Radio Voz Do Povo
quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Balanço da Festividade de Natal: 106 casos, entre quais, 11 agressões, 11 acidentes de viação. Dados avançados por Augusto Gomes, enfermeiro responsável pela Urgência do Hospital Nacional Simões Mendes .
MF | CONTROLO AO ABSENTISMO
⏰| Depois da dispensa de serviço (24) e do feriado natalino (25) , o Ministro das Finanças Dr Ilídio Vieira Té, visitou cedo (8h30), os serviços do Ministério para cumprimentar os funcionários, assim como verificar no local a presença dos mesmos.
Ministério das Finanças 26/12/2024
EUA: Biden apela à "dignidade" em mensagem de Natal e Trump faz provocações
© Alex Wong/Getty Images Por Lusa 25/12/2024
O Presidente cessante norte-americano, Joe Biden, apelou hoje, na sua última mensagem de Natal no cargo, "à decência e dignidade", enquanto o sucessor eleito, Donald Trump, repetiu comentários provocatórios em relação a vários países.
No seu "último" Natal "como Presidente", Biden desejou que o país continue "a procurar a luz da liberdade e do amor, da bondade e da compaixão, da dignidade e da decência", contrastando com a mensagem natalícia de Donald Trump.
Na sua rede Truth Social, Trump repetiu acusações de interferência chinesa no Canal do Panamá, infraestrutura estratégica que ameaçou no sábado repor sob controlo norte-americano.
"Feliz Natal a todos, incluindo aos maravilhosos soldados chineses que, carinhosamente, mas ilegalmente, operam o Canal do Panamá", escreveu.
Trump afirmou no sábado que os navios norte-americanos deveriam pagar menos pela passagem pelo canal que liga o Pacífico ao Atlântico.
Outro alvo da mensagem de Natal de Trump foi o Canadá, vizinho do norte a que recentemente se referiu como um possível "51º estado" norte-americano, e cujo primeiro-ministro Justin Trudeau chamou de "governador".
"Se o Canadá se tornasse o nosso 51º estado, os seus impostos seriam reduzidos em mais de 60%, os seus negócios duplicariam imediatamente de tamanho e seriam protegidos militarmente como nenhum outro país do mundo", afirmou.
Donald Trump recordou também as suas reivindicações sobre a Gronelândia, um território polar quatro vezes maior que a França e que considera estratégico: "Os habitantes da Gronelândia, de quem os Estados Unidos precisam para a sua segurança nacional, querem que os Estados Unidos estejam presentes, e nós iremos estar!".
Anteriores insinuações de Trump sobre a Gronelândia levaram na segunda-feira o chefe do governo local, Mute Egede, a dizer que o território autónomo pertencente à Dinamarca "não está à venda".
Donald Trump tomará posse a 20 de janeiro como 47º Presidente dos Estados Unidos, em Washington, DC.
Leia Também: Biden reage a ataque russo no dia de Natal prometendo mais entregas de armas a Kiev
Fuga de mais de 1.500 reclusos de cadeia de alta segurança provoca 33 mortos em Maputo
Fuga de mais de 1.500 reclusos de cadeia de alta segurança provoca 33 mortos em Maputo |
Moçambique vive o terceiro dia consecutivo de caos nas ruas, na sequência do anúncio dos resultados finais das eleições gerais, com saques, vandalizações e barricadas, nomeadamente em Maputo.
Pelo menos 1.534 reclusos evadiram-se esta tarde da Cadeia Central de Maputo, de máxima segurança, disse esta quarta-feira o comandante-geral da polícia, afirmando tratar-se de uma ação "premeditada" e da responsabilidade de manifestantes pós-eleitorais em que morreram 33 pessoas.
"Esperamos nas próximas 48 horas uma subida vertiginosa de todo o tipo de criminalidade na cidade de Maputo", afirmou Bernardino Rafael, em conferência de imprensa ao início da noite, garantindo que entre os reclusos em fuga, dos quais apenas 150 foram recapturados, estavam alguns "terroristas altamente perigosos".
"Facto curioso é que naquela cadeia nós tínhamos 29 terroristas condenados, que eles libertaram. Estamos preocupados, como país, como moçambicanos, como membros das Forças de Defesa e Segurança", afirmou Bernardino Rafael.
Segundo o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), a evasão da Cadeia Central de Maputo, localizada na cidade da Matola, a 14 quilómetros do centro da capital moçambicana e que contava com cerca de 2.500 condenados e detidos, aconteceu cerca das 13:00 locais (11:00 em Lisboa), resultando da "agitação" de um "grupo de manifestantes subversivos" nas imediações.
"Fazendo barulho, nas suas manifestações, exigindo que pudessem retirar os presos que ali se encontram a cumprir as suas penas", descreveu Bernardino Rafael, explicando que esta ação provocou "agitação" no interior da cadeia, o que levou ao desabamento de um muro, propiciando a fuga, apesar da "confrontação imediata" com os guardas prisionais.
"Esta confrontação resultou [em] 33 óbitos, na confrontação direta com os reclusos. Nas imediações da Cadeia Central 15 feridos", avançou ainda, apelando à entrega voluntária dos reclusos em fuga e à informação da população sobre estes foragidos.
Segundo o comandante da PRM, nas últimas 24 horas houve outro caso semelhante de evasão, na Cadeia de Manhiça, norte da província de Maputo, em que os manifestantes libertaram os presos, e uma tentativa na Cadeia de Mabalane.
"Como podem notar, os manifestantes preferem libertar os detidos, os presos, os condenados, não sabemos quais são as claras intenções. Se calhar os organizadores dessas manifestações subversivas poderão dizer porque razão optam por estas ações de libertar os condenados", afirmou Bernardino Rafael.
Moçambique vive o terceiro dia consecutivo de caos nas ruas, na sequência do anúncio dos resultados finais das eleições gerais, com saques, vandalizações e barricadas, nomeadamente em Maputo.
O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou na tarde de segunda-feira Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de outubro.
Este anúncio provocou o caos em todo o país, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane - que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos - nas ruas, barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.
Pelo menos 56 pessoas morreram em Moçambique desde segunda-feira, na sequência da contestação aos resultados das eleições gerais moçambicanas, e 152 foram baleadas, segundo balanço feito hoje pela plataforma eleitoral Decide.
De acordo com o levantamento daquela Organização Não-Governamental (ONG) que monitoriza os processos eleitorais em Moçambique, com dados de 23 e 24 de dezembro, 31 das vítimas mortais registaram-se na província de Sofala, centro do país, e nove em Nampula, no norte, além de seis em Maputo (cidade e província), no sul.
Dos 152 baleamentos, aquela ONG contabiliza 56 na cidade de Maputo e outros tantos em Sofala, apontando ainda um total de 102 detenções, 40 das quais na cidade capital, onde uma pessoa está desaparecida.
Com LUSA