quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Pode beber? Cientistas encontram álcool no centro da Via Láctea

ESO/APEX & MSX/IPAC/NASA   Por  Metrópoles

As observações inéditas, realizadas graças ao telescópio ALMA, no Chile, mostram o local em que o álcool foi descoberto, o Sagittarius B2

Cientistas fizeram uma descoberta curiosa (e muito interessante) no centro da Via Láctea. De acordo com astrônomos do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha, há grande agrupamentos de moléculas de álcool no centro da Via Láctea.

As observações inéditas, realizadas graças ao telescópio Alma, no Chile, mostram o local em que o álcool foi descoberto, intitulado Sagittarius B2, mas conhecido como “sala de parto da Via Láctea”, porque lá se encontram diversos elementos necessários para o surgimento de novas estrelas.

Localizada a mais de 150 parsecs* do centro da galáxia, o local possui agrupamentos de moléculas de álcool, em específico o álcool isopropílico. Estas moléculas são objeto de busca de pesquisadores há mais de uma década.

Mas nem cabe animação aos que, por acaso, já estejam sonhando com um “boteco” fora do planeta Terra: este tipo de álcool é o mesmo utilizado como antisséptico, solvente ou agente de limpeza. Ou seja: nem um pouco recomendado para consumo humano.

Rede de reações químicas

Segundo Rob Garrod – astrônomo da Universidade da Virgínia e co-autor de um dos dois papers produzidos a partir da novidade -, é a primeira vez que o isopropanol é detectado no meio interestelar e a primeira vez que o propanol normal é detectado em uma região de formação de estrelas.

“A identificação de ambos os isômeros de propanol é unicamente poderosa em determinar o mecanismo de formação de cada uma delas. Por eles serem tão semelhantes entre si, eles se comportam – fisicamente falando – de forma muito parecida, o que significa que as duas moléculas devem estar presentes nos mesmos lugares, ao mesmo tempo”.

O Instituto também foi capaz de identificar o cianeto isopropílico, a N-metilformamida e a ureia no espaço. Essas moléculas se diferenciam de outras mais básicas, elementos químicos puros ou a água, por terem uma estrutura mais complexa, resultante de processos e interações químicas.

Detectar moléculas intimamente relacionadas que diferem ligeiramente em sua estrutura e medir sua proporção de abundância permite aos pesquisadores sondar partes específicas do rede de reações químicas que leva à sua produção no meio interestelar.

* Parsec é uma unidade de comprimento usada para medir as grandes distâncias de objetos astronômicos fora do Sistema Solar, aproximadamente igual a 3.26 anos-luz ou 206.000 unidades astronômicas, ou seja, 30,9 trilhões de quilômetros

NASA analisa 2 alternativas para trazer amostras recolhidas por robô em Marte

SCIEPRO/SCIENCE PHOTO LIBRARY / GETTY IMAGES   SIC Notícias

Esta nova abordagem garante que a NASA consegue trazer as amostras de Marte com "economias significativas de custos" e de tempo comparativamente ao plano anterior, garantiu o administrador da NASA, Bill Nelson.

A NASA anunciou na terça-feira que está a considerar duas opções para realizar a complicada e dispendiosa tarefa de transportar para a Terra as amostras de solo marciano recolhidas pelo robô Perseverance, algumas envolvendo parcerias com privados.

A agência espacial norte-americana pretende escolher entre uma das duas opções definidas até ao momento a partir do segundo semestre de 2026.

Quais as opções?

O administrador da NASA, Bill Nelson, detalhou em videoconferência que uma das opções basear-se-ia nas novas possibilidades comerciais de levar a carga útil do módulo de aterragem à superfície de Marte e implicaria um custo que variaria entre os 5.800 e os 7.100 milhões de dólares.

A outra estratégia de recolha de cerca de 30 amostras que o Perseverance apanhou "vai aproveitar os projetos de sistemas de entrada, descida e aterragem realizados anteriormente, nomeadamente o método do guindaste aéreo, demonstrado com as missões Curiosity e Perseverance", segundo a agência espacial.

Esta opção implicaria um orçamento entre 6.600 e 7.700 milhões de dólares, revelou Nelson, que especificou que para prosseguir a análise de ambas as "arquiteturas" será necessário que o Congresso aprove uma dotação de 300 milhões de dólares para o ano fiscal de 2025.

Esta nova abordagem garante que a NASA consegue trazer as amostras de Marte com "economias significativas de custos" e de tempo comparativamente ao plano anterior, acrescentou o administrador cessante da NASA, que estima que com base em qualquer uma destas duas alternativas as amostras poderão chegar à Terra entre 2035 e 2039.

A um passo de "mudar a forma como compreendemos Marte"

"Estas amostras têm o potencial de mudar a forma como compreendemos Marte, o nosso universo e, em última análise, a nós próprios", sublinhou Nelson.

As amostras recolhidas pelo rover Perseverance, que descolou em julho de 2020 e chegou ao Planeta Vermelho a 18 de fevereiro de 2021, permitirão decifrar se o planeta vizinho já acolheu vida.

Para ambas as opções possíveis, está contemplada uma versão mais pequena do veículo que voará com as amostras de Marte até à nave da Agência Espacial Europeia (ESA) que estará a orbitar o planeta vermelho e será responsável pelo transporte da carga até à Terra.

Os painéis solares da sonda serão substituídos por um sistema de energia radioisótopo que pode fornecer energia e calor durante a época de tempestades de poeira em Marte, destacou na terça-feira a agência norte-americana.

Bill Nelson revelou também na terça-feira que até ao momento não falou sobre este programa com o próximo responsável da NASA, o milionário Jared Isaacman, nomeado pelo presidente eleito, Donald Trump, para liderar a agência espacial norte-americana.

Para o ainda responsável, é "responsável" oferecer alternativas à nova administração.

O Universo em 2025: as missões espaciais que vão moldar o futuro

- Com Lusa

Carlos Brandão Cabeça de movimentação de tudo dinheiro de Paigc consigui pegado pa PJ Português... Curida cunsa na Portugal 😂


Anastacio Dju