sábado, 27 de abril de 2024

Guiné-Bissau: Alunas desmaiam após tentativa de exorcismo

Foto: Iancuba Dansó/DW
Por DW.COM 

Uma tentativa exorcismo numa escola de Bissau motivou hoje o desmaio a 10 alunas, após terem inalado o fumo de incenso introduzido na sala de aulas por um professor, disse uma fonte médica e uma das vítimas

Numa cama dos serviços da pediatria do Simão Mendes, Kassia Cá, uma jovem de 15 anos, explicou que o "professor (da disciplina) de Iniciação à Vida entrou na turma com um pote de incenso" que começou a espalhar na sala.

O caso deu-se na Escola São Leonardo Murialdo, no bairro de Jericó, nos arredores de Bissau.

 "Disseram que há uma aluna na nossa escola que costuma desmaiar e era preciso exorcizar o espírito maligno que está no teto da nossa sala de aulas. Alguns alunos começaram a gritar. Outros caíram no chão da sala de aulas, eram todas meninas", afirmou Kássia Cá.

O incenso deitava um "fumo intenso" que era inalado por todos os que se encontravam na sala de aulas, acrescentou a jovem.

Ajuda médica
Vários alunos procuraram atendimento médico no Simão Mendes, onde, contou o médico clínico geral, Nicolau Vital, "alguns aparentavam sinais de desorientação".

"Deram entrada aqui no hospital pacientes com suspeitas de intoxicação por inalação de fumo de incenso. Os pacientes relatam-nos que ficaram inconscientes depois de terem inalado o fumo do incenso que o padre ou pastor introduziu na sala de aulas", observou o médico.

A maioria dos alunos que foram atendidos no Simão Mendes receberam alta e voltaram para casa, explicou Vital.

A prática de exorcismo nas escolas é recorrente na Guiné-Bissau, sobretudo em comunidades rurais e nos subúrbios de Bissau.

 

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu uma visita de cortesia do líder do partido português Chega, André Ventura, em Lisboa. 🇬🇼🇵🇹


 Presidência da República da Guiné-Bissau

Comunicação do presidente do Instituto de Defesa Nacional, Major General Braima Camará (Papa Camará), no ato da entrega de certificados de formação destinada a diferentes ramos das forças de defesa e segurança

©Radio TV Bantaba

17 a 19 de Maio de 2024 - UCCLA organiza Mercado da Língua Portuguesa em Cascais

UCCLA organiza Mercado da Língua Portuguesa em Cascais

A sexta edição do Mercado da Língua Portuguesa, que irá decorrer de 17 a 19 de maio, está de volta ao Mercado da Vila, em Cascais. Organizado pela UCCLA, o evento conta com a parceria da Câmara Municipal de Cascais e o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa.

Com uma programação diversificada, que inclui cerca de 40 bancas, palestras, gastronomia, música e muitas atividades extra, o Mercado da Língua Portuguesa reafirma, mais uma vez, o potencial e a importância da língua portuguesa como um elo de união dos países lusófonos.

No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a UCCLA apostou em proporcionar a todos várias surpresas. Haverá momentos lúdicos e espaço para crianças, tertúlia literária subordinada ao tema “A Liberdade também se escreve”, gastronomia e artesanato representativo dos diferentes países, e na música vamos contar com a participação especial de Eddy Tussa, um dos maiores artistas atuais da música tradicional urbana de Angola, o Semba.

Não pode faltar a esta grande festa de homenagem à língua portuguesa!

Horário do mercado:
Dia 17 de maio - 18 às 23 horas
Dia 18 de maio - 10 às 23 horas
Dia 19 de maio - 10 às 20 horas

Todas as informações sobre o Mercado estão disponíveis através do link https://www.uccla.pt/noticias/uccla-organiza-mercado-da-lingua-portuguesa-em-cascais
Material de divulgação - https://we.tl/t-EjJKXQv3rh

Com os melhores cumprimentos, 

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

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Ucrânia afirma que ataques russos atingiram instalações energéticas

© Lusa
Por Lusa  27/04/24 
O ministro da Energia ucraniano declarou hoje que ataques russos com mísseis atingiram instalações energéticas em três regiões da Ucrânia e, segundo o operador de energia privado DTEK, quatro centrais térmicas também foram "gravemente danificadas".

"O inimigo atacou novamente a infraestrutura energética do país" entre a noite de sexta-feira e hoje, declarou o ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko, na rede social Facebook.

O ministro ucraniano afirmou que houve "danos" em instalações energéticas nas cidades de Dnipropetrovsk (centro-leste), Ivano-Frankivsk e Lviv (oeste).

Num comunicado, o operador DTEK relatou que quatro das suas centrais térmicas foram "severamente danificadas" pelos ataques "massivos" dos russos entre a noite de sexta-feira e hoje.

Já o Ministério da Defesa russo declarou que entre a noite de sexta-feira e hoje intercetaram 68 'drones' ucranianos na região de Krasnodar (sul) e na Crimeia.

Segundo o ministério russo, 66 destes 'drones' foram abatidos sobre o território de Krasnodar e os outros dois na península da Crimeia, anexada pela Rússia aos ucranianos em 2014.

"Os ucranianos tentaram atacar refinarias de petróleo e outras infraestruturas. Segundo informações no local, não há feridos ou danos graves", declarou o governador da região de Krasnodar, Veniamin Kondratyev, na rede social Telegram.

O exército ucraniano aumentou os seus ataques com 'drones' em território russo nos últimos meses, visando particularmente instalações energéticas.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Quais são os alimentos com mais plásticos? Pode ficar surpreendido

Por Cnnportugal.iol.pt,   27/04/2024
“Quanto plástico vai comer ao jantar, senhor? E a senhora?” Embora possa parecer uma frase de um sketch de humor, a investigação está a mostrar que está demasiado perto da realidade.

Noventa por cento das amostras de proteínas animais e vegetais deram positivo para microplásticos, pequenos fragmentos de polímeros que podem variar entre menos de 5 milímetros e 1 micrómetro, de acordo com um estudo de fevereiro de 2024. Qualquer coisa mais pequena do que 1 micrómetro é um nanoplástico que deve ser medido em bilionésimos de metro.

Nem os vegetarianos escapam, de acordo com um estudo de 2021. Se o plástico for suficientemente pequeno, as frutas e os legumes podem absorver microplásticos através dos seus sistemas radiculares e transferir esses pedaços químicos para os caules, folhas, sementes e frutos da planta.

O sal pode ser embalado com plástico. Um estudo de 2023 concluiu que o sal rosa dos Himalaias extraído do solo era o que tinha mais microplásticos, seguido do sal preto e do sal marinho. O açúcar é também “uma importante via de exposição humana a estes micropoluentes”, de acordo com um estudo de 2022.

Até os sacos de chá, muitos dos quais são feitos de plástico, podem libertar enormes quantidades de plástico. Investigadores da Universidade McGill, no Quebeque, Canadá, descobriram que a preparação de um único saquinho de chá de plástico libertava cerca de 11,6 mil milhões de microplásticos e 3,1 mil milhões de partículas nanoplásticas na água.

O arroz também é um dos culpados. Um estudo da Universidade de Queensland concluiu que, por cada 100 gramas (1/2 chávena) de arroz que as pessoas comem, consomem três a quatro miligramas de plástico - o número salta para 13 miligramas por porção no caso do arroz instantâneo. (Segundo os investigadores, é possível reduzir a contaminação por plástico em até 40% lavando o arroz. Isso também ajuda a reduzir o arsénico, que pode ser elevado no arroz).

Não nos esqueçamos da água engarrafada. Um litro de água - o equivalente a duas águas engarrafadas de tamanho normal - continha uma média de 240 mil partículas de plástico de sete tipos de plásticos, incluindo nanoplásticos, de acordo com um estudo de março de 2024.

Perigos para a saúde humana
Embora tenham sido encontrados microplásticos no pulmão humano, nos tecidos placentários maternos e fetais, no leite materno humano e no sangue humano, até há pouco tempo havia muito pouca investigação sobre a forma como estes polímeros afectam os órgãos e as funções do corpo.

Um estudo realizado em março de 2024 revelou que as pessoas com microplásticos ou nanoplásticos nas artérias do pescoço tinham duas vezes mais probabilidades de sofrer um ataque cardíaco, um acidente vascular cerebral ou de morrer por qualquer causa nos três anos seguintes do que as pessoas que não tinham nenhum.

Os nanoplásticos são o tipo de poluição plástica mais preocupante para a saúde humana, segundo os especialistas. Isto porque as minúsculas partículas podem invadir células e tecidos individuais nos principais órgãos, interrompendo potencialmente os processos celulares e depositando substâncias químicas desreguladoras do sistema endócrino, tais como bisfenóis, ftalatos, retardadores de chama, substâncias per e polifluoradas, ou PFAS, e metais pesados.

“Todos estes produtos químicos são utilizados no fabrico de plástico, por isso, se um plástico chega até nós, transporta consigo esses produtos químicos”, disse Sherri “Sam” Mason, directora de sustentabilidade da Penn State Behrend em Erie, Pensilvânia, à CNN numa entrevista anterior.

E como a temperatura do corpo é mais elevada do que a do exterior, esses produtos químicos vão migrar para fora do plástico e acabar no nosso corpo", disse Mason.

“Esses químicos podem ser transportados para o fígado, para os rins e para o cérebro e até atravessar a fronteira placentária e acabar num nascituro”, afirmou.

“Atualmente, não existe consenso científico sobre os potenciais impactos na saúde das partículas nano e microplásticas. Por conseguinte, os relatos dos meios de comunicação social baseados em suposições e conjecturas não fazem mais do que assustar desnecessariamente o público", disse anteriormente à CNN um porta-voz da Associação Internacional de Água Engarrafada, uma associação industrial.

Todos os tipos de proteínas continham microplásticos
No estudo de fevereiro, publicado na revista Environmental Research, os investigadores analisaram mais de uma dúzia de proteínas de consumo corrente, incluindo carne de vaca, camarão panado e outros tipos de camarão, peitos e nuggets de frango, carne de porco, marisco, tofu e várias alternativas de carne à base de plantas, como nuggets, crumbles de plantas semelhantes a carne moída e palitos de peixe à base de plantas.

O camarão panado continha, de longe, o maior número de pequenos plásticos, com uma média de 300 peças de microplástico por porção. Os nuggets à base de plantas ficaram em segundo lugar, com menos de 100 peças por porção, seguidos dos nuggets de frango, dos palitos de peixe pollock, do camarão branco do Golfo minimamente processado, do camarão rosa de Key West capturado fresco e de um palito de peixe à base de plantas.

As proteínas menos contaminadas foram os peitos de frango, seguidos das costeletas de lombo de porco e do tofu.

Depois de comparar os resultados com os dados de consumo dos consumidores, os investigadores estimaram que a exposição média dos adultos americanos aos microplásticos poderia variar entre 11 mil e 29 mil partículas por ano, com uma exposição máxima estimada de 3,8 milhões de microplásticos por ano.

Frutas e legumes testados com alto teor de plásticos
Os oceanos estão cheios de plásticos, e vários estudos captaram a forma como estes vão parar ao marisco que comemos. No entanto, menos estudos analisaram os vegetais e as proteínas de animais terrestres, como o gado e os porcos, de acordo com um estudo de agosto de 2020.

O estudo, publicado na revista Environmental Science, encontrou entre 52.050 e 233 mil partículas de plástico com menos de 10 micrómetros - cada micrómetro tem aproximadamente o diâmetro de uma gota de chuva - numa variedade de frutos e legumes.

As maçãs e as cenouras foram as frutas e os legumes mais contaminados, respetivamente, com mais de 100 mil microplásticos por grama. As partículas mais pequenas foram encontradas nas cenouras, enquanto os maiores pedaços de plástico foram encontrados na alface, que foi também o vegetal menos contaminado.

Os plásticos estão em todo o lado

De acordo com uma análise recente, existe atualmente um número impressionante de plásticos no mundo: 16 mil substâncias químicas plásticas, das quais pelo menos 4.200 são consideradas “altamente perigosas” para a saúde humana e para o ambiente.

À medida que estes produtos químicos se decompõem no ambiente, podem transformar-se em microplásticos e depois em nanoplásticos, partículas tão pequenas que a ciência se esforçou durante décadas para as ver.

Um estudo recente, que utilizou uma nova tecnologia, descobriu que o número de nanoplásticos em três marcas populares de água vendidas nos Estados Unidos se situa entre 110 mil e 370 mil por litro, se não for superior. (Os autores não quiseram mencionar as marcas de água engarrafada que estudaram).

Investigações anteriores, utilizando tecnologia mais antiga, tinham identificado apenas cerca de 300 nanoplásticos na água engarrafada, juntamente com microplásticos de maiores dimensões.

Existem pelo menos 16 mil substâncias químicas nos plásticos, das quais pelo menos 4 200 são consideradas "altamente perigosas" para a saúde humana e para o ambiente, segundo um estudo (Lisovskaya/iStockphoto/Getty Images)

Formas de reduzir o plástico
Os níveis de contaminação encontrados na água engarrafada reforçam os conselhos de longa data dos especialistas no sentido de beber água da torneira em recipientes de vidro ou de aço inoxidável para reduzir a exposição, afirmou Mason. Este conselho estende-se também a outros alimentos e bebidas embalados em plástico, acrescentou.

"As pessoas não pensam que os plásticos se desprendem, mas é verdade", afirmou. "Quase da mesma forma que estamos constantemente a perder células da pele, os plásticos estão constantemente a perder pequenos pedaços que se partem, como quando se abre o recipiente de plástico para a salada comprada na loja ou um queijo que é embrulhado em plástico.

Enquanto a ciência aprende mais sobre os plásticos que consumimos, há coisas que as pessoas podem fazer para reduzir a sua exposição, de acordo com os especialistas.

  •  Tente evitar comer qualquer coisa que tenha sido armazenada num recipiente de plástico. Procure alimentos armazenados em vidro, esmalte ou folha de alumínio.
  •   Use roupas feitas de tecidos naturais e compre produtos de consumo feitos de materiais naturais.
  •   Não leve os alimentos ao micro-ondas em plástico. Em vez disso, aqueça os alimentos no fogão ou no micro-ondas em vidro.
  •   Se puder, coma o máximo de alimentos frescos possível e limite a compra de alimentos processados e ultraprocessados embrulhados em plástico.


África do Sul? "Cinco presidentes em 30 anos de democracia é recorde"

© RAJESH JANTILAL/AFP via Getty Images
Por Lusa  27/04/24
O diretor do 'think-tank' sul-africano Africa Asia Dialogues (AFRASID, na sigla em inglês), Thembisa Fakude, considerou hoje à Lusa que três décadas de democracia com cinco presidentes na África do Sul é um "recorde" em África.

"Julgo que a África do Sul alcançou muito em termos de democracia, é uma democracia muito forte em todas as esferas das plataformas democráticas, sejam elas mediáticas, judiciárias e políticas, a África do Sul teve um desempenho muito melhor do que muitos países, no espaço de 30 anos tivemos cerca de cinco presidentes, o que é um recorde para os padrões africanos", afirmou.

O investigador sul-africano indicou que pese embora as "dificuldades" o país regista um "crescimento económico positivo, embora de um dígito", sublinhando que "desde o início da democracia tem havido um crescimento constante", ao contrário de muitos outros países, que tiveram "uma recessão severa".

A África do Sul, a economia mais desenvolvida do continente, assinala hoje as primeiras três décadas de democracia sob a governação do Congresso Nacional Africano (ANC), o antigo movimento de libertação nacionalista liderado por Mandela, que pôs fim à governação do anterior regime de 'apartheid', em 1994.

Thembisa Fakude considerou que o país teve um "bom desempenho" em termos democráticos, sublinhando que "as reivindicações sociais e políticas permanecem".

"É difícil comparar a África do Sul com qualquer coisa que tenha tido experiências semelhantes, porque não houve nada como este país, que herdou o desenvolvimento racial, a discriminação e o desenvolvimento separado em termos de desenvolvimento político, social e económico", frisou.  

O ANC, no poder, tem registado nos últimos 15 anos um declínio eleitoral, de 65,9% em 2008 para 57,50% dos votos em 2019, além de acusações de corrupção, desemprego e a quase falência das empresas públicas.

Nesse sentido, questionado sobre se o ANC concretizou o projeto social de 'Nação do Arco-Íris' do líder histórico Nelson Mandela, o investigador respondeu: "Eu julgo que conseguiram, (...) se olharmos para o que o ANC herdou em 1994 e onde estamos agora em termos de relações raciais e todos os outros desafios que vieram com isso".

"Mas o mais importante é que sabemos os problemas do ANC por causa da transparência da sociedade, a razão pela qual o ANC se encontra na atual situação é porque o próprio partido implementou sistemas que o monitorizam e é por isso que todos nós sabemos sobre todos os tipos de corrupção", salientou.

Ao comparar com a realidade social e económica em que vivia a maioria negra até ao fim do anterior regime de 'apartheid' em 1994, Thembisa Fakude deu o exemplo da avó, que faleceu em democracia, para sublinhar as mudanças implementadas pelo ANC nas últimas três décadas.

"A minha falecida avó disse-me que antes de 1994 não tinham acesso à água, e quando ela morreu ela tinha acesso à água, ela podia caminhar uns metros de distância até à casa de banho, tinha um subsídio que recebia na sua própria conta bancária, havia uma clínica não muito longe de onde morava, não estou a dizer que seja generalizado, mas definitivamente houve mudanças", frisou.

"Em termos de classe média negra profissional tem havido uma ascensão (...), se olharmos para as instituições que atualmente são administradas por negros relativamente ao havia em 1994, houve uma conquista fantástica, mas existem muitos desafios e problemas que o ANC continua a enfrentar e deve resolver, um deles é a prestação de serviços [públicos], o emprego, mas também cometeram o erro de prometerem muitas coisas às pessoas, incluindo habitação gratuita e muito mais", disse.

O Africa Asia Dialogues é um grupo de reflexão criado em 2021, em Joanesburgo, em parceria com o Common Action Forum (CAF) com sede em Madrid, Espanha, com o objetivo de "fomentar o interesse público na geopolítica e o seu impacto na vida dos povos de África e da Ásia", segundo Thembisa Fakude.

 

Leia Também: ONU quer imposto sobre carbono para financiar transição energética 

Rússia está a treinar uma nova arma "ultrassecreta" para "uma possível imobilização da Europa"

Chemtrails rastos químicos aviões (Michael Probst/AP)
Por João Guerreiro Rodrigues  Cnnportugal.iol.pt  27/04/2024
Em menos de um ano, mais de 40 mil voos registaram perturbações no sinal de GPS durante o voo, na região do Báltico, mas os especialistas acreditam o Kremlin que pode não ficar por aqui

Começou devagar, mas tem vindo a intensificar-se. Desde agosto de 2023, milhares de aeronaves civis têm registado diferentes tipos de interferências nos seus sinais de GPS quando operam na região em redor do exclave russo de Kaliningrado. Os especialistas consideram que a estratégia não é nova, mas a sua dimensão sem precedentes pode revelar que a Rússia está “a praticar” uma possível imobilização do continente europeu.

“Nos últimos meses, temos vindo a observar que cada vez mais aviões civis têm sido alvo de interferências eletrónicas, que anulam os seus sistemas de GPS e outros instrumentos de navegação vitais (serviços de posicionamento, navegação e cronometragem)”, afirma Bruno Castro, CEO da empresa de cibersegurança portuguesa VisionWare.

Entre agosto de 2023 e março de 2024, 46 mil voos registaram problemas de interferência em zonas como o Báltico, o Mar Negro e o Mediterrâneo Oriental. O “empastelamento” dos sinais eletrónicos não é novo no mundo da guerra eletrónica. No entanto, os especialistas mostram-se surpreendidos com a escala a que estes ataques estão a acontecer.

Segundo os serviços de informações britânicos, apenas a companhia aérea RyanAir teve 2.300 dos seus voos afetados e a Wizz-Air registou 1.300 ocorrências. Mas estão longe de ser as únicas. Estes ataques têm acontecido diariamente, numa área bastante vasta de território. Atualmente, o número de ataques ronda os 350 por semana.

Em alguns casos, os pilotos ficaram completamente “às escuras” com o sinal de GPS a desaparecer por inteiro. Embora em muitos casos os pilotos tenham recorrido a instrumentos de bordo para navegar o avião, a captura do sinal de GPS pode, em último caso, levar a erros bem mais graves, que podem interferir com a própria aterragem da aeronave.

“Estas interferências afetam os sistemas de comunicação wireless e podem induzir os pilotos a acreditar que o avião se encontra numa localização diferente daquela em que realmente está. No caso dos sistemas de GPS, é muito mais complicado, caso seja necessário aterrar”, explica Bruno Castro.

Em janeiro, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação alertou para um "aumento acentuado" dos ataques de interferência e falsificação, mas não apontou dedos. No entanto, com base nos locais onde estes aviões têm registado as interferências, os serviços secretos da Estónia de que uma arma eletrónica russa ultrassecreta, alegadamente sediada no exclave de Kaliningrado, tem estado por detrás dos ataques.

A própria Rússia admite que tem unidades militares de guerra eletrónica destacadas na região, embora não assuma a responsabilidade pelas mais recentes disrupções.

Em 2019, o Ministério da Defesa norueguês abordou a questão numa reunião bilateral com funcionários russos, todavia, o Kremlin continua a negar qualquer irregularidade. Em 2020, a Agência Sueca de Investigação em Defesa alertou para o facto de os sistemas de navegação russos conseguirem atacar sistemas de navegação vulneráveis. Os avisos foram aparentemente ignorados.

De acordo com o comandante das forças de Defesa da Estónia, o general Martin Herem, estas armas não afetam apenas os sistemas de GPS da aviação comercial. Estes ataques estão a afetar também os sistemas de GPS dos telemóveis e de sistemas militares. “Eles [os russos] são muito fortes nisto”, sublinhou o general em entrevista ao Kyiv Independent.

Uma prova disso mesmo foi um ataque feito a um avião militar inglês, a 13 de março, que transportava o secretário da Defesa britânico Grant Schapps. O sinal do avião foi alvo de uma interferência que durou mais de 30 minutos, quando o avião do ministro regressava da Polónia para o Reino Unido. Downing Street confirmou que o sistema de GPS do avião foi alvo de um “empastelamento” quando se aproximou de Kaliningrado, mas tentou desvalorizar a ameaça, garantindo que a segurança da aeronave não esteve em causa. No entanto, os especialistas garantem que pode não ser bem assim.

“De recordar que este ataque, realizado a 13 de março deste ano, interferiu com o sistema primário de GPS do avião e com as comunicações via Internet, que se perderam durante meia hora, e também com o sistema de medidas contra um ataque de mísseis. Estamos, como podem perceber, a assistir a algo muito problemático”, recorda Diogo Carapina, subcoordenador do VisionWare Threat Intelligence Center, um centro de monitorização de ameaças cibernéticas.

Mas há muito que a Rússia tem demonstrado uma forte capacidade no campo da guerra eletrónica. No campo de batalha na Ucrânia, a Rússia tem feito sentir o poder destes mecanismos. Relatos de vários comandantes no campo de batalha demonstram que as forças armadas russas possuem capacidade bastante disruptivas, capazes de “cegar” as tropas ucranianas e travar as suas comunicações.

Moscovo nunca teve problemas de demonstrar abertamente as suas sofisticadas capacidades de guerra eletrónica. Em 2015, as forças russas apanharam os próprios Estados Unidos de surpresa com o empastelamento de drones e sistemas de comunicações na Síria. Na mesma altura, Moscovo já utilizava com grande eficácia estas armas na Ucrânia. O general norte-americano, então comandante das forças americanas na Europa, descrevia as capacidades russas como capazes de “levar lágrimas aos olhos”.

“Esta estratégia não é nova e há relatos de manobras semelhantes - o mesmo género de ataques eletrónicos - que têm sido também alegadamente utilizadas no Donbass, no leste da Ucrânia, desde 2015”, recorda Bruno Castro.

Mas o cenário agora é diferente e a Rússia demonstra estar disposta a utilizar esta arma fora dos territórios onde as suas forças armadas estão a combater. Para o especialista do RUSI Jack Watling, apesar de a Rússia utilizar há muito “a interferência do GPS como instrumento de perseguição", agora "está a projetá-la para além das fronteiras da NATO".

Um dos especialistas da Chatham House, Keir Giles, afirma que, caso a Rússia consiga afetar os serviços de GPS não só de aviões, mas também dos transportes terrestres, o caos estaria instalado e a Europa ficaria imobilizada.

Os ataques dos últimos meses podem ser vistos, por um lado, como a Rússia a praticar uma possível imobilização da Europa e, por outro lado, como uma demonstração do seu poder cibernético.

“Os ataques destes últimos meses podem ser vistos, por um lado, como a Rússia a praticar uma possível imobilização da Europa (e “cegueira” do seu espaço aéreo) e, por outro lado, como uma demonstração do seu poder eletrónico – com forte pendor cibernético”, garante Diogo Carapinha.


Leia Também: Putin está a produzir mais armamento que o necessário para a Ucrânia: está a preparar um conflito com a NATO?  

À margem das comemorações do cinquentenário do 25 de abril, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, manteve um encontro com Luís Montenegro, o novo Primeiro-Ministro de Portugal no Palácio de São Bento.

Nesta ocasião, na residência oficial do chefe do governo português, foi passado em revista as relações entre Portugal e a Guiné-Bissau, bem como a implementação do programa de cooperação, visando contribuir para o desenvolvimento e progresso da Guiné-Bissau. 🇬🇼🇵🇹 

Presidência da República da Guiné-Bissau

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Por Suzi Barbosa.
Em virtude de algumas notícias falsas veiculadas nas redes sociais sobre a minha pessoa,  venho por este meio esclarecer que não correspondem à verdade.
Em primeiro lugar,  cheguei a Portugal no vôo da TAP, no passado dia 23 de Abril, na companhia da minha filha.
Em segundo lugar, em momento algum me foi retirado o passaporte nem fui impedida de viajar por nenhuma entidade,  muito menos pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

Em terceiro lugar, o Presidente da República jamais ameaçou retirar-me a casa, até porque ele sabe muito bem que essa casa é propriedade familiar e não minha casa particular.

Por último, contrariamente ao que também vem sendo veiculado, a minha filha, Mouna Omar Sissoco Embaló, não é adoptada, mas sim biológica.  Mas não darei mais detalhes sobre este assunto, pois só me competem a mim e ao pai da minha filha,  enquanto pais biológicos que ambos sabemos que somos.

Em circunstâncias normais, eu não teria porque fazer nenhum esclarecimento à cerca da minha vida privada, mas para evitar mais especulações, vindas sobretudo de pessoas que nada sabem da minha vida e com as quais não tenho nenhum contacto nem pretendo ter, fica aqui o esclarecimento público para os interessados.
Futuramente, verifiquem bem as vossas fontes antes de divulgar notícias falsas.
Suzi Barbosa

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou, no Centro Cultural de Belém, na sessão comemorativa do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, que contou com a participação de chefes de Estado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.

No ocasião, o chefe de Estado sublinhou o papel da Guiné-Bissau na revolução e manifestou o "orgulho" do povo guineense de ter dado "o contributo original" para a transformação histórica que culminou na Revolução de Abril, na descolonização, e na democracia nos PALOP.🇬🇼🇵🇹 

Presidência da República da Guiné-Bissau

No âmbito da sessão comemorativa do 25 de Abril no Centro de Belém, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, juntou-se ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, e demais chefes de Estado Estado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, num Jantar Oficial no Palácio da Ajuda.🇬🇼🇵🇹

 Presidência da República da Guiné-Bissau

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Café: Será que o café e o descafeinado afetam os seus níveis de colesterol?... Uma técnica em nutrição revela tudo o que precisa de saber. Se costuma bebê-lo, veja o que pode acontecer.

© Shutterstock
Por  Notícias ao Minuto  26/04/24

Costuma beber café ou descafeinado todos os dias? Acha que pode afetar de alguma forma o seu colesterol? Ana Luzón, técnica em nutrição, revelou ao agregador de blogues HuffPost o que pode acontecer.

"Embora nenhum alimento de origem vegetal forneça colesterol, constatou-se que o café contém óleos que afetam a síntese do colesterol e que podem aumentar as partículas de LDL", explica.

Ainda assim, cita também um estudo de 2023 publicado na revista Nature. "Sugere que o café contém outras substâncias que neutralizam os efeitos umas das outras, tornando-o 'neutro' Ou seja, não é prejudicial."

E no que diz respeito ao descafeinado? "Apesar da falta de cafeína, mantém algumas propriedades do café. O descafeinado possui ainda muitos antioxidantes e benefícios típicos do café comum, embora não contenha cafeína."

"É toda a nossa alimentação e o nosso estilo de vida que serão mais decisivos se quisermos ter uma boa saúde."



Leia Também: Especialista revela os alimentos populares que engordam (e muito)  


Estados Unidos retiram soldados do Chade e do Níger

© Getty Images
Por Lusa  26/04/24
Os Estados Unidos vão retirar já este fim de semana perto de uma centena de soldados deslocados no Chade, ao mesmo tempo que estão a preparar a retirada de um milhar de soldados do Níger, anunciou o Pentágono.

"O USAFRICOM [comando norte-americano de África] está a planear o reposicionamento de algumas forças militares norte-americanas do Chade, uma parte das quais já estava programada para partir", admitiu o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, general Patrick Ryder, numa conferência de imprensa em Washington esta quinta-feira, na sequência de uma notícia nesse sentido, publicada no mesmo dia pelo diário New York Times (NYT).

"Trata-se de uma medida temporária, que faz parte de uma revisão em curso da nossa cooperação em matéria de segurança, que será retomada após as eleições presidenciais de 06 de maio no Chade", acrescentou.

Em relação ao Níger, Ryder confirmou o "início" das conversações, igualmente este dia 25, em Niamey, entre a embaixadora dos Estados Unidos no país, Kathleen FitzGibbon, e o major-general Kenneth Ekman, diretor de Estratégia do USAFRICOM, e a junta militar no poder "sobre uma retirada ordenada e segura das forças dos Estados Unidos do Níger".

O porta-voz do Pentágono sublinhou que Washington continua "empenhado" em "combater as organizações extremistas violentas na África Ocidental", mas não precisou para onde serão deslocados os militares norte-americanos estacionados na região.

Os Estados Unidos investiram 110 milhões de dólares numa base de drones no Níger, fundamental para o AFRICOM na monitorização de organizações extremistas violentas, mas o porta-voz do Pentágono não revelou se Washington já tem um local alternativo para deslocar os cerca de 1.000 militares que lá tem estacionados, quando interrogado expressamente sobre a questão pelos jornalistas.

A decisão da retirada das forças especiais norte-americanas do Chade - cerca de 75 boinas verdes do 20.º Grupo de Forças Especiais da Guarda Nacional, segundo o NYT - acontece no contexto do corte de relações diplomáticas e militares entre vários países do Sahel -- nomeadamente do Mali, Burkina Faso e Níger - e o Ocidente -- sobretudo a França, mas também Estados Unidos -, e do reforço paralelo das relações entre os mesmos países e a Rússia.

No caso do Chade, até agora um aliado sólido do Ocidente na região, não é ainda claro se a saída dos militares norte-americanos -- que regressam já este fim de semana a casa, através da Alemanha, segundo o NYT e o Washington Post esta quinta-feira - será definitiva, não obstante a declaração de Ryder.

A decisão do Pentágono dá resposta a uma carta enviada em 08 de abril, pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea chadiana, general Idriss Amine Ahmed, ao adido militar na embaixada dos Estados Unidos em N'Djamena, pedindo-lhe que suspendesse "imediatamente as atividades militares" na base área de Adji Kossei (BAK), onde os soldados norte-americanos treinam as forças especiais chadianas na luta contra o grupo extremista islâmico Boko Haram.

A carta "apanhou de surpresa e intrigou os diplomatas e oficiais militares norte-americanos", segundo dois funcionários norte-americanos ao NYT, sob anonimato, porque não foi enviada através dos canais diplomáticos oficiais, e parece ser uma tática de negociação de alguns membros das forças armadas e do governo para pressionar Washington a conseguir um acordo mais favorável antes das eleições de maio, ainda segundo fontes não reveladas pelo jornal.

Certo é que, diferentemente do que aconteceu no Níger com os Estados Unidos -- e no Mali, Burkina Faso e também Níger com França -, o líder da junta militar no Chade, general Mahamat Idriss Déby Itno, não pediu a saída dos militares norte-americanos, assim como não afastou a França, de quem é, de longe, o principal aliado na região.

O NYT dá, no entanto, voz a alguns analistas segundo os quais "a retirada dos franceses é inevitável", atendendo ao reforço recente dos laços Mahamat Déby Itno com os líderes golpistas do Sahel e mesmo com a Rússia, onde se deslocou no início deste ano para se encontrar com o Presidente, Vladimir Putin.

França quer força de reação rápida europeia com 5.000 militares em 2025

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Por Lusa  26/04/24 
A França defende a criação de uma "força de reação rápida europeia" com cerca de 5.000 soldados até 2025, que poderá intervir em situações de crise quando a NATO não atuar, disse hoje o ministro das Forças Armadas francês.

"É uma questão fundamental e sobre a qual espero que possamos chegar a uma conclusão já no próximo ano, sendo muito reativos e muito rápidos", disse Sébastien Lecornu numa entrevista ao canal de televisão France 2.

O ministro insistiu que esta força de reação rápida, "para colocar em segurança cidadãos europeus, portugueses, italianos, alemães e franceses", deve poder ser criada "muito rapidamente".

Segundo Lecornu, o objetivo deste ainda projeto passar por "colocar forças em posição de contribuir" para "ser reativo em caso de crise", e acrescentou que não haveria perda de soberania para os países envolvidos, que manteriam o controlo sobre os seus dispositivos militares.

Sébastien Lecornu justificou este projeto com o facto de existirem "muitas crises em que a NATO não tem competências paa atua e em que a França realiza frequentemente operações sozinha".

O ministro deu como exemplo a retirada de cidadãos europeus em países em crise, como aconteceu no Sudão em abril de 2023, quando Paris mobilizou aviões e navios militares para retirar mais de mil estrangeiros de mais de 80 nacionalidades diferentes, entre os quais pouco mais de 200 cidadãos franceses.

Lecornu considerou que operações como esta (denominada Sagittaire) em Cartum, na capital do Sudão, com muitos países envolvidos, deveria ser natural partilhar o fardo, que "tem um preço e um valor", entre os países europeus.

"Temos missões que são militarizadas, mas que a NATO não precisa de conhecer por uma série de razões, e sobre as quais dizemos agora 'vamos fazê-lo na Europa', e isso, para nós, é pragmatismo", afirmou o ministro.

Esta "força europeia de reação rápida" foi uma das iniciativas lançadas na quinta-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, num longo discurso na Universidade de Sorbonne, em Paris, no qual defendeu o relançamento da União Europeia (UE), no contexto das eleições para o Parlamento Europeu, em junho.

No discurso, o Presidente francês apresentou a sua visão para a Europa, centrada principalmente na defesa e nas políticas económicas e comerciais, depois de fazer um balanço da UE desde 2017.

Macron afirmou que os europeus não podem contar apenas com o apoio dos Estados Unidos para a sua defesa, porque para Washington "não é a prioridade" e, sem chegar ao ponto de pedir a criação de um exército europeu, apelou a uma "intimidade estratégica" no domínio militar entre os Estados-membros da UE.

O Presidente francês explicou que é necessário "aumentar as despesas com a defesa", sugerindo um empréstimo europeu para financiar o esforço de defesa, para além de aplicar "a preferência europeia na compra de equipamento militar", bem como acelerar a integração dos exércitos face a ameaças como a Rússia, com a qual tem havido um aumento de tensões nas últimas semanas pelo apoio prestado pela França à Ucrânia.

Tudo isto com base na ideia de que a Europa é "mortal" e que "pode morrer" ou ser "relegada", segundo frisou o chefe de Estado francês na mesma intervenção.


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Circular № 002/2024/GSEC/MNECIC...

Zelensky avisa que catástrofe de Chernobyl pode repetir-se em Zaporíjia

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Por Lusa  26/04/24 
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou hoje a comunidade internacional a pressionar a Rússia para que devolva a central nuclear de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, advertindo contra uma nova catástrofe como a de Chernobyl, há quase quatro décadas.

"A central nuclear de Chernobyl esteve ocupada durante 35 dias. Os soldados russos saquearam os laboratórios, capturaram os guardas e maltrataram o pessoal, utilizando-os para lançar novas hostilidades", afirmou Zelensky, num discurso proferido no 38.º aniversário da catástrofe nuclear (1986), hoje assinalado.

"A radiação não conhece fronteiras e não faz distinção entre bandeiras nacionais. A catástrofe de Chernobyl mostrou ao mundo a rapidez com que as ameaças mortais podem surgir", disse Zelensky, que reconheceu o trabalho de "dezenas de milhares de pessoas" para impedir essas "terríveis consequências".

O Presidente ucraniano procurou estabelecer um paralelo entre esse episódio e a situação atual na central de Zaporíjia, "mantida refém", frisou, por "terroristas" russos.

"O mundo inteiro tem o dever de pressionar a Rússia para que esta liberte a central e a devolva ao controlo total da Ucrânia", defendeu, afirmando que só assim será possível "garantir que o mundo não sofra novas catástrofes radiológicas, exatamente a ameaça que existe todos os dias com a presença de invasores russos na central nuclear de Zaporíjia".

Desde 04 de março de 2022, menos de duas semanas após o início da invasão da Ucrânia, a central nuclear de Zaporíjia está sob controlo russo.

É a maior central nuclear da Europa e não produz eletricidade desde 11 de setembro de 2022. Os seus seis reatores estão em modo de paragem a frio.

Uma missão da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), agência que integra o sistema das Nações Unidas, está permanentemente no local desde 04 de setembro de 2022. No entanto, tal não impediu que as instalações fossem palco de ataques de que se acusam mutuamente russos e ucranianos.

O pior acidente nuclear da história ocorreu em 26 de abril de 1986 na Ucrânia - que era, na altura, uma das 15 repúblicas soviéticas -, quando um reator da central de Chernobyl, localizada a cerca de 100 quilómetros de Kiev, explodiu, contaminando cerca de três quartos da Europa, especialmente a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia.

Calcula-se que cerca de 350 mil pessoas terão sido deslocadas e que a saúde de muitos milhares foi afetada, direta ou indiretamente, pelos efeitos do acidente.

UE desbloqueia 47 milhões de euros para combater terrorismo no Benim

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Por Lusa  26/04/24 
A União Europeia vai desbloquear 47 milhões de euros para "apoiar a luta contra o terrorismo" no Benim, anunciou hoje o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Cotonou, durante uma visita à África Ocidental.

Há vários anos que o norte do Benim é alvo de ataques e incursões de terroristas da região do Sahel.

"Estamos a mobilizar 47 milhões de euros só este ano", declarou Louis Michel à imprensa após uma reunião com o chefe de Estado do Benim, Patrice Talon.

Este montante será utilizado, nomeadamente, "para a aquisição de drones e de aviões de recolha de informações", bem como para "materiais e equipamentos de segurança e de luta contra o terrorismo", acrescentou.

No dia anterior, esteve em Abidjan, na Costa do Marfim, onde também afirmou o empenhamento da União Europeia na luta contra o terrorismo.

Nos últimos anos, as regiões setentrionais do Benim, do Togo e do Gana têm sido alvo de ataques e incursões de combatentes do grupo Estado Islâmico e da Al-Qaida, que florescem no Sahel e procuram alastrar-se para sul.

A região da fronteira norte com o Burkina Faso continua a ser o epicentro dos ataques no Benim. A fronteira com o Níger também se tornou recentemente uma fonte de preocupação, especialmente desde o derrube do Presidente nigerino, Mohamed Bazoum, pelos militares em julho de 2023.

Em resposta às ameaças, o Benim lançou a Operação Mirador em janeiro de 2022, um destacamento de cerca de 3.000 soldados para proteger as fronteiras do país. Há alguns meses, começou a recrutar mais 5.000 soldados para reforçar a segurança no norte do país.

As autoridades do Benim, que raramente comunicam sobre estes ataques, informaram em abril de 2023 que se tinham registado cerca de 20 incursões transfronteiriças desde 2021.

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China quer levar astronautas à Lua até ao final desta década... Os planos da agência espacial chinesa para o satélite natural não se ficam por aqui.

© Reuters
Por Miguel Patinha Dias  Notícias ao Minuto  26/04/24

A agência espacial chinesa partilhou os seus planos para conduzir a sua primeira missão tripulada até à superfície da Lua.

Como refere o site Digital Trends, a agência espacial chinesa espera colocar os seus primeiros astronautas na superfície da Lua até ao final desta década. O plano pretende colocar dois astronautas na superfície da Lua durante um período de seis horas, com um terceiro a ficar encarregue da aeronave que fará o trio regressar à Terra.

Mais ainda, a agência espacial chinesa revelou também que tem planos para construir uma estação internacional dedicada a pesquisa e desenvolvimento na Lua até 2040.

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Rússia bombardeia comboio com armas ocidentais na Ucrânia

© PixaBay
Por Lusa   26/04/24

A Rússia bombardeou hoje a rede ferroviária ucraniana para evitar a passagem de um comboio que transportava armas dos aliados ocidentais, denunciou uma fonte das autoridades de segurança de Kyiv, alegação entretanto confirmada pelo exército de Moscovo.

Segundo um responsável ucraniano, citado pela agência francesa de notícias AFP, o ataque visou "paralisar" o fornecimento de provisões militares, parte das quais enviadas pelos países ocidentais para ajudar Kyiv a combater a Rússia.

A mesma fonte adiantou que Moscovo tem feito uma série de ataques nas ferrovias ucranianas, apontando que tais ações "são medidas clássicas antes de uma ofensiva".

O objetivo "é paralisar as entregas, o transporte de carga militar", referiu.

O exército russo anunciou, entretanto, ter atingido um comboio na região ucraniana de Donetsk (leste) que transportava armas ocidentais para entregar a Kyiv.

"Um comboio com armas e equipamento militar ocidental foi atingido perto da cidade de Udachne", disse o Ministério da Defesa russo, sem avançar mais pormenores sobre o resultado do ataque.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.



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