11 de fevereiro de 2014

Futuro da Guiné-Bissau passa por "reforma profunda" do setor da segurança, defende analista

Paulo Gorjão, investigador, salienta que novo presidente do PAIGC, Domingos Pereira, é uma "figura credível", mas defende que o país e a comunidade internacional devem criar condições para a candidatura de Gomes Júnior. 

Governo pede a assessores da venda da TAP que reavaliem dispersão em bolsa

Presidente da TAP defende que “talvez não seja o melhor momento para a privatização ocorrer
O Governo pediu aos assessores que estão a apoiar o Estado na privatização da TAP para reavaliarem o cenário de aumento de capital da transportadora aérea através da dispersão em bolsa. Apesar de o modelo não ser consensual, o executivo quer testar todos as possibilidades antes de tomar uma decisão definitiva sobre a venda da companhia. O pedido foi feito em Janeiro, ao mesmo tempo que foi solicitada uma actualização financeira do valor da empresa, com base nos resultados de 2013.

PS quer ouvir Rui Machete sobre incidente dos passageiros ilegais vindos da Guiné-Bissau

O ministroé ouvido à porta fechada sobre incidente com Guiné Bissau
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, vai ser ouvido na terça-feira no Parlamento, a pedido do PS, sobre as diligências realizadas pelo Governo português após o embarque forçado de 74 passageiros ilegais num avião da TAP na Guiné-Bissau.

O incidente, ocorrido há dois meses em Bissau, levou à suspensão das ligações aéreas entre Lisboa e Bissau pela TAP e foi fortemente criticado pelas autoridades portuguesas, desde logo pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que o classificou como "muito próximo dos actos de terrorismo".

A audição do governante, que decorre na comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas à porta fechada, foi pedida pelos deputados socialistas, que pedem esclarecimentos sobre "as diligências feitas e eventuais posteriores iniciativas que venham a ser tomadas".

"A permeabilidade da fronteira guineense é claramente um motivo de preocupação para Portugal e para a União Europeia. A suspensão dos únicos voos que ligavam a Guiné-Bissau ao continente europeu é por si só também motivo de preocupação", afirma o requerimento, subscrito pelo deputado do PS Paulo Pisco.

Rui Machete afirmou recentemente que o Governo português fará "alguns esforços" para que sejam retomadas as ligações aéreas com a Guiné-Bissau, interrompidas em Dezembro, "em prol" dos guineenses e dos portugueses.

"Não esqueço que os recentes incidentes que aconteceram em Bissau têm também de ser superados e faremos alguns esforços (...) para encontrar as vias para que se restabeleça também aí a normalidade, que é muito desejada", disse o ministro, durante uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.

No entanto, é necessário ultrapassar "algumas situações jurídicas -- derivadas da situação de o Governo [da Guiné-Bissau] ser um governo 'de facto' - em prol sobretudo dos guineenses e do povo português, se possível", disse o ministro, aludindo ao embarque forçado de 74 passageiros, alegadamente de nacionalidade síria, com passaportes falsos, em Bissau, num voo da TAP com destino a Lisboa, no dia 10 de Dezembro passado.

Dois meses após o incidente, ainda ninguém foi responsabilizado na Guiné-Bissau, apesar de um inquérito ter concluído que o ministro do Interior, Suka Ntchama, deu a ordem de embarque forçado.

Apesar de Suka Ntchama ter colocado o lugar à disposição, contínua em funções, com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, a referir que cabe ao Ministério Público apurar todas as responsabilidades criminais.

Depois da sessão à porta fechada, Rui Machete será ouvido também na terça-feira à tarde pela comissão de Negócios Estrangeiros, "para debater a política geral do ministério e outros assuntos de actualidade", segundo informação disponibilizada na página da internet do Parlamento.
LUSA 10/02/2014