domingo, 9 de março de 2025

Após a cerimônia de quebra de jejum nas regiões de Bafatá e Gabú, no quadro do mês sagrado do Ramadã o ministro do Interior faz balanço

Radio Voz Do Povo

O apoio do Presidente da República aos fiéis muçulmanos para o mês sagrado de Ramadão chegou ao sul do país. O lider do PRS, o deputado da Nação Félix Nandungue é um dos portadores da mensagem do Chefe de Estado e, já entregou em Buba o açúcar destinado aos muçulmanos da região de Quinará, como forma de minimizar as dificuldades na procura deste importante produto neste período de jejum.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Radio Voz Do Povo

Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo recebeu esta manhã população de Bula norte de país.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Gaitu Baldé

A Ucrânia afirmou hoje que a Rússia lançou mais de 100 drones no sábado à noite sobre Kyiv e numerosas regiões ucranianas, enquanto os russos reclamaram ter tomado uma aldeia ucraniana numa ofensiva na região transfronteiriça de Kursk.

© Getty Images    Lusa  09/03/2025 
Rússia lança mais de 100 drones e reclama ter tomado aldeia ucraniana

A Ucrânia afirmou hoje que a Rússia lançou mais de 100 drones no sábado à noite sobre Kyiv e numerosas regiões ucranianas, enquanto os russos reclamaram ter tomado uma aldeia ucraniana numa ofensiva na região transfronteiriça de Kursk.

Esta vaga de ataques russos segue-se a ataques no leste e nordeste da Ucrânia na sexta-feira e no sábado, que mataram pelo menos 14 pessoas.

A força aérea ucraniana afirmou que a Rússia lançou 119 drones durante a noite.

Um dos ataques, com uma bomba planadora - um engenho sem orientação, mas com asas dobráveis que lhe permitem planar depois de ser largado -, atingiu edifícios residenciais na cidade de Druzhkivka, na região de Donetsk, onde a linha da frente está agora perto de várias cidades importantes.

Foram feridas 12 pessoas, incluindo uma rapariga de 15 anos, e danificados blocos de apartamentos de vários andares e um café.

Outros 71 drones russos foram abatidos numa dúzia de regiões e em Kiev, enquanto outros 37 não causaram danos. A força aérea ucraniana afirmou que os drones causaram danos em seis regiões, sem dar quaisquer pormenores.

Por seu lado, a Rússia afirmou que, no sábado, os ucranianos lançaram 131 drones sobre a região de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, e que 101 deles tinham sido abatidos.

O governador da região, Vyacheslav Gladkov, afirmou que ninguém ficou ferido nos ataques.

O Ministério da Defesa russo afirmou num comunicado que as suas forças "libertaram" a pequena aldeia de Novenke, na região de Sumy, perto da fronteira com a região russa de Kursk.

Esta declaração confirma as informações segundo as quais o exército russo terá montado uma grande ofensiva na região de Sumy.

No sábado, Kiev negou qualquer avanço importante das forças de Moscovo nesta região, afirmando que o seu exército estava a destruir grupos de soldados que tentavam atravessar a fronteira.

A Rússia ocupou brevemente partes da região de Sumy no início da sua ofensiva, em 2022.

Em agosto do ano passado, a Ucrânia lançou uma incursão na região de Kursk, apoderando-se de território considerado por Kiev como uma potencial moeda de troca em eventuais negociações de paz. Mas, desde então, a Rússia recapturou mais de dois terços deste território.

A Rússia também disse que as suas forças retomaram a aldeia russa de Lebedevka na região de Kursk, onde afirmou que estava "a continuar a derrotar unidades ucranianas".

Ao retomar Lebedevka, as tropas russas estão prestes a retomar a cidade de Sudzha, controlada pelos ucranianos, a cerca de 10 quilómetros de distância.

Acredita-se que os recentes ataques russos tenham cortado as rotas de abastecimento das tropas ucranianas na região de Kursk, embora Kiev não tenha confirmado esta informação.

Estas operações ocorrem enquanto os Estados Unidos congelaram as entregas de ajuda à Ucrânia, que deverá manter conversações com responsáveis norte-americanos na Arábia Saudita na terça-feira.

Washington afirmou que procura chegar a acordo sobre um cessar-fogo e um "quadro" para um acordo de paz, depois de ter congelado o fornecimento de armas e bloqueado o acesso dos ucranianos a relatórios dos serviços secretos e imagens de satélite.


A segunda atualização dos cadernos eleitorais arranca hoje em todo o território nacional. O registo terá a duração de dois meses e, visa aqueles vão completar 18 anos até 22 novembro, aqueles que perderam os cartões e aqueles que nunca se recensearam ou aqueles que mudaram de residência

Radio Voz Do Povo

Estados Unidos: "Aliança de predadores". Analistas alertam para "putinização" da América

© Kevin Lamarque/Reuters   Lusa   09/03/2025 

A proximidade entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, está a redefinir a geopolítica mundial, levando analistas a alertar para a "putinização" da América.

A capa da edição desta semana da revista francesa Le Point mostra uma imagem de Donald Trump acompanhada do título 'O Homem de Moscovo', sugerindo que os presidentes norte-americano e russo fizeram uma "aliança de predadores".

Nessa edição, num longo artigo de opinião, o conhecido filósofo Bernard Henri-Lévy argumenta que Trump abandonou a Ucrânia, que assim fica rendida à invasão russa iniciada em 2022, sem capacidade de prolongar a resistência, a menos que a Europa "seja capaz de construir uma força de dissuasão credível", assumindo que perderam um aliado em Washington.

Diversos analistas europeus olham para a condescendência de Trump perante o Kremlin como sinal de início de uma nova ordem mundial, em que os europeus deixaram de poder contar com o "guarda-chuva militar e nuclear" dos Estados Unidos, mas, mais do que isso, deixaram de ter um parceiro fiável do outro lado do Atlântico.

Na mesma linha de Henri-Lévy, a jornalista Anna Applebaum considera que Trump anunciou o "fim do mundo do pós-Segunda Guerra Mundial", num artigo divulgado na revista The Atlantic, avisando os aliados europeus dos EUA de que Trump está muito mais próximo de Putin do que de Bruxelas.

Para estes analistas, o maior perigo não é a admiração de Trump por Putin, mas sim a transformação de Trump numa figura semelhante a Putin, com a centralização da autoridade, o favorecimento de aliados e a transferência de decisões para mãos privadas.

A "putinização" da América, termo usado por Garry Kasparov -- ex-campeão mundial de xadrez e dissidente russo - descreve a forma como Donald Trump parece estar a adotar táticas semelhantes às de Vladimir Putin no exercício do poder.

Esta imitação não se manifesta apenas na admiração expressa por Trump em relação a Putin, mas também em ações concretas que minam as instituições democráticas e favorecem um estilo de governação mais autoritário.

"Trump demonstra um desprezo pelas alianças tradicionais e uma inclinação para o isolacionismo, espelhando a abordagem de Putin na política externa russa", explicou à agência Lusa Michael Stuart, investigador de Relações Internacionais do Hunter College, de Nova Iorque.

Para este analista, um dos aspetos mais notórios é a forma como Trump procura enfraquecer as instituições estatais que possam representar um obstáculo ao seu poder.

Esta estratégia visa tornar o Governo norte-americano impotente face ao poder privado, permitindo que Trump e os seus aliados internos -- nomeadamente as figuras relevantes do movimento 'Make America Great Again' (MAGA) ou os oligarcas tecnológicos - ajam sem grande escrutínio ou responsabilização.

Em termos de política externa, Trump parece também adotar a linha de Putin de procurar aliados alternativos, quando percebe que pragmaticamente deve romper com anteriores tratados internacionais ou parcerias de longa data.

"Depois de Trump atacar o México, o Canadá, a Dinamarca, a União Europeia [UE] e a NATO, agora foi a vez de atacar o Japão", lembra Nuno Gouveia, especialista em política norte-americana, referindo-se às recentes críticas do Presidente dos Estados Unidos sobre o pacto de segurança com Tóquio, que considerou não estar a ser recíproco.

"Eis mais um exemplo de como Trump procura fragilizar um inimigo de um aliado de Putin. Neste caso, os rivais da China", argumenta Stuart.

Trump tem manifestado repetidamente comentários positivos e de admiração em relação a Putin, o que lhe valeu críticas de ser "brando com a Rússia".

Apesar de o Presidente norte-americano ter criticado a condução da guerra na Ucrânia por parte de Putin, a sua postura geral sugere uma convergência de interesses e uma vontade de cooperar.

Putin, por sua vez, expressou apoio à alegação falsa de Trump de que ele, e não Joe Biden, foi o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais de 2020.

O Presidente russo também elogiou a coragem de Trump quando um atirador tentou assassiná-lo no ano passado.

A guerra na Ucrânia tem sido um ponto central nas relações entre Trump e Putin.

Trump tem defendido repetidamente a necessidade de um acordo rápido para acabar com o conflito, independentemente dos termos, numa atitude que contrasta com a dos aliados europeus, que insistem na necessidade de garantir a soberania ucraniana e a integridade territorial.

O Presidente norte-americano chegou mesmo a culpar a Ucrânia pelo início da guerra, ecoando a narrativa do Kremlin, o que gerou indignação na Ucrânia e entre os seus aliados, que temem que Trump esteja disposto a fazer concessões significativas a Putin para garantir um acordo rápido.

Esta mudança brusca na política externa dos EUA representa um desvio significativo de décadas de postura agressiva em relação à Rússia, levantando questões sobre o futuro dos laços transatlânticos e a segurança europeia.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, já alertou a UE para se preparar para um potencial pesadelo envolvendo a Rússia, especialmente após o cancelamento da ajuda militar dos EUA a Kiev.

Macron apelou à Europa para que pensasse no seu futuro, caso os laços com os EUA se rompam sob a liderança de Trump, sublinhando que o futuro da Europa não deve ser decidido em Washington ou Moscovo.

Também na Alemanha, após a recente subida do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) para o segundo lugar, p vencedor das eleições federais, o líder da União Democrata-Cristã (CDU), Friedrich Merz, declarou que a Europa, confrontada com uns EUA cada vez mais hostis, deve tomar o seu destino nas suas próprias mãos.

Para diversos analistas, Trump procura ser visto como um líder capaz de resolver conflitos de forma rápida e decisiva e Putin pode ajudá-lo a alcançar esse objetivo, especialmente no que diz respeito à guerra na Ucrânia, mostrando-se disposto a negociar e a ceder em algumas questões.

Ao mesmo tempo, ao trabalhar em conjunto com Putin, Trump pode elevar o estatuto da Rússia como um ator global importante na resolução de problemas internacionais, como a situação no Médio Oriente e esse reconhecimento pode ser visto como um sucesso diplomático para Trump.

Trump encontra eco na visão de Putin sobre a importância da história e da grandeza das nações, o que valida a sua própria busca por restaurar a grandeza dos Estados Unidos.


Leia Também: Mais de metade dos alemães (59%) e dos britânicos (56%) consideram o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, "ditador", opinião partilhada por 47% dos polacos, de acordo com uma sondagem hoje publicada.


Leia Também: Rússia não quer acabar com a guerra e fez "um dos ataques mais brutais" 

Na conferência de imprensa realizada ontem, 7 de Março 2025, o Presidente do Partido da Unidade Nacional-PUN, Idriça Djaló, apresentou os seguintes factos:

1-  O clima actual de degradação da situação política e de crescente tensão que se sente na Guiné-Bissau, resulta da crise pos eleitoral das presidenciais de 2019;

2- O recurso interposto para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) pelo candidato derrotado, Domingos Simões Pereira,  abriu caminho para um longo contencioso só dirimido pelo STJ a 4 de Setembro de 2020 (10 meses depois);

3- O STJ produziu um Acórdão declarando que a reclamação submetida pela candidatura derrotada, não deveria ter sido recebida pois não respeitou a lei eleitoral que prevê que todas as reclamações devem ser apresentadas inicialmente nas mesas de assembléia de voto, de seguida nas Comissões Regionais de Eleição- CRE, subindo dali para a CNE e tendo como última etapa o Supremo Tribunal de Justiça;

4- O Supremo Tribunal de Justiça tendo aceite receber a reclamação sem cumprir as formalidades atrás enumeradas, provocou a suspensão da proclamação dos resultados eleitorais e consequentemente do processo de tomada de posse do novo presidente;

5- O mesmo STJ que tinha indeferido liminarmente o pedido do MADEM nas eleições legislativas de 2019, devido à falta de cumprimento do processo de reclamação em cascata, estranhamente aceita o pedido do candidato do PAIGC que também não cumpriu as formalidades impostas na lei;

6- A candidatura de Domingos Simões Pereira ao submeter o pedido ao STJ tinha pleno conhecimento do funcionamento dessa lei pois foi o seu partido- o PAIGC - quem a elaborou e aprovou na Assembléia Nacional Popular, praticando assim um acto que configura o crime de litigancia de má fé;

7- O Acórdão nr. 6/ 2020 do STJ veio colocar um fim ao contencioso eleitoral, após o qual, a candidatura derrotada reconheceu formalmente a vitória do candidato eleito, Umaro Sissoco Embaló.

Em face do exposto, o Presidente do PUN,  Idriça Djaló, fez as constatações seguintes:

- O contencioso eleitoral teve um efeito suspensivo, interrompendo o processo que deveria conduzir à tomada de posse do candidato vencedor;

- A tomada de posse do presidente eleito foi feita à revelia da lei e por essa razão, ilegal;

- Os actos subsequentes praticados pelo presidente eleito, (nomeadamente a demissão do governo legítimo da X Legislatura, a nomeação de um novo governo, entre outros),  foram igualmente ilegais;

- Os partidos representados na Assembléia Nacional Popular deveriam ter exigido uma tomada de posse de acordo com as formalidades previstas na Constituição da República;

- O Supremo Tribunal de Justiça deveria ser responsabilizado pela crise instalada e pelo risco de um conflito de dimensões imprevisíveis no País;

- A candidatura derrotada "ofereceu" assim ao seu adversário um tempo adicional ( 10 meses) de mandato presidencial;

- Os apoiantes do candidato vencedor, especificamente,  Nuno Gomes Nabian, Braima Camara e Alberto Nambeia, garantiram a tomada de posse ilegal do presidente eleito em troca de assumirem o governo, também de forma ilegal, praticando um acto grave de conspiração para a subversão da ordem constitucional ou golpe de estado institucional.

Estranha-se por isso que o Presidente do PAIGC e os seus aliados, tendo recusado reconhecer a tomada de posse ilegal do presidente eleito, só o reconhecendo efectivamente no término do processo do contencioso eleitoral no dia 4 de Setembro de 2020; 

- Vem agora invocar a data de 27 de Fevereiro de 2025 como o término do mandato presidencial, ignorando propositadamente o Acórdão de 4 de Setembro, pelo qual é diretamente responsável. 

Esta e outras situações demonstram a necessidade urgente de procurar soluções estruturantes para os problemas de desrespeito das leis por parte destas entidades políticas, da falta de uma gestão transparente e cuidadosa dos fundos públicos, do falhanço do funcionamento da justiça e da ausência de uma verdadeira cultura democrática por parte dos principais actores políticos da Guiné-Bissau. 

P. S. Para melhor esclarecimento, julgamos útil partilhar o Acórdão nr.6/2020, de 4 de Setembro 2020.

Feito em Bissau, aos 8 dias do mês de Março, pela Estrutura de Comunicação do PUN

Por Partido da Unidade Nacional- PUN

Notícias: Tragédia em Guiné-Bissau - Criança é Encontrada Morta

SUSPEITOS!... ASSASSINATO DE CRIANÇA NA CIDADE DE SÃO DOMINGO.  Por  GUINÉ NOW

Na manhã deste sábado, 8 de março, uma tragédia abalou a comunidade guineense com a descoberta do corpo de uma criança de sexo feminino. A menina havia desaparecido na sexta-feira, 7 de março, e o seu corpo foi encontrado em circunstâncias trágicas, com autoria desconhecida.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos manifestou profunda indignação e preocupações em relação ao crescente fenômeno do tráfico de seres humanos no país. A organização fez um apelo à comunidade guineense, ressaltando a necessidade de vigilância e solidariedade em tempos difíceis como este.

As autoridades locais estão investigando o caso, e a Liga está coletando informações para ajudar na busca por justiça. A comunidade é incentivada a colaborar com as investigações e a manter-se atenta a atividades suspeitas.

Esse triste evento destaca a urgência de ações efetivas para proteger as crianças e garantir a segurança de todos os cidadãos no país. A luta contra o tráfico de seres humanos e a promoção dos direitos infantis são, agora, mais relevantes do que nunca.