quinta-feira, 8 de junho de 2023

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - Estudo: IA pode interpretar relatórios médicos e antecipar risco de morte

© Shutterstock

POR LUSA    08/06/23 

A Inteligência Artificial (IA) já provou que pode ser útil para analisar imagiologia médica, mas precisa agora de ter a capacidade de ler relatórios elaborados por médicos e antecipar com precisão os riscos de morte, refere um estudo.

Uma nova ferramenta baseada em IA pode, no futuro, ter capacidade de ler os relatórios elaborados pelos médicos e antecipar com precisão os riscos de morte, a readmissão hospitalar e outras possíveis complicações.

Criado por uma equipa da Faculdade de Medicina de Langone, em Nova Iorque, o 'software' já se encontra a ser testado em vários hospitais parceiros da universidade, com o objetivo de torná-lo uma prática comum entre a comunidade médica no futuro.

Um estudo sobre o seu possível interesse para esta área foi publicado na quarta-feira na revista científica Nature, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O seu principal autor, Eric Oermann, neurocirurgião e engenheiro informático, explicou que, embora os modelos preditivos não baseados em IA já existam há algum tempo, estes são pouco utilizados na prática, porque exigem um grande volume de dados, trabalho na inserção de dados e formatação.

Mas há "uma coisa que é comum à medicina em todos os lugares, é que os médicos anotam o que veem e o que falam com os pacientes", realçou em entrevista à AFP.

"Portanto, a nossa ideia básica era saber se poderíamos partir de notas médicas como fonte de dados e construir modelos preditivos a partir delas", destacou.

O modelo preditivo -- NYUTron -- foi formado a partir de milhões de observações médicas dos registos de 387.000 pacientes tratados entre janeiro de 2011 e maio de 2020 em hospitais ligados à Universidade de Nova Iorque.

Estas observações incluem os relatórios escritos dos médicos, as anotações sobre a evolução do estado do paciente, as radiografias e as imagens médicas, ou mesmo as recomendações dadas aos pacientes na alta hospitalar, formando um conjunto de 4.100 milhões de palavras.

Um dos principais desafios do 'software' foi conseguir interpretar a linguagem utilizada pelos médicos, que varia muito entre os profissionais, principalmente nas abreviaturas utilizadas.

Os investigadores também testaram a ferramenta em condições reais, em particular treinando-a para analisar relatórios de um hospital em Manhattan e depois comparando os resultados com os de um hospital no Brooklyn, com diferentes pacientes.

Observando o que aconteceu com os pacientes, os cientistas conseguiram medir o número de vezes que as previsões do 'software' se mostraram corretas.

Como conclusão perturbadora, o 'software' NYUTron identificou 95% dos pacientes que morreram em hospitais parceiros antes de receberem alta e 80% daqueles que foram readmitidos menos de um mês após a alta.

Estes resultados superaram as previsões da maioria dos médicos, assim como os modelos de computador não baseados em IA atualmente em utilização.

Mas, para surpresa de todos, um médico muito experiente, muito respeitado na comunidade médica, deu previsões "ainda melhores do que as do 'software'", acrescentou ainda Eric Oermann.

O 'software' também previu com sucesso 79% do tempo de permanência dos pacientes no hospital, 87% dos casos em que os pacientes tiveram o reembolso negado pelo seguro e 89% dos casos em que o paciente sofria de patologias adicionais.

A Inteligência Artificial nunca substituirá a relação médico-paciente, mas pode permitir "dar mais informação (...) aos médicos para que possam tomar decisões informadas", concluiu.


GUINÉ-BISSAU: Maioria da PAI - Terra Ranka permite governar sozinha, diz Sissoco Embaló

© Lusa

POR LUSA    08/06/23 

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que a maioria obtida nas legislativas de domingo pela Plataforma Aliança Inclusiva -- Terra Ranka permite que governe sozinha e que os partidos sancionados devem fazer oposição.

"Vamos deixar a PAI - Terra Ranka provar ao povo o programa que o povo escolheu e eu sou o maior aliado que podiam ter. Etodos os partidos sancionados pelo povo têm de saber fazer oposição. Não tem de haver nenhuma aliança. O PAIGC, a sua aliança é a Guiné-Bissau e eu estarei aqui para facilitar", disse Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas na Presidência, durante uma mensagem à Nação, após conhecidos os resultados das legislativas de domingo, que a coligação PAI -- Terra Ranka venceu com maioria, obtendo 54 dos 102 deputados do parlamento.

"O povo da Guiné deve saber uma coisa, a maior estabilidade é a estabilidade daqueles que ganham. Têm a maioria absoluta não precisam de fazer alianças, porque senão compram problemas no seu próprio campo", afirmou o chefe de Estado.

"Não estamos num Governo de unidade nacional, estamos num Governo de legislatura", salientou Umaro Sissoco Embaló.

Segundo o chefe de Estado, a PAI- Terra Ranka com a "sua maioria deve mostrar ao povo da Guiné-Bissau e ao povo que o escolheu do que é capaz".

"Se por erro de avaliação forem buscar o Madem ou o PRS ou o PTG vão arranjar problemas no seu campo, nem vale a pena irem ao vidente, para saberem que vão ter problemas", disse.

Umaro Sissoco Embaló pediu também um parlamento "sólido" e com "responsabilidade", garantindo aos guineenses que esta vai ser uma "nova experiência".

"Se as pessoas pensam que vou servir de cortina ao braço armado para lutar com o Governo não contem comigo, têm de aprender a esperar quatro anos", disse, salientando que o PAIGC esperou três anos na oposição.

Na mensagem à Nação, o presidente guineense agradeceu às missões de observação internacional que estiveram presentes no país pelo seu "interesse" e "dedicação", contribuindo para "reforçar a credibilidade do processo eleitoral e da própria democracia guineense".

Umaro Sissoco Embaló agradeceu também aos países amigos e organizações internacionais pelo apoio dado ao Governo para fazer eleições "livres, justas e transparentes um momento de unidade nacional e de consolidação do Estado de Direito Democrático".

A Comissão Nacional de Eleições divulgou hoje os resultados das eleições legislativas do passado domingo que deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka com 54 dos 102 deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.

Os resultados provisórios indicam também que o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15) obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019 e o líder do partido, Braima Camará, já felicitou o vencedor, manifestando-se pronto para colaborar e ajudar a arranjar soluções de estabilidade política para o país.

O Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às legislativas de 2019, quando obteve 21 assentos, e o líder da formação política, Fernando Dias, disse que respeita a vontade do povo e a mensagem de "repreensão pela companhia em que se encontrava", referindo-se ao facto de ter integrado o anterior Governo.

O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, e liderado por Botche Candé, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

O grande derrotado das eleições legislativas é a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, que obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.


Leia Também: Presidente admite Simões Pereira como primeiro-ministro da Guiné-Bissau

DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA APÓS A PROCLAMAÇÃO PELA CNE DOS RESULTADOS PROVISÓRIOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

Caros Compatriotas,

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) acaba de divulgar os resultados das eleições legislativas realizadas no passado domingo dia 4 de junho. Mais uma vez, os guineenses foram chamados a exercer o seu direito cívico de votar e, assim, escolher livre e democraticamente seus representantes à Assembleia Nacional Popular – os Deputados da Nação.

Quero exprimir os nossos agradecimentos as missões de Observação Eleitoral da CEDEAO, da CPLP, da União Africana e da Organização Internacional da Francofonia pelo interesse e dedicação de que deram provas, contribuindo assim para reforçar a credibilidade deste processo eleitoral e da própria democracia guineense.

O nosso muito obrigado a todos os governos de países amigos e organizações internacionais, em particular a CEDEAO, UEMOA, EU, e o PNUD, que, por diversas formas, apoiaram o Governo da Guiné-Bissau para fazer destas eleições “livres, justas e transparentes”, mais do que a expressão da maturidade e civismo do povo guineense, o momento de unidade nacional e de consolidação do nosso Estado de Direito Democrático.

Não posso deixar de realçar o papel desempenhado pelo Movimento da Sociedade Civil que muito contribuiu para que as eleições se mantivessem dentro dos limites da ética política. O respeito mútuo entre adversários políticos e a salvaguarda, por todos, das regras de boa conduta no debate eleitoral foi sempre a minha preocupação.

Independentemente dos resultados eleitorais, e reconhecendo o mérito da formação política que venceu estas eleições, neste caso a coligação PAI-CE, temos de reconhecer que é a própria democracia guineense a grande vencedora.

Depois de proclamados os resultados definitivos, e cumpridas as formalidades legais, vai iniciar-se a Décima Primeira Legislatura. Da minha parte, respeitando os resultados eleitorais e nos termos da Constituição da República, nomearei e darei posse ao Primeiro-Ministro proposto pelo partido vencedor.

A todos os nossos compatriotas, no nosso país e na diáspora, as minhas felicitações pelo grande empenhamento que revelaram, provando assim, mais uma vez, o amor à nossa Pátria a vitalidade da Democracia na Guiné-Bissau.

Faço votos para que juntos continuemos a trabalhar em prol da paz e estabilidade, rumo ao desenvolvimento económico e social do nosso País e o Bem-Estar do nosso povo.

Viva a Democracia

Viva a Unidade Nacional

Viva a Guiné-Bissau

Radio Voz Do Povo  / Presidência da República da Guiné-Bissau


"A Guiné-Bissau ganhou", diz vencedor das legislativas

© Lusa

POR LUSA   08/06/23 

O líder da coligação PAI -- Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, vencedora com maioria absoluta as eleições legislativas de domingo, afirmou hoje que a "Guiné-Bissau ganhou" e pediu respeito por todos os que "contribuíram para produzir os resultados".

"A nossa mensagem vai ser muito curta e vai ser muito simples. Acabam de ser proclamados os resultados das eleições legislativas realizadas no dia 04 de junho e os resultados é de que a Guiné-Bissau ganhou", disse Domingos Simões Pereira.

"Como a Guiné-Bissau ganhou e como a plataforma PAI-Terra Ranka sempre prometeu, nós temos responsabilidades e celebramos sim, comemoramos sim, mas vamos respeitar todos os filhos da Guiné, que contribuíram para produzir esses resultados", pediu aos apoiantes o também líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Na sua curta declaração, Domingos Simões Pereira disse também que hoje começou a ser construída a "esperança num novo dia".

O líder da coligação remeteu para sexta-feira uma declaração, porque o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, vai falar à Nação às 16:00 locais (17:00 em Lisboa), e para sábado as celebrações da vitória.

Enquanto o líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka falava, milhares de apoiantes a celebrar a vitória entraram para a Praça dos Heróis Nacionais, onde está também situada a Presidência guineense, e que está há vários dias encerrada ao trânsito, rompendo os cordões policiais.

As forças policiais reforçaram a segurança junto à Presidência e os apoiantes respeitaram a área delimitada pela segurança.

Até aquele momento, os militantes apenas tinham acesso à porta lateral e às traseiras do edifício, que dão para Avenida Pansau Na Isna, onde está situado o Hospital Nacional Simão Mendes.

A Comissão Nacional de Eleições divulgou hoje os resultados das eleições legislativas do passado domingo que deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka com 54 dos 102 deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.

O Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às legislativas de 2019, quando obteve 21 assentos.

O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, e liderado por Botche Candé, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

O grande derrotado das eleições legislativas é a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, que obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.


ONU sem acesso a zonas controladas pela Rússia junto à barragem destruída

© Lusa

POR LUSA   08/06/23 

As Nações Unidas solicitaram, sem sucesso, o acesso às zonas inundadas pela destruição de uma barragem em Kherson, que se encontram sob controlo russo, anunciou a organização.

A coordenadora humanitária da ONU, Denise Brown, reuniu-se com o chefe da diplomacia ucraniana, Dimitri Kuleba, com quem analisou as possíveis respostas à "catástrofe" da barragem de Kakhovka, cuja destruição foi mutuamente atribuída pelas duas partes beligerantes.

Brown confirmou, em comunicado, que solicitou "repetidamente" garantias de acesso e segurança à margem esquerda, que está sob "controlo militar" da Rússia.

"Não recebemos esse acesso", disse, lamentando que, para já, não acredite estarem reunidas as condições para poder prestar assistência.

A ONU e outros parceiros humanitários já começaram a entregar água, alimentos e dinheiro às pessoas afetadas, "desde o primeiro dia", mas apenas na parte que permanece sob controlo ucraniano e apesar de quererem "chegar a todos os ucranianos necessitados de ambos os lados do rio Dnieper".

O governo ucraniano acusou também as autoridades russas, nos últimos dias, de abandonarem à sua sorte as populações que teoricamente dependem delas.

No total, dezenas de aldeias foram afetadas pela subida repentina do nível das águas na sequência do colapso parcial da barragem.


Presidente da CNE pede reforma da administração eleitoral na Guiné-Bissau

© Lusa

POR LUSA   08/06/23 

O presidente da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, o juiz M'Pabi Cabi, pediu hoje a reforma e modernização da administração eleitoral para permitir uma divulgação dos resultados eleitorais mais célere.

"As exigências e as celeridades processuais no tratamento das informações e dados eleitorais, com particular evidência, para fins de divulgação de resultados das eleições é uma etapa reforma e modernização da administração eleitoral", afirmou M'Pabi Cabi.

M'Pabi Cabi falava antes da divulgação dos resultados das legislativas de domingo, que a coligação da Plataforma da Aliança Inclusiva -- Terra Ranka, venceu hoje com maioria, ao conseguir eleger 54 dos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.

O presidente da Comissão Nacional de Eleições considerou também que aquela reforma requer "vontade política das autoridades públicas do país, mormente o Governo, para adoção de novas ferramentas tecnológicas e de informação e comunicação".

"A implementação dessas tecnologias de informação e comunicação permite num período recorde de menos de 24 horas, a transmissão de resultados das eleições, de forma eficiente e eficaz e sem grande agitação e inquietude na esfera sociedade guineense", sublinhou.

M'Pabi Cabi pediu também à sociedade guineenses para "não se deixarem manipular por interesses inconfessos", salientando que os funcionários da Comissão Nacional de Eleições "são pessoas de bem, responsáveis, íntegros, que já deram provas reiteradas da sua idoneidade e alto grau de profissionalismo".

O presidente da CNE destacou também o "brio profissional" das forças de segurança e a "forma isenta, imparcial e objetiva como os órgãos de comunicação social acompanharam o processo".

M'Pabi Cabi agradeceu à "população guineenses" pela forma como "brindou de forma cívica e ordeira" a "festa da democracia".


Leia Também: Coligação vence legislativas com maioria absoluta na Guiné-Bissau

Conferência de Imprensa MADEM G-15


Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

PRS aceita os resultados eleitorais proclamados pela CNE e, felicita a coligação PAI Terra Ranka pela vitória.

  Radio Voz Do Povo 

Ambiente no sede do PAIGC_CE apos a divulgação dos resultados eleitorais

Radio Voz Do Povo 

GUINÉ-BISSAU: Coligação vence legislativas com maioria absoluta na Guiné-Bissau

© Lusa

POR LUSA  08/06/23 

A coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka venceu as legislativas da Guiné-Bissau com maioria absoluta, obtendo 54 dos 102 deputados do parlamento, segundo os resultados provisórios anunciados hoje pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

A coligação PAI -- Terra Ranka é liderada por Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu sem maioria as legislativas de 2019 com 47 deputados, e inclui também a União para a Mudança, o Partido da Convergência Democrática, o Movimento Democrático Guineense e o Partido Social-Democrata.

Os resultados provisórios indicam também que o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), liderado por Braima Camará, obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019.

Em terceiro lugar ficou o Partido de Renovação Social (PRS) com 12 deputados, uma grande descida em relação ao resultados das últimas legislativas, quando obteve 21 assentos.

O Madem-G15 e o PRS faziam parte do Governo guineense desde 2020, depois de o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, ter demitido o primeiro-ministro Aristides Gomes, que liderava o executivo do PAIGC.

O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, e liderado por Botche Candé, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

Nas legislativas de 2019, Botche Candé foi eleito deputado pelo PRS e assumiu as pastas do Interior e da Agricultura no Governo, que agora cessa funções.

O grande derrotado das eleições legislativas é a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, que obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.

Quase 900.000 eleitores guineenses foram chamados às urnas no domingo para escolher os novos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular, de onde sairá a formação do próximo Governo, depois de o Presidente guineense ter dissolvido o parlamento em maio de 2022.

Durante a campanha eleitoral, Umaro Sissoco Embaló reiterou, em declarações à imprensa, que não nomeará Domingos Simões Pereira primeiro-ministro, nem o vice-presidente do PAIGC, Geraldo Martins.

A coligação PAI -- Terra Ranka reivindicou na terça-feira, em conferência de imprensa, a maioria absoluta nas legislativas de domingo, enquanto o PRS, numa outra conferência de imprensa, disse que todos os partidos políticos conheciam os resultados das legislativas.

O PRS afirmou também que esperava que a CNE se pronunciasse de acordo com a "vontade expressa pelo povo nas urnas".

O Madem-G15, igualmente em conferência de imprensa na terça-feira, lamentou as "especulações demagógicas sobre os resultados eleitorais" para "abrir brechas à tensão política" e pôr em causa o processo eleitoral.

As várias missões internacionais de observadores eleitorais que acompanham o processo eleitoral consideraram na terça-feira que as eleições de domingo decorreram de forma pacífica e ordeira e foram bastante participadas.


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, fará uma comunicação à Nação, hoje quinta-feira 8 de junho, às 16:00 horas.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Comissão Nacional das Eleições_CNE proclama resultados oficiais provisórios das legislativas de domingo. Cerca 700 mil pessoas votaram em 22 partidos e coligações de partidos para eleger 102 deputados para décima primeira legislatura.



 Radio Voz Do Povo 

FRANÇA: Várias crianças feridas em esfaqueamento em França. Suspeito foi detido... Incidente ocorreu em Annecy, nos Alpes franceses. Suspeito já foi detido.

© Getty Images

Notícias ao Minuto    08/06/23 

Um ataque a um parque infantil em Annecy (Haute-Savoie), França, na manhã desta quinta-feira, feriu várias crianças, avançam os meios locais, citando fontes policiais. Os relatórios iniciais davam conta de sete feridos, entre os quais seis crianças, falando o mais recente balanço das autoridades, citado pela AFP, em quatro crianças e um adulto feridos.

"Várias pessoas, incluindo crianças, foram feridas por um indivíduo armado com uma faca numa praça em Annecy. O indivíduo foi detido graças à intervenção muito rápida da polícia", escreveu o ministro da Administração Interna francês, Gérald Darmanin, no Twitter.

Há ainda, escreve a imprensa francesa, três crianças com "prognóstico reservado", sugerindo que o número de vítimas mortais poderá aumentar.

O ataque aconteceu às 9h45 desta quinta-feira (8h45 em Portugal continental). O suspeito, avançam os meios franceses, citando fontes policiais, será de nacionalidade síria e requerente de asilo.

O ataque está a gerar ondas de choque por todo o país, levando a Assembleia Nacional francesa a fazer um minuto de silêncio em homenagem às vítimas deste ataque. Segundo a agência AFP, a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, vai visitar o local do ataque.



Leia Também: Russos disparam contra equipas de salvamento em áreas inundadas após o colapso da barragem, acusa a Ucrânia

Papa Francisco passou bem a noite depois da operação

© Lusa

POR LUSA  08/06/23 

O Papa Francisco passou bem a noite, depois da operação a que se submeteu na quarta-feira, no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma hernia abdominal.

A operação decorreu sem complicações e o Papa terá de estar vários dias internado.

O Vaticano informou hoje que a noite "correu bem" e que será transmitido um novo boletim médico durante o dia, depois de o médico que o operou, Sergio Alfieri, ter informado que a operação correu bem, que Francisco estava acordado e que tinha, inclusive, feito várias piadas.

Também os médicos italianos informaram, a partir do hospital, que a noite foi "tranquila" para o Sumo Pontífice.


Leia Também: Após cirurgia, Papa "está bem, desperto, consciente e já disse uma piada"

Será possível evitar a morte natural no ser humano? “Em teoria, claro”. Como a ciência está a tentar que vivamos mais e melhores anos

Avós e netos (Getty Images)

Por Cnnportugal.iol.pt  08/06/23 

Ainda não parece real podermos passar para lá dos 120 anos, mas já se sabe que o ser humano consegue lá chegar. Falta perceber como

Uma árvore milenar, uma alforreca imortal ou uma tribo nos confins da Amazónia. Estas são três das vias em estudo para tentar fazer com que o ser humano consiga viver mais tempo, mas também mais tempo com qualidade. Nos últimos séculos a esperança média de vida quase triplicou, mas a ciência procura sempre novas formas de tentar estender a vida.

Esse é o dia a dia de Rui Diogo, um português que está nos Estados Unidos a estudar formas de vivermos mais e melhor, numa área a que gosta de chamar, por brincadeira, "biologia da morte". Em conversa com a CNN Portugal, o biólogo de formação conta que o seu objetivo é perceber “porque é que realmente se envelhece”, e qual o papel da biologia nesse processo.

“O próprio envelhecimento é quase uma extensão da reprodução”, refere, utilizando uma metáfora que incluiu no livro que está a escrever com outros autores. “Imaginemos que um avião vai de Lisboa a Washington D. C.. A viagem gasta mil litros de combustível, mas nunca se pode atestar com mil litros, porque pode haver algum problema. Então colocamos 1.100 ou 1.200 litros. O envelhecimento, no fundo, visto de uma maneira biológica, é como uma extensão da reprodução. Temos de ter o mínimo para que o animal se possa reproduzir, mas damos mais algum tempo, caso algo corra mal.”

“O interessante no ser humano, ou noutros animais como o elefante, é conseguirem expandir essa extensão, que é cada vez maior. Em vez de levar os 1.100 litros iniciais o avião já leva 1.300 litros ou mais”, acrescenta, sublinhando que se vão encontrando novas formas de esses “litros” serem úteis, como acontece com o papel dos avós.

O segredo escondido nas florestas e no mar

A Biologia Animal é uma das grandes esperanças dos investigadores. Há árvores que vivem mais de três mil anos, peixes que vivem mais de 200 anos e até uma alforreca imortal. Rui Diogo lembra que “comparar os humanos com os animais é uma coisa que não se fazia muito”, sobretudo num espectro tão alargado. “Estuda-se muito os ratos, como envelhecem, mas não é um animal que tenha um envelhecimento por aí além”, nota, explicando que há peixes, como o esturjão, que podem viver mais de 200 anos. “Há alguns peixes que praticamente só morrem por acidente, não morrem por envelhecimento”, acrescenta.

O mesmo se pode dizer das grandes sequoias, algumas delas existentes ainda antes de Cristo. E isso, diz Rui Diogo, significa que biologicamente é possível evitar a morte: “Claramente, consegue-se quebrar o envelhecimento. A pergunta de ‘se alguma vez o ser humano conseguirá quebrar?’… parece que a biologia conseguiu.”

A Turritopsis Dorhnii tem apenas 4,5 milímetros, mas é conhecida como a medusa imortal, uma vez que é capaz de se regenerar infinitamente, como que criando clones. Neste caso, a medusa não só não morre, como não envelhece, tal como as bactérias, que se conseguem dividir para subsistir. Então, será possível evitar a morte natural no ser humano? “Em teoria, claro”, afirma Rui Diogo, vincando que não é possível saber quando e quais os avanços que vão permitir que lá cheguemos (se chegarmos). Mas uma coisa o biólogo garante: “Por 2050, a medicina já nos vai conseguir dar mais uns anos de vida”.

“Assim, ao invés de se estudarem ratos, devemos estudar as medusas, perceber porque é que não envelhecem. É muito mais lógico ver os genes que a medusa tem e nós ou os ratos não temos”, reitera o biólogo.

Apresentação de uma alforreca imortal (Ian Gavan/Getty Images)

O oxigénio que nos mata

O objetivo dos investigadores é retardar ao máximo o envelhecimento, já havendo conhecimento do que o provoca: o oxigénio. Sim, o ar que respiramos é também o responsável pelo processo de envelhecimento. A explicação está na oxidação, o processo que desgasta as células do corpo. “No fundo, nós morremos porque envelhecemos, pela oxidação das células”, explica Rui Diogo, encontrando aí uma ironia: “O oxigénio que respiramos é, no fundo, aquilo que nos mata.”

“É o oxidar das células do corpo humano e dos animais em geral que vai matando, a pouco e pouco. É como o ferro. Quando temos uma bicicleta muito velha ela começa a oxidar com o passar do tempo. O paradoxo é que a bicicleta não precisa de oxigénio [para viver]”, vinca.

É por isso que a “moda” dos antioxidantes faz tanto sentido, ainda que não seja tão fácil assim retardar o processo de envelhecimento. “Comer uma romã ou beber um sumo de frutos vermelhos faz bem, mas não é assim tão fácil. Se fosse só mudar um gene a natureza provavelmente já o teria feito”, nota o investigador, falando num processo mais complexo que não dá para corrigir apenas pela aprendizagem do corpo.

Ainda assim, essa alteração genética pode ser o início do caminho. Rui Diogo destaca que já se consegue aumentar a vida dos ratos através dessa modificação. Nas moscas, por exemplo, consegue-se aumentar o tempo de vida em 500 vezes. “Para os seres humanos não está a conseguir ser fácil replicar minimamente isso”, lamenta.

A Amazónia a ensinar a viver

Não são apenas animais que se estudam para perceber como prolongar, em tempo e qualidade, o nosso tempo de vida. Que animal mais parecido connosco do que nós próprios? Desde há uns anos que os investigadores identificaram uma característica numa tribo que vive isolada no meio da floresta da Amazónia boliviana.

Em 2017 a revista The Lancet publicou um estudo em que concluía que os cérebros dos Tsimane envelhecem mais devagar do que os dos restantes humanos, nomeadamente os europeus e os norte-americanos. Essa é uma das áreas de maior investigação de Rui Diogo, a Medicina de Desenvolvimento Antropológico, que pretende comparar seres humanos do Ocidente com outros povos.

Uma imagem rara, mas cada vez mais comum: sequoias mortas após um incêndio devastador na Califórnia (Gary Kazanjian/AP)

“Esses seres humanos não vivem da mesma forma que nós. Vivem em florestas, como outros animais”, nota o investigador, que pede que se alarguem horizontes, uma vez que o conhecimento existente do envelhecimento se baseia nos países e nas populações mais desenvolvidas. E este alargamento traz duas conclusões: não só existem tribos que vivem mais e melhor que nós, como os ocidentais têm doenças e problemas que não existem noutros locais.

“O que pensávamos que era o envelhecimento natural do ser humano, já sabemos que não é. É só um tipo de envelhecimento que passa em sociedades industrializadas”, sublinha Rui Diogo, garantindo que problemas como doenças autoimunes não estão tão presentes em sociedades menos desenvolvidas. Mais do que um envelhecimento natural, o que existe é “o corpo a atacar-nos”.

Acaba por ser um equilíbrio difícil, admite o investigador, até porque o sistema imunitário tem de se habituar. Há muito mais Tsimane a morrerem em idade jovem, até aos 15 anos. Mas, quando lá chegam, a sua esperança média de vida com qualidade está bem acima da maioria dos países desenvolvidos.

“A existência de tantas doenças autoimunes é um desequilíbrio que parte da industrialização, de comer muito açúcar, muita carne. Os Tsimane são um povo não industrial, que tem hortas, mas que vive sobretudo na floresta”, explica Rui Diogo. A esperança média de vida deste povo até pode ser baixa, mas quem vive mais, vive muito e bem. E são as características dessas pessoas que importa estudar.

“Nos povos não industrializados as crianças morrem muito. Não há antibióticos, vacinas, então há muita mortalidade infantil. Mas também há outra coisa: quem não morre até aos 15 anos vive até aos 82 ou mais com uma vida quase sempre muito saudável. Isso bate quase todos os países industrializados”, diz o biólogo, que aponta nos Tsimane “muita longevidade e, sobretudo, muita qualidade de vida”.

Tribo Tsimane na Amazónia boliviana (Michael Gurven/AP)

Em Portugal, por exemplo, a esperança média de vida até é bem maior. Jovens morrerem até aos 15 anos é raríssimo, mas a qualidade de vida de quem caminha para os 80 é muito pior. “Um Tsimane vive mais e melhor do que um português”, reitera Rui Diogo. E isso por causa do estilo de vida: a obesidade, o tabaco, o álcool e muitos outros hábitos presentes no Ocidente não chegam à tribo boliviana na mesma dimensão.

E é um regresso ao princípio: não é tanto quanto se vive, mas como. Em Portugal até há mais gente a viver para lá dos 80 anos. Em conjunto com o Japão ou a Grécia, por exemplo, Portugal é dos países com mais centenários por mil habitantes. Rui Diogo destaca, no caso português, a importância da dieta mediterrânica. Já no caso japonês existe uma diferença entre Tóquio e outras grandes cidades e as zonas mais rurais. Ali, como em grande parte de Portugal, os alimentos chegam mais frescos, há muita socialização, etc.

E viver mais é viver quanto? Rui Diogo termina dizendo que, para já, não parece real podermos passar dos 120 anos, mesmo que essa seja uma idade quase inalcançável. “É bom primeiro percebermos como podemos chegar lá”, conclui.

Apenas uma pessoa atingiu essa idade, chegando mesmo aos 122 anos e 164 dias. Era a francesa Jeanne Calment, que nasceu em 1875 e morreu em 1997. Recentemente também houve estudos, como um citado pela Comissão Europeia, que admitiram que o ser humano pode mesmo chegar aos 150 anos. Para trás parece já estar um outro estudo, de 2017, em que a revista Nature dizia não ser expectável que um ser humano venha a viver para lá de 115 anos.

Jeanne Calment é a pessoa que mais tempo viveu na história. Morreu com 122 anos e 164 dias (Florian Launette/AP)

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa João Gorjão Clara diz à CNN Portugal que "o envelhecimento fisiológico é inevitável". Por agora existem apenas formas de o disfarçar: pinta-se o cabelo, fazem-se operações plásticas ou outros procedimentos.

"Eu posso disfarçar o meu envelhecimento biológico através da cosmética, mas impedir o envelhecimento, atrasá-lo, até agora, de uma maneira científica, não é possível", vinca, assinalando que continuam a decorrer testes com fármacos, como a metmorfina, para se perceber os efeitos que poderão ter no atrasar do envelhecimento.

Para o especialista o ponto fulcral será quando formos capazes de saber manipular os genes com que nascemos e que nos determinam a esperança média de vida. "Através do comportamento externo podemos fazer com que a nossa expressão genética de longevidade se manifeste em pleno. Por exemplo, se nascemos para viver até aos 80 anos, mas fumamos, bebemos em excesso e não fazemos exercício, não vamos permitir aos nossos genes, que marcavam uma esperança média de vida de 80 anos, que lá cheguem. O que eu penso é que um dia vai ser possível interferir nos genes que ordenam e comandam o envelhecimento, alterando o comportamento e dominando o determinismo que nos obriga inesperadamente a envelhecer e a morrer", exemplifica João Gorjão Clara, dizendo que "é aí que está a chave da longevidade".

"Por isso é que eu digo: será na interferência genética, quando conseguirmos interferir e dominar os genes que são responsáveis pelo nosso envelhecimento, que vamos conseguir viver muitos mais anos e, eventualmente, com muito mais qualidade e muito menos doenças", reforça.

O que podemos fazer para envelhecer bem

Independentemente do que possam vir a dizer os estudos e as investigações, a ciência já provou que há vários comportamentos que retardam o envelhecimento das células. E isso significa ter comportamentos adequados para o bem-estar físico e psicológico.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia afirma à CNN Portugal que as pessoas têm, atualmente, um maior conhecimento e mais preocupação com o que têm de fazer para retardar o envelhecimento e o agravar da sua saúde. Manuel Carrageta explica que “as pessoas vão ao médico não só para fazer a prevenção das doenças, mas também à procura de um envelhecimento saudável”.

Essa é, de resto, uma das atividades mais importantes da Geriatria, que pretende ajudar as pessoas no dia a dia, mas com olhos postos no futuro. “Os estudos feitos em animais e em células estão ainda em fase de investigação, ainda não têm aplicação clínica. Algumas delas serão o futuro, mas hoje temos, essencialmente, aspetos fundamentais de uma vida saudável”, refere o especialista.

João Gorjão Clara não tem dúvidas: "Há muito mais preocupação em relação ao envelhecimento do que há 50 anos. Nessa altura havia menos velhos e, portanto, também havia menos preocupação com o envelhecimento", conta, falando dos tempos em que era um "jovem interno num serviço de Medicina".

Já nessa altura o médico se interessava por Geriatria, área pela qual se tem batido durante toda a carreira, tendo mesmo fundado a Unidade Universitária de Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, no Hospital de Santa Maria, onde ainda ensina que "a grande preocupação dos geriatras não é prolongar a vida, mas que a qualidade de vida seja o melhor possível".

"O que nós queremos é que os velhos vivam, não o mais tempo possível, porque isso muitas vezes implicaria que tivessem de viver em muito más condições, mas que vivam em grande qualidade, sem sofrimento", reitera.

Isso passa por uma alimentação saudável, onde a dieta mediterrânica ajuda. Fazer exercício físico com regularidade também combate o sedentarismo e a obesidade. Manuel Carrageta destaca a marcha como a opção mais “acessível e ecológica”. Basta “meia hora a pé em passo rápido cinco dias por semana” para fazer a diferença. Em paralelo, há outro “aspeto importante”: o sono. “É fundamental, nós cada vez dormimos menos por causa das pressões que temos, a vida é mais intensa, mas o sono é fundamental. Costuma dizer-se que cada pessoa deve dormir sete a nove horas por dia, mas o importante é que a pessoa durma o suficiente para de manhã acordar refrescada e não andar com sono durante o dia”, acrescenta, ressalvando que não é tanto as horas que se dormem, mas a qualidade das horas dormidas. Por último, o geriatra destaca a importância de não fumar e não beber álcool em demasia, porque isso envelhece. “A pessoa que fuma regularmente tem mais sete ou oito anos que a sua idade biológica”, aponta Manuel Carrageta. Já em relação ao álcool, uma coisa é o consumo moderado, genericamente duas unidades de uma qualquer bebida por dia.

Mas a prevenção também se pode fazer noutros níveis. Controlar o colesterol, o peso e fazer um plano de vacinas adequado pode ser crucial. Manuel Carrageta sublinha este último aspeto, explicando que o sistema imunitário das pessoas mais velhas fica mais vulnerável a infeções. “O sistema imunitário fica cansado, envelhecido e pouco eficaz”, diz. E por isso é importante seguir um plano de vacinas, como contra a gripe ou a pneumonia.

Esperança de vida à nascença na Europa (Comissão Europeia)

A importância da mente (e um problema português)

Mas se falamos do envelhecimento do corpo, o envelhecimento da mente é tão ou mais importante. Está provado que há uma série de fatores psicológicos que podem prevenir ou adiar o desenvolvimento de doenças do foro neurológico, como a Alzheimer. Manuel Carrageta explica que as pessoas com graus de educação mais elevados tendem a viver mais. Quem tem o Ensino Superior chega mesmo a viver “mais quatro, cinco, seis ou sete anos” do que aqueles que têm apenas o ensino básico. Em paralelo está a socialização. Combater o isolamento e conviver com pessoas estimula a mente, prevenindo doenças neurológicas, mas também cancros, por exemplo.

“O nosso ADN diz-nos que temos de viver em grupo. Ao logo de centenas de milhares de anos foi assim. Quando um ser humano, um homo sapiens, ficava isolado, ou era morto por animais selvagens ou pela tribo do lado”, exemplifica o especialista.

João Gorjão Clara concorda: "A primeira coisa para se viver bem é nunca desprezar a parte intelectual. Só se pode ter qualidade de vida se se mantiver durante muito tempo, até ao fim, uma capacidade cognitiva o mais intacta possível." É que, como no resto do corpo, o cérebro também pode funcionar como um músculo. Precisa de ser exercitado e estimulado. "Não se pode pedir a uma pessoa que tenha memória quando não a exercita, quando não a usa. É uma máxima que ensinamos: se quer ter memória use-a, senão, perde-a", sublinha.

"A memória exercita-se como os músculos. Da mesma maneira que se não fizermos exercícios e estivermos sentados ou deitados perdemos massa muscular, se não utilizarmos a nossa cabeça, se não usarmos a memória, a atenção, a concentração, o raciocínio, vamos perdendo capacidades intelectuais", acrescenta.

Em Portugal a esperança média de vida aproxima-se dos valores mais altos da União Europeia, mas há uma realidade que Manuel Carrageta lamenta: “Temos muito pior qualidade de vida a partir de uma certa idade." Em suma, os portugueses vivem quase tanto como os franceses ou os alemães, mas vivem pior. E isso porque “temos um estilo de vida errado”, aponta o presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia, exemplificando com a ausência de exercício físico na sociedade portuguesa, quando comparada com outras.

“Não adianta muito estarmos a viver mais se esses anos não forem vividos com qualidade”, conclui.

A instante perante os seus militantes na sede nacional em Bissau, Botche Candé lembrou que é da exclusiva competência da CNE, anunciar os resultados eleitorais, de modo que, o seu partido nunca irá pronunciar sobre os mandatos obtidos.


© Rádio Jovem Bissau

GUERRA NA UCRÂNIA: Destruição de barragem. Evacuações decorrem "sob fogo" das forças russas

© Getty Images

Notícias ao Minuto   07/06/23 

Presidente da Ucrânia diz que a "situação na parte ocupada da região de Kherson é absolutamente catastrófica". 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou, esta quarta-feira, que as evacuações das aldeias atingidas pela destruição da barragem de Kakhovka estão a decorrer "sob fogo", com a "artilharia russa a disparar, aconteça o que acontecer".

Segundo referiu o presidente ucraniano, no seu habitual discurso diário à nação, já foram resgatadas mais de duas mil pessoas das regiões de Kherson e Mykolaiv, mas a "situação na parte ocupada da região de Kherson é absolutamente catastrófica". 

"Os ocupantes simplesmente abandonaram as pessoas nestas condições terríveis. Sem socorro, sem água, apenas nos telhados das aldeias inundadas. E este é outro crime deliberado da Rússia: depois de o Estado terrorista ter provocado uma catástrofe, também maximiza os danos dela resultantes", acusou Zelensky.

Face ao incidente, Zelensky - que anteriormente já se mostrou "chocado" com a falta de apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Cruz Vermelha" - pediu uma "resposta clara e rápida do mundo ao que está a acontecer".

"É mesmo impossível determinar com certeza quantas pessoas no território temporariamente ocupado da região de Kherson poderão morrer sem socorro, sem água potável, sem alimentos, sem cuidados médicos", acrescentou, sublinhando que as forças ucranianas "estão a salvar pessoas tanto quanto possível, apesar dos bombardeamentos".

"Mas são necessários esforços em grande escala. Precisamos que organizações internacionais, como o Comité Internacional da Cruz Vermelha, se juntem imediatamente à operação de salvamento e ajudem as pessoas na parte ocupada da região de Kherson", apelou.

A destruição da barragem, na terça-feira, desencadeou uma queda abrupta de torrentes de água no caudal do rio Dniepre, obrigando vários milhares de pessoas a abandonar as zonas inundadas e fazendo temer uma catástrofe ecológica.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase nove mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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Coreia do Sul usa Inteligência Artificial para pesar Kim Jong Un

© Reuters

Notícias ao Minuto   07/06/23 

Líder da Coreia do Norte terá mais de 140 kg. Peso e estado de saúde são considerados segredos de Estado no país.

As autoridades sul-coreanas usaram Inteligência Artificial (IA) para estimar o peso do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un.

"Parecia cansado, tinha olheiras durante a sua aparição pública de 16 de maio e pesava mais de 140 kg, de acordo com a análise da IA", disse aos jornalistas Yoo Sang-bum, membro do comité de Inteligência Parlamentar, após um encontro do Serviço Nacional de Inteligência.

A agência de espionagem da Coreia do Sul acredita por isso, segundo a Sky News, que o líder da Coreia do Norte sofre de um distúrbio "grave" do sono, de "insónias", e pode por isso cair num "ciclo vicioso" de dependência de álcool ou nicotina, ou mesmo de comida.

Apesar de revelar que usa Inteligência Artificial para ‘estudar’ Kim Jong Un, a Coreia do Sul mantém em segredo qual o software utilizado para isso.

Recorde-se que a saúde do líder da Coreia do Norte, assim como a idade – acredita-se que tenha 39 anos -, são considerados segredos de Estado. Kim Jong Un, líder hereditário de terceira geração, chegou ao poder depois do pai, Kim Jong II, ter morrido de ataque cardíaco em 2011.


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SENEGAL: 𝗠𝗮𝗰𝗸𝘆 𝗦𝗮𝗹𝗹 𝗿𝗲𝗻𝘂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗮𝗼 𝟯º 𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮𝘁𝗼, 𝗺𝗮𝘀 𝗶𝗺𝗽õ𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗻𝗱𝗶çã𝗼!

Por Rádio Jovem Bissau

Na noite de segunda-feira, o Presidente da República Macky Sall deslocou-se a Touba para se encontrar com o Khalif General dos Mourides, Serigne Mountakha Mbacké.

Segundo fontes do SeneNews, o Khalif não recebeu o chefe de Estado. Mas este último, a caminho de Touba, tinha um plano para se submeter ao guia religioso.

De acordo com o jornal The Witness, que evoca esta quarta-feira este suposto encontro entre Macky Sall e Serigne Mountakha, revela que o Chefe de Estado está pronto a renunciar ao 3.º mandato. No entanto, não será sem condições.

Com efeito, Macky Sall gostaria de ponderar esta decisão de renunciar ao 3º mandato durante o diálogo nacional e pedir em troca a extensão do seu atual mandato presidencial de dois anos até 2026.

Isto para lhe permitir recuperar a ordem no país e organizar eleições inclusivas, pacíficas e transparentes, informa o jornal. Isso levaria de fato ao adiamento das eleições presidenciais marcadas para 25 de fevereiro de 2024.

Se os membros do Diálogo Nacional aprovarem este adiamento, isso poderá permitir a validação de candidaturas de líderes da oposição como Khalifa Ababacar Sall, Karim Wade e Ousmane Sonko, todos atingidos pela inelegibilidade. Segundo ele, essas condições são essenciais para evitar que o país caia na violência desnecessária enquanto estamos em plena expansão na exploração de nossos recursos de petróleo e gás.

Fonte: sunubuzzsn.com