domingo, 6 de fevereiro de 2022

PRESIDENTE BUHARI RECEBE INFORMAÇÃO SOBRE SITUAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU, APÓS TENTATIVA DE GOLPE

 𝐀gê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐆𝐨𝐦𝐞𝐬 𝐍𝐨𝐭í𝐜𝐢𝐚𝐬-𝐠𝐛

O presidente Muhammadu Buhari recebeu no domingo de manhã um briefing abrangente sobre a tentativa de golpe para derrubar o presidente Umaru Sissoco Embalo da Guiné-Bissau, mas que foi abortada por forças legalistas.

À margem da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, realizada em Adis Abeba, Etiópia, o Presidente nigeriano reuniu-se com a Ministra e Ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, que fez uma apresentação gráfica da tentativa de derrubar a ordem constitucional de seu país.

“Eles tentaram matar o presidente Embalo. Destruíram o palácio presidencial com bazucas, mataram 11 jovens. Demorou cerca de cinco horas para restaurar a ordem. Foi um pesadelo”, disse ela.

O presidente Buhari prometeu consultar outros líderes da CEDEAO sobre como a normalidade total poderia ser restaurada no país em apuros no menor tempo possível.

35a ASSEMBLEIA DA UNIÃO AFRICANA, ADDIS ABEBA

 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau 

Num dia marcado pelo luto nacional decreto pelas autoridades nacionais, em memória das 11 vítimas mortais do trágico atentado do dia 1 de Fevereiro, decorreu a 35a Assembleia da União Africana, após dois anos sem reunir-se presencialmente.

A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, que chefiou a delegação da Guiné-Bissau, congratulou-se com a eleição do Presidente Macky Sall à presidência da União Africana. 

A Chefe da Diplomacia Guineense acredita que a eleição do Presidente senegalês possa contribuir para uma melhor convivência entre os Estados da CEDEAO e a União Africana e que juntas, estas organizações consigam encontrar medidas eficazes para estancar as sucessivas tentativas de golpes de Estado no Espaço CEDEAO.

Retalhistas e comerciantes dos mercados do país denunciam ameaças e pedem segurança.

Retalhistas e comerciantes dos mercados do país denunciam ameaças e pedem segurança para os investimentos. O Presidente da Associação Nacional dos Retalhistas dos Mercados, Aliu Seidi afirma que as atividades comerciais e investimentos não se caminham com a violência, tal como os acontecimentos de 1 Fev.👇

Comissão de Inquérito dos Atentados de 1 Fev tem provas em imagem e materiais a remeter ao Ministério Público, anuncia Ministro Porta-voz Governo Fernando Vaz.

Caso 1 de Fevereiro: Os Cidadãos guineenses reagem e posicionam sobre eventual vinda da força estrangeira no país.

Há já uma previdência cautelar contra PAIGC emitido por militante Bolom Conté que não concorda com guião que visa coptar delegados para congresso!

 Previdência já foi aceite o PAIGC já tem em mãos a notificação



Estamos a Trabalhar

A França está em choque depois de uma traineira de propriedade holandesa, mas com bandeira da Lituânia, ter derramado milhares de peixes mortos na costa francesa.

Milhares de peixes mortos na costa francesa fruto de um arrastão mal sucedido© SEA SHEPHERD / AFP
DN/AFP  05 Fevereiro 2022

Arrastão de traineira holandesa atira 100 mil peixes mortos para a costa

A França está em choque depois de uma traineira de propriedade holandesa, mas com bandeira da Lituânia, ter derramado milhares de peixes mortos na costa francesa.

A traineira de propriedade holandesa FV Margiris, a segunda maior embarcação de pesca do mundo, despejou mais de 100.000 peixes mortos no Oceano Atlântico ao largo da costa francesa.

A ministra do Mar da França, Annick Girardin, apelidou as imagens dos peixes mortos - que formavam um tapete flutuante de carcaças - de "chocantes" e pediu à autoridade nacional de vigilância pesqueira que iniciasse uma investigação.

Virginijus Sinkevicius, comissário europeu para o meio ambiente, oceanos e pescas, também disse que está à procura de "informações exaustivas e evidências sobre o caso".

O derramamento de peixes, que aconteceu na madrugada de quinta-feira, foi causado por uma rutura na rede da traineira, disse o grupo da indústria pesqueira Pelagic Freezer-Trawler Association (PFA), que representa o proprietário da embarcação. Em comunicado, o grupo considerou a situação uma "ocorrência muito rara".

"De acordo com a lei da UE, a ocorrência foi registada no diário de bordo do navio e relatado às autoridades do estado de bandeira do navio, a Lituânia", afirmou.

Milhares de peixes mortos na costa francesa fruto de um arrastão mal sucedido© SEA SHEPHERD / AFP

O braço francês do grupo ativista Sea Shepherd publicou pela primeira vez imagens do derrame de peixe, mostrando a superfície do oceano coberta por uma densa camada de verdinho, uma subespécie de bacalhau, usada para produzir, entre outras coisas, óleo de peixe e farinha.

Este grupo disse que o derramamento envolveu mais de 100.000 peixes e cobriu uma área de cerca de 3.000 metros quadrados (32.300 pés quadrados).

Arrastões como os Margiris usam redes de arrasto com mais de um quilómetro de comprimento e processam o peixe em fábricas a bordo, uma prática fortemente criticada por ambientalistas.

Após protestos de ativistas, o Margiris foi forçado a deixar as águas australianas em 2012. O navio tinha uma cota para transportar 18.000 toneladas de peixe do mar, mas foi proibido pelo então ministro do Meio Ambiente do Trabalho, Tony Burke, na sequência de protestos públicos.

Dados de tráfego de marinetraffic.com na sexta-feira mostraram que o navio, que é de propriedade da empresa holandesa Parlevilleet & Van der Plas e navega sob a bandeira da Lituânia, ainda estava envolvido em atividades de pesca na costa francesa.

Malária matou quase 612 mil pessoas em África em 2020, 49 mil por Covid

© Lusa

Notícias ao Minuto  06/02/22 

A malária em África matou quase 612 mil pessoas em 2020, mais 68.953 face ao ano anterior, das quais 49 mil por perturbações nos programas e serviços de saúde provocadas pela covid-19, segundo um relatório divulgado hoje.

O Relatório de progresso sobre a Malária -- 2021, elaborado pela União Africana (UA), a Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) e a Parceria RBM para o Fim do Paludismo, será hoje apresentado no âmbito da 35.ª sessão ordinária da conferência da UA, que decorre desde sábado em Adis Abeba, na Etiópia.

A apresentação do documento estará a cargo do presidente da República do Quénia e líder da Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), Uhuru Kenyatta.

Segundo o relatório mais recente sobre esta doença, registaram-se 232 milhões de casos de malária (96% do total global) e 611.802 mortes causados por esta doença (98% do total global) em África, em 2020.

Estes números revelam um aumento de 68.953 mortes por malária, face a 2019, com 49 mil destas mortes a serem atribuídas a perturbações dos programas de malária e dos serviços de saúde, provocadas pela pandemia de covid-19.

No início da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha alertado para o risco de uma duplicação da mortalidade por malária, devido às consequentes interrupções das campanhas de pulverização e da distribuição de mosquiteiros tratados com inseticida.

O facto de este aumento se ter ficado pelos 9% reflete as medidas tomadas pelos Estados-membros da UA para impedir o pior cenário possível.

Segundo as estimativas revistas da OMS, citadas no documento, o número de mortes por malária é significativamente mais elevado do que se julgava: 2,1 milhões de mortes adicionais em África desde 2000, um aumento de 19%.

Perante estes dados, os autores do documento concluíram que o continente africano não está no bom caminho para eliminar a malária até 2030, uma meta ambiciosa que os países almejavam alcançar.

"África não atingiu o seu objetivo de reduzir a incidência e mortalidade do paludismo em 40% até 2020, com apenas seis Estados a atingirem pelo menos um dos objetivos.

Apesar destas dificuldades, 15 Estados-Membros da UA alcançaram a sua meta para 2020 ou fizeram progressos significativos nesse sentido.

Reduziram a incidência em pelo menos 40% a Etiópia, a Mauritânia, Cabo Verde, Gâmbia e o Gana, enquanto o Essuatíni (antiga Suazilândia), a Guiné Equatorial, o Quénia, o Ruanda, o Senegal e o Togo reduziram a incidência da malária entre 25% a 40%.

O relatório refere que, em relação à mortalidade, esta foi reduzida em 40% na Etiópia, África do Sul.

O Níger, a Serra Leoa e o Togo tiveram a mortalidade reduzida (25% a 40%), enquanto Cabo Verde e São Tomé e Príncipe foram os países da UA sem mortes causadas pela malária desde 2018.

Os autores alertam para o facto de cerca de 63% das atividades dos planos estratégicos nacionais contra a malária não estarem atualmente financiados, em parte devido ao esforço mundial que foi necessário para combater a covid-19, sublinhando a necessidade de aumentar os recursos contra esta doença.

Leia Também: AO MINUTO: OMS insiste na origem; Coreia do Sul passa milhão de casos