terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Homem mais rico de África quer investir em Moçambique

Aliko Dangote
O nigeriano Aliko Dangote, considerado o homem mais rico de África, com uma fortuna avaliada em cerca de  20,2 biliões de dólares, está interessado em montar uma fábrica de cimento em Moçambique. Para o efeito, o empresário criou em Janeiro de 2014 a empresa Dangote Quarries Mozambique Limited, subsidiária do Grupo nigeriano Dangote, líder do sector do cimento em 14 países africanos onde opera, e tem uma capacidade de produção de cerca de 30 milhões de toneladas por ano.

Fazem parte da estrutura accionista da Dangote Quarries Mozambique Limited três empresários nigerianos e uma companhia sul-africana de exploração mineira que adquiriu em 2013 cerca de 1,5% das acções do grupo Dangote, num negócio que rendeu USD 290 milhões ao homem mais rico de África.

O grupo está também de olhos noutros sectores da indústria extractiva em Moçambique, em particular, investimento em refinaria de petróleo, açúcar e sal, para além da esfera de produção de bens alimentares e financiamento de acções de apoio a causas sociais.
http://www.voaportugues.com/content/homem-mais-rico-de-%C3%A1frica-quer-investir-em-mo%C3%A7ambique/1858735.html

Crise na Venezuela continua agora nas redes sociais


Na Venezuela, manifestantes montaram barricadas na capital da Venezuela nesta segunda-feira, prejudicando o tráfego, em meio aos chamados da própria oposição por maior controle nos protestos, depois da morte de pelo menos 11 pessoas em manifestações.

A maior onda de distúrbios na Venezuela desde ha uma década é o grande desafio enfrentado pelo presidente Nicolás Maduro e o seu governo de 10  meses, mas não há sinais de que ele possa sair do poder ou que os carregamentos de petróleo do maior exportador do produto da América Latina possam ser afectados.

José Ramos-Horta concluiu visita a vários sectores de Quinará


O Representante Especial do Secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, concluiu uma visita de trabalho à região sul de Quinará, onde foi recebido pelas autoridades locais e populares nas passagens por Buba, Fulacunda, Gampara, Gamdjabela, Nova Cintra e Empada. 

Em Buba, José Ramos-Horta foi recebido pelo governador, Mamadu Aliu Camara, que o acompanhou juntamente com os administradores locais, as Forças Armadas, a Guarda Nacional, a Polícia de Ordem Pública, a sociedade civil, régulos, Homens Grandes (Conselho de Anciãos) e líderes religiosos. 

Também integraram a comitiva representantes da União Africana e de agências das Nações Unidas como o Programa Alimentar Mundial (PAM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a par dos das unidades de Estado de Direito e Segurança das Instituições (ROLSI) e Informação Pública Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

A visita de dois dias, realizada no quadro do mandato do UNIOGBIS para a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau, partiu a 20 de Fevereiro de Buba a caminho do sector de Fulacunda, onde José Ramos-Horta foi recebido com as tradições da região.

«É uma surpresa, pensei que esta seria apenas mais uma visita à região e nunca esperei encontrar tão calorosas boas-vindas de milhares de pessoas. Fico muito sensibilizado», referiu o Nobel da Paz, acrescentando que «a ONU está na Guiné-Bissau para trabalhar no sentido de levar o país a sair da transição, com um novo Parlamento, Governo e Presidente, ajudando o povo a sair da crise, em paz, a caminho de um futuro de desenvolvimento».

O Representante Especial do Secretário-geral da ONU fez uma paragem para visitar uma escola na secção de Gã-Pará, acompanhado pelo representante do PAM para a Guiné-Bissau, Ussama Osman. 

Em Fulacunda, Ramos-Horta deu os parabéns à população pelo esforço cívico que culminou com a elevada percentagem alcançada no recenseamento eleitoral. 

«A ONU e a Comunidade Internacional não querem nem podem substituir os guineenses e os seus líderes, estão presentes como amigos e parceiros para apoiar as autoridades e o povo no regresso à ordem constitucional após dois anos de incerteza, com um processo eleitoral que devolverá o país ao concerto das nações», disse José Ramos-Horta.

«Os guineenses têm pela frente desafios muito grandes para fazerem face à extrema pobreza, mas devem ter esperança porque o país é rico, e confiar que haverá uma nova fase, com tranquilidade, e esperança numa vida melhor. Depois das eleições haverá uma conferência, com o novo Governo, para mobilizar recursos com os apoios do Banco Africano de Desenvolvimento (ADB), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Europeia (UE), a União Africana (UA), a ONU e países amigos», revelou. 

Em Gampara, o cadi (juíz muçulmano), Mamadu Mané, afirmou que «No nosso tempo nunca recebemos uma visita tão importante, a marcar um dia cheio de alegria para a população camponesa desta tabanca isolada, onde só se chega depois de um grande cansaço».

Na localidade de Gamdjabela, o Representante Especial da ONU depositou uma coroa de flores no mausoléu de Quemo Mané. Em Nova Cintra, José Ramos-Horta foi recebido com tradições e um convite do Presidente do Conselho Nacional da Juventude local, em nome da população de Bolama e Bijagós, para visitar a região.

Com a ordem constitucional restabelecida e o regresso da Guiné-Bissau ao concerto das nações, José Ramos-Horta prometeu ajuda internacional para melhorar a saúde, alimentação, educação, os transportes dos camponeses, a situação dos militares e dos polícias, num processo liderado pelo Governo eleito que herdará «uma tesouraria sem dinheiro, num quadro económico muito difícil».

«A subnutrição é muito elevada no país e o futuro depende de crianças saudáveis, sendo obrigação do Estado responder às aspirações do povo sofredor e tantas vezes enganado», assinalou. 

O Nobel da Paz visitou Empada na sexta-feira, e foi constituído padrinho da tabanca pelo administrador Romualdo Bubacar Candé, a quem se seguiram intervenções dos Homens Grandes (Conselho de Anciãos) da terra. 

Ouviu queixas de que, por falta de estrada, se estragam os produtos agrícolas - com destaque para o óleo de palma -, que não podem ser permutados com as outras tabancas, nem escoados para o mercado da capital. 

O Governador da região pediu apoio para a reconstrução das estradas e prometeu a dinamização de mercados semanais nas tabancas (lumu), visando libertar as populações do isolamento. 

À partida, o Ramos-Horta prometeu regressar para observar os preparativos das eleições e a participação dos partidos políticos, das autoridades civis, militares e do povo, na tabanca de Empada, já com iluminação pública em postes dotados de painéis solares, um projecto apoiado pelo UNIOGBIS. 

PM deposto e outros nove militantes do PAIGC querem apoio à presidência da Guiné-Bissau

Carlos Gomes Júnior
O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, figura entre dez militantes que solicitaram o apoio do PAIGC para se candidatarem às eleições presidenciais de 13 de abril, disse hoje à Lusa fonte da direção do partido.

De acordo com Luís Melo, presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), histórico partido guineense e com maior número de deputados no parlamento, o pedido de Carlos Gomes Júnior (Cadogo, como é conhecido), foi entregue, em carta, pelo seu advogado, no sábado. 

"Esse pedido, como de outros militantes, vai ser analisado pela plenária do Conselho Nacional de Jurisdição e o veredicto será comunicado à direção superior do partido", afirmou Luís Melo. 

A plenária do Conselho Nacional de Jurisdição (uma espécie de tribunal do partido), composta por sete membros efetivos e dois suplentes, deve reunir-se ainda hoje e o mais tardar até terça-feira irá terminar de analisar os pedidos de apoio. 

"Vamos analisar os pedidos conforme os requisitos exigidos, se constatarmos que algum pedido tem em falta algum documento, informamos a pessoa para no prazo de 24 horas o entregar", declarou Luís Melo. 

Após a verificação da documentação, o Conselho Nacional de Jurisdição envia para a direção do partido os pré-candidatos considerados elegíveis para serem submetidos a votação pelo Comité Central (órgão máximo entre Congressos) que, por sua vez, através de voto secreto, irá escolher o candidato a ser apoiado pelo PAIGC. 

A reunião do Comité Central está marcada para 01 e 02 de março, ou seja, o próximo fim de semana. 

Instado a revelar os nomes dos dez militantes do PAIGC que solicitaram o apoio do partido para as presidenciais, Luís Melo recusou-se, alegando ser competência da direção. 

Contudo, adiantou que o prazo da entrega dos pedidos terminou no domingo. 

Segundo fontes do partido no grupo dos 10 pré-candidatos estão Mário Lopes da Rosa, atual ministro das Pescas no Governo de transição, Luís Oliveira Sanca, governante desde os anos 1970 (foi ministro de várias pastas, a última das quais da Administração Territorial, até ao golpe de Estado de abril de 2012) e Francisco Benante, antigo presidente do Parlamento e antigo líder do PAIGC. 

Estão também no mesmo grupo, Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro do PAIGC e Mário Cabral, embaixador da Guiné-Bissau no Senegal e ministro em vários governos desde os anos 1970. 

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=719316&tm=7&layout=121&visual=49