segunda-feira, 25 de setembro de 2023

CEDEAO e ADF realizam a 1a Mesa Redonda da Instituição de Desenvolvimento Financeiro (IFD) para a construção da Rodovia do Corredor Abidjan-Lagos.

Ecowas - Cedeao

A Comissão da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (EDEAO) em colaboração com o Banco de Desenvolvimento Africano (BAD) organiza, na terça-feira, 26 de setembro de 2023 em Abidjan, Costa do Marfim, uma mesa redonda de doadores e os principais IFDs regionais e internacionais para informá-los e sensibilizá-los sobre o Projeto de construção da rodovia do corredor Abidjan-Lagos.

Esta mesa-redonda é iniciada seguindo as instruções dadas à Comissão CEDEAO pela Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo do CEDEAAO durante a sua 63.a Cimeira Ordinária em colaboração com o Banco de Investimento e Desenvolvimento do CEDEAO (EBID) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), juntamente com outros desenvolvimentos Parceiros e o setor privado, para empreender esforços vigorosos para mobilizar recursos para financiar a construção da Via Expressa Abidjan-Lagos.

Para este efeito, o Ministério da Infraestrutura, Energia e Digitalização contratou o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o EBID a iniciarem consultas conjuntas com outras instituições de financiamento do desenvolvimento regional e internacional (IFDs) para destacar as necessidades e oportunidades no desenvolvimento. Projeto da rodovia do corredor Abidjan-Lagos, fornecendo atualizações sobre informações e implementação. Posteriormente, investidores privados e mutuantes também serão envolvidos através de várias sessões de pesquisa de mercado, uma vez concluídos os estudos técnicos

O principal objetivo desta Mesa Redonda IFD é reunir grandes IFDs regionais e internacionais para lhes fornecer as informações mais recentes sobre este importante projeto regional. Esta reunião servirá também como uma plataforma de sensibilização e um "teste de mercado suave" do projeto para atrair o interesse dos investidores e ter em conta as suas recomendações e requisitos. Isto acontece quando os esforços estão em andamento para concluir os estudos técnicos em outubro de 2023.

Recorde-se que o projeto do Corredor Abidjan-Lagos é uma auto-estrada supranacional de 1028 km que constitui uma parte importante da rede rodoviária transefricana que irá ligar as capitais económicas de cinco países da África Ocidental, nomeadamente Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim e Nigéria. O projeto da rodovia começa em Bingerville, Abidjan, Costa do Marfim, e termina em Lagos, Nigéria. Esta é a primeira fase da autoestrada transafricana n.o 7 que começa da ligação marítima da Praia a Cabo Verde através de Dakar a Abidjan.

Este projeto, de acordo com os objetivos do CEDEAO Vision 2050, tem objetivos fundamentais (i) facilitar a circulação de pessoas e mercadorias e (ii) acelerar o comércio e os transportes, regional e internacional, melhorando as infraestruturas rodoviárias. Finalmente, o corredor de transportes será transformado num corredor de desenvolvimento para impulsionar o investimento, o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza na região.

Princesa Martha Louise da Noruega 'oferece' presente milionário ao noivo... Uma revelação feita pela imprensa norueguesa.

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Notícias ao Minuto   25/09/23 

Depois de no passado mês de abril terem anunciado a sua intenção de se mudarem em definitivo para a Noruega, a princesa Martha Louise e o noivo, o xamã Durek Verrett já decidiram onde se vão instalar.

De acordo com o jornal Se og Hør, a filha dos reis da Noruega e o futuro marido encontraram uma vivenda em Stabekk, uma localidade perto de Bærum, a pouca distância da residência da família real em Oslo.

De acordo com o mesmo meio de comunicação, a casa para onde a princesa e o seu futuro marido pretendem mudar-se custou cerca 1,63 milhões de euros e, de acordo com o Se og Hør, provavelmente foi a própria princesa quem terá pago a maior fatia da casa. "Até onde o 'Se og Hør' sabe, Durek Verrett não é rico. É provável que a princesa Martha Louise tenha financiado a compra da casa", refere a notícia.



Leia Também: Princesa Martha Louise da Noruega anuncia data do seu casamento com xamã

CABO VERDE: 80% dos cabo-verdianos têm acesso a pelo menos uma prestação social

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POR LUSA   25/09/23 

O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social de Cabo Verde avançou hoje que cerca de 80% dos cabo-verdianos têm acesso a pelo menos uma prestação social e que o Governo quer atingir a universalização dos serviços de proteção.

"Cerca de 80% dos cabo-verdianos têm acesso a pelo menos uma prestação dos serviços de proteção social, o que é uma evolução muito importante e muito boa no processo de universalização dos serviços", afirmou Fernando Elísio Freire, na Praia, num seminário sobre estatísticas do setor.

A título de exemplo, o ministro apontou o aumento da pensão mínima de 2.000 para mais 3.000 beneficiários durante o ano de 2023.

O governante salientou, no entanto, que é necessário aumentar o número de pessoas que descontam para a Segurança Social.

"Neste momento, cerca de 45% dos cabo-verdianos que trabalham ainda não estão inscritos no sistema de proteção social ", uma fatia "que temos de trazer para dentro do sistema, para que possam ter acesso aos serviços básicos de segurança social", declarou.

Cabo Verde realiza a partir de hoje e até sexta-feira a quarta fase do curso de estatística de proteção social, uma iniciativa do projeto Action Portugal, que integra entidades públicas de Cabo Verde, Portugal e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social recordou que Cabo Verde acolheu, em 2018, o primeiro curso de estatísticas da proteção social, realizado no âmbito deste projeto, tendo ficado o desafio de os países reunirem as estatísticas da área num único documento.

Após sucessivas fases de formação, Cabo Verde lançou em 2022 o primeiro boletim estatístico nacional, que reúne indicadores de todo o sistema de proteção social do país, abrangendo tanto os regimes contributivos como os não contributivos, relativos ao período de 2016 a 2020. 


Mali. Junta militar no poder adia eleições marcadas de fevereiro de 2024

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POR LUSA   25/09/23 

A junta militar no poder no Mali anunciou hoje o adiamento das eleições presidenciais marcadas para fevereiro de 2024, que deveriam permitir o regresso dos civis à liderança do país, dominado pelo terrorismo e por uma profunda crise multidimensional.

Este é um novo adiamento por parte dos militares em relação aos compromissos assumidos, sob a pressão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) com vista a uma transferência de poder.

As datas inicialmente fixadas para 04 e 18 de fevereiro de 2024, para as duas voltas das eleições "serão ligeiramente adiadas por razões técnicas", disse o porta-voz do Governo, coronel Abdoulaye Maïga, num comunicado lido aos jornalistas em Bamako.

As autoridades citam entre outras "razões técnicas", fatores ligados à adoção, em 2023, de uma nova Constituição e à revisão das listas eleitorais, mas também um litígio com uma empresa francesa, Idemia, envolvida, segundo estas, no processo a nível dos censos.

"As novas datas das eleições presidenciais serão objeto de comunicado de imprensa posteriormente", afirmou o Governo.

As autoridades rejeitam também a possibilidade de realizarem eleições legislativas antes das presidenciais, inicialmente previstas para o final de 2023.

O Governo "decide organizar, exclusivamente, as eleições presidenciais para sair da transição. As restantes eleições serão certamente objeto de outro cronograma (calendário), que será estabelecido pelas novas autoridades, sob as diretivas do novo Presidente da República", afirma-se no comunicado de imprensa.

Autores de sucessivos golpes de Estado, em agosto de 2020 e maio de 2021, os militares comprometeram-se, pela primeira vez, a ceder o poder aos civis eleitos após as eleições presidenciais e legislativas inicialmente marcadas para fevereiro de 2022.

Mas a junta liderada pelo Coronel Assimi Goïta anunciou, no final de 2021, que não conseguia respeitar o calendário acordado com a CEDEAO e chegou a considerar permanecer por mais alguns anos no poder, tempo, alegou, para realizar as reformas profundas necessárias.

A CEDEAO impôs então pesadas sanções comerciais e financeiras no início de 2022, que atingiram duramente o Mali, um país pobre e sem litoral. Estas sanções foram retiradas no mês de julho seguinte, quando os coronéis concordaram em deixar o poder em março de 2024, e anunciaram então um calendário eleitoral, marcando as eleições presidenciais para fevereiro desse ano.

A junta também marcou um referendo constitucional para março de 2023, que finalmente ocorreu em junho último. Os críticos da nova Constituição descrevem-na como tendo sido feita à medida para manter os militares no poder para além das eleições presidenciais.

Desde que os militares tomaram o poder no Mali a África Ocidental assistiu a uma sucessão de golpes militares, no Burkina Faso e no Níger, também atingidos pelo terrorismo e pela violência, assim como na Guiné-Conacri.

Em todos estes países, os militares dizem que estão a realizar "transições" antes de um regresso à "ordem constitucional".

As eleições presidenciais do Mali foram adiadas enquanto o país continua sujeito à violência no centro e no leste, e enfrenta uma retoma das hostilidades no norte por parte de grupos separatistas e uma intensificação das atividades terroristas. Desde agosto, as regiões de Timbuktu e Gao têm sido palco de uma sucessão de ataques contra posições do exército maliano e contra civis.

A junta empurrou a força antiterrorismo francesa para a saída em 2022 e a missão da ONU em 2023, virando-se política e militarmente para a Rússia.

O comunicado de imprensa do Governo não se refere aos recentes desenvolvimentos em matéria de segurança. O chefe da junta pretende "regressar a uma ordem constitucional pacífica e segura, depois de ter realizado reformas políticas institucionais prioritárias", conclui-se na nota.


Estados Unidos estão a avaliar manutenção da presença militar no Níger

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POR LUSA   25/09/23 

Washington vai "considerar todas as medidas futuras" relativamente à sua presença militar no Níger, depois de a França anunciar que irá retirar as suas tropas do país até ao final do ano, afirmou hoje o secretário da Defesa norte-americano.

"Ao mesmo tempo que damos uma oportunidade à diplomacia, vamos também continuar a considerar todas as medidas futuras que deem prioridade aos nossos objetivos diplomáticos e de segurança", afirmou Lloyd Austin numa conferência de imprensa em Nairobi, capital do Quénia, onde chegou hoje de manhã.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou domingo o regresso a Paris do embaixador do seu país em Niamey e a retirada do Níger dos 1.500 militares franceses estacionados no país até ao final do ano.

"Estamos a pôr fim à nossa cooperação militar com as autoridades 'de facto' do Níger, porque elas já não querem lutar contra o terrorismo", afirmou o Presidente francês.

Os Estados Unidos têm cerca de 1.100 soldados estacionados no Níger, empenhados na luta contra os grupos extremistas islâmicos ativos na região.

"Não alterámos significativamente o posicionamento das nossas forças e (...) queremos realmente uma solução diplomática, um resultado pacífico", afirmou Austin, que se recusou a comentar a decisão de Paris.

O Pentágono anunciou, no passado dia 07, que está a reposicionar as suas tropas "por precaução", tendo transferido alguns soldados de uma base em Niamey para uma base aérea mais a norte.

Em 14 de setembro, os Estados Unidos anunciaram que retomavam os voos de vigilância sobre o Níger, interrompidos após o golpe militar do final de julho e uma porta-voz do Pentágono declarou que o resto das operações militares norte-americanas no país permaneciam congeladas.

A retirada das tropas francesas do Níger, que era um dos últimos aliados de Paris no Sahel antes do golpe de Estado de 26 de julho e do derrube do Presidente eleito Mohamed Bazoum, segue-se à saída dos militares franceses do Mali e do Burkina Faso, onde a França já foi afastada por juntas hostis, restando agora o Chade como o aliado mais relevante na região.

O regime militar que chegou ao poder no Níger saudou, domingo, o anúncio do regresso a Paris do embaixador Sylvain Itté, assim como a retirada das tropas francesas do país, considerando-os "um novo passo rumo à soberania".

A junta militar do Níger interditou também o acesso ao espaço aéreo do país de aviões franceses ou fretados pela França, segundo informação divulgada, sábado, na página oficial da Agência para a Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar (Asecna).

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, iniciou no domingo, no Djibuti, a sua primeira viagem a África, que inclui Angola, para "reafirmar um compromisso duradouro com a região". 



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PIOTR HOFMANSKI: Rússia emite mandado de busca contra presidente do TPI

© Getty Images

 POR LUSA   25/09/23 

A Rússia incluiu o Presidente do Tribunal Penal Internacional (TPI), o polaco Piotr Hofmanski, na lista de pessoas procuradas pela Justiça russa, sem especificar o motivo, foi hoje divulgado.

"Procurado no âmbito de uma investigação criminal", indicou o Ministério do Interior russo (equivalente ao Ministério de Administração Interna) no portal de dados de pessoas procuradas.

A nota governamental é citada pelas agências estatais TASS e Ria Novosti, sem fornecer mais detalhes.

O TPI, com sede em Haia, emitiu em março um mandado de captura para o Presidente russo, Vladimir Putin, acusado do crime de guerra de deportação forçada de crianças ucranianas.

Em agosto passado, Moscovo anunciou a imposição de sanções ao procurador do TPI, o britânico Karim Khan, que emitiu o mandado de captura do Presidente russo.

A ofensiva militar lançada em fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.



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Kyiv alega ter matado comandante russo da Frota do Mar Negro

© REUTERS/Sergiy Voloshyn

POR LUSA    25/09/23 

O exército ucraniano afirmou hoje que matou o comandante da frota russa do Mar Negro no ataque de sexta-feira contra o quartel-general da frota russa em Sebastopol, na Crimeia.

"Trinta e quatro oficiais, incluindo o comandante da Frota Russa do Mar Negro, morreram" após o ataque, declararam as forças especiais ucranianas na rede social Telegram, sem avançar provas.

"Outros cento e cinco ficaram feridos. O edifício do quartel-general não tem reparação", assegurou a mesma fonte.

A agência de notícias AFP não conseguiu verificar estas afirmações, nomeadamente porque Moscovo praticamente não comunica as suas perdas na guerra da Ucrânia, mesmo quando se trata de altos responsáveis.

A Rússia informou na sexta-feira que apenas um soldado estava desaparecido após o ataque que danificou gravemente o quartel-general da Frota Russa do Mar Negro.

Este ataque ilustra as dificuldades da defesa antiaérea russa em combater ataques regulares nesta península ucraniana, anexada em 2014 pela Rússia e que é um importante ponto logístico para as tropas de Moscovo.

A Ucrânia prometeu retomar todos os territórios ocupados por Moscovo, incluindo a Crimeia.



Leia Também: Os primeiros tanques de guerra norte-americanos Abrams chegaram à Ucrânia, anunciou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudando a "boa notícia".

Governo ameaça fechar padarias que recusam produzir e vender o PÃO a 150 francos CFA.


A posição foi transmitida pelo Ministro do Comércio no encontro de emergência com os Importadores da Farinha de Trigo, Associações dos Padeiros Tradicionais e Indústriais e, a Organização dos Consumidores. 

João Handem Júnior falava na sequência do boicote à produção de pão na capital Bissau logo nas primeiras horas de entrada em vigor da decisão do Governo em reduzir o preço do pão a 150 FCFA.

24_Setembro Lugajol acolhe comemorações de 50 anos da Independência



 Radio Voz Do Povo

Ucrânia derruba "rede de espionagem" russa em Kharkiv. Eis as imagens

© Serviço de Segurança da Ucrânia

Notícias ao Minuto  25/09/23 

Além dos quatro detidos, as autoridades ucranianas apuraram que as operações da rede eram lideradas remotamente por um antigo residente que, com o brotar da invasão, fugiu para a Rússia.

O Serviço de Segurança da Ucrânia derrubou uma "rede de espionagem" russa em Kharkiv, tendo detido quatro pessoas, foi esta segunda-feira anunciado.

"Os perpetradores recolheram informações sobre as geolocalizações das áreas fortificadas e as rotas de circulação dos comboios de equipamento militar das Forças de Defesa [da Ucrânia], incluindo por via férrea", adiantaram as autoridades, em comunicado.

E prosseguiram: "Entre as tarefas especiais dos agentes inimigos estava a recolha de material incriminatório sobre os militares das Forças Armadas da Ucrânia, que se encontram nos territórios da linha da frente da região. A inteligência russa prestou maior 'atenção' aos atuais funcionários das comissões militares locais e das comissões médicas militares. O agressor precisava dessas informações para tentar recrutá-los e preparar operações especiais contra a Ucrânia."

A mesma nota deu ainda conta de que estes agentes russos monitorizaram “as consequências dos ataques aéreos russos em Kharkiv”, tendo, depois, enviado “relatórios aos ocupantes”.

Além dos quatro detidos, as autoridades ucranianas apuraram que as operações da rede eram lideradas remotamente por um antigo residente que, com o brotar da invasão, fugiu para a Rússia. Aí, recrutou quatro conhecidos, “incluindo um motorista de táxi e um funcionário de uma empresa local de fornecimento de gás”.

Durante as buscas, as autoridades ucranianas apreenderam computadores e telemóveis, bem como três granadas.

Estão em curso operações para “identificar todos os membros da agência russa e levar à justiça o residente que escondido na Federação Russa”.

Veja as imagens da operação na galeria acima.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.614 civis desde o início da guerra e 27.149 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.



Presidente da Nigéria exige resgate rápido de estudantes sequestrados

© Getty Images

POR LUSA   25/09/23 

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, ordenou às forças de segurança do país que se apressem a resgatar as mais de 30 pessoas, incluindo estudantes, sequestradas no noroeste do país, na sexta-feira.

"Não há justificação moral para cometer crimes tão hediondos contra vítimas inocentes, cujo único 'crime' foi procurar educação de qualidade", disse Ajuri Ngelale, porta-voz do Presidente nigeriano, num comunicado divulgado pela imprensa local no domingo à noite.

O Presidente reiterou ainda a determinação do seu Governo em "proteger todos os cidadãos nigerianos e, em linha com este compromisso, garantir às famílias dos estudantes raptados que nenhum esforço será poupado para garantir o seu regresso em segurança".

Tinubu também prometeu mais esforços para "garantir" que as "instituições educacionais" estejam "completamente livres dos atos e ameaças dos terroristas".

O ataque, feito por um grupo ainda não identificado de homens armados, aconteceu na sexta-feira, antes do amanhecer, na localidade de Sabon Gida, em Zamfara, numa universidade e em três residências para estudantes.

Este foi o primeiro rapto em massa de estudantes do sexo feminino, desde que Tinubu chegou ao poder com a promessa de acabar com os graves problemas de segurança da Nigéria.

O exército nigeriano confirmou posteriormente à agência de notícias EFE o resgate de seis dos estudantes, após intensa perseguição por parte das forças de segurança.

Alguns estados da Nigéria -- especialmente no centro e noroeste do país -- sofrem ataques incessantes por parte de grupos criminosos que cometem assaltos em massa e sequestros para exigir grandes resgates.

A esta insegurança soma-se a causada desde 2009 pelo grupo fundamentalista islâmico Boko Haram no nordeste do país e, a partir de 2016, pelo Estado Islâmico na Província da África Ocidental, um grupo que se separou do Boko Haram.



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OMS diz que há 24 países com surtos de cólera ativos

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POR LUSA   25/09/23

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou há dois anos para o ressurgimento de surtos de cólera e que até agora há 24 países com surtos ativos, alguns dos quais registam uma crise grave.

Embora os dados disponíveis para a OMS sejam insuficientes, os casos notificados em 2022 duplicaram os de 2021, e os dados deste ano confirmam que a recuperação continua em todo o mundo.

Países como o Afeganistão, Camarões, República Democrática do Congo (RDCongo), Malaui, Nigéria, Somália e Síria registaram, cada um, mais de 10.000 casos suspeitos e confirmados, representando um aumento tanto nos surtos como na sua dimensão.

A doença é uma infeção intestinal que se espalha através de água e alimentos contaminados com fezes e está intimamente relacionada com o subdesenvolvimento devido à falta de água potável e de instalações sanitárias, condições que são agravadas por eventos climáticos extremos, como inundações, secas ou ciclones.

A procura por materiais anti-infecciosos fez com que o Grupo de Coordenação Internacional (GIC), que gere o fornecimento de emergência de vacinas, suspendesse a vacinação de duas doses para utilizar apenas uma.

Por seu lado, a OMS ajuda estes países na vigilância da saúde pública, na gestão de casos e em medidas de prevenção, na entrega de material médico essencial, na coordenação de mobilizações no terreno com os parceiros e no apoio à comunicação de riscos e à participação comunitária.

A OMS solicitou também 160,4 milhões de dólares (cerca de 150,7 milhões de euros) ao plano estratégico global de preparação e resposta, além de libertar 16,6 milhões de dólares (15,6 milhões de euros) do Fundo de Contingência da Organização Mundial da Saúde para Emergências.



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