domingo, 13 de maio de 2018

Jovem guineense assassinado na Boa Vista

Um jovem guineense, na casa dos 40 anos de nome, Braima Candé foi assassinado, na ilha da Boa Vista.

Na sequência de uma briga com o seu conterrâneo, na sexta-feira, no Bairro de Boa Esperança, Braima Candé foi atingido com uma faca na cavidade tórax.

A vítima foi socorrida de imediato, para o Centro de Saúde local, mas não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer ontem à noite.

O suposto assassino encontra-se detido na esquadra da Boa Vista e deve ser apresentado amanhã ao Tribunal, para aplicação da medida coação.

Fonte: Boa Vista No Ar

Homens devem ejacular pelo menos 21 vezes por mês para evitar câncer de próstata, sugere estudo


A saúde da próstata ainda é uma questão muito delicada entre os homens, embora seja extremamente importante. A próstata nada mais é do que a glândula responsável pela produção do sêmen.

Ela normalmente provoca distúrbios entre homens acima dos 50 anos, como o câncer de próstata, que é o terceiro mais comum entre os homens nos EUA. No entanto, segundo um estudo feito por pesquisadores de Harvard, essa condição pode muito bem ser evitada – e de um jeito um tanto quanto prazeroso. As informações são da Indy100

Já sabemos que coisas como uma boa dieta, exercícios físicos e exames regulares são a maneira mais eficaz de manter a próstata saudável. Mas, o que poucos homens sabem é que a ejaculação também é essencial para a saúde da glândula. Em um estudo publicado na European Urology, os pesquisadores de Harvard afirmaram que a atividade sexual intensa pode reduzir os riscos de câncer de próstata.

O estudo observou os hábitos sexuais de 32.000 homens e determinou que aqueles com maior taxa de ejaculação eram menos propensos a ter tumores na glândula. 

“Descobrimos que os homens que relataram maiores comparações com a menor frequência ejaculatória na idade adulta foram menos propensos a serem posteriormente diagnosticados com câncer de próstata”, escreveram os pesquisadores. “Este grande estudo prospectivo fornece a evidência mais forte até à data de um papel benéfico da ejaculação na prevenção do câncer de próstata”.

Segundo eles, são necessárias pelo menos 21 ejaculações mensais para ajudar a proteger o homem do câncer de próstata. Eles descobriram que os homens que ejacularam este número durante o período de um mês tiveram um risco reduzido de 33% nas chances de desenvolver câncer de próstata do que aqueles que não o fizeram.

Entretanto, os pesquisadores não souberam dizer como exatamente a ejaculação pode ajudar a glândula. Eles especulam que talvez tudo esteja relacionado a eliminação de toxinas do sistema.

Vale lembrar que a ejaculação não salvará sozinha sua próstata. Logo, o habito de fumar, comer alimentos processados e com alto teor de gordura, bem como questões de hereditariedade, poderão ser decisivos para o problema.

“Se um homem quer ficar fora da sala de cirurgia e evitar o câncer da próstata, ele precisa evitar completamente as gordura e toxinas ambientais que contribuem para problemas de próstata e iniciar um sábio programa nutricional que inclua suplementos básicos que ajudem a glândula”, advertiu o especialista Dr. James Balch, consultado pela Indy100.

[ Indy100 ] [ Foto: Reprodução / Indy100 ]

jornalciencia

Como é as linhas das suas mãos ? veja os Segredos milenares da quiromancia que revela cada linha das mãos…


Todos gostariam de saber mais sobre o que o futuro reserva e as pessoas procuram inúmeras atividades para alcançar esse propósito ao longo dos anos. No entanto, isso não pode ser comprovado com plena certeza (até agora) e, porque nós adoremos esse assunto, talvez você não precise esperar tanto para saber sobre o seu futuro. A leitura das mãos é conhecida como “quiromancia”, uma vez que consiste em crenças e práticas que afirmam traços da personalidade de acordo com o formato das linhas da mão. Neste artigo, diremos o que significa cada traço presente em suas palmas da mão.


1. Anel familiar
Este anel formado por uma linha na palma de sua mão significa que sua família é extremamente importante para você. Pode ser muito marcado, forte e profundo, isso significa que seus pais e irmãos estão em seus pensamentos dia e noite. Além disso, você irá apoiá-los ao longo de sua vida, tanto moralmente quanto em qualquer situação que eles precisem. Se você tiver esse “anel”, não duvide que você sempre estará perto de seus entes queridos.

 2. Coração
Esta linha está conectada às emoções na vida, há muitas maneiras de interpretá-la. Quando você tem uma linha reta que atinge o dedo do meio, isso significa que a pessoa tem um grande coração. É alguém que ajuda os outros e desfruta da companhia de todos os seus amigos. Outra característica é que eles serão dedicados à sua cara-metade e darão tudo para fazer o relacionamento funcionar. Essas pessoas têm a capacidade de transformar qualquer situação em algo mais positivo e elas certamente irão.

3. Destino
Esta linha geralmente se refere ao caminho da vida, ou seja, o destino. Quando não é visível na palma da mão, isso significa que a pessoa está constantemente tendo problemas para identificar a melhor carreira que os fará felizes. Esta linha também pode dizer se você se tornará milionário ou não. Geralmente, indica a quantidade de dinheiro que você vai conquistar na vida. Isso pode afetar também a sorte, se a linha é clara, sem sinais cruzados ou negativos, significa que esse essa pessoa poderia estar destinada a uma grande fortuna.

4. Inteligência
É chamada de “Linha da cabeça”, se mostrando como um reflexo da inteligência e é a segunda mais importante na leitura da palma. Isso revela, como seu nome diz, o que você tem em mente, isto é, mostra crenças, atitudes, habilidades e todas as suas capacidades. A criatividade, a memória e o autocontrole são notados nesta linha, então, se essa linha se estender ao comprimento do dedo mindinho, isso significa que você tem suas prioridades bem estabelecidas. Se for médio, às vezes você tem problemas para se concentrar, mas você ainda é muito inteligente. Quando é curto, você pode ser que você seja alguém impulsivo e indeciso.

5. Intuição
A linha da intuição não está presente na palma da maioria e raramente toca outra linha. Se a pessoa tem essa característica bem definida e profunda, isso significa que ele tem habilidades “quase psíquicas”, na verdade, geralmente é visto na palma dos profetas. É comum para aqueles que o têm, um pouco quebrado e próximo da linha de inteligência. Além dessa linha, pode haver uma forma triangular, o que indica que esse ser tem uma personalidade muito intuitiva e a usa diariamente. Continue na nossa página para saber mais sobre o tópico…

6. Saúde
Se estiver ausente, isso significa que a pessoa é muito saudável. Uma linha proeminente indica um sistema nervoso fraco e se essa linha for totalmente direto, cruzando a palma, pode significar que você terá problemas nos rins ou no fígado. Quando está completamente marcada na linha da inteligência e no coração, é um sinal ruim, e é melhor fazer alguns exames imediatamente, porque pode haver um tipo complicado de doença. É bom observar as características de nossas palmas, para evitar esse tipo de problemas.

7. Vida
Embora muitas pessoas pensem que esta linha representa a sua longevidade, não é, na verdade, diz a qualidade com a qual você viverá em sua vida. Esta linha descreve quando você está disposto(a) a mudar coisas que não estão certas e uma teimosia em relação a certas situações. Isso irá dizer-lhe quanta força e como enfrentar os problemas de forma eficaz. Esta linha pode ser modificada ao longo do tempo, e significa que você deixou os anos no passado e sempre se concentra no futuro. 

canalmaisvistas

ACORDO DE LOMÉ ESTA NO LUME !


Numa ápice quem reclamou o estrelato de ser ele protagonista/mentor de famoso acordo de Lomé a passar para frente em subjuga-lo ao Lume, perdendo assim a sisudez e solidez que muitos pensavam que tinha o dito novo acordo, mas quem tem mania de desrespeitar as leis, fica mal acostumado. Sedo escrevi um post com título: É SEDO PARA JOGAR FOGO DE ARTIFÍCIO!

PAIGC, cada tiro cada melro, desta vez tomou para si, a missão de suspender administradores regionais! E, quando ouvi este impostora ato, saltou-me a memória de engalfinhadas e repetidas atos de trazer para ribalta confusões sobre matérias dos acordos, interpretações e legitimidades a, que sempre lhe corrói, para ele basta ter pasta do ministério da tutela, automaticamente pode trocar o fórum! Isto é: conselho de ministros com a suas reuniões e tomar decisões e deliberações (lá na sede do partido) mas para ir ao pique dessa atrevimento, veja o que diz a lei:

ARTIG0 108

1 - Os representantes máximos do Governo, nas regiões, serão designados por governadores de região e, nos sectores, por administradores de sector.

2 - A nomeação e a exoneração dos governadores de região são da competência do Governo, sob proposta do Ministro da tutela.

3 - O provimento do cargo de administrador de sector obedecerá aos requisitos constantes da respectiva lei-quadro.

Leem bem o artigo principalmente número dois, e fazem comparações, no caso da polêmica suspensão dos governadores , a ministra simplesmente propostou o seu partido e este sem titubear deu anuência! Ignorando assim o governo e a luz da constituição, ponto. Todavia, a ministra brincou de ser ministra através da sua zelo pelo partido não pelo respeito ao Estado e o seu superior hierárquico.

Carlos Sambu

Prs Diáspora

“ETICAMENTE, PRESIDENTE JOMAV DEVIA-ME AVISAR DA DEMISSÃO”

Júlio Mamadu Baldé, Secretário-Geral cessante da Agência de Gestão e Partilha da “Zona de Exploração Comum” entre o Senegal e a Guiné-Bissau, disse compreender a decisão do Chefe de Estado guineense de exonerá-lo das suas funções, contudo, lamenta o facto deste não lhe informar previamente da sua decisão.

“Estou aqui a servir o meu país. Acho que, eticamente, o Presidente da República devia-me avisar da demissão. Fui nomeado pela confiança de dois Chefes de Estado e servi a agência há mais de 17 anos. Não estou a questionar a decisão do Presidente, mas tendo em conta as normas do funcionamento, ele [José Mário Vaz], pelo menos, devia-me avisar. As normas recomendam um pré-aviso de 90 dias para um funcionário internacional”, assegurou o Secretário-Geral cessante da agência, durante uma entrevista exclusiva ao Jornal O Democrata por via telefônica, reagindo assim a sua demissão.

Baldé lembrou na entrevista que esteve em Bissau no mês de abril último, onde manteve uma audiência com o Presidente José Mário Vaz e na qual fez-lhe o ponto da situação da agência.

“Presidente recebeu-me e abordamos vários assuntos relacionados com a agência. E informei-lhe sobre os recursos disponíveis da agência que a Guiné-Bissau podia aproveitar para grandes projetos do desenvolvimento do país. Pelo menos durante a audiência que me explicasse que queria me substituir, mas não o fez”, lamentou.

Informou neste particular que o Secretário-geral da agência e o seu adjunto são nomeados pelos dois Presidentes na Cimeira da Alta Autoridade. Acrescentou ainda que de momento estão a trabalhar na preparação da Cimeira da Alta Autoridade, onde os dois Chefes de Estados irão definir vários aspetos, sobretudo no concernente às questões da revisão reclamada pelas autoridades guineenses.

De acordo com O Democrata, Baldé disse que oficialmente o seu mandato vai terminar no próximo ano, ou seja, em fevereiro de 2019, contudo, diz compreender a decisão do Chefe de Estado, que segundo ele, baseia-se nos “compromissos políticos”.

Recorde-se que em Outubro de 2017, o governo de Umaro Sissoco Embaló, homenageou Julio Mamadu Baldé, com diploma da Ordem Nacional de Mérito Profissional, em reconhecimento dos esforços e serviços prestados ao país ao longo de quase duas décadas a frente da Agência de Gestão e Cooperação entre Senegal e Guiné-Bissau. Baldé foi igualmente distinguido pelo Presidente Macky Sall, com Ordem Nacional de “Lion” do Senegal, grau Oficial, em Setembro de ano 2015.

Conosaba/Notabanca

EXONERADO o presidente da ANCA - Agência Nacional do Caju, Braima Djaura. Luis Olundu Mendes assume interinamente o lugar.

Fonte: ditaduraeconsenso

POPULARES DE BIGENE AGUARDAM MIL FRANCOS POR QUILO DE CASTANHA DE CAJÚ

[REPORTAGEM] Apesar de se queixarem da fome devido ao início tardio da compra da castanha de cajú, alguns populares de Bigene decidiram guardar as suas castanhas para vendê-la apenas por mil francos CFA por quilograma, valor base fixado pelo Presidente da República.

O início tardio da compra da castanha de cajú junto dos produtores da Guiné-Bissau leva  beira da fome a população do setor de Bigene, região de Cacheu, revelaram os camponeses dessa  localidade que dista a seis quilómetros da República do Senegal, onde atualmente os intermediários pagam 750 francos CFA por quilograma, enquanto no território nacional, concretamente em Bigene, um quilo de Ouro guineense é vendido, na prática, nada menos de 500 francos CFA.

Mesmo com o anúncio pelo Governo central do começo da campanha de comercialização da castanha de cajú, alguns populares de Bigene revelaram aos microfones da reportagem do Jornal O Democrata que não venderiam o seu produto a menos de mil francos CFA, preço fixado a 24 de Março em Gabú pelo Presidente da República, José Mário Vaz, aquando da abertura oficial da presente campanha. Esse valor tem provocado boicotes na compra do maior produto de exportação do país.

A fome afetou famílias em Bigene devido a má colheita verificada na última campanha agrícola 2017, quando se registou uma baixa enorme em termos de produção de arroz devido a subida do nível médio das águas do mar. A água salgada danificou bolanhas e os cereias cultivados. Esse fato levou às famílias a depositarem esperanças na presente campanha de comercialização da castanha, tendo como referência o preço de mil francos praticado no ano passado, 2017. Porém, o início tardio complicou a vida de muitos, alguns até afirmam que estariam a passar muita fome.

O outro fenómeno que fustiga os populares do setor de Bigene tem a ver com a fraca produção dos cajueiros este ano, fato que a nossa equipa de reportagem constatou ao longo das artérias de Bigene, sobretudo, quando nos deslocamos à zona limítrofe entre a Guiné-Bissau e Senegal.

No âmbito da nossa reportagem sobre a presente campanha, percorremos uma das vias que dá acesso a República do Senegal. Passámos pelas localidades de Sindina e Djambancunda, ambas aldeias da Guiné-Bissau e chegamos a aldeia de Yaran no Senegal, donde seguimos para Mangaroungou Santo, no território senegalês.

Não se nota muita movimentação de gente em campanha de comercialização da castanha, apesar de haver produtores a vendê-la a 500 francos o quilo.

Na deslocação ao Senegal, O Democrata descobriu que há muita facilidade na mobilidade. Isto é, a movimentação nas zonas limítrofes entre a parte guineense e senegalesa, durante a nossa viagem à localidade de Mangaroungou Santo, não vimos nenhum agente de defesa ou de segurança, tanto na nossa entrada como à nossa saída do território senegalês. As vias de ligação não são das melhores, sobretudo na parte guineense. Na parte senegalesa a estrada é asfaltada, a um pouco mais de 1km da foronteira, o que facilita a mobilidade de viaturas, motorizadas, bicicletas, carrochas de burro e cavalo e dos peões.

Na percurso entre o setor de Bigene e o Senegal é vicível a importância das plantações de cajú na sociedade guineense e senegalesa, porque são pomares e pomares de cajueiros.

Descobrimos ainda que no Senegal um saco de arroz de 50 quilos custa 14250 francos CFA, por vezes 14 mil e ou ainda menos, para quem compra grandes quantidades. Na Guiné-Bissau o preço oscila entre os 16 e 18 mil francos CFA.

Como a castanha insere-se dentro do sistema agrícola, entendemos que a agricultura vai além do cajú. A nossa equipa de reportagem soube, em Bigene, da existência de uma enorme plantação de bananeiras no Senegal, na aldeia de Mangaroungou Santo. O nosso repórter constatou in loco a dimensão da plantação de bananeiras que ocupa uma área de três quilómetros quadrados (3 km²), empregando diretamente 177 pessoas. A quinta foi batizada com o nome de ‘Gie Ndima Assadia’, em homenagem ao fundador da tabanca de Mangaroungou Santo que respondia pelo nome homónimo. Mangaroungou Santo fica a cerca de 2 quilómetros de Yaran, ambas aldeias do Senegal.


A plantação ‘Gie Ndima Assadia’ produz quantidades significativas de bananas que, além de abastecer o mercado senegalês, são também exportadas para a Gâmbia e Guiné-Bissau. A nossa equipa de reportagem foi recebida por quatro funcionários que se fizeram de guias.

Em Mangaroungou Santo há pomares de cajú. O curioso foi  termos constatado que alguns desses pomares encontram-se de um e do outro lado da foronteira.

Também, é visível a porosidade em termos de controlo entre as duas partes, devido a inúmeras vias de acesso para os dois territórios, por caminhos criados por guineenses e senegaleses como forma de se comunicarem melhor e exercer as suas atividades comerciais. Prova disso foi que percorremos uma dessas vias na ida, outra no regresso. Na ida saímos de Bigene e passamos pelas tabancas de Sindina e Djambancunda, ambas na Guiné-Bissau e entramos no Senegal pela aldeia de Yaran. No regresso saímos de Mangaroungou Santo, passamos pela tabanca de Yaran e Djiribam. E entramos no território nacional pela aldeia de Samodje, onde está uma pequena estrutura militar guineense. De seguida passamos por Tabadjam, Mbaneia e finalmente Bigene.

Os habitantes de Samodje, a meio caminho entre Bigene e Senegal e uma das tabancas mais populosas de Bigene, afirmaram que não venderiam a sua castanha a um preço inferior a mil francos CFA.

A mesma posição foi manifestada pelo chefe da tabanca de Bigene, Queba Camará, que em declarações à reportagem do jornal O Democrata disse que não venderia a sua castanha, justificando que se o preço subir acima dos 500 francos não teria como recuperar a quantidade vendida.

Camará lamenta aquilo que chama de abandono da população de Bigene pelo Estado da Guiné-Bissau, acrescentando que em grande parte os bigenenses dependem mais do Senegal, apontando a péssima situação da estrada que liga setor de Bigene a seção de Ingoré, um percurso de 33 quilómetros mas em muito mau estado, como exemplo desse abandono. Por essa razão, os comerciantes e cidadãos comuns recorrerem ao Senegal para resolver seus assuntos.

Dentro do território guineense, para a região de Oio, os 41 quilómetros que ligam Bigene e Farim, também a estrada se encontra em péssimas condições.

“Aqui quase tudo vem do Senegal, além da água em sacos de plástico e o açúcar que nos trazem de Bissau. Tudo isso leva-nos a pensar que talvez não somos guineenses. Sentimo-nos abandonados pelo Estado da Guiné-Bissau e dependemos apenas do Senegal”, lamentou Queba Camará.

Camará disse que até esta data os populares de Bigene estão a passar fome devido ao atraso na presente campanha, assim como da má campanha agrícola 2017.

O chefe tradicional admitiu que as pessoas atravessam a fronteira de uma forma clandestina para vender a sua castanha para se sustentarem, porque, no país aguardava-se o tão falado preço de mil francos CFA. Agora as coisas inverteram-se e manda a lei da livre concorrência, reiterando que não venderia o seu produto por menos de 1000 francos CFA.

Na sua visão, as pessoas arriscam a atravessar a foronteira, mesmo sabendo que há agentes colocados nas matas para fiscalizar. Mas elas fazem tudo isso para salvar suas famílias da fome que assola o setor. E alguns vendem aos compradores nacionais a 500 francos CFA. Diz que é difícil controlar a fuga de castanha de cajú tendo em conta as inúmeras vias existentes para entrar no território senegalês.

O representante dos Comerciantes do Setor de Bigene, Idrissa Seidi, lamenta o atraso na presente campanha, porém diz compreender que no comércio há momentos altos e baixos. Reconhece, contudo, as consequências negativas para os seus colegas de profissão que operam em Bigene.

IDRISSA SEIDI DEFENDE UMA CAMPANHA RENTÁVEL PARA TODOS

Idrissa Seidi disse que ele, além de ser comerciante e intermediário no setor de cajú, também é produtor. Este último fato levou-o a aplaudir o preço fixado pelo Presidente José Mário Vaz, mas seria ótimo se o valor fosse rentável e praticável.

“Nós trabalhamos com empresários em Bissau, como intermediários, fizemos diligências. Mas até então ninguém disponibilizou o dinheiro para a compra da castanha. Alguns garantem que desembolsarão em breve alguns fundos. Durante um mês ficamos parados sem fazer nada. Os empresários só disponibilizam dinheiro onde têm a certeza do retorno do valor investido”, nota.

Seidi vê o outro lado da campanha de comercialização da castanha de cajú, especificamente do setor de Bigene. Apontou o advento da época da chuva, período no qual muitas empresas de aluguer de camiões não aceitam disponibilizar as suas viaturas para entrar em Bigene, devido às péssimas condições da estrada.

A mesma situação verifica-se com no processo de abastecimento do mercado de Bigene em produtos alimentares da primeira necessidade na época chuvosa, sublinhando que Bigene não tem estrada, mas sim caminhos.

Para Idrissa Seidi é preocupação dos comerciantes e produtores de Bigene ter acesso fácil ao mercado nacional, porque cada cidadão não gosta de tirar o seu produto para vender no mercado alheio, sobretudo um produto estratégico como é o caso da castanha, mas se isso está acontecer é porque as pessoas não têm como fazer. Reiterou ainda que cada povo gosta de ver valorizado o seu produto interno. Pediu aos governantes no sentido de pensarem na melhoria da situação de isolamento em que se encontra há muitos anos o setor de Bigene.

No que refere à liberalização do mercado de comercialização de cajú a nível nacional, Seidi revela que os intermediários que têm dinheiro disponível estão a comprar. Mas a maioria ainda não recebeu os fundos para iniciar a compra junto dos produtores desta zona fronteiriça, mesmo a um preço mínimo de 500 francos CFA.

Para o responsável dos comerciantes de Bigene, o início tardio da presente campanha, deixou pobre os comerciantes, justificando a sua tese em como os populares, sempre que precisam de algo recorrem sempre aos comerciantes, sublinhando que na qualidade de clientes têm que estender as mãos às pessoas que necessitam.

“Sempre que há dificuldades, nós comerciantes e a população partilhamo-las. Nunca vamos ao Estado pedir apoios ou empréstimos. A população procura os comerciantes para os empréstimos. Nestas circunstâncias, ficamos fracos em termos económicos, porque não há rendimento no seio da população para comprar os nossos produtos”, nota Idrissa Seidi.

Acrescentou que o bom período de campanha de comercialização de cajú é dois meses, entre Abril e Maio, sobretudo com a especificidade do setor de Bigene, tendo apelado neste particular às autoridades no sentido de pensarem muito nesta situação que inquieta os comerciantes e população.

Solicitado a pronunciar-se sobre a facilidade de abastecer o mercado se a partir do Senegal ou de Bissau e sobre qual das opções é mais fácil e rentável para os comerciantes de Bigene, Seidi respondeu que devido às taxas e outras contribuições, preferem Bissau apesar das péssimas condições da estrada. Porém, admitiu que compram alguns produtos no Senegal, mas em pouca quantidade.

O Democrata soube que as medidas de fiscalização instaladas na linha fronteiriça limitam bastante o abastecimento do mercado local em produtos alimentícios da primeira necessidade vindos do mercado senegalês. Mesmo assim, a população faz lá as suas compras, sobretudo do arroz.

Considera saudável a relação entre as autoridades locais e os comerciantes do setor, assinalando que as autoridades locais conhecem bem as dificultardes dos comerciantes desta localidade fronteiriça.

Relativamente à situação de compra ilegal de arroz aos olhos das autoridades locais, Idrissa Seidi disse que é bom evitar daquilo que o Estado achar ilícito, ressalvando que dada a situação geográfica de Bigene seria difícil proibir a entrada de produtos provenientes do Senegal. E exemplificou: se um cidadão tiver dinheiro e quiser comprar arroz no Senegal, ele pode recorrer a sua bicicleta ou motorizada. Seis quilómetros depois poderá comprar o seu arroz sem problemas. E pediu ao Estado da Guiné-Bissau para refletir cuidadosamente sobre a situação da população de Bigene, reiterando que nunca vão desafiar o Estado, mas que o povo vai gritar de socorro se ficar cansado.

“Estamos a trabalhar para a população, por isso, devemos trabalhar juntos com o Estado da Guiné-Bissau para que haja produtos disponíveis para os cidadãos, evitando a necessidade de pedalar até a fronteira para comprar um quilo de arroz. Se o mercado local estiver bem abastecido, mesmo sendo uma diferença de 50 francos, acredito que ninguém se deslocaria até ao Senegal para comprar produtos. Isso preocupa-nos. Como comerciantes, é nosso trabalho e o assumimo-lo”, explica Idrissa Seidi.

AFABU CRÍTICA  MONOCULTURA DE CAJU E PEDE  CAMPONESES A DIVERSIFICAREM A PRODUÇÃO

Por seu lado, o presidente da Associação dos Filhos e Amigo de Bigene Unida (AFABU), Ibo Camará, criticou a monocultura de caju e considera-a como sendo uma fábrica de preguiçosos no seio da comunidade camponesa guineense. Em sua visão, a rentabilidade de caju é zero.

Camará disse que a monocultura da castanha de caju serve para que as pessoas continuem sentadas a sombra, fazendo nada, acreditando que dispõem de uma tonelada de arroz debaixo da cama e que podem ficar sem fazer outros trabalhos agrícolas. Neste caso, apontou o exemplo da via que liga a localidade de Ingoré a Farim onde se vê apenas plantações de caju na berma da estrada, fato que lamenta bastante.

“A campanha de comercialização de cajú 2017 acabou há pouco tempo a um preço de mil francos o quilo, mas as pessoas já estão a viver na miséria, porque cultivaram apenas o caju. As plantações ocupam um espaço enorme e produzem pouco, tudo por falta de instrução aos camponeses sobre a melhor forma de plantar os pomares de caju. As matas estão a ser cortadas desenfreadamente para plantar caju, sem se pensar em outras produções paralelas ao caju”, assinalou Ibo Camará, para de seguida afirmar que o país pode produzir outros produtos além do caju.

AFABU assinou um acordo de parceira com uma empresa indiana. Pretendem modificar os hábitos agrícolas da zona. No âmbito dessa parceria, já está em construção um campo agrícola de 140 hectares onde serão plantadas disciplinarmente pomares de caju e outras plantas como melão, banana e demais produtos. 

Por: Sene Camará
Foto: SC
OdemocrataGB

Portugal - Correm o risco de ser expulsos 30 mil estrangeiros a viver em Portugal


Estas pessoas trabalham e descontam para a Segurança Social, mas não têm comprovativo de entrada legal e por isso não podem receber a autorização de residência.

O jornal Público refere que o alerta é da Associação Solidariedade Imigrante.

Os estrangeiros a viver em Portugal nestas condições podem ser notificados a abandonar voluntariamente o país ou a receber processos para um afastamento coercivo. Se os casos não forem resolvidos, podem vir a ser expulsos.

Para segunda-feira está previsto um protesto de imigrantes em frente à Assembleia da República.

A ver: Correm o risco de ser expulsos 30 mil estrangeiros a viver em Portugal

rtp.pt

MINISTÉRIO DO INTERIOR DÁ ULTIMATO AO GN E POP PARA LIBERTAREM CAMIÕES COM CASTANHAS DE CAJU

A partir de agora são proibidas quaisquer interferências dos agentes da Guarda Nacional e da Policia de Trânsito no processo de escoamento da castanha de caju.

A medida do Governo visa facilitar o andamento mais rápido da campanha para Bissau, tendo em conta o aproximar da chuva.

Célsio de Carvalho, Comissário Nacional da POP disse ter recebido do ministro do Interior, a informação sobre fortes interferências dos seus homens nas estradas. Pelo que, chama atenção as suas estruturas de segurança a não se interferirem no transporte das castanhas.
  
Ainda, o responsável policial exorta aos agentes da Guarda Nacional e da POP para facilitarem o processo de modo que a castanha chegue à Bissau sem obstáculo.

Com tudo, Comissario Nacional deixa claro que não é dispensado o controlo das viaturas por forma a evitar o perigo e acidente que possam advir nas estradas.

Com esta orientação, Ministério do Interior deu ultimato, a partir de sexta-feira, dia 11 de maio aos agentes GN e POP sobre o processo de escoamento da castanha de caju das regiões para Bissau.

Notabanca, 12.05.2018