quarta-feira, 23 de março de 2022

Chumbada resolução humanitária da Rússia no Conselho de Segurança da ONU

© Lusa

noticiasaominuto.com  23/03/22

Uma resolução "humanitária" sobre a Ucrânia apresentada pela Rússia no Conselho de Segurança da Organização da Nações Unidas (ONU) foi hoje chumbada, sem surpresas, com dois votos a favor e 13 abstenções.

A favor da resolução votaram a Rússia (autora do projeto) e a China, sendo que os restantes diplomatas se abstiveram, não tendo sido registado nenhum voto contra.

A resolução "humanitária" sobre a Ucrânia elaborada pela Rússia foi vista por vários diplomatas como uma "hipocrisia", tendo em conta que foi a própria Rússia a causar "esta guerra ilegal", estando condenada ao "fracasso" devido à falta de apoio.

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A Ucrânia decidiu equipar-se com "um sistema de telefonemas automáticos para a Rússia", usando o reconhecimento facial para revelar aos russos a dimensão das suas perdas militares, anunciou hoje o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov.

"Hoje, estamos a usar a inteligência artificial para pesquisar perfis de soldados russos nas redes sociais com base [em imagens] dos seus corpos, no sentido de relatar a sua morte a amigos e familiares", explicou no Facebook o governante.

De acordo com Mykhailo Fedorov, a Ucrânia está a "montar um sistema de telefonemas automáticos para a Rússia para dizer a verdade sobre os assassinos russos"...Ler Mais

A Alemanha vai entregar 2.000 armas antitanque adicionais à Ucrânia para apoiá-la contra a invasão russa, disse hoje uma fonte parlamentar, depois de Berlim ter já enviado cerca 500 mísseis terra-ar Strela dos 2.700 prometidos.

Afonte, que quis manter o anonimato, confirmou a informação que circula na imprensa alemã à agência de notícias AFP.

As forças ucranianas já receberam 1.000 armas antitanque e 500 lançadores de mísseis terra-ar do tipo Stinger retirados das reservas do Exército alemão...Ler Mais

Também em Chernihiv, os ucranianos estão a recuperar território, tendo as tropas russas recuado em direção à Bielorrússia.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse hoje, em conferência de imprensa, que as tropas russas estariam a recuar a norte da capital ucraniana e, consequentemente, a assumir uma posição mais defensiva.

Segundo um correspondente do Pentágono, que esteve presente na conferência, as tropas russas recuaram nos últimos dias cerca de 56 km.

Segundo um outro correspondente da Voice of America, o Pentágono anunciou que a Rússia terá disparado 1200 mísseis...Ler Mais


O #FALAMADEM G-15 já começou na tela da Facebook.

#FAMILIAS!

Boa noite! O #FALAMADEM G-15 já começou na tela da Facebook. Quem ai está acompanhando as notícias do MADEM G-15 a nível Nacional com essas jovens maravilhosas? 🤩

 Madem Anunbara / FALA MADEM G-15  

Première réunion Cip-Uemoa 2022 - L'apports du député Bissau-guinéen Julio Mamadou Badé sur le rapport

Por ActuMonde TV

Aerorozvidka, a unidade de drones ucranianos que destrói tanques russos enquanto os soldados dormem

Pesados e personalizados, os drones octocopter utilizados pela Aerorozvidka são uma joia do arsenal da Ucrânia
Observador.pt  23 mar 2022

Quando a noite cai na Ucrânia e os soldados da Rússia vão dormir, a Aerorozvidka dedica-se a destruir o armamento dos invasores com drones capazes de destruir a blindagem russa.

A unidade de elite de drones Aerorozvidka destruiu desde o início da guerra dezenas de “alvos prioritários”, como tanques russos, camiões e veículos que transportam equipamento eletrónico.

Quando a noite cai na Ucrânia, esta unidade do exército especializada em reconhecimento aéreo ataca as forças russas e destrói o armamento dos invasores enquanto os soldados dormem.

Ao utilizarem drones octocopter, que são modificados para lançar granadas antitanque e para ser possível ver com câmaras térmicas, a escuridão passa a ser a maior vantagem dos ucranianos.

Pesados e personalizados, os octocopter são uma joia do arsenal da Ucrânia. Com um tempo de voo de 40 minutos, um alcance de quatro quilómetros e a capacidade de lançar bombas de cinco quilos, os drones conseguem destruir a blindagem russa.

Nós atacamos à noite, quando os russos dormem”, afirma Yaroslav Honchar, comandante da unidade, citado pelo jornal The Times.

Na escuridão, as forças russas permanecem estáticas com medo de possíveis ataques ucranianos. Porém, os tanques imóveis são os principais alvos na mira da Aerorozvidka, que tem 50 esquadrões de pilotos de drones especializados.

Acertamos com precisão [nos alvos russos] e podemos fazê-lo muito bem, com danos colaterais muito baixos”, afirma um militar ucraniano que não quis ser identificado ao The Times. “Pode-se ficar muito mais perto à noite”.

A unidade, que realiza até 300 missões por dia, viu-se obrigada a procurar métodos alternativos para operar devido à instabilidade da internet com o início da invasão da Ucrânia.

A Aerorozvidka utiliza o Starlink, sistema que foi doado por Elon Musk e quer disponibilizar internet ao mundo através de uma constelação de satélites, para detetar alvos russos.

O sistema de inteligência Delta, apoiado pela NATO, também é utilizado para identificar alvos, recolher informações de satélites e sensores no campo de batalha.

Nas últimas duas semanas, muitos drones regressaram à base da Aerorozvidka com marcas de tiros de fuzis russos. A unidade precisa urgentemente de peças, especialmente de visão noturna e câmaras térmicas, refere o jornal britânico.

A Aerorozvidka foi criada por entusiastas de aeromodelismo em 2014 e desde o sucesso das operações contra as forças russas na Crimeia foi integrada no exército ucraniano. Agora, a unidade de elite está empenhada em defender a Ucrânia dos avanços da Rússia.

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Anatoly Chubais with President Putin, whom he helped to bring to power, in 2016  MIKHAIL SVETLOV/GETTY IMAGES

A Kremlin powerbroker who plucked Vladimir Putin from obscurity and secured his path to the presidency has become the highest-ranking official to flee Russia since the invasion of Ukraine.

Anatoly Chubais, 66, was said to have given his opposition to the war as his reason for leaving the country. One of the principal architects of Boris Yeltsin’s economic reforms of the 1990s, Chubais has held senior business and political roles under Putin, most recently taking the job of special envoy to international organisations since 2020.

In 1996 he plucked a young Putin from obscurity in St Petersburg and gave him his first Kremlin job, at the presidential property department. Chubais later became part of the so-called “Family” of advisers around an ailing Yeltsin, who backed... Continue reading

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Anatoly Chubais with President Putin, whom he helped to bring to power, in 2016  MIKHAIL SVETLOV/GETTY IMAGES

Notícias ao Minuto  23/03/22 

Esta será a primeira pessoa próxima de Vladimir Putin a manifestar-se contra a ofensiva do presidente russo.

Um alto funcionário do Kremlin demitiu-se da sua posição, sendo a primeira pessoa a manifestar-se abertamente contra a invasão russa na Ucrânia.

Anatoly Chubais, que foi antigo chefe de gabinete do antecessor de Putin, o presidente Boris Yeltsin e era representante presidencial russo para o desenvolvimento sustentável "renunciou e foi embora", segundo uma fonte à agência TASS.

De acordo com a agência Reuters, após a demissão, o funcionário abandonou o país. 

A demissão do respeitado conselheiro de Putin, que foi enviado climático do Kremlin, foi confirmada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. 

Peskov recusou comentar os relatos de que o alto funcionário, de 66 anos, tinha deixado a Rússia. "Se ele deixou ou não o país - isso é uma questão pessoal", disse Peskov , segundo a agência de notícias estatal RIA Novosti.

O anúncio da demissão foi feito numa carta deixada aos colegas e amigos na terça-feira. A notícia coincide com as informações sobre a saída da Rússia de vários representantes do mundo cultural e empresarial, contra a guerra na Ucrânia.

O diário russo Kommersant, avançou que Chubais foi visto na terça-feira em Istambul. Chubais, que desempenhou funções de responsabilidade nos últimos 30 anos, ocupava o cargo de representante presidencial desde dezembro de 2020.

A invasão russa à Ucrânia chegou esta quarta-feira ao 28.º dia tendo Zelensky adiantado ontem, terça-feira, que as negociações pela paz têm se revelado "muito difíceis". 


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O comportamento recente do líder russo mostra aquele que poderá ser o seu estado mental, indica Allan Pease, especialista que ensinou linguagem corporal ao presidente da Rússia.

Chama-se Allan Pease e conheceu o presidente russo há cerca de 30 anos, quando Vladimir Putin tinha 39 anos. Este homem australiano foi o responsável por treinar o líder russo em linguagem corporal.

As técnicas ensinadas por Allan foram rapidamente apreendidas pelo chefe de Estado da Rússia, até, pelo menos, 2014, altura em que o australiano viu o presidente pela última vez. O comportamento recente de Putin, mostra, no entanto, aquele que poderá ser o seu estado mental.

Segundo afirmou em entrevista dada ao jornal britânico The Sun, "o cérebro doente de Putin pode destruir o mundo"...Ler Mais 

Mulheres do PAIGC da Guiné-Bissau pedem intervenção da ONU

© Lusa

Notícias ao Minuto  23/03/22 

Um grupo de mulheres do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pediu hoje às Nações Unidas, em Bissau, que intervenha no sentido de facilitar a que seja possível a realização do 10.º congresso do partido.

O grupo entregou hoje uma carta aberta na sede da ONU na capital guineense para ser remetida ao secretário-geral, António Guterres, a quem pedem que faça a mediação entre o partido e as autoridades, a quem acusam de impedir a realização do congresso.

Nhama Na Kofa, secretária-geral da União Democrática das Mulheres (UDEMU) afirmou que o PAIGC "é vítima de injustiças" por parte das autoridades guineenses daí que pede a intervenção das Nações Unidas.

"É uma situação complicada. De cada vez que há um congresso do PAIGC há problemas que nem sabemos porquê. Foi assim no nosso último congresso. Os outros partidos fizeram o seu congresso sem problema. Não se percebe o porquê de tudo isso contra o PAIGC", referiu a dirigente da organização de mulheres do partido, em declarações aos jornalistas.

Nhama Na Kofa referiu ainda que o partido "é alvo de falta de respeito" que, disse, só as Nações Unidas poderão fazer parar.

"Podíamos ter ido para uma outra embaixada, decidimos vir aqui à sede das Nações Unidas por ser a maior organização do mundo. Queremos que as Nações Unidas ponham cobro às injustiças contra o PAIGC", observou Na Kofa.

Na delegação também se encontrava a veterana da luta armada pela independência da Guiné-Bissau, Teodora Inácia Gomes que apelou a António Gomes no sentido de "resolver o problema".

A veterana disse ainda que o partido não pretende enveredar pela violência.

"Nós não queremos violência, se fosse essa a nossa intenção há muito que já havia sangue a derramar, ou mortes", sublinhou Inácia Gomes, frisando ainda que o PAIGC não lutou contra o colonialismo português para "ver a Guiné-Bissau desta maneira".

O PAIGC viu-se obrigado a suspender a realização do seu 10.º congresso que deveria ter lugar no último fim de semana, após dois adiamentos sucessivos, na sequência de uma intervenção da polícia que impediu o acesso de militantes à sede do partido em Bissau.

A polícia, que tem um dispositivo de vigilância no imóvel, diz que está lá para cumprir ordens de um juiz que está a apreciar uma providência cautelar intentada contra o partido por um militante que alegadamente afirma ter sido impedido injustamente de tomar parte no 10.º congresso.

O PAIGC considera aquelas diligências judiciais como estratégia dos atuais elementos do poder na Guiné-Bissau para inviabilizar a reunião magna.


Leia Também: Líder do PAIGC da Guiné-Bissau acusa Presidente por ataques ao partido


ESTOU AQUI NA EMBAIXADA DA GUINÉ-BISSAU EM LISBOA. ONDE É QUE ESTÃO DITOS PROTECTORES DA EMBAIXADA?


Fonte: Gervasio Silva Lopes

Greenpeace acusa UE de financiar guerra com compra de petróleo russo

© Reuters

Notícias ao Minuto  23/03/22 

Segundo noticia a Reuters, o protesto decorreu esta quarta-feira, no Mar Báltico.

Ativistas da Greenpeace nadaram, esta quarta-feira, diante de um petroleiro russo no Mar Báltico, numa iniciativa de protesto contra as importações de petróleo russo para a União Europeia - que, na ótica do grupo ambientalista, tem vindo a financiar a guerra na Ucrânia, reporta a Reuters.

O protesto surge depois do bloco europeu ter imposto pesadas sanções contra a Rússia, que incluíam o congelamento dos bens do banco central do país. Porém, as importações de petróleo e de gás natural para a União Europeia não foram proibidas.

"Na quarta semana da guerra de Putin, ainda há navios que chegam à Europa vindos da Rússia, transportando petróleo que está a financiar a guerra de Putin na Ucrânia", referiu a Greenpeace, em comunicado, citado pela Reuters.

No seguimento deste protesto, a organização não-governamental instou os legisladores do bloco europeu a acordarem uma proibição dessas compras durante as cimeiras da NATO e da União Europeia, agendadas para esta quinta-feira. Nelas, espera-se que seja discutido um eventual endurecimento das medidas sancionatórias a aplicar a Moscovo.

Na segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia discordaram sobre a aplicação de sanções ao setor energético russo, na sequência da invasão do país sobre a Ucrânia.


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"Nenhum membro tem o direito de expulsar outro país", defende o porta-voz da diplomacia chinesa Wang Wenbin após os EUA e países aliados terem sugerido a exclusão russa do G20.

A China manifestou-se esta quarta-feira contra a exclusão da Rússia da próxima cimeira do G20, uma sugestão avançada pelos Estados Unidos e os países aliados após a invasão da Ucrânia.

“A Rússia é um importante país membro [do G20]. Nenhum membro tem o direito de expulsar outro país”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa Wang Wenbin, em conferência de imprensa...Ler Mais

O vice-ministro da Energia da Rússia, Alexandre Novak, disse hoje que se os "ocidentais" decidirem embargar os hidrocarbonetos russos o mercado pode cair e os preços podem ser conduzidos para "terrenos desconhecidos".

"É evidente que sem os hidrocarbonetos russos - se as sanções foram aplicadas - os mercados do gás e do petróleo vão cair. A subida dos preços em relação aos recursos energéticos pode ser imprevisível", disse Novak perante a Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma), em Moscovo.

"Na União Europeia onde há (...) uma subida dos preços e falta de recursos energéticos, sob a pressão dos Estados Unidos, recusaram colocar em funcionamento o gasoduto Nord Stream 2 já construído para prejuízo dos consumidores europeus", acrescentou o vice-ministro da Energia, citado pelas agências de notícias da Rússia, considerando "absurdo" o encerramento da ligação...Ler Mais

ÁFRICA - Estudo: Países africanos fazem progressos na violência de género

© Reuters

Por LUSA  23/03/22 

Os países africanos estão a fazer progressos na luta contra a violência de género, incluindo a mutilação genital feminina, mas a falta de recursos e de um compromisso político forte impedem mais avanços, revela um estudo hoje publicado.

O relatório "Uso da Abordagem Multissetorial para Acabar com a Violência Baseada no Género e a Mutilação Genital Feminina em África" foi realizado pela organização de defesa dos direitos das mulheres Equality Now, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e a Spotlight Initiative.

O estudo baseia-se em 11 países africanos onde foi implementada a Spotlight Initiative, uma parceria entre a União Europeia, a União Africana e as Nações Unidas para eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e as meninas - Burkina Faso, Etiópia, Guiné-Conacri, Quénia, Libéria, Mali, Senegal, Serra Leoa, Somália, Tanzânia, e Uganda.

No geral, os investigadores concluíram que nos 11 países os Governos fizeram esforços para implementar uma abordagem multissetorial, mas ainda há muito a fazer porque a violência de género (VDG) e a mutilação genital feminina (MGF) estão enraizadas em normas sociais, pelo que para as erradicar será preciso mudança social.

"Embora haja evidências de progressos em mudanças nas normas sociais nos países, será necessária uma sinergia mais forte de diferentes setores a longo prazo", concluem os autores do relatório.

O estudo concluiu que, embora todos os países estudados tenham integrado a VDG e a MGF nos seus planos nacionais de desenvolvimento, a forma mais eficaz de cimentar a proteção das mulheres e das meninas é ter legislação contra a MGF, porque isso ajuda a acelerar os esforços de erradicação, fornece recursos e acesso à justiça e garante a alocação de fundos.

Dos 11 países estudados, apenas sete -- Burkina Faso, Etiópia, Guiné-Conacri, Quénia, Senegal, Tanzânia e Uganda - criminalizaram a MGF nas suas legislações e por isso alocaram orçamentos para programas de erradicação daquela prática.

A responsável pelo programa de Erradicação de Práticas Prejudiciais na Equality Now, Asenath Mwithigah, lamentou que países com uma prevalência especialmente elevada de MGF como a Libéria, o Mali, a Serra Leoa e a Somália ainda não tenham leis específicas contra esta prática.

"Se conseguirmos ter o compromisso político necessário para garantir que as estruturas anti-VDG estão refletidas nas leis, políticas, orçamentos e planos nacionais de desenvolvimento, então conseguiremos verdadeiramente eliminar a MGF", afirmou.

A mutilação genital feminina -- que consiste na retirada total ou parcial de partes genitais, com consequências físicas, psicológicas e sexuais graves, podendo até causar a morte -- ainda é uma prática comum em três dezenas de países, sobretudo africanos, estimando-se que ponha em risco três milhões de meninas e jovens todos os anos e que cerca de 200 milhões de mulheres e meninas tenham já sido submetidas à prática.

Dados do FNUAP estimam que cerca de 68 milhões de meninas - 50 milhões das quais em África - estejam em risco de MGF até 2030 se se mantiverem os atuais níveis de intervenção.


AFEGANISTÃO - Talibãs mantêm escolas secundárias encerradas a raparigas

© Reuters

Por LUSA  23/03/22 

Os talibãs vão manter a interdição do acesso de raparigas ao ensino secundário, apesar da promessa do regime afegão de que as escolas voltariam a permitir, a partir de hoje, o regresso das adolescentes às aulas.

"As escolas para as raparigas adolescentes entre o 7.º e 12.º anos (dos 12 aos 18 anos de idade) continuam fechadas", afirmou à agência de notícias EFE o porta-voz adjunto do Governo dos talibãs, Inamullag Samangani, no mesmo dia em que as escolas reabrem após as férias de Inverno.

Dezenas de milhares de raparigas deviam regressar ao ensino secundário, mais de sete meses depois do regime talibã ter subido ao poder e restringido os direitos das mulheres à educação e ao trabalho.

O Ministério da Educação afegão tinha anunciado o reinício das aulas para raparigas em várias províncias, incluindo em Cabul.

"Não estamos a reabrir escolas para agradar à comunidade internacional, nem para obter o reconhecimento do mundo", disse o porta-voz do Ministério Aziz Ahmad Rayan.

"Estamos a fazer isto como parte da nossa responsabilidade de proporcionar educação e instalações educativas para os nossos estudantes", acrescentou.

O regime talibã tinha insistido precisar de tempo para garantir que as adolescentes eram separadas dos rapazes e que as escolas funcionassem de acordo com os princípios islâmicos.

Em sete meses de governo, os talibãs impuseram várias restrições às mulheres, que se viram excluídas de muitos empregos públicos, controladas na forma de vestir e proibidas de viajar sozinhas para fora da cidade onde vivem.

O grupo islâmico também deteve várias ativistas que se manifestaram pelos direitos das mulheres.

Apesar do anúncio do regresso das raparigas à escola, que entretanto não se verificou, muitas famílias continuam a desconfiar do regime vigente no Afeganistão e mostram-se relutantes em deixar as filhas sair de casa.

A organização não governamental de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) também questionou a motivação das raparigas para estudar.

"Porque é que você e a sua família fariam enormes sacrifícios para estudar, se nunca poderão ter a carreira que sonharam", questionou Sahar Fetrat, investigador assistente da HRW.

O Ministério da Educação reconheceu enfrentar o problema da falta de professores, muitos dos quais se encontravam entre as dezenas de milhares de afegãos que fugiram do país quando os talibãs subiram ao poder.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou hoje profundamente o anúncio do Governo afegão de suspensão das aulas para raparigas a partir do sexto ano, até nova ordem.

Guterres manifestou "profundo desapontamento" com a decisão do Governo afegão e considerou que provoca "danos profundos" ao Afeganistão.

"A recusa da educação não só viola a igualdade de direitos das mulheres e crianças no acesso à educação, também compromete o futuro do país", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas numa declaração hoje divulgada...Ler Mais

Russos destruíram e saqueram o laboratório topo de gama que existia em Chernobyl

 Tropas russas saídas da Bielorrússia conquistaram a zona da central nuclear de Chernobyl (AP Photo/Efrem Lukatsky)

Cnnportugal.iol.pt

O Laboratório Central Analítico de Chernobyl foi arrasado esta noite. Eram instalações "sem comparação na Europa", com "o mais moderno e sofisticado equipamento analítico [de desperdícios radioativos], dizem as autoridades ucranianas

As tropas russas saquearam e destruíram o mais recente e sofisticado laboratório ligado à central nuclear de Chernobyl, o Laboratório Central Analítico de Chernobyl. A acusação foi feita esta noite, no Facebook, pela Agência Estatal Ucraniana para a Gestão da Zona de Exclusão [da Central Nuclear de Chernobyl].

De acordo com o post, "ocupantes russos ocuparam ilegalmente um novo laboratório no valor de 6 milhões de euros, localizado em zona de exclusão", tendo destruído as instalações e saqueado equipamento. Segundo a agência estatal, "Chernobyl, que é uma instalação única com capacidades analíticas de ponta, pode prestar serviços em qualquer fase da gestão de desperdícios radioativos, desde o condicionamento até à eliminação, bem como na fase de investigação e desenvolvimento tecnológico".

As autoridades ucranianas lembram que este projeto de gestão de resíduos radioativos foi estabelecido em 2015 graças ao Instrumento de Cooperação de Segurança Nuclear da UE (INSEC), com o "mais moderno e sofisticado equipamento analítico, sem comparação na Europa".

Este laboratório trabalhou, entre outros projetos, na "caracterização de amostras de resíduos radioativos da Zona de Exclusão de Chernobyl em termos de indicadores físicos, químicos e radioativos".

A agência estatal ucraniana deixa ainda um alerta: "o laboratório tinha sondas de alta atividade e amostras de radionuclídeos, que estão agora em mãos inimigas, o que esperamos que os prejudique e não ao mundo civilizado."

As forças militares russas entraram na zona de exclusão de Chernobyl, no norte da Ucrânia, logo no início da invasão. A 25 de fevereiro as tropas russas asseguraram o controlo da central nuclear, e mantiveram como reféns os funcionários das instalações. Só esta segunda-feira os funcionários da equipa técnica foram libertados.

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O exército da Ucrânia abateu 100 aviões russos desde o início da invasão do país, disse o porta-voz do Comando das Forças Aéreas, Yurii Ihnat, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Na terça-feira, as forças ucranianas destruíram um helicóptero, cinco veículos aéreos não tripulados (drones), cinco mísseis e seis aviões inimigos, elevando para 100 o número de aviões das forças de Moscovo abatidos desde o início da invasão russa da Ucrânia.

De acordo com Ihnat, os militares ucranianos infligiram na terça-feira "perdas significativas ao inimigo no ar"...Ler Mais


Um novo vídeo, captado nos arredores de Kiev, demonstra aquilo que os responsáveis ucranianos dizem ser um grupo pertencente à contraofensiva estrangeira a combater lado a lado com forças da Ucrânia, de nacionalidade chechena.

As imagens foram filmadas a cerca de 30 quilómetros do centro da capital ucraniana. A CNN Internacional foi capaz de confirmar a autenticidade do vídeo.

Pode ouvir-se o soldado que dispara por três vezes o lança mísseis gritar: “Allahu Akbar”.

O político ucraniano que partilhou as imagens, nas redes sociais, diz que os homens que podem ser vistos no vídeo são chechenos e que estão a apoiar o exército ucraniano. A CNN Internacional foi incapaz de confirmar a nacionalidade das pessoas presentes nas imagens.

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No vídeo partilhado, o homem pede à Rússia que lance um ataque nuclear, e diz: "Bravos polacos, não restará nada da vossa Varsóvia em 30 segundos". 

Num vídeo partilhado esta terça-feira nas redes sociais de um programa na TV estatal russa, um homem é visto a fazer ameaças às forças da NATO, caso se envolvam na invasão ucraniana.


No vídeo, o homem pede à Rússia que lance um ataque nuclear, e diz: "Bravos polacos, não restará nada da vossa Varsóvia em 30 segundos"...Ler Mais