quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Agências da ONU lançam portal de dados estatísticos sobre África

© iStock

Notícias ao Minuto  15/09/21 

Um grupo de 17 entidades da Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um portal de dados macroeconómicos sobre os países africanos, permitindo aferir a evolução de cada nação africana face aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

"Medir e avaliar o progresso sobre os ODS em África tornou-se muito mais fácil depois do lançamento do primeiro portal de dados que junta os dados estatísticos de todos os países no continente", lê-se num comunicado enviado à Lusa pela Comissão Económica da ONU para África (UNECA).

O portal, disponível em http://ecastats.uneca.org/africaundata, apresenta dados como o crescimento económico, Produto Interno Bruto per capita, nível de dívida externa face ao PIB, pobreza, penetração de internet e desemprego, entre muitos outros, para além um extenso conjunto de gráficos e dados sobre os ODS, permitindo acompanhar a evolução e o progresso de cada país face às metas.

"Esta é a primeira plataforma que serve como repositório único, capturando dados de alta qualidade e evidência sobre a Agenda 2030 e os ODS de todos os países africanos, e é também o primeiro a dar visibilidade ao progresso estatístico no âmbito da Agenda 2063 da União Africana", aponta-se ainda no comunicado.

O portal apresenta dados para 17 indicadores dos ODS e divide-os em 169 objetivos com 231 indicadores, o que permite uma avaliação detalhada e uma comparação com os outros países.

"África é um continente com grande potencial e claras aspirações; essa transformação requer dados desagregados, atempados e de qualidade que possam guiar os investimentos e garantir que os retornos desejados em desenvolvimento de capital humano, sustentabilidade ambiental, transformação económica e prosperidade para todos são alcançados", comentou o diretor do Centro Africano de Estatísticas da UNECA, Oliver Chinganya, citado no comunicado.

Educação ambiental - Aristides Ocante da Silva diz que Guiné-Bissau tem sido um bom exemplo no que diz respeito a conservação da Biodiversidade

Bissau, 15 Set 21 (ANG) – O Conselheiro do Presidente da República para Área Política, Aristides Ocante da Silva afirmou que o país tem sido um bom exemplo e muito destacado no que toca a conservação da Biodiversidade das áreas protegidas e  implementação da política da Educação ambiental.

A afirmação feita esta terça-feira na cerimónia de apresentação pública da Comissão Preparatória do VI Congresso Internacional de Educação Ambiental que terá lugar nas Ilhas de São Vicente e Santo Antão,em Cabo Verde, de 1 a 5 de novembro próximo, sob o lema: “Oceano, Lusofonia e Educação Ambiental: Caminhos de Esperança para uma Transformação socioecológica na CPLP”.

“Nós temos que pôr em evidência as nossas forças, as nossas potencialidades.Nós, a nível da CPLP, temos esta potencialidade e fazemos a diferença, na medida em que  é real e promissora para a conservação dos ecossistemas, nomeadamente, ao nível mundial, na perspetiva do desenvolvimento sustentável, no âmbito da Agenda 2063, da União Africana e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, disse da Silva.

A Educação Ambiental, segundo Aristides Silva, é um processo que deve conduzir à tomada de consciência sobre a necessidade de conservar e preservar os recursos naturais.

 Aristides da Silva destacou que a importância da Educação Ambiental tem seu impato nos vários domínios da vida social, cultural e económica dos países da CPLP, em particular, e do mundo, em geral, justificando que a forma como as pessoas preservam os ecossistemas marinhos e oceánicos terá efeitos no futuro do planeta e da geração vindoura.

Sublinhou que o VI Congresso que será realizado em novembro vai ser uma ocasião para se  colocar uma certa evidência naquilo que os países da CPLP têm feito no plano da política ambiental e na sua implementação, sobretudo no que toca a biodiversidade, as áreas protegidas e a própria educação ambiental.

Por seu turno, Mário Dias Sami, em representação do Presidente Assembleia Nacional Popular (ANP) disse que, com esse passo que o país está a dar e com esta preparação já é  hora de sensibilizar, informar, formar, educar e despertar a consciência dos cidadãos guineenses sobre a  importância da preservação da natureza. 

Sami sugeriu que a rede seja transfromada num fórum de ecologistas guineenses e que tenha  instalações  própria para trabalhar tempo integral.

Prometeu que a ANP vai tudo fazer para que a Rede seja uma parceira do governo na sensibilização no que tange a matéria do ambiente.

“Na minha qualidade de Conselheiro Especial do Presidente da ANP e do Assessor para Assuntos de Agricultura, Pescas, Recursos Naturais, Ambiente e Turismo, vamos tudo fazer para que a Rede possa funcionar para poder transformar a mentalidade daquele guineense que vive no meio ambiente mas que não conhece o seu valor”,garantiu.

ANG/DMG//SG

COMUNICADO DE CONSELHO DE MINISTROS [1️⃣5️⃣ 0️⃣9️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣1️⃣]

Reunido em Conselho de Ministros e sob a presidência do Chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló, o coletivo governamental debruçou sobre vários assuntos da vida nacional e deliberou aprovar entre outros, a sua anuência para que seja implementado a proposta da Comissão Interministerial relativa à alienação das ações das empresas públicas de telecomunicações Guiné-Telecom e Guinetel, AS.

Descubra as restantes medidas anunciadas pelo Governo.👇

Fonte:  Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

Presidente da República desloca-se a Acra-Gana para participar em mais uma cimeira extraordinária da CEDEAO sobre a situação na República da Guine.

Deslocação a Acra para a cimeira extraordinária da CEDEAO👇


Sua Excelência o Presidente da República, General do Exército,  Umaro Sissoco Embalo, deslocou-se hoje Accra, capital do Gana para tomar parte em mais uma cimeira extraordinária da CEDEAO, sobre a situação da vizinha República da Guiné Conacri, marcada por um golpe de Estado ocorrido no passado dia 5 de Setembro.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

PGR: “NÃO SE PODE EXIGIR MUITA PRODUTIVIDADE A MAGISTRADO SEM CRIAR MÍNIMAS CONDIÇÕES DE TRABALHO”

odemocratagb.com

O Procurador Geral da República, Fernando Gomes, afirmou esta terça-feira, 14 de setembro de 2021, que não se pode exigir de um magistrado muita produtividade se não forem criadas mínimas condições de trabalho. 

Fernando Gomes, falava na cerimónia da entrega de 52 computadores, 29 impressoras e outros equipamentos informáticos, ofertadas pela Câmara Municipal de Oeiras de Portugal, no âmbito da cooperação descentralizada para ajudar os países irmãos da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

Reconheceu que o donativo vai resolver problemas de produção na instituição que dirige que carece, sobretudo de materiais informáticos.

“Em pleno século XXI, alguns serviços da Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau continuam a trabalhar com máquinas antigas do século XIX. Procuradores gerais adjuntos e magistrados no topo de carreira não têm computadores, muito menos podemos falar de outros magistrados a nível dos tribunais”, lamentou.

Em representação da Câmara Municipal de Oeiras de Portugal, Ednilson Gilberto dos Santos, disse na sua declaração aos jornalistas que a justiça é pilar fundamental para um estado de direito democrático.

“Qualquer entidade que queira desenvolver a sua parceria para a consolidação de estado de direito democrático tem de apoiar a justiça e isso aconteceu graças a relação entre Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, e o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais” disse.   

Edmilson dos Santos assegurou que a edilidade de Oeiras reitera o seu apoio ao povo da Guiné-Bissau, como fez no passado na área da educação e saúde. 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Comissão Mista, Guiné-Bissau e Senegal no domínio da Pesca Marítima.

Fim do trabalho da Comissão Mista, Guiné-Bissau e Senegal no domínio da Pesca Marítima.

Secretário Executivo recebe Representante da Guiné-Bissau junto da CPLP

O Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, recebeu o Representante Permanente da Guiné-Bissau junto da CPLP, embaixador Hélder Vaz, no dia 13 de setembro de 2021, no Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa.

AFEGANISTÃO - Al-Qaeda pode usar solo afegão para planear ataques aos EUA, avisa Blinken

POOL NEW

Fonte: sicnoticias.pt  15.09.2021

Secretário de Estado divulgou estimativas dos serviços secretos.

O secretário de Estado Antony Blinken procurou limitar críticas à retirada militar do Afeganistão, divulgando estimativas dos serviços secretos a avisarem que a Al-Qaeda poderá voltar a usar o solo afegão para planear ataques aos EUA.

Antóny Blinken obteve resultados mistos na tentativa de enfrentar um segundo dia de duras interrogações no Congresso, desta vez na Comissão de Relações Exteriores do Senado

Um dia antes, perante a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, o secretário de Estado norte-americano foi atacado por congressistas democratas e republicanos por causa da preparação e tratamento da retirada militar do Afeganistão por parte da administração de Joe Biden.

Mesmo os congressistas simpatizantes com a decisão do Presidente norte-americano, Joe Biden, de pôr fim à guerra mais longa da América, ao retirarem-se do Afeganistão após 20 anos, expressaram desilusão e preocupação com o grande número de norte-americanos, residentes legais, e afegãos em risco deixados para trás na retirada caótica e precipitada de Cabul.

AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS SECRETOS

E, como Blinken testemunhou apenas três dias após o 20º aniversário do 11 de setembro de 2001 - ataques terroristas que levaram à invasão dos EUA do Afeganistão -, os serviços secretos apresentaram uma avaliação sombria de que a Al-Qaeda poderia começar a usar o território afegão para ameaçar a América dentro de um a dois anos, refere a Associated Press (AP).

"A execução da retirada dos EUA foi clara e fatalmente falhada", disse o presidente da comissão, o senador Bob Menendez, que tem apoiado geralmente a política externa de Biden, mas que tem posto em causa vários dos seus aspetos, incluindo o Afeganistão.

"RETIRADA FOI UM FRACASSO SOMBRIO"

Bob Menendez disse que a comissão espera receber uma explicação completa das decisões da administração Biden sobre o Afeganistão desde que entrou em funções em janeiro passado", sublinhando que "tem de haver responsabilidade."

"A retirada foi um fracasso sombrio", disse, por seu turno, o senador Jim Risch, do Idaho, o principal republicano da comissão.

Rish e praticamente todos os seus colegas republicanos acusaram a administração de "inaptidão", afirmando que custou credibilidade internacional aos Estados Unidos, levou a um ataque mortal às tropas norte-americanas e aos civis afegãos no aeroporto de Cabul e deixou muitos na mão.

BLINKEN TENTA DESVIAR AS CRÍTICAS

Tal como fez na audição de segunda-feira, Blinken tentou desviar as críticas e sustentou que a administração tinha feito o melhor que pôde em circunstâncias extremamente difíceis e caóticas.

Blinken voltou a culpar a administração Trump pelo seu acordo de paz de fevereiro de 2020 com os talibãs, que disse ter amarrado as mãos de Biden, bem como o rápido e inesperado colapso do Governo afegão e das forças de segurança que levaram à tomada de posse dos talibãs em 15 de agosto.

"Mesmo as avaliações mais pessimistas não previram que as forças governamentais em Cabul entrariam em colapso, enquanto as forças norte-americanas permanecessem", disse.

"Estavam focados no que aconteceria depois da retirada dos Estados Unidos, a partir de setembro", salientou o governante.

Blinken disse que a administração manteria as suas promessas de não permitir que o Afeganistão fosse novamente usado como base para ataques terroristas.

AL-QAEDA PODE ESTAR A APENAS 12 A 24 MESES DE SE RECONSTITUIR NO AFEGANISTÃO

Mas enquanto falava, os serviços secretos norte-americanos disseram que a Al-Qaeda pode estar a apenas 12 a 24 meses de se reconstituir no Afeganistão para representar uma ameaça significativa para os Estados Unidos.

O tenente-general Scott Berrier, que lidera a Agência de Inteligência da Defesa, deu essa estimativa enquanto falava na Cimeira de Inteligência e Segurança Nacional.

Entretanto, David Cohen, diretor-adjunto da Agência Central de Inteligência, disse que os EUA já tinham detetado "algumas indicações de algum potencial movimento da Al-Qaida para o Afeganistão".

Os peritos há muito que dizem que os talibãs ainda mantêm laços com a Al-Qaeda, que se refugiou no Afeganistão antes do 11 de setembro.

Embora Blinken não tenha sido questionado diretamente sobre as avaliações dos serviços secretos, disse que os talibãs não tinham cortado totalmente as suas ligações com o grupo.

O senador republicano do Texas Ted Cruz, um veemente opositor de numerosas políticas de Biden, classificou a retirada como "a pior catástrofe da política externa numa geração" e acusou a administração de ser ingénua na esperança de que os talibãs cumpram as suas promessas de moderação.

"Eles não querem ser recebidos na comunidade de nações civilizadas", disse.

"Isto foi um fracasso da política e do planeamento", acrescentou Rubio, outro crítico frequente de Biden. "Penso que a China, a Rússia e o Irão olham para esta retirada falhada e para o que veem como incompetência que pensam poder explorar", vincou.

África quer mecanismo financeiro permanente contra crises globais

© Lusa

Notícias ao Minuto  14/09/21 

O enviado especial da União Africana para a covid-19, Strive Masiyiwa, defendeu hoje a criação de um mecanismo permanente de financiamento para os países mais pobres enfrentarem pandemias e outros desastres de impacto mundial.

"Aprendemos a lição de que não podemos andar à procura de dinheiro durante uma crise, o mundo precisa de saber que pode haver outra crise semelhante, e por isso pedimos ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial para liderarem a criação de uma estrutura permanente de financiamento", disse Masiyiwa.

O representante da União Africana falava durante a conferência de imprensa semanal da Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje dedicada a África.

"A arquitetura das promessas financeiras não resulta, porque o comprometimento de verbas é sujeito a condições e mais condições e mais condições até a crise passar, e isso não pode ser, não podemos estar dependentes da partilha de vacinas, particularmente quando podemos chegar à mesa das negociações e dizer que também queremos comprar dos mesmos fabricantes e nas mesmas condições" dos países mais ricos, acrescentou.

Para este empresário sul-africano que tem liderado as negociações de compras de vacinas em nome da União Africana, os fabricantes nunca "deram acesso a sério às vacinas, deram sempre numa base diferente, primeiro porque não havia produção suficiente, mas tinham uma responsabilidade moral de deixar todos acederem, e isto é muito triste".

Depois, salientou, porque os acordos bilaterais tiveram primazia face às encomendas de instituições internacionais de distribuição de vacinas.

Para contornar estas dificuldades, principalmente quando a competição é contra países mais ricos e poderosos, Strive Masiyiwa diz que a solução foi "implementar capacidade de produção em África para África".

"E por isso defendemos o apelo para que os direitos de propriedade intelectual sejam suspensos em nome do bem comum, porque se não for agora, então em que situação podem ser suspensos?", questionou.

A conferência de imprensa regular da OMS teve como participantes especiais esta semana o enviado especial da União Africana para a covid-19, Strive Masiyiwa, a diretora Regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, e o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, John Nkengasong.

O presidente do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), Benedict Oramah, e a subsecretária geral das Nações Unidas e secretária executiva da Comissão Económica para África (UNECA), Vera Songwe, também participaram na conferência.

Nas intervenções, os responsáveis convergiram na ideia de que África está a ser deixada para trás no combate à pandemia de covid-19 devido essencialmente aos acordos bilaterais que as companhias farmacêuticas fazem com os países mais ricos e, por outro lado, pela falta de um instrumento financeiro que permita aos países africanos 'sentarem-se à mesa' das negociações para a compra de vacinas.

O continente africano registou nas últimas 24 horas mais 417 mortes associadas à covid-19 e 12.463 novos casos de infeção pela doença, segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

Segundo o CDC, com estes novos números, o total de casos em África subiu para 8.052.110, enquanto o de vítimas mortais ascende agora a 204.025 e o de recuperados passa para 7.349.642, mais 20.986 que no dia anterior.

A pandemia do novo coronavírus já fez pelo menos 4.636.530 mortos, entre mais de 225,18 milhões de infeções no mundo desde que o SARS-CoV-2 foi identificado, em dezembro de 2019, na China, segundo o balanço diário da agência France-Presse.