terça-feira, 5 de novembro de 2024

Ucrânia. Grande parte dos 10 mil norte-coreanos na Rússia estão na frente

© Getty Images   Por Lusa    05/11/24 

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul disse hoje que "um número considerável" dos cerca de 10 mil soldados norte-coreanos enviados para a Rússia já se encontram em zonas da frente de batalha.

"Mais de 10 mil soldados norte-coreanos estão atualmente na Rússia e sabemos que um número considerável foi destacado para as zonas da frente de batalha, incluindo Kursk [oeste]" afirmou o porta-voz do Ministério sul-coreano Jeon Ha-kyou, em declarações divulgadas pela agência de notícias Yonhap.

Jeon disse não ter informações sobre a atividade das tropas norte-coreanas, mas referiu que Seul está a acompanhar de perto a situação na Ucrânia.

A reação de Seul surgiu depois de o Departamento de Estado norte-americano ter afirmado, na segunda-feira, que cerca de 10 mil soldados norte-coreanos já se encontram na região de Kursk e vão poder entrar em combate "nos próximos dias".

Na sexta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Ucrânia detetou todos os locais onde a Rússia está a concentrar soldados norte-coreanos e poderá realizar ataques preventivos mediante a autorização dos aliados ocidentais.

Zelensky deixou um apelo aos parceiros de Kyiv para agirem em vez de "ficarem à espera" que os soldados norte-coreanos comecem a atacar o país.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, apelou na segunda-feira para a adoção de "medidas abrangentes" para responder à "cooperação militar ilegal" entre a Coreia do Norte e a Rússia.


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A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje para o aumento desde 2020 do número de pessoas com fome, para 733 milhões, por razões que vão do alastrar dos conflitos aos feitos da rutura climática.

© Reuters      Por Lusa   05/11/24 

 ONU alerta para necessidade de vontade política para acabar com fome

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje para o aumento desde 2020 do número de pessoas com fome, para 733 milhões, por razões que vão do alastrar dos conflitos aos feitos da rutura climática.

"Um mundo sem fome é possível e está ao alcance. Temos a tecnologia e o conhecimento para derrotar a fome, mas precisamos de vontade política e dos investimentos necessários", disse o diretor-geral da agência da ONU para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI, na sigla em Inglês), Gerd Müller, em comunicado.

A capital da Etiópía acolhe entre terça e quinta-feira, a Conferência Mundo Sem Fome, onde esta agência da ONU e a dedicada à agricultura e alimentação (FAO, na sigla em Inglês) vão apresentar um estudo intitulado 'É possível acabar com a fome'.

No comunicado, Muller adiantou que "o novo estudo ONUDI-FAO apresenta uma solução duradoura para a crise de fome, em particular face ao crescimento demográfico", considerado ser "crucial que se realizem investimentos estratégicos de longo prazo, sem demora".

"Hoje, custaria 540 mil milhões de dólares adicionais acabar com a fome até 2030, em grande parte através de programas de proteção social. Em 2020, calculava-se que seriam necessários 330 mil milhões de dólares para tal", detalhou a ONUDI.

Este agravamento, segundo o estudo, deve-se a fatores como a elevada dependência das importações de alimentos, o que torna os países mais suscetíveis a variações dos preços mundiais.

Os eventos climáticos extremos e a rutura climática afetaram a produção e disponibilidade dos alimentos, o que agravou a crise alimentar nas regiões que sofreram secas ou inundações.

A solução que o organismo coloca para terminar com o problema da fome é a combinação do aumento da produção de alimentos e garantir os meios económicos para que a população compre comida, o que permite redistribuir a produção e o consumo para onde mais se necessita.

Para atingir este objetivo, segundo o organismo, é necessário investir em produtividade agrícola através da investigação, bem como na mecanização das explorações e a adoção de tecnologias de informação e comunicação.

Também "continua a existir uma importante necessidade de investimento para construir e manter infraestruturas de risco, eletricidade, estradas rurais e armazenamento para reduzir as perdas posteriores à colheita", ainda segundo a ONUDI.

A proporção da população mundial que sofre fome tinha diminuído quase 50% desde 1990lm quando afetava mais de mil milhões de pessoas.

Sem embargo, os números aumentaram drasticamente desde 2020 devido ao aumento dos conflitos em todo o mundo, eventos meteorológicos extremos e às interrupções das cadeias logísticas.

"Sudão está à beira da pior fome em quatro décadas, enquanto a rutura climática provocou graves secas no Corno de África e eventos meteorológicos extremos que afetam o rendimento dos cultivos no sul da Ásia", exemplificou a ONUDI.

O economista-chefe da FAO, Máximo Torero, avisou que "o custo da inação aumenta todos os dias e afeta não apenas as finanças, mas também a vida das pessoas".

Alertou ainda que "tem de se atuar com urgência e coordenar e priorizar os investimentos para acelerar a transformação do sistema agroalimentar".



Americanos também elegem hoje o Congresso

Sede do Congresso dos Estados Unidos   Por  VOA Português

Em jogo os 435 lugares da Câmara dos Representantes e 34 dos 100 lugares do Senado

Washington — Costuma dizer-se que na política americana ”o Presidente põe e o congresso dispõe” e por isso nas eleições desta terça-feira, 5 de novembro, com as atenções viradas para o duelo presidencial Trump/Harris, seja importante também verificar o que se vai passar nas eleições legislativas.

Todo o poder legislativo passa pelo Congresso americano embora o Presidente possa, muitas vezes, contornar essa realidade através de decretos - conhecidos como ordens executivas - que podem, no entanto, ser mais tarde anulados pelo próprio Congresso.

É muito normal na cena política americana ter-se um Presidente de um partido e o congresso controlado por outro partido, o que, em teoria)l, força as duas partes a compromissos.

Pode acontecer também a divisão do próprio congresso com os dois partidos a controlaram uma das duas câmaras do órgão legislativo.

Câmara dos Representantes

Neste momento, a Câmara dos Representante, de 435 lugares, é controlada pelos republicanos com 220 membros contra 212 dos democratas e outros três vazios..

Todos os lugares na Câmara dos Representantes estão em jogo nestas eleições em que os deputados têm mandatos de apenas dois anos.

São necessários 218 lugares para um partido conseguir a maioria e as sondagens indicam, tal como nas Presidenciais, uma luta renhida de dificil previsão

Senado

O Senado tem 100 membros e atualmente os Democratas controlam 47 lugares e tem o apoio de quatro independentes, contra 49 dos reepublicanos.

Ao contrário do que acontece na Câmara dos Representates,os senadores têm mandatos de seis anos e as eleições dos mesmos não se dão no mesmo ano.

Este ano, por exemplo, estão em jogo 34 lugares e desses 19 pertencem aos democratas e quatro aos independentes que geralmente votam com os democratas.

Esta situação coloca os democratas numa desvantagem eleitoral no Senado porque há mais lugares deles em jogo.

Dos 49 republicanos no Senado apenas 11 cadeiras vão a voto.

A salientar que em caso de empate no Senado. o vice-presidente é quem dá o voto de desempate.

Governadores

Nestas eleições, estão também em jogo os postos de governador em 11 dos 50 Estados.

Os governadores têm o poder de formar os Governos nos seus respetivos Estados que, ao abrigo do sistema federal americano, gozam de poderes em diversas áreas de governação.

Neste momento, os republicanos governam 27 dos 50 Estados contra 23 dos democratas.


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Lesme Mutna Monteiro presidente do Partido Luz em conferência de imprensa

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 Radio Voz Do Povo