sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

ESTUDO: Sapos transparentes? Acumulam sangue no fígado sem coagular... Segundo os cientistas, pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Uma pesquisa recente, publicada na revista científica Science, descobriu que o 'sapo de vidro' é capaz de acumular sangue no fígado enquanto dorme, sem ser afetado negativamente por coágulos. Segundo os cientistas, a investigação pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

Segundo o estudo, citado pela BBC News, esta descoberta pode permitir avançar na compreensão médica dos distúrbios na coagulação sanguínea - uma condição grave comum.

Os 'sapos de vidro' - que medem entre 19 e 24 milímetros e pesam de 70 a 80 gramas -, chegam a ficar 61% transparentes para se disfarçarem, escapando assim à atenção dos predadores, quando estão em folhas de tons claros.

Em alguns casos, a barriga é tão transparente que é possível observar os órgãos. "Se o corpo do sapo for virado de barriga para cima, é possível ouvir o coração a bater sozinho", explicou Jesse Delia, um dos investigadores que fizeram parte do estudo, pertencente ao Museu de História Natural, em Nova Iorque, acrescentando que "através da pele, é possível ver-se o músculo, visto que a maior parte da cavidade do corpo é realmente transparente".

Agora, as descobertas de Delia e Carlos Taboada, da Duke University, também nos EUA, revelaram como os 'sapos de vidro' realizam essa função de forma muito incomum. A verdade é que estes anfíbios conseguem 'esconder' até 89% dos glóbulos vermelhos no fígado.

"Eles, de alguma forma, acumulam a maioria dos glóbulos vermelhos no fígado, sendo, assim, removidos do plasma sanguíneo", avançou o cientista, explicando que estes animais "conseguem fazer isso sem desencadear um coágulo maciço".

As células sanguíneas do animal ficam compactadas, dobrando o tamanho do fígado e permitindo que o 'sapo de vidro' fique transparente. “Não é como se colocassem um pouco de sangue no fígado – eles colocam quase todo o sangue no fígado”, explicou Karen Warkentin, da Universidade de Boston, que não esteve envolvida no trabalho. 

À noite, quando a anfíbio quer voltar à aparência normal para caçar ou acasalar, liberta os glóbulos vermelhos de novo para a circulação do sangue e o fígado encolhe novamente.

O cientista explica que o sapo ainda é capaz de coagular o sangue quando necessário, por exemplo, quando está ferido.

Essa capacidade de acumular e coagular o sangue seletivamente é o "super poder" desses anfíbios, e pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

A maioria dos animais precisa de bombear continuamente glóbulos vermelhos por todo o corpo para fornecer oxigénio aos tecidos, e o acumular de sangue leva à coagulação, que pode ser fatal. No caso dos humanos, pode levar mesmo a ataques cardíacos. Segundo os cientistas, a aplicação desta descoberta na medicina humana pode demorar décadas.

Biden formaliza retirada do Burkina Faso de plano comercial para África

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POR LUSA  23/12/22 

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, formalizou hoje a retirada do Burkina Faso do programa de benefícios comerciais contemplado no African Growth and Opportunity Act (AGOA), a partir de janeiro, em resposta aos retrocessos democráticos no país.

"De acordo com a secção 506A(a)(3) da Lei Comercial, determinei que o Burkina Faso não preenche os requisitos descritos na secção 506A(a)(1) dessa Lei. Assim, decidi dar por finda a sua designação como país beneficiário da África subsaariana para os fins da secção 506A da Lei de Comércio, a partir de 01 de janeiro de 2023", lê-se no documento legal publicado pela Casa Branca.

Como argumenta Washington, o Burkina Faso não cumpre "a proteção do Estado de direito" e o "pluralismo político".

A decisão já havia sido antecipada em 02 de novembro, quando Biden anunciou que o Burkina Faso deixaria o plano AGOA para os países da África subsaariana a partir de 01 de janeiro de 2023.

Os Estados Unidos anunciaram também a rescisão da Etiópia, Guiné-Conacri e Mali, medida que entrou em vigor em janeiro passado, devido a violações dos direitos humanos, no caso da Etiópia, e devido à instabilidade e violência nos outros dois países africanos.

O acordo beneficia milhares de produtos africanos desde que os países exportadores cumpram as condições de respeito dos direitos humanos, boa governança e proteção dos trabalhadores, além de não impor medidas aos produtos norte-americanos que cheguem ao seu território.

No palácio já se ensaia! … O presidente da república se aventura em viola ritmo e coro!

@ Estamos a Trabalhar

Países Baixos disponibilizam 2,5 mil milhões de euros a Kyiv para 2023

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POR LUSA  23/12/22 

O governo dos Países Baixos anunciou hoje um pacote total de 2,5 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia para 2023, em grande parte destinado a equipamentos militares.

"Cerca de dois mil milhões são destinados ao apoio militar", precisou o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, no decurso de uma conferência de imprensa em Haia.

"O restante será para as áreas humanitária, para a reconstrução de infraestruturas" e no combate à impunidade, acrescentou.

"A utilização exata da contribuição depende das necessidades dos ucranianos e da forma como irá decorrer a guerra", sublinhou por sua vez o Governo em comunicado.

A ajuda aos trabalhos de reconstrução está destinado à recuperação de infraestruturas, incluindo as energéticas, para além de hospitais, habitações, agricultura ou operações de desminagem, pormenorizou o Governo.

Na semana passada, a ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, indicou que os Países Baixos disponibilizaram até ao momento cerca de mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

"Os Países Baixos continuarão a apoiar a Ucrânia enquanto a Rússia prosseguir a guerra na Ucrânia", declarou hoje Rutte em mensagem no Twitter, acrescentando que contactou por telefone o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre as decisões hoje anunciadas por Haia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

GUERRA NA UCRÂNIA: Kyiv pede responsabilização de países "aliados" da Rússia

© REUTERS/Kemal Aslan

Notícias ao Minuto  23/12/22 

O conselheiro presidencial da Ucrânia endereçou ainda um aviso aos mesmos: Irão, Coreia do Norte e Bielorrússia.

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, fez um apelo, através de uma publicação na rede social Twitter, para que haja uma responsabilização do Irão, da Coreia do Norte e da Bielorrússia pelo seu alegado envolvimento na guerra da Ucrânia.

"Irão (drones/mísseis), Coreia do Norte (munições/armas), Bielorrússia (infraestruturas/território/equipamento)", começou por enumerar Podolyak, demonstrando o alegado contributo dado por cada um destes países, conhecidos pelas suas relações próximas com Moscovo.

De seguida, acrescentou, deixando um aviso: "Aliados factual e legalmente confirmados da Federação Russa na guerra de agressão, nos assassinatos em massa de civis e na destruição deliberada de cidades ucranianas. Haverá uma responsabilização conjunta".

A posição do conselheiro presidencial ucraniano surgiu depois de, na quinta-feira, ter sido noticiado que um alto funcionário do governo dos Estados Unidos revelou que os mercenários do Grupo Wagner, atualmente a combater na Ucrânia pela Rússia, receberam um carregamento de armas (foguetes de infantaria e mísseis) provenientes da Coreia do Norte, para ajudar a reforçar o esforço militar no terreno.

A acusação foi imediatamente rejeitada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, que deixou ainda uma crítica ao governo norte-americano por estar a fornecer armamento de defesa à Ucrânia.

Quanto a um outro aliado da Rússia, recorde-se que existiram várias alegações - ecoadas por autoridades ocidentais - que davam conta de que o Irão teria fornecido 160 veículos aéreos não tripulados a Moscovo, em troca de 140 milhões de euros em dinheiro e de uma seleção de armamento alegadamente capturado ao Reino Unido e aos Estados Unidos.

Já no que diz respeito à Bielorrússia, já desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, tem ficado evidente o apoio do regime de Aleksandr Lukashenko à investida militar do exército de Vladimir Putin. Mais recentemente, numa conferência de imprensa conjunta entre os líderes de ambos os países, foi destacada a colaboração técnico-militar entre ambos, com “fornecimentos mútuos” e a aposta conjunta na “indústria de alta tecnologia”.

A guerra na Ucrânia, que completa amanhã 10 meses de duração, provocou mais de 6,7 óbitos entre civis e de 10 mil feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


Leia Também: "Muito significativa". Para Podolyak, ida de Zelensky a EUA é "simbólica"

Junta no poder no Burkina Faso expulsa coordenadora da ONU

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POR LUSA   23/12/22 

A coordenadora da Organização das Nações Unidas (ONU) no Burkina Faso, a italiana Barbara Manzi, foi declarada 'persona non grata' e pediram-lhe "para deixar o país" a partir de hoje, pela junta no poder, num país marcado pela insegurança.

"Barbara Manzi, coordenadora residente do sistema das Nações Unidas, é declarada 'persona non grata' no território do Burkina Faso. Pede-se-lhe, portanto, que deixe o Burkina Faso hoje, 23 de dezembro de 2022", lê-se na declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros, Olivia Rouamba, esta expulsão justifica-se em particular pelo facto de Manzi ter decidido "unilateralmente" retirar o pessoal não essencial da ONU em Ouagadougou.

"É desacreditar, manchar a imagem do país e desencorajar potenciais investidores. É inconcebível e temos de assumir as nossas responsabilidades", disse a ministra numa entrevista na televisão nacional.

"Além destes factos, soubemos que a Sra. Manzi estava a prever o caos no Burkina Faso nos próximos meses. Não sabemos em que base ela pode fazer isso. Estão a ser feitos grandes esforços ao nível da segurança e a ONU deve formar uma estrutura de apoio", acrescentou a ministra.

Desde 2015, o país tem lutado para enfrentar ataques de grupos rebeldes ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico que já mataram milhares e forçaram cerca de dois milhões de pessoas a fugir das suas casas.

Rouamba, contudo, reforçou a diferença entre "a pessoa da Sra. Manzi e a ONU", organização com a qual o Burkina Faso "mantém sempre uma muito boa cooperação".

Uma fonte diplomática confirmou à agência France-Presse que uma "longa lista de recriminações" tinha levado "a diplomacia do Burkina Faso a assumir as suas responsabilidades".

Além do pedido de retirada de pessoal não essencial, Manzi é também acusada de uma "tentativa de influenciar negativamente" e de "interferir nos assuntos políticos do Burkina", de acordo com esta fonte.

A expulsão acontece dias após dois cidadãos franceses que trabalhavam para uma empresa do Burkina Faso terem sido expulsos por suspeita de serem espiões.

O Burkina Faso não é o primeiro país da África Ocidental a expulsar um funcionário da ONU este ano.

Em julho, o Mali, vizinho do Burkina Faso, também envolvido numa grave crise de segurança, expulsou Olivier Salgado, o porta-voz da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), por publicar o que a junta no poder disse ser "informação inaceitável" na sequência da detenção de 49 soldados marfinenses em Bamaco.

Manzi, que era também coordenadora humanitária da ONU, estava no Burkina Faso desde agosto de 2021. Apresentou as suas credenciais ao ex-presidente Roch Marc Christian Kaboré, que foi derrubado em janeiro de 2022 por um golpe militar.

O Burkina Faso é governado desde o final de setembro pelo capitão Ibrahim Traoré, autor de outro golpe militar.

O seu primeiro-ministro, Apollinaire Kyélem de Tembela, disse em meados de novembro que queria "diversificar as relações de parceria até encontrar a fórmula certa para os interesses do Burkina Faso".

Disse também que "certos parceiros" nem sempre tinham sido "leais", sem nomear, contudo, nenhum país.

Entre os novos parceiros previstos, a questão de uma possível aproximação à Rússia surgiu no Burkina Faso desde o golpe que levou ao poder o capitão Ibrahim Traoré.


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GUINÉ-BISSAU: Estudantes guineenses preocupados com perda de validade de passaportes

 Palavras para Quê...? 4.19pm

Putin termina "ano de fracassos" com "mais crueldade contra civis"

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Na ótica de Stoltenberg, o chefe de Estado russo "cometeu dois grandes erros estratégicos quando lançou sua brutal invasão", tendo não só "subestimado a Ucrânia", como também a NATO.

Com o ano de 2022 prestes a chegar ao fim, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, resumiu os últimos 10 meses de guerra na Ucrânia, considerando que o presidente russo, Vladimir Putin, teve um “ano de fracassos”, no qual não só infligiu “crueldade contra civis”, como “subestimou a unidade da NATO” e da Ucrânia.

“O ano de 2022 tem sido o mais desafiador para a segurança europeia desde a Segunda Guerra Mundial. Também foi um ano extraordinariamente doloroso para o povo da Ucrânia. Para o presidente Vladimir Putin, foi um ano de fracassos colossais”, começou por escrever Stoltenberg, num artigo de opinião publicado no jornal Financial Times, na quinta-feira.

Na ótica do responsável, o chefe de Estado russo “cometeu dois grandes erros estratégicos quando lançou sua brutal invasão”, tendo, num primeiro momento, “subestimado a Ucrânia”.

“Pensou que poderia tomar Kyiv e decapitar o governo em poucos dias. Dez meses depois, o povo ucraniano, as forças armadas e a liderança continuam a defender a sua pátria com habilidade, coragem e determinação que inspiram o mundo. Dezenas de milhares de soldados russos foram feridos ou mortos. Cerca de um milhão de pessoas deixaram a Rússia desde o início do ano, muitas para evitar serem recrutadas para uma guerra em que não acreditam. Essa guerra de escolha deixou a Rússia mais pobre e mais isolada do que em décadas”, disse, atirando que o segundo erro passou por “subestimar a unidade da NATO”.

“Pensou que poderia dividir-nos e impedir-nos de apoiar a Ucrânia. Embora a NATO não faça parte deste conflito, os aliados estão mais unidos do que nunca em fornecer assistência militar sem precedentes para apoiar o direito de autodefesa da Ucrânia, consagrado na carta da Organização das Nações Unidas, e ajudá-la a permanecer um país livre e democrático”, complementou Stoltenberg, recordando que desde de 2014 que países como o Canadá, o Reino Unido e os Estados Unidos treinam soldados ucranianos e apoiam a reforma das forças armadas daquele país, face à tomada da Crimeia.

Nessa linha, o secretário-geral da NATO notou que, se Putin pretendia ter menos territórios da Aliança Atlântica ‘à sua porta’, a ofensiva que lançou na Ucrânia gerou o efeito contrário, proporcionando o alcance de uma “NATO mais forte e maior”, não só através do aumento da sua presença no flanco Oriental e da prontidão das suas forças, como também através da adesão de novos países, nomeadamente a Finlândia e a Suécia.

“Putin está a terminar este ano de fracassos com mais crueldade contra civis, cidades, infraestruturas e instalações de saúde ucranianas. Ataques deliberados a civis são crimes de guerra e os autores devem ser responsabilizados. Cerca de 12 milhões de pessoas, mais de um quarto da população da Ucrânia, foram cortadas do fornecimento de energia. Milhões de ucranianos fugiram para o exterior. Muitos, incluindo crianças, foram deportados à força para a Rússia. Apesar da negação por parte da Rússia, as autoridades ucranianas e especialistas internacionais estão a investigar muitos relatos de que membros das forças russas cometeram violações, torturaram e realizaram execuções sumárias”, acrescentou, referindo ainda que Moscovo pretende obter armamento através de outros “regimes autoritários, como o Irão”, para congelar a guerra e “reorganizar-se”.

“O presidente Volodymyr Zelenskyy propôs à Rússia dar início à retirada das suas tropas até ao Natal, como um passo para acabar com o conflito, mas Moscovo rejeitou [a proposta]. Foi Putin quem começou a guerra. Pode acabar com ela hoje, saindo da Ucrânia. De momento, não mostra sinais de que procura paz verdadeira”, lançou Stoltenberg, apelando para que “não nos esqueçamos de que o que acontece na mesa de negociações está intrinsecamente ligado ao que acontece no campo de batalha”.

“Temos de continuar a apoiar a Ucrânia, para que possa prevalecer um estado soberano e independente na Europa”, disse, justificando que, “se Putin prevalecer na Ucrânia, a mensagem para a Rússia – e para outros regimes autoritários – será que a força conseguirá o que querem”, o que seria “uma catástrofe para a Ucrânia” e “tornaria o mundo inteiro mais perigoso”.

Stoltenberg rematou, assim, que é do interesse da Aliança manter o “apoio à Ucrânia neste inverno, e pelo tempo que for necessário”, assegurando que a NATO defenderá “cada centímetro do território aliado”.

“E estaremos ao lado da Ucrânia, pelo seu futuro e pelo nosso”, garantiu.

De notar que, segundo o The Wall Street Journal, as autoridades ucranianas estão a trabalhar numa proposta de 10 pontos para colocar um ponto final ao conflito de forma pacífica, que poderá vir a ser apresentada em fevereiro de 2023.

Recorde-se ainda que, no âmbito da visita do chefe de Estado ucraniano à Casa Branca, o homólogo norte-americano, Joe Biden, garantiu que os Estados Unidos defendem uma "paz justa" para a Ucrânia, mantendo, por isso, o apoio militar, concretamente para defesa aérea.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.755 civis desde o início da guerra e 10.607 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Parceiros internacionais acreditam nos atuais dirigentes da Guiné-Bissau

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POR LUSA  23/12/22 

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Ilídio Vieira Té, defendeu hoje que os parceiros internacionais "acreditam muito" nos atuais dirigentes do país, o que se prova com os apoios financeiros já recebidos e prometidos para 2023.

O governante falava aos jornalistas quando procedia ao balanço do desempenho macroeconómico da Guiné-Bissau em 2022 que disse ser "muito positivo".

"Vamos dizer que o balanço do desempenho macroeconómico do país é muito positivo tendo em conta a conjuntura global devido à guerra da Rússia e Ucrânia e também o impacto da covid-19" declarou Vieira Té.

O ministro das Finanças sublinhou que embora seja um país economicamente frágil, a Guiné-Bissau conseguiu honrar todos os seus compromissos internos e externos em 2022 o que permitiu retomar o acordo de acompanhamento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ilídio Vieira Té assinalou que há seis anos que a Guiné-Bissau não tinha um acordo com o FMI, facto que disse ter permitido que o Governo recebesse "de forma imediata" apoios orçamentais de países como Portugal e França.

"Desde 1998 que a França não apoiava financeiramente a Guiné-Bissau", notou o governante guineense, destacando ainda os apoios do Banco Europeu de Desenvolvimento, do Banco Mundial e de outras instituições.

Os recursos em questão, frisou Ilídio Vieira Té, estão a ser canalizados para a construção ou reabilitação de infraestruturas como estradas, escolas e hospitais.

"Tudo isso demonstra que os parceiros acreditam nas pessoas que estão a dirigir o país neste momento, o que é graças ao empenho do Presidente da República e do primeiro-ministro", sublinhou Vieira Té.

O ministro das Finanças afirmou que em 2023 as reformas em curso irão continuar, prometeu melhorias na condição de vida da população, mas apelou a que haja mais "respeito pelas infraestruturas publicas".

Ilídio Vieira Té deu os exemplos de postos de semáforos que estão a ser derrubados em Bissau por motoristas, "mal são colocados" e ainda tanques de lixo que disse estarem a ser roubados.

"Temos de ter amor ao nosso país. A Guiné-Bissau deve estar acima de tudo e de todos", observou o ministro das Finanças.

Político russo pede investigação a Putin após uso do termo 'guerra'... "É importante para mim fazer isto, para chamar à atenção para a contradição e injustiça das leis que [Putin] adota e assina, mas que ele mesmo não cumpre", acusou.

© Reuters

Notícias ao Minuto  23/12/22 

Depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter usado o termo “guerra” para se referir à ‘operação militar especial’ da Rússia na Ucrânia, na quinta-feira, um político de São Petersburgo apelou junto das autoridades daquele país para que o chefe de Estado seja investigado, considerando que este infringiu a sua própria lei.

O conflito na Ucrânia é, desde a sua origem, designado pelo líder russo como uma ‘operação militar especial’. Putin decretou, inclusivamente, leis que determinam a aplicação de multas e até de penas de prisão para quem desacreditar ou propagar “informações deliberadamente falsas” sobre o propósito da presença das forças de Moscovo na Ucrânia, impedindo a população de utilizar o termo “guerra”.

Contudo, tudo mudou na quinta-feira quando, pela primeira vez, o chefe de Estado proferiu essa mesma palavra, ao ser questionado sobre o decorrer da ofensiva.

“O nosso objetivo não é fazer girar o volante do conflito militar, mas, pelo contrário, pôr fim a esta guerra”, disse Putin aos jornalistas, citado pela agência de notícias Reuters. “Esforçar-nos-emos por pôr fim a isto e, quanto mais cedo, melhor, é claro”, complementou.

Ainda que saiba que a sua denúncia não terá frutos, o político da oposição Nikita Yuferev avançou com um pedido para que o líder russo seja investigado, de modo a expor a “falsidade” do sistema.

“É importante para mim fazer isto, para chamar à atenção para a contradição e injustiça das leis que [Putin] adota e assina, mas que ele mesmo não cumpre", acusou, em declarações à Reuters.

"Acho que, quanto mais falarmos sobre isto, mais as pessoas duvidarão da sua honestidade, da sua infalibilidade, e menos apoio terá", acrescentou.

Assim, numa carta aberta endereçada ao procurador-geral da Rússia e ao ministro do Interior, Yuferev apelou para que Putin “seja responsabilizado ao abrigo da lei da propagação de informações falsas sobre as ações do exército russo”, recordando que vários críticos das ações daquele país na Ucrânia foram severamente punidos.

Entre eles está o membro da oposição Ilya Yashin, que foi, este mês, detido por divulgar “informações falsas” sobre as forças de Moscovo. Já em julho, o político Alexei Gorinov foi condenado a sete anos de prisão, por criticar o conflito.

No entanto, Yuferev terá, também, denunciado o uso do termo por parte de figuras como o diretor-adjunto da administração presidencial russa, Sergei Kirienko, e pelo deputado e líder do partido Rússia Justa, Sergei Mironov. No primeiro caso, as autoridades disseram-lhe que o responsável não fez nada de errado, recusando-se, depois, a avaliar o segundo pedido.

As declarações do chefe de Estado russo surgiram depois de o homólogo ucraniano ter visitado os Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente norte-americano, Joe Biden, e discursou perante o Congresso. De notar ainda que o país anunciou novos apoios à Ucrânia, particularmente no que toca ao envio de sistemas de defesa antiaérea Patriot.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.755 civis desde o início da guerra e 10.607 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


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Primeira parte do treino será feita nos Estados Unidos, enquanto a segunda deverá ser feita já na Europa. Sérgio Furtado, enviado especial da CNN Portugal à Ucrânia, conta mais detalhes do plano.

Sérgio Furtado cnnportugal.iol.pt

ESPAÇO: Astronautas da NASA completaram passeio no exterior da Estação Espacial... É o terceiro passeio espacial de Josh Cassada e Frank Rubio.

© Twitter / @Space_Station

Notícias ao Minuto  23/12/22 

Dois astronautas da NASA completaram esta quinta-feira, dia 22, um passeio espacial no exterior da Estação Espacial Internacional.

Era suposto que este passeio dos astronautas Josh Cassada e Frank Rubio tivesse lugar um dia antes, com a agência espacial a ter decidido adiar a saída para o exterior por um dia devido à aproximação de detritos.

Serve recordar que esta foi o terceiro passeio espacial de Cassada e de Rubio, com a dupla a ter tido de desempenhar tarefas de manutenção no exterior da estrutura. Por muito trabalhoso e cansativo que seja passar mais de sete horas a desempenhar estas funções, a paisagem parece fazer valer a pena.

Pode ver acima um dos vídeos captados pela NASA deste passeio espacial.


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Seca afeta mais de 20 milhões de crianças no Corno de África, diz Unicef

© Lusa

 POR LUSA  23/12/22 

Cerca de 20,2 milhões de crianças na Etiópia, Quénia e Somália são afetadas pela pior seca na região em 40 anos, um número que duplicou nos últimos cinco meses, alertou esta sexta-feira a Unicef.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), quase dois milhões de crianças nestes três países do Corno de África sofrem de desnutrição aguda grave, o estado de fome mais "letal" que enfraquece o sistema imunitário e representa risco de morte.

Além disso, se não for tratada, a desnutrição pode perturbar gravemente o desenvolvimento físico e cerebral das crianças.

"Embora os esforços coletivos e acelerados tenham mitigado algumas das piores consequências que eram temidas, as crianças do Corno de África continuam a enfrentar a seca mais grave em mais de duas gerações", disse o diretor regional da Unicef para a África Oriental e Austral, Lieke van de Wiel.

Cerca de 2,7 milhões de crianças foram também obrigadas a abandonar a escola devido à seca e outros 4 milhões correm esse risco, segundo a agência da ONU.

"À medida que as famílias são levadas ao limite e enfrentam um stresse crescente, as crianças enfrentam uma série de riscos, incluindo o trabalho infantil, o casamento infantil e a mutilação genital feminina", acrescentou.

Nos três países, cerca de 24 milhões de pessoas sofrem de escassez de água e mais de dois milhões foram deslocadas internamente devido a chuvas fracas, refere a Unicef.

O país mais atingido foi a Somália, onde o número de pessoas afetadas aumentou de 3,8 milhões em janeiro para mais de 7,8 milhões atualmente, de acordo com a ONU.

Quase 1,3 milhões de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas na Somália devido à seca, depois de o número de deslocados ter quintuplicado até agora este ano.

A ONG Plan International afirmou no início de dezembro que mais de metade de todas as crianças com menos de cinco anos na Somália - cerca de 1,8 milhões - está gravemente subnutrida.

"Cristiano Ronaldo quer entrar no mundo do cinema, de Hollywood"... O antigo companheiro de equipa do luso, no Sporting, comentou a atual situação de Cristiano Ronaldo.

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Cristiano Ronaldo encontra-se ainda sem clube, mas em negociações avançadas com os sauditas do Al-Nassr, segundo o que avança a imprensa espanhola.

Quem conhece bem o internacional português é Marius Niculae, antigo colega do madeirense no Sporting, entre 2001 e 2003. O romeno falou do futuro de CR7, mas também de uma parte menos conhecida do passado do craque luso.

"Ele não era um tipo sociável [no Sporting]. Tu tinhas de insistir muito para que ele fosse para a mesa connosco. Ele estava no seu próprio mundo. Às vezes, depois do treino, nós saímos juntos para comer, socializar, mas ele nunca vinha", começou por dizer Maris Niculae, ao portal DigiSport.

Já sobre a participação de Ronaldo no último Mundial: "Do meu ponto de vista, acho que o grupo já não o aceitou tão bem desta última vez. Acho que o Pepe é o único com quem ele se dá bem na seleção".

"As declarações que ele fez naquela entrevista [concedida ao Piers Morgan], que também levaram à sua saída do United, foram determinantes. Acho que ele agora escolherá o Al-Nassr ou então rumar aos Estados Unidos da América. Acho que ele quer entrar no mundo do cinema, de Hollywood", complementou.

Gabú: Jovens de "Boa Vontade" promovem a Gala regional, para distinção das personalidades que se destacaram na Região em 2022.

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