sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

MENSAGEM DE CONFIANÇA E ESPERANÇA PARA COORDENADOR DO Movimento para Alternância Democrática MADEM G-15

Fonte: Omar Buli Camará

Tire do coração o medo e encha o coração de fé.

Não dê lugar a sentimentos que lhe roubam a paz e a certeza de que Alleh (Deus) está no controle de tudo e vai ficar tudo bem. 

Pense positivo, sonhe alto e sempre seja grato. 

No caminhar da vida nem sempre o caminho será fácil, mas Allah (Deus) sempre dará sapatos adequados.

Sempre haverá esperança para os que esperam em Allah (Deus). 

Não dê ouvidos ao barulho ao seu redor, se concentre na voz de Allah (Deus) em seu coração, Ele continua sussurrando, "Vai dar tudo certo". 

Allah (Deus) tem recompensa para seus esforços e vitória te esperando no final desse processo...

Braima Camará(BA QUECUTO) BA DI POVO

João Bernardo Vieira: “UM TERCEIRO MANDATO NÃO SERÁ BENÉFICO PARA O PARTIDO E MUITO MENOS PARA O DOMINGOS SIMÕES PEREIRA”

Odemocratagb.com

[ENTREVISTA dezembro_2021] O deputado e porta-voz do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), João Bernardo Vieira, afirmou que a iniciativa de o líder do partido vier a apresentar-se para um terceiro mandato não será benéfico para o partido, muito menos para o próprio presidente do partido, Domingos Simões Pereira, que deve ser preservado para outros desafios. João Bernardo Vieira disse que cabe ao partido determinar esses desafios, dado que têm outras metas a atingir, os próximos embates eleitorais por exemplo, para decidir como vai trabalhar.

João Bernardo Vieira fez essas afirmações em entrevista exclusiva ao semanário O Democrata para falar da sua intenção de concorrer à liderança do partido libertador ou se vai apoiar a candidatura de Domingos Simões Pereira para o terceiro mandato, bem como da situação interna do partido, análise da situação política e governativa do país.

“Sou parte de uma reflexão coletiva dos dirigentes e militantes do PAIGC sobre o futuro do nosso grande partido para os próximos anos e muito em breve farei um posicionamento claro e inequívoco sobre esse assunto. O PAIGC é um partido sério, com uma ideologia muito forte e um projeto de sociedade que visa proporcionar o desenvolvimento aos guineenses”, disse, defendendo que o partido precisa de um diálogo permanente que possa mobilizar as bases para que o PAIGC atinja os objetivos que vierem a ser definidos.

Vieira fez duras críticas sobre a forma como o país está a ser governado neste momento, tendo afirmado que está-se perante uma “catástrofe de governação” que vai levar este país à ruína total, porque “cada dia que passa os guineenses reconhecem que viver já não faz nenhum sentido no nosso país. Os protagonistas políticos que estão no poder estão num concurso de quem consegue destruir mais rápido este país!”

O Democrata (OD): João Bernardo Vieira candidata-se à liderança do PAIGC no próximo congresso que se realiza no mês de fevereiro. Fala-nos da sua motivação e linhas mestras da sua candidatura.

João Bernardo Vieira (JBV): Estando a dois meses do Xº Congresso é natural que qualquer militante ou dirigente que se sinta preparado e que preencha os requisitos previstos nos estatutos se apresente como candidato à liderança do partido. Se eu sou candidato ou não, os militantes e dirigentes do PAIGC devem ser os primeiros a serem informados na medida em que considero que não deve ser necessariamente uma decisão individual, mas sim coletiva.

A verdade é que sou parte de uma reflexão coletiva dos dirigentes e militantes do PAIGC sobre o futuro do nosso grande partido para os próximos anos e muito em breve farei um posicionamento claro e inequívoco sobre esse assunto. O PAIGC é um partido sério, com uma ideologia muito forte e um projeto de sociedade que visa proporcionar o desenvolvimento aos guineenses.

É meu entendimento que, qualquer subscritor de uma moção de estratégia ao congresso, deverá trabalhar mais afincadamente para um PAIGC unido e para todos e desse modo federar os militantes e dirigentes em torno de uma visão que possa catapultar o partido para os lugares mais cimeiros deste país.

OD: Não tendo uma posição clara se vai ou não candidatar-se à liderança do partido, ainda pensa apoiar a candidatura de Domingos Simões Pereira para um terceiro mandato no partido?

JBV: Permita-me em primeiro lugar dizer-lhe uma nota pessoal sobre isso. Eu tenho uma grande estima e consideração pelo presidente do partido, Eng. Domingos Simões Pereira. Devo dizer que cresci politicamente ao lado do Eng. Domingos Simões Pereira e jamais me esquecerei disso… Ele é meu irmão ontem, hoje e será sempre o meu irmão mais velho.

A mesma motivação que me levou a participar na fundação de um projeto político que ele liderou há sensivelmente dez anos. A mesma motivação é que me leva a afirmar que um terceiro mandato não será benéfico para o partido e muito menos para Domingos Simões Pereira. Penso que o nosso presidente deve ser preservado para outros desafios…

OD: Quais são estes desafios que, doravante, o Eng. Domingos Simões Pereira deve encarar ?  

JBV: Caberá ao partido determinar esses desafios. Temos outras metas a atingir. Temos ainda os próximos embates eleitorais e mediante isso o partido determinará como fazer.

OD Qual é a sua opinião sobre a situação interna no PAIGC. Que avaliação faz da liderança de Domingos Simões Pereira?

JBV: Como eu disse, tenho uma grande admiração por ele. Penso que tendo a possibilidade ou não de vir ser candidato, devo dizer que os problemas que o PAIGC tem vivido não são diferentes daqueles que os outros partidos vivem. Mas a verdade é que quando acontece com o PAIGC, ganha proporções maiores por se tratar do maior partido político na Guiné-Bissau e um dos maiores da África.

É normal que um partido com a dimensão do PAIGC conheça muitas vicissitudes, contudo entendo que é obrigação de qualquer chefe de fila trabalhar para promover permanentemente o diálogo entre todos os seus militantes no estreito respeito e cumprimento das regras do próprio partido.    

OD: De 2015 a esta parte o PAIGC tem vivido crises internas. Em caso de vitória, como pensa fazer a reconciliação interna no PAIGC?

JBV: Penso que é fundamental promover o diálogo entre as partes. O partido precisa de um diálogo permanente que possa mobilizar as bases para que o PAIGC atinja os objetivos que venha definir.  

OD: Há quem diga que o fracasso do partido nas eleições legislativas e presidenciais deveu-se à falta de empenho e dedicação dos dirigentes do PAIGC. Qual é a sua opinião? E o que deve ser feito para transformar o partido numa estrutura de massa como outrora era considerado?

JBV: É normal que se façam interpretações diversas sobre os resultados que o partido teve nos últimos embates eleitorais, mas também é preciso mencionar que o PAIGC nunca deixou de ser um partido de massas, a prova disso é que o partido foi vencedor das últimas eleições legislativas e continua a ser o partido com maior expressão popular na Guiné-Bissau.

OD: O partido caiu muito nos últimos tempos em termos de resultados nas eleições legislativas. Com a liderança de Domingos Simões Pereira, o partido saiu de 67 mandatos para 57 e depois desceu para 47. Que comentário oferece-lhe fazer sobre este assunto?

JBV: Isso é uma realidade política e o PAIGC até agora tem estado a trabalhar para encontrar respostas relativamente à esta situação. Mas temos que admitir que é o resultado das opções que nós fizemos. É o resultado das opções que o partido fez, portanto temos que aceitar as consequências das nossas ações. 

OD: O partido não teme que a existência dos partidos como MADEM e PTG, criado recentemente, possa criar dificuldades ao PAIGC e levá-lo a perder mais deputados nas próximas eleições?

JBV: Acredito que o PAIGC depende única e simplesmente de si. Depende como vamos encarar os novos desafios, como vamos reorganizar o partido e sobretudo se as pessoas estão dispostas a rejuvenescer o partido. Penso que isso é extremamente importante para que continuemos a ser aquele partido que é a esperança e o farol do povo guineense.   

OD: Enquanto porta-voz do partido, não tem tido um papel de destaque neste segundo mandato de Domingos Simões Pereira. Como explica esse seu afastamento,  porque se remeteu ao silêncio?

JBV: Não houve afastamento nenhum. Houve sim crescimento. Penso que tenho estado ativo no parlamento a mandar corrente elétrica aos detentores do poder no país. Estou sempre disponível para quando for chamado pela comissão permanente do partido para defender as posições do partido e tecer considerações sobre a vida política e social do país. Portanto, não o interpreto como afastamento.

OD: Há quem diga que a sua relação com DSP não está boa. Tudo começou na indicação de dirigentes para a lista de deputados, onde ficou na terceira posição. Que comentário faz?

JBV: Eu, por princípio, não alimento especulações. Reconheço que cada um tem a liberdade de pensar da forma como bem entender! No entanto, devo dizer que estou na política e no PAIGC por convicção, não por este ou aquele cargo. Nós estamos para servir o partido e não para nos servirmos do partido.

Eu não faço parte daquelas pessoas que, quando não são opção da direção superior do partido, fazem uma tempestade num copo de água e arranjam trinta por uma linha. Nos últimos cinco anos não fui opção da direção superior do partido nos vários governos e nem fui cabeça de lista ao cargo de deputado, mas nunca ninguém me ouviu a reclamar.

Respeitei sempre a decisão da direção superior do partido. No entanto, penso que é importante realçar que no momento da conclusão da lista de deputados no Comité Central eu pronunciei-me, sim, nos órgãos do partido, e não foi debaixo de nenhuma mangueira. Alertei para os riscos de inelegibilidade que incorria o porta-voz do partido tendo em conta a posição difícil que ocupava na lista de candidatos a deputado.

Achei estranho que a pessoa que fala em nome do partido e de todos os militantes e dirigentes fosse relegada para uma posição de quase impossível eleição na lista, mesmo sabendo do contexto de promiscuidade entre a política e a justiça em que estávamos a viver colocando assim o porta-voz à mercê dos devaneios do detentor máximo da ação penal.

Toda gente sabia que o PAIGC, nos últimos anos, não elegeu mais do que um ou dois deputados no círculo nove. Ainda assim, trabalhei na região de Biombo de uma forma determinada tendo mobilizado todos os meios financeiros e humanos ao meu alcance.

OD: O que PAIGC os militantes do partido podem esperar nos próximos anos?

JBV: Penso que é importante que o PAIGC retome o seu devido lugar no cenário político nacional, ou seja, na Presidência da República, que continue na Presidência da Assembleia Nacional Popular e que reconquiste a chefia do Governo.

Para isso, esperamos um PAIGC rejuvenescido, com uma coesão interna reforçada, firmeza na defesa dos princípios democráticos e que valorize ainda mais o capital humano existente no seu seio. Não podemos continuar a usar as mesmas estratégias e esperar um resultado diferente. Temos que continuar a ser aquela esperança, aquele farol do povo guineense.

OD: PAIGC está atualmente na oposição. Que mecanismo pretende usar para levá-lo à vitória nas eleições legislativas para governar com tranquilidade até o fim do mandato?

JBV: A reconquista do poder depende única e simplesmente da nossa determinação e coesão interna no partido. Penso que é preciso ter coragem para rejuvenescer o partido, trazendo novos protagonistas com maior determinação e energia que lhes permita uma permanência mais assídua nas bases do partido.

A população precisa sentir o calor e a confiança que o PAIGC transmitiu outrora e que se foi desvanecendo. Por outro lado, há todo um trabalho que deve ser feito para se adotar um discurso político que se enquadre à realidade atual. Por fim, é necessário fazer alianças com outras forças políticas que defendem os princípios do estado de direito, da justiça e da democracia.

OD: Qual é a sua opinião sobre a atual situação política do país?

JBV: Estamos perante uma catástrofe de governação que vai levar este país à ruína total. Cada dia que passa, os guineenses reconhecem que viver já não faz qualquer sentido no nosso país. Os protagonistas políticos que estão no poder estão num concurso de quem consegue destruir mais rápido este país!

De repente dá impressão que este país está pior do que no início da abertura política. Muita gente perdeu a esperança de que um dia este país poderá ver o sonho de Amílcar Cabral realizar-se.

Temos que reconhecer que a Guiné-Bissau está a sangrar e todos nós temos a obrigação moral de estancar esta hemorragia.

Por: Assana Sambú

Foto: A.S

Embaló critica "muitos [que] não quiseram acompanhar" ações de mudança

Por LUSA  31/12/21

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló lamentou hoje, no discurso de fim do ano, que "muitos não quiseram acompanhar" a nova dinâmica por si empreendida "para a restauração da imagem" do país a nível internacional.

Sissoco Embaló enumerou uma série de ações que levou a cabo, "como já não se verificava há décadas", ao longo das quais, disse, "a Guiné-Bissau era desprezada".

Mas, considerou, apesar dos elogios de "insuspeitos observadores" internacionais, alguns guineenses não o acompanharam.

"Nem todos quiseram acompanhar a nova dinâmica de restauração da sua credibilidade", vincou o presidente, dando como exemplo duas polémicas com o primeiro-ministro e o parlamento, nomeadamente os casos de um avião Airbus A340 retido no aeroporto por ordens do Governo e um acordo de partilha do petróleo com o Senegal.

"Não ajudou em nada a imagem da Guiné-Bissau o caso do avião que se transformou num fiasco e, como se isso não bastasse, agarraram-se agora ao acordo de Gestão e de Exploração da Zona Conjunta com o Senegal, com o foco na chamada questão do petróleo", afirmou Embaló.

O Governo reteve no aeroporto de Bissau, desde outubro, um avião proveniente da Gâmbia, alegando suspeitas que mais tarde considerou inexistentes.

O acordo de partilha de petróleo, assinado por Umaro Sissoco Embaló e o seu homólogo senegalês, Macky Sal, e que foi revelado ao parlamento pelo primeiro-ministro, Nuno Nabiam, prevê uma repartição de uma futura descoberta e exploração do petróleo de 30% para a Guiné-Bissau e 70% para o Senegal.

O parlamento considerou que o presidente não tem competências para assinar acordos internacionais e por isso declarou como nulo e sem efeito o referido acordo, uma posição rejeitada pelo presidente guineense, que alegou que a Constituição lhe dá o direito de assinar acordos do género.

"A Guiné-Bissau ainda não perdeu e não perderá um barril do seu petróleo quando passar da fase de prospeção para exploração. Vamos acautelar todos os nossos legítimos interesses", observou Umaro Sissoco Embaló.

Para 2022, Embalo avisou os guineenses de que deverão estar preparados para as mudanças que se avizinham no país, prometeu um acompanhamento de perto dos problemas sociais e ainda propostas concretas para acabar com as greves na função pública e criação de postos de emprego.

Considerou que o ano de 2021 "foi difícil e de grandes desafios" também para a Guiné-Bissau, sobretudo com a pandemia da covid-19 que levou a perdas humanas, perturbações na atividade económica, mas mesmo assim frisou que o Governo tenha conseguido pagar os salários aos funcionários públicos e ainda tenha lançado projetos de construção de infraestruturas importantes.

Como resultado de "uma diplomacia ativa", Umaro Sissoco Embalo anunciou "uma vasta carteira" de ações para 2022, que disse ser ano de concórdia, de combate à corrupção e do tráfico de droga no país.

Veja Também:

Mensagem do final do ano do PR Umaro Sissoco Embaló @Radio Bantaba👇

Mensagem da Sua Excelência Senhor Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló aos guineenses e residentes na Guiné-Bissau alusiva ao final do Ano de 2021☝

Mensagem do ano novo do presidente do PAIGC Domingos Domingos Simões Pereira.👇

HOMEM DO ANO 2021-Umaro Sissoco Embalo Liderança que impulsionou a Guiné-Bissau para o cenário internacional👇

HOMME DE L’ANNÉE 2021-Umaro Sissoco Embalo Un Leadership Qui A Propulsé La Guinée Bissau Sur La Scène International

Par Afriquechos  décembre 30, 2021  

AFRIQUECHOS.COM- L’actuel Chef d’Etat Bissau-Guinéen le général de corps d’armée Umaro Sissoco Embaló est entrain de remettre son pays dans la carte géopolitique ouest-africaine et mondiale. Pour cela, ce quadragénaire qui étonne par son style cash et direct a entrepris des réformes en Guinée Bissau en proie à une instabilité chronique depuis son indépendance de 1975.

Samba Diop

L’actuel Président Bissau guinéen Umaro Sissoco Embaló se rêve d’un destin à la Amílcar Cabral, héros de l’indépendance Bissau guinéenne. Mais, il ne s’agit pas de libérer la Guinée Bissau du joug colonial mais de l’émanciper du carcan du trafic de drogue et de la pauvreté qui gangrène ce pays depuis son indépendance en 1975.  Depuis le début de son mandat en 27 février 2020, Umaru Sissoco Embaló entend faire bouger les choses dans cet État longtemps considéré comme l’épicentre du trafic de drogue en Afrique de l’Ouest. Le président Umaro Sissoco Embaló a lancé une série de réformes qui concernent divers secteurs ; agriculture, administration, finances et à renforcer la coopération avec ses pays voisins (Sénégal et Guinée) ainsi qu’avec d’autres partenaires étrangers notamment le Maroc, la France et la Chine. Néanmoins, le leader de la Madem G-15 n’entend pas se laisser marcher sur les pieds. Umaro Sissoco Embaló s’oppose aux autorités américaines qui lui réclament l’extradition Antonio Indjai : ancien chef de l’armée Bissau guinéenne. Le chef d’Etat Bissau guinéen se réfugie derrière la Constitution qui interdit l’extradition de ces concitoyens. « Si les Américains ont des preuves, qu’ils nous les donnent. Il sera alors jugé et mis en prison. Mais mettre à prix la tête de l’un de mes citoyens est un manque de respect. Il n’y a pas de petit État, il n’y a que des États », déclare l’ancien Premier ministre du président José Mario Vaz (2016 à 2018).  Cet officier supérieur de réserve qui a quitté l’armée en 1990 entend aussi mettre au pas l’armée bissau-guinéenne ainsi que les trafiquants de drogue qui depuis des décennies s’est signalée par sa désorganisation et sa prétention à renverser les pouvoirs civils. En effet, l’état-major des armées de la Guinée-Bissau a annoncé en octobre 2021 avoir identifié des militaires qui préparaient un coup d’Etat et pour renverser l’ordre constitutionnel dans ce petit pays d’Afrique de l’ouest. Une situation qui ne semble pas effrayer Umaro Sissoco Embaló. « Elle (ndlr : armée) est devenue républicaine. J’en suis le commandant suprême et le seul chef », indique -t-il.

Un style “cash” et direct sur le plan diplomatique

Ce spécialiste en relations internationales et des questions de défense étonne et détonne par ce style cash et direct qui lui a permis d’imposer comme un intermédiaire privilégié dans plusieurs grands dossiers ouest-africains. Aujourd’hui il a réussi à propulser la Guinée Bissau au-devant de la scène internationale faisant de ce pays désormais une puissance diplomatique. D’un caractère strict à terme autoritaire, le Chef d’État atypique n’a pas troqué son franc-parler afin de s’opposer « frontalement » aux présidents Alpha Condé et Alassane Ouattara qui par l’intermédiaire d’un « coup d’État constitutionnel » ont brigué un troisième mandat. Une situation qui a abouti à de vifs échanges contre ses collègues susmentionnés lors des différentes conférences de la CEDEAO. Un troisième mandat qui s’est terminé pour l’ancien homme fort de Guinée, sous les fracas des armes du Groupement des forces spéciales de l’armée guinéenne en octobre. Ce style cash lui a aussi valu des déboires avec ses opposants du Parti africain pour l’indépendance de la Guinée et du Cap-Vert (PAIGC) qui l’accuse d’autoritarisme. », a-t-il affirmé dans un entretien à Jeune Afrique en octobre dernier. « Super Embaló » qui ne s’est jamais départi de son passé de militaire argue du fait que désormais les services de sécurité et de défense sont désormais sous contrôle de l’exécutif Bissau guinéen.

La guerre politique larvée contre le PAIGC

Toutefois cette méthode un peu directe et parfois brutale a ravivé les tensions avec les cadres du PAIGC (l’ancien parti unique) dès son arrivée au pouvoir. Les responsables du parti dénoncent les dérives autoritaires. Le Parti Africain pour l’Indépendance de la Guinée Bissau et au Cap-Vert (PAIGC) qui contrôle le parlement est en conflit ouvert avec Umaro Embaló depuis son investiture en février 2020. Par ailleurs, les cadres du PAIGC se sont opposés à la volonté du Président Embaló de renforcer ses prérogatives comme président de la République au sein d’un régime semi-présidentiel. Les craintes d’une crise politique entre Embaló et le PAIGC pouvant déboucher sur un énième coup d’État ont poussé la Cedeao à renforcer la présence des forces de mission de la Cedeao en Guinée-Bissau (Ecomib) chargé d’assurer la sécurité les chefs d’institutions et les édifices publics du pays.  Cette guerre s’est intensifiée ces dernières semaines avec le rejet par le Parlement bissau-guinéen le 15 décembre d’une résolution qui considère comme « nul et sans effets » l’accord entre le président Umaro Sissoco Embaló et son homologue sénégalais Macky Sall sur l’exploration pétrolière dans la zone maritime commune entre les deux pays. En outre, les membres de ce parti d’extraction marxiste indiquent le fait que ni le Premier ministre ni le Parlement bissau-guinéen n’en auraient été informés de cet accord. Ce rejet a suscité le courroux du spécialiste en relations internationales. Umaro Sissoco Embalo indique que ni la Constitution ni le règlement intérieur de l’Assemblée nationale ne prévoient que l’hémicycle puisse déclarer un accord de ce type nul et non avenu. Une déclaration qui fait craindre l’ouverture d’un nouveau front dans la guerre larvée qui oppose Embaló et les leaders du PAIGC