segunda-feira, 3 de março de 2025

Guiné-Bissau: Presidente guineense anuncia visita aos EUA para falar da Ucrânia... O chefe de Estado guineense diz que aguarda apenas pela "confirmação da data".

Por Lusa   03/03/2025

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que "brevemente" visitará os Estados Unidos da América para discutir a crise em torno da guerra da Ucrânia.

O anúncio foi feito à chegada a Bissau de um périplo de uma semana para uma visita de Estado à Rússia, com passagem pelo Azerbaijão, Hungria e França.

Sissoco Embaló disse que falou com Vladimir Putin sobre a situação da Ucrânia e da Rússia e anunciou que brevemente vai aos Estados Unidos com o mesmo fim.

O chefe de Estado guineense diz que aguarda apenas pela "confirmação da data".

"Estamos implicados na resolução da crise", indicou, defendendo que "qualquer pessoa, independentemente da sua localização geográfica, entende que a guerra não é solução".

Sissoco Embaló acredita que as partes "vão acabar por falar" e lembrou que, antes de viajar, teve "uma longa conversa telefónica com Zelensky", o presidente da Ucrânia.

Sobre esta viagem, o chefe de Estado indicou que o ministro dos Negócios Estrangeiros fará posteriormente um balanço, mas adiantou que a deslocação à Rússia foi "uma visita muito histórica".

Segundo disse, a Rússia aumentou a quota de formação, não só na área civil mas também na área militar e para equipamento militar à Guiné-Bissau.

"Nós não temos ameaças, mas isso não faz com que deixemos de estar armados", declarou, afirmando que "a Guiné-Bissau precisa renovar o seu armamento" e que "brevemente a Rússia vai enviar armamentos em termos de donativos".

A visita de Estado, a primeira de um Presidente da Guiné-Bissau à Rússia, serviu para "renovar as relações" entre os dois países, com um aumento das bolsas nas áreas de engenharia, nomeadamente para responder às empresas russas que fazem prospeção de petróleo e bauxite na Guiné-Bissau.

Na passagem pelo Azerbaijão, a convite do Presidente, Ilham Aliev, foi abordada a formação de 150 a 200 quadros guineenses naquele país, nas áreas do petróleo e agronomia, assim como da segurança.

O Azerbaijão vai enviar técnicos à Guiné-Bissau para prospeção de recursos mineiros.

Na Hungria, Sissoco Embaló encontrou-se com o homólogo Viktor Orbán, com quem assinou um acordo de cooperação para consultas diplomáticas e recebeu a oferta de bolsas de estudos para guineenses.

O Presidente guineense passou mais uma vez por França, onde disse ter passado em revista com o Presidente Macron a situação da África, no Congo e Ruanda.

"Estamos à procura de uma solução. Convidei os dois a irem à França", disse.

Sissoco Embaló adiantou ainda que a partir desta terça-feira começam a chegar a Bissau técnicos dos Emirados Árabes Unidos para tratar do alcatroamento de estradas, construção de hospitais de referência e aumento do número de cadeiras de hemodiálise, no Hospital Nacional Simão Mendes.


Leia Também: Embaló diz que Missão da CEDEAO "não voltará nunca mais" à Guiné-Bissau

A Ministra da Justiça, Maria do Céu Monteiro recebe a Representante Residente do PNUD e a Chefe de Escritório da UNODC no país.

@Radio Voz Do Povo

Guiné-Bissau: O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, confirmou hoje que mandou embora a Missão da CEDEAO e afirmou que esta "não voltará nunca mais ao país".

Por  Lusa   03/03/2025

Embaló diz que Missão da CEDEAO "não voltará nunca mais" à Guiné-Bissau

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, confirmou hoje que mandou embora a Missão da CEDEAO e afirmou que esta "não voltará nunca mais ao país".

Missão CEDEAO violou regras estabelecidas...@Radio Voz Do Povo

Uma delegação de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental esteve em Bissau de 21 a 28 de fevereiro a ouvir partidos políticos e organizações da sociedade para mediar o diálogo e propor uma saída para a crise.

A delegação deu conta num comunicado que, na madrugada de 01 de março, deixou Bissau sob ameaças de expulsão do presidenteda República, Umaro Sissoco Embaló.

"Eu é que corri (com a missão da CEDEAO) daqui. Sim fui eu", disse aos jornalistas à chegada ao aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, depois de uma viagem de uma semana, que o levou à Rússia, Azerbaijão, Hungria e França.

O chefe de Estado guineense entende que a delegação extravasou a missão para que estava incumbida.

O roteiro inicial da missão foi alvo de críticas da oposição por não incluir nas auscultações contestatários do regime, como a coligação API Cabas Garandi ou a comissão permanente da Assembleia Nacional Popular eleita e substituída depois da dissolução do parlamento em dezembro de 2023.

A missão acabou por chamar todas as partes e o presidentediz que não voltará à Guiné-Bissau "nunca mais".

"Não voltarão cá nunca mais", afirmou, acrescentando que não aceita que a missão chegue ao país e "comece a inventar".

"Este país tem regras. Não é uma república das bananas", continuou, afiançando "não vão ouvir nada", numa referência a eventuais sanções por parte da CEDEAO.

A missão teve como propósito ouvir os intervenientes locais para mediar uma solução para a crise em torno das eleições presidenciais e legislativas.

A Assembleia foi dissolvida há mais de um ano e o presidentecompletou cinco anos de mandato a 27 de fevereiro, mas entende que este só termina em setembro, data da decisão judicial sobre os resultados eleitorais das presidenciais de 2019.

A Missão da CEDEAO já estava em Bissau e o chefe de Estado anunciou que vai marcar eleições gerais para 30 de novembro, o que reiterou hoje para dizer que não será a missão a impor uma solução.

Sissoco Embaló vincou que as decisões da CEDEAO são tomadas ao nível dos chefes de Estado e que a missão não tem poder de decisão, nem pode "tomar decisão contra Umaro Sissoco Embaló".

"Falo com Putin, Mácron, estamos à procura de soluções para os problemas do mundo", disse.

Sissoco Embaló disse ainda que "nem Trump (presidentedos Estados Unidos da América) o pode obrigar a fazer um Governo de unidade nacional, que tem sido pedido pela oposição até à realização de eleições.

O chefe de Estado guineense virou-se depois para o primeiro-ministro do Governo de iniciativa presidencial, Rui Duarte Barros, que se encontrava ao lado dele, para lhe dizer que se prepare para organizar as eleições dia 30 (de novembro).

Sissoco Embaló adiantou que esta semana vai convocar todos os partidos políticos e que vai fazer o decreto para convocar as eleições gerais para 30 de novembro.

Embaló referiu-se ainda aos que o passaram a tratar por ex-presidentedepois de 27 de fevereiro, escusando-se a fazer comentários à coligação PAI-Terra Ranka, liderada pelo adversário Domingos Simões Pereira, que foi deposta do Governo com a dissolução da Assembleia.

"Não vou dizer isso em relação à PAI -Terra Ranka porque esses sempre falham na estratégia, mas a API (Cabas Garandi) não podia entrar nisso porque são pessoas do meu campo", declarou.

A API reúne a ala do MADEM-G15, partido fundado por Sissoco Embaló, desavinda com o Presidente.

O chefe de Estado acabou por referir-se a Domingos Simões Pereira, também presidentedo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmando que "sempre fez teatro".

"Sequestrou o parlamento durante quatro anos, assaltou a sede do Governo um mês, sequestrou o Supremo, sem que nada acontecesse. Eu não faço isso. Perdeu as eleições (presidenciais) e chamaram-me presidenteautoproclamado até se cansarem. Vão-me chamar mais isso (ex-Presidente)", afirmou.

O presidente guineense disse ainda que "há muita gente que nem vai às eleições, uns porque roubaram o dinheiro do Estado e vão pagar esse dinheiro, outros não pagaram impostos e vão ter de pagar".


Presidente da República regressa ao país após a visita de Estado à Rússia e, confirma ter ordenado a saída da Missão da CEDEAO por violação do roteiro acordado.

General Umaro Sissoco Embaló anunciou que ainda esta semana vai ouvir os partidos para fixação da data das eleições gerais a 30 Novembro que, serão organizadas por Rui Duarte Barros, Primeiro-ministro, afastando qualquer hipótese de formação do Governo de Unidade Nacional.

@Radio Voz Do Povo 

COMUNICADO DO GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU

 


Pentágono ordena pausa nas operações cibernéticas dos EUA contra a Rússia

Pete Hegseth (Olivier Hoslet/EPA)    Por  Agência Lusa

Pausa faz parte de um processo mais alargado de reavaliação das operações dos Estados Unidos contra a Rússia

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou uma pausa em todas as operações cibernéticas do país contra a Rússia, incluindo ações ofensivas, informaram este domingo vários meios de comunicação social norte-americanos.

A pausa faz parte de um processo mais alargado de reavaliação das operações dos Estados Unidos contra a Rússia e a sua duração não está claramente definida, segundo o New York Times, que desenvolveu uma notícia avançada no final da semana passada pelo The Record.

De acordo com esta publicação, que cita três fontes não identificadas, Hegseth ordenou na semana passada que o Comando Cibernético dos Estados Unidos suspendesse todo o planeamento contra a Rússia, incluindo ações digitais ofensivas.

Hegseth terá dado instruções ao chefe do Comando Cibernético, general Timothy Haugh, que depois informou o diretor de operações cessante da organização, major-general do Corpo de Fuzileiros Navais, Ryan Heritage, da nova orientação, de acordo com as mesmas fontes, que não se quiseram identificar.

As instruções de Hegseth não se aplicam à Agência de Segurança Nacional, que Haugh também lidera, ou às suas tarefas de inteligência de sinais visando a Rússia, segundo as mesmas fontes.

Ainda que o âmbito completo da diretiva de Hegseth permaneça obscuro, é mais uma evidência dos esforços do novo inquilino da Casa Branca para normalizar os laços com Moscovo, em contramão com o que os Estados Unidos e aliados internacionais fizeram nos últimos três anos para isolar o Kremlin, na sequência da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Contactado pela agência France-Presse (AFP), o Pentágono recusou-se a comentar, invocando a necessidade de preservar a segurança operacional, ainda que, à semelhança de outras operações clandestinas, as ações no domínio cibernético quase nunca são comentadas pelas autoridades.

“Para o secretário (Pete) Hegseth, não há prioridade maior do que a segurança dos combatentes em todas as operações, incluindo as cibernéticas”, disse um funcionário do Pentágono, citado pela AFP.

A alegada pausa surge numa altura em que Donald Trump lidera uma aproximação histórica a Moscovo, a pretexto da guerra na Ucrânia.

“Devíamos passar menos tempo a preocuparmo-nos com Putin e mais tempo a preocuparmo-nos com os gangues de violadores imigrantes, os chefes da droga, os assassinos e os doentes psiquiátricos que entram no nosso país, para não acabarmos como a Europa”, afirmou este domingo à noite Donald Trump na rede social Truth Social.

O conselheiro de segurança dos Estados Unidos, Mike Waltz, questionado na CNN, no domingo, sobre esta aproximação à Rússia, refutou a existência da pausa operacional cibernética.

“Isso não foi discutido”, disse. “Haverá todo o tipo de alavancas, desde cenouras a paus, para pôr fim a esta guerra”, acrescentou.


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Comunicado conjunto PAI - Terra Ranka e API - Cabas Garandi Bissau, 03.03.25


PAIGC 2023

Guiné-Bissau. Morreu um dos condenados no caso "Avião de Droga"

Por  Radio Capital FM

Morreu esta segunda-feira (03.03), no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), um dos condenados no caso da aeronave de droga apreendida em setembro do ano passado, em Bissau, com 2,6 toneladas de cocaína a abordo. 

Trata-se do cidadão brasileiro Marlos de Paula Balcaçar, cujos advogados alegavam sempre que estava doente, antes e durante o julgamento.

A informação foi confirmada, esta noite, à Capital FM, por uma fonte próxima do agora falecido.

"Foi internado, depois recebeu a alta, mais tarde reconduzido para o centro de detenções da Polícia Judiciária (PJ) em Bandim. Depois complicou-se o seu estado de saude e foi levado novamente ao Hospital Nacional Simão Mendes", explicou a fonte.

Em 6 de janeiro deste ano, Marlos e mais quatro tripulantes da aeronave foram condenados pelo coletivo de juízes do Tribunal Regional de Bissau, a 17 anos de prisão efetiva. 

O brasileiro não presenciou à leitura da sentença, por estar doente, apurou a CFM, na altura, no salão de julgamento do Tribunal Regional de Bissau.

Os condenados foram dois mexicanos, um colombiano, um cidadão do Equador e um brasileiro (já falecido) detidos, desde setembro de 2024, nas celas da Polícia Judiciária guineense.

A operação que ficou conhecida por "Landing" foi desencadeada em 7 de setembro de 2024, pela PJ guineense, que apreendeu uma aeronave, alegadamente proveniente da Venezuela, com 2,6 toneladas de cocaína, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.

Esta foi a maior apreensão de droga na história da Guiné-Bissau e contou com a colaboração dos parceiros internacionais da Polícia Judiciária, entre eles a DEA, Agência Norte-americana de combate à Droga.

Desfile Nacional de CARNAVAL 2025 na Guiné-Bissau

Radio TV Bantaba