas face ao valor aplicado em 2024.

Eis algumas das alterações de salários, pensões e fiscais que entram em vigor com a chegada de 2025:👇

Salário mínimo 

O salário mínimo nacional avança 50 euros em 2025, fixando-se nos 870 euros. No caso da Região Autónoma da Madeira, o SMN foi fixado em 915 euros, mais 65 euros do que o valor atual.

Função pública 

O acordo assinado entre o Governo e duas das estruturas sindicais da função pública (Fesap e STE) assegura que em 2025 os salários aumentam em 56,85 euros, no caso dos trabalhadores com salários até 2.630 euros brutos. Acima deste valor, o aumento é de 2,15%.

Por sua vez, o salário mínimo no setor público é fixado nos 878,41 euros.

O novo ano traz ainda uma atualização de 5% das ajudas de custo.

Pensões

As pensões vão ser atualizadas em 2025 de acordo com a fórmula legal (que combina a inflação com o crescimento da economia), sendo que as de valor até três indexantes de apoios sociais (IAS) somam a este aumento um adicional de 1,25 pontos percentuais, aprovado pelo parlamento com o voto contra dos partidos que apoiam o Governo.

Assim, as pensões até 1.045 euros brutos (dois IAS) aumentam 3,85% (2,6% pela fórmula legal e 1,25% adicionais), enquanto as de valor entre dois e até três IAS (até 1.567,5 euros) avançam 3,35%: 2,10% pela fórmula prevista na lei e 1,25% pelo referido aumento extra.

Já as pensões entre três e até seis IAS (ou seja, até 3.135 euros) vão ser atualizadas em 2,10%, enquanto aquelas cujo valor está situado entre os seis e até aos 12 IAS (até 6.270 euros) têm um aumento de 1,85% em 2025. Acima deste patamar não há aumentos.

Idade da reforma e fator de sustentabilidade

Em 2025 as pessoas vão ter de esperar até fazerem 66 anos e sete meses de idade para se poderem reformar sem os cortes do fator de sustentabilidade (que acompanha a esperança média de vida) e a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade normal da reforma.

No próximo ano o corte por via do fator de sustentabilidade será de 16,9% (mais 1,1 pontos percentuais do que o corte que vigorou em 2024).

 CSI

O Complemento solidário para idosos (CSI) aumenta de 600,60 euros para 630,60 euros. Esta subida resulta de uma atualização de 4,99% do valor de referência do CSI, que passa a ser anualmente de 7.568 euros, um aumento de 360 euros face ao que estava em vigor desde junho (7.208 euros).

Subsídio de desemprego

A atualização do indexante de apoios sociais em 2025 (na sequência da fórmula legal que conjuga a inflação com o crescimento da economia) para os 522,50 euros vai fazer subir o valor máximo do subsídio de desemprego para os 1.306 euros (1.273 euros em 2024).

Este valor do subsídio de desemprego tem por limite o equivalente a 2,5 IAS.

IRS

O imposto que incide sobre os rendimentos dos particulares sofreu várias alterações que entram em vigor ou produzem efeitos a partir de janeiro de 2025 e que acabarão por se traduzir numa subida do rendimento líquido -- já a partir de janeiro e/ou no momento da entrega da declaração anual.

Entre essas alterações está a atualização dos limites dos escalões em 4,6%, a subida do valor isento do IRS (mínimo de existência) para os 12.180 euros, acompanhando a subida do SMN, o aumento da dedução específica para 4.462,15 euros ou a subida da dedução com as rendas de casa, cujo limite sobe de 600 para 700 euros.

A partir de janeiro entra também em vigor o novo modelo do IRS Jovem, mais generoso e abrangente do que o modelo anterior, ainda que os críticos da medida antecipem que não vai travar a saída de jovens. O regime passa a poder ser usado por 10 anos (até aos 35 anos de idade), aplicando-se a rendimentos brutos anuais até 55 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS).

Em 2025, os trabalhadores a recibos verdes passam a beneficiar de uma redução na taxa de retenção na fonte, que recua de 25% para 23% e os contribuintes particulares em geral passam a poder consignar até 1% do IRS a entidades de natureza e interesse cultural, juvenil ou desportivo.

Subsídio de refeição

Ainda ao nível do IRS, aumenta em 60 cêntimos, para os 10,20 euros, o limite do valor do subsídio de refeição em cartão ou vales isento de imposto e contribuições. Os valores pagos em numerário isentos continuam limitados a seis euros.

Atualização dos escalões do IMT

À semelhança do que sucedeu no IRS, também os limites isentos ou sobre os quais recaem as taxas marginais do IMT são atualizados em 4,6%. Este aumento dos valores isentos aplica-se ao modelo do IMT Jovem.

Maioria dos municípios com IMI na taxa mínima 

Mais de metade dos municípios decidiram aplicar o IMI pela taxa mínima de 0,3% em 2025 (para o imposto relativo a 2024), incluindo nesta lista os casos de Lisboa, Oeiras, Sintra, Albufeira ou Faro.

A maioria das autarquias vai também atribuir o desconto no IMI para as famílias residentes com dependentes.

Recomposição do 'mix' do ISP

As taxas unitárias do ISP sobre o litro de gasóleo e de gasolina vão aumentar em cerca de três cêntimos em janeiro, acomodando a descida da mesma ordem de grandeza da taxa de carbono. O valor final do ISP suportado pelo consumidor não se altera, garante o Governo, havendo antes lugar a uma recomposição do peso de cada um dos componentes deste imposto.

O objetivo é ir retirando as medidas extraordinárias de mitigação da subida de preços dos combustíveis observada em 2022 e ainda em 2023, em linha do que exige Bruxelas, refere o Governo.

Tributação automóvel 

A partir de 2025, as tabelas de desconto sobre o ISV (Imposto sobre veículos) consoante a idade dos usados importados deixaram de ser divididas em duas - componente cilindrada e ambiental (CO2) - passando a ser apenas uma para a totalidade do imposto. Assim, o ISV irá baixar em 2025, regra geral, especialmente em carros com emissões de CO2 mais altas.

Em 2025, não haverá atualização do IUC e as taxas de tributação autónoma que incidem sobre viaturas de empresas ou de empresários em nome individual vão baixar.

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Leia Também: Quando a ingestão de proteína é insuficiente, a pele pode ressentir-se e refletir sinais de envelhecimento, perdendo elasticidade e firmeza. "Não adianta gastar fortunas em tratamentos estéticos (...) se os nutrientes necessários (aminoácidos) para a produção de colágeno na pele não são disponibilizados", alerta a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em declarações ao portal Saúde em Dia.


Geraldo Martins: “GUINÉ-BISSAU ESTÁ A VIVER NUMA SITUAÇÃO DE DUPLA CRISE POLÍTICA E SOCIAL SEM PRECEDENTE NA SUA HISTÓRIA”

Por  O DEMOCRATA  30/12/2024

O vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Geraldo João Martins, afirmou esta segunda-feira, 30 de dezembro de 2024, que a Guiné-Bissau está a viver numa situação de dupla crise, política e social sem precedentes na sua história, desde o início da era democrática no país.

“Não há a Assembleia Nacional Popular a funcionar, um governo legítimo que é a expressão da vontade popular, instituições como o Supremo Tribunal de Justiça, a Comissão Nacional de Eleições partidas e daqui a dois meses não haverá uma Presidente da República eleito”, assinalou

Geraldo Martins falava no ato do encerramento do ano político de 2024, organizado pela Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), em colaboração com a União Democrática das Mulheres (UDEMU), na sede principal do PAIGC, em Bissau.

O antigo Primeiro-Ministro do governo derrubado de PAIGC saído das legislativas de 4 de junho de 2023 disse que o ano que termina foi muito difícil não só para aquela formação política, mas também para o povo guineense que “foi vítima de muita repressão do atual regime que rapta, espanca e tira as liberdades fundamentais aos cidadãos”.

Geraldo Martins  afirmou na sua comunicação que apesar de toda essa situação, “não há repressão que possa travar a vontade livre de um povo” , defendendo que a vontade de expressão deve ser expressada em 2025, ano que provavelmente serão realizadas  possíveis  eleições gerais na Guiné-Bissau.

Martins disse não ter dúvidas que o PAIGC será o vencedor das próximas eleições presidenciais e legislativas, razão pela qual o escrutínio foi adiado, porque “sabiam que se fossem realizadas os libertadores ganhariam com maioria absoluta”.

“Se alguém tomar uma decisão de derrubar o parlamento, deve cumprir a lei, marcando, dentro de 90 dias, as  eleições, de acordo com a Constituição da República, devolvendo o poder ao povo. Infelizmente, isso não foi o caso, porque tem consciência clara que o povo escolheria  mesmo partido”, afirmou.

O dirigente do PAIGC assinalou que 2024 foi um ano especial, porque é ano do centenário de nascimento do Amílcar Lopes Cabral que, além de ser uma figura e personalidade multifacetada, sendo um cientista, intelectual, revolucionário, político e escritor,  é fundador do PAIGC e das nacionalidades guineense e cabo-verdiana.

“Todos os guineenses tiveram orgulho de celebrar o centenário do nascimento de Amílcar Cabral e o orgulho dos militantes do PAIGC é ainda mais redobrado, porque Cabral é uma figura mundial”, enfatizou.

Por seu lado, o Secretário Nacional da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), Ussumane Camará, informou que 2024 foi um ano de trabalho, de  grandes conquistas em termos de representação a nível internacional e organização das estruturas de massa do partido, sobretudo a juventude. 

“2024 não foi apenas um ano de massacre, espancamentos, lançamento de gás lacrimogêneos e prisões arbitrárias, sequestros, mas também o de conseguir grandes feitos internacionais, representando o partido nos palcos mundiais” , indicou.

Ussumane Camará alertou, neste particular, que 2025 não será um ano fácil, será, sim, um ano de grandes sacrifícios e desafios, porque” vai ser um ano de  tudo ou nada em que o PAIGC é condenado a demostrar a sua grandeza,  ganhar as presidenciais, as legislativas e as eleições autárquicas para melhor estar seguro para governar a Guiné-Bissau,  sem constrangimentos”.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Mensagem de Final de Ano do Presidente do PAIGC, PAI -Terra Ranka e da ANP, Eng.º Domingos Simões Pereira, a toda a Nação.


Fonte. PAIGC 2023

Israel intercetou míssil lançado do Iémen que fez soar alarmes

© REUTERS/Gleb Garanich    Lusa  30/12/2024 
As forças israelitas divulgaram hoje à noite que intercetaram um míssil lançado desde o Iémen antes de entrar em território israelita, ataque que fez soar as sirenes antimíssil em Telavive e no centro de Israel.

"Após as sirenes que soaram recentemente no centro de Israel, um míssil lançado do Iémen foi intercetado pela Força Aérea antes de atravessar o território israelita", apontaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês), em comunicado.

A mesma fonte detalhou que as sirenes foram acionadas às 23:11 (21:11 em Lisboa) devido à possibilidade de queda de estilhaços após a interceção.

O serviço de emergência israelita (Magen David Adom) indicou não ter recebido registo de feridos.

Por sua vez, a polícia detalhou que está a realizar buscas para localizar as zonas onde poderiam ter caído restos do dispositivo intercetado.

Nas últimas semanas, os rebeldes iemenitas Huthis, aliados do Irão, intensificaram os seus lançamentos de mísseis contra Israel. No passado sábado soaram os alarmes em Jerusalém e no mar Morto.

Na sexta-feira, assumiram a responsabilidade por um ataque lançado contra o Aeroporto Internacional Israelita Ben Gurion, 15 quilómetros a sudeste de Telavive, com um míssil balístico.

As forças israelitas, por sua vez, atacaram o aeroporto da capital Sana, provocando seis mortos e quarenta feridos.

Após o início da guerra em Gaza, este grupo rebelde, que controla Sana e outras zonas do norte e oeste do Iémen desde 2015, atacou o território israelita com drones e mísseis, bem como navios ligados a este país nos mares Vermelho e Arábico.

O Governo de Israel alertou os rebeldes Huthis que não permitirá ataques contra o seu país, e indicou que conta com o apoio dos Estados Unidos para os combater.

Também o chefe da diplomacia de Israel, Gideon Saar, saudou hoje a decisão da ONU de convocar, a seu pedido, uma sessão de emergência do Conselho de Segurança para abordar as "ameaças à segurança global", provocadas pelos rebeldes Huthis do Iémen.

Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, os Huthis têm atacado navios, principalmente no mar Vermelho, e alvos em Israel, aproveitando a posição estratégica do Iémen.

O exército israelita acusou o grupo armado iemenita de depender do financiamento iraniano e de agir como agente da República Islâmica no ataque a navios internacionais no mar Arábico, no mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandab, para desestabilizar a região.

Estas ações têm continuado apesar de as suas posições terem sido bombardeadas em várias ocasiões pelos Estados Unidos, Israel e Reino Unido.

As tensões entre o grupo iemenita e Israel aumentaram significativamente e a intensificação do fogo cruzado começa a preocupar a comunidade internacional.

Leia Também: Israel diz ter intercetado dois projéteis disparados do norte de Gaza 

Padre católico condenado a 11 anos por críticas ao regime na Bielorrússia

© ShutterStock  Por Lusa  30/12/2024

Um padre católico foi hoje condenado a 11 anos de prisão na Bielorrússia por alta traição, após criticar o Governo, no primeiro caso de acusações de motivação política contra o clero, desde que a Bielorrússia se tornou independente.

A condenação e sentença do reverendo Henrykh Akalatovich surge numa altura em que as autoridades bielorrussas intensificam a sua ampla repressão dos dissidentes antes das eleições presidenciais de 26 de janeiro, onde é esperado que o Presidente Alexander Lukashenko alcance um sétimo mandato.

O grupo de direitos humanos da Bielorrússia Viasna adiantou que Akalatovich, de 64 anos, rejeitou as acusações de traição. O grupo listou-o entre os 1.265 presos políticos do país.

"Pela primeira vez desde a queda do regime comunista [após o colapso da União Soviética em 1991], um padre católico na Bielorrússia foi condenado por acusações criminais contra prisioneiros políticos", frisou o representante da Viasna, Pavel Sapelka.

"A dura sentença pretende intimidar e silenciar centenas de outros padres antes das eleições presidenciais de janeiro", alertou.

Akalatovich, que está sob custódia desde novembro de 2023, foi diagnosticado com cancro e foi submetido a uma cirurgia pouco antes de ser detido.

O padre da cidade de Valozhyn, no oeste da Bielorrússia, que criticou o governo nos seus sermões, foi mantido incomunicável, com os funcionários da prisão a recusarem que lhe fossem enviados agasalhos e alimentos.

Arkatovich está entre dezenas de clérigos - católicos, ortodoxos e protestantes - que foram presos, silenciados ou forçados ao exílio por protestarem contra as eleições de 2020 que deram ao autoritário Lukashenko um sexto mandato.

As eleições de 2020 foram contestadas pela oposição e o Ocidente, referindo que foram marcadas por fraude que desencadeou protestos em massa. As autoridades responderam com uma repressão abrangente que resultou na detenção de mais de 65 mil pessoas e milhares de espancamentos pela polícia.

O clero católico e protestante que apoiou os protestos e abrigou os manifestantes nas suas igrejas foi particularmente alvo de repressões.

As autoridades bielorrussas procuram alinhar abertamente o clero, convocando-o repetidamente para conversações políticas "preventivas", verificando as suas páginas na Internet e as redes sociais e fazendo com que os serviços de segurança monitorizem os sermões.

Os cristãos ortodoxos representem cerca de 80% da população, pouco menos de 14% são católicos e 2% são protestantes.

Lukashenko, que governa a Bielorrússia há quase 30 anos e se descreve como um "ateu ortodoxo", atacou o clero dissidente durante os protestos de 2020, instando-os a "fazer o seu trabalho" e a não alimentar a agitação.

O chefe de Estado bielorrusso é um dos aliados mais próximos do presidente russo Vladimir Putin, permitindo à Rússia utilizar o território do seu país para enviar tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022 e para implantar algumas das suas armas nucleares táticas na Bielorrússia.