sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Telavive volta a criticar ONU após votação que pede trégua humanitária

© Lusa

POR LUSA    27/10/23 

Israel voltou hoje a atacar as Nações Unidas (ONU) na sua própria sede, em Nova Iorque, após a Assembleia-Geral ter aprovado uma resolução não vinculativa que pede uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza.

Após a votação, com 120 votos a favor da resolução proposta pela Jordânia, o embaixador israelita, Gilad Erdan -- que na terça-feira pediu a demissão do secretário-geral da ONU, António Guterres -- voltou a desqualificar a ONU, uma instituição que diz já "não ter um pingo de legitimidade ou relevância". 

Num tom muito irritado, Erdan disse que "hoje é um dia negro para a ONU e para a humanidade" porque "a maioria da comunidade internacional mostrou que prefere defender os terroristas nazis do Hamas em vez do Estado de Israel, que cumpre as leis para defender os civis."

A resolução não tem qualquer poder vinculativo, mas tem um elevado valor simbólico, razão pela qual Erdan manifestou indignação face a uma resolução que considerou "ridícula" e "terrível" e cujo objetivo, disse, é "fazer com que Israel deixe de se defender".

Mesmo no dia em que a Faixa de Gaza ficou sem internet e sem serviços telefónicos, Erdan afirmou que "Israel está a acompanhar de perto a situação em Gaza" e disse saber "que não há crise humanitária de acordo com o direito internacional", em contradição com relatórios da ONU.

O embaixador acusou ainda a comunidade internacional de aceitar todas as versões do Hamas sobre o que acontece em Gaza: "E continuam a repetir as suas mentiras. Vocês não têm vergonha?", questionou, perante o corpo diplomático presente na Assembleia-Geral da ONU.


Leia Também:  O movimento Hamas saudou hoje a resolução da Assembleia Geral da ONU que apela a uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza, bombardeada por Israel desde 7 de outubro, mas qualificou a votação como "infame".


Leia Também: O Presidente brasileiro, Lula da Silva, acusou hoje o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de "querer acabar com a Faixa de Gaza" e de se esquecer que lá vivem mulheres e crianças e não apenas "soldados do Hamas".

Justiça - OAGB se disponibiliza para mediar a “crise” no Supremo Tribunal de Justiça


Bissau, 27 Out 23 (ANG) - A Ordem dos Advogados  da Guiné-Bissau (OAGB) disse estar preocupado com situação do conflito prevalecente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e se disponibiliza a faciliatr a mediação, com base num diálogo profícuo para encontrar uma saida pacífica para o crsie.

A disponibilidade da Ordem vem expressa numa nota à imprensa desta organização,assinado pelo seu Bastonário, Januário Pedro Correia, a que a ANG teve acesso hoje

Para o efeito, de acordo com nota, a Ordem dos Advogados constitui uma comissão de contato composta por Basílio Sanca, Waldemar Martins, Fátima Camará, Sãozinho Malaca, Joel Aló Fernandes, Alex Bassuco e Ricardino Nancassa.

Justificou  a disponibilização  com o fato de o conflito prevalecente poder  gerar bloqueios com consequencias graves ao normal funcionamento da administração da Justiça.

O Conselho Superiro da Magistratura decidiu recentemente suspender José Pedro Sambú das funções de Presidente da instituição com alegações de cometimento de  “grosseiro atropelo ao decoro e danosa da imagem da justiça e graves violações dos procedimentos e da lei do processo”.

Reagindo a esta deliberação, a assessoria de imprensa do presidente do STJ  emitiu o comunicado no dia 23, no qual se alega à inexistência jurídica da deliberação Nº 05/20237CSMJ,por absoluta inobservância da formalidade da convacatória da reunião e de deliberação em causa,uma vez que foi  desconvocada e sobejamente notificada aos membros.

Por seu lado, José Pedro Sambú por Despacho numero 15/PSTJ 2023, de 25, de Outubro mandou suspender e instaurar procedimento disciplinar a todos os magistrados que tomaram parte na referida deliberação do CSMJ,por “usurpação de competências e insubordinação”.

“Na desinência dos imbroglioS acima espostos e da gravidade da situação prevalecente no STJ e CSUMJ,a OAGB na qualidade de um dos intervenientes activos e de um dos maiores interessados na preservação da boa imagem da justiça, no normal funcionamento do sector judiciário pede que seja esclarecida a alegada inexistência juridica da deliberação nº 05 CSMJ,por usurpação de competência e insubordinação,bem como o processo crime em curso no Ministério Público contra o José Pedro Sambú”, refere a nota.

ANG/LPG//SG

Exército israelita lança intenso bombardeamento e corta Internet em Gaza

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POR LUSA   27/10/23 

O Exército israelita realizou hoje intensos bombardeamentos, sem precedentes desde o início da guerra, no norte da Faixa de Gaza, particularmente na cidade de Gaza.

De acordo com o grupo islamita Hamas, as comunicações e a Internet foram cortadas na Faixa de Gaza, após o início dos ataques israelitas que começaram há poucas horas.

Os bombardeamentos por ar, mar e terra são, de acordo com o Governo do Hamas, "os mais violentos desde o início da guerra", em 07 de outubro, obrigando as forças militares do grupo islamita a uma resposta "aos massacres contra civis" com disparos de "salvos de foguetes contra as terras ocupadas".



Senseless?... Orbán diz que estratégia da Ucrânia "falhou" e não recuperará territórios

© Sean Gallup/Getty Images

POR LUSA   27/10/23 

O primeiro-ministro húngaro alegou hoje que a estratégia para apoiar a Ucrânia contra a Rússia "falhou" e que a União Europeia (UE) necessita de outro plano, por duvidar que os ucranianos consigam vencer no campo de batalha.

"Hoje todos o reconhecem, mas ninguém se atreve a dizê-lo alto e bom som, que esta estratégia falhou. É óbvio que não vai funcionar... Os ucranianos não vão vencer no campo de batalha", disse Viktor Orbán, à margem da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

Considerado um dos mais céticos no apoio à Ucrânia, o primeiro-ministro da Hungria acrescentou que é necessário considerar outro plano para a população ucraniana e fazer uma estimativa de custos para essa estratégia: "Assim que soubermos quando é que nos vai custar, podemos saber quando é que toca a cada um".

Viktor Orbán sustentou que apesar de haver uma "grande batalha" sobre o apoio à Ucrânia em sede de discussão dos líderes da UE, o primeiro-ministro húngaro disse não encontrar uma razão para canalizar dinheiro dos seus contribuintes para apoiar Kyiv.


Leia Também: Há acordo sobre "pausas humanitárias", mas líderes não esquecem Ucrânia


Israel acusa Hamas de usar hospitais para camuflar instalações de comando

© Lusa

POR LUSA   27/10/23 

O Exército israelita acusou hoje o grupo islamita palestiniano Hamas de utilizar os hospitais da Faixa de Gaza para camuflar as suas instalações de comando e planeamento e esconder combustível.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou à imprensa que "o Hamas usa os hospitais de Gaza para manter escondida toda uma infraestrutura de comando e controlo e como refúgio para alguns terroristas e seus comandantes".

Da mesma forma, Hagari afirmou que, de acordo com informações na posse de Israel, "há combustível nos hospitais de Gaza e o Hamas está a utilizá-lo para alimentar a sua infraestrutura".

Israel tem rejeitado sistematicamente a entrada de combustível em Gaza, apesar dos apelos nos últimos dias da comunidade internacional, devido ao colapso em que entraram serviços essenciais na Faixa, como eletricidade, água ou cuidados de saúde.

Hagari apresentou uma série de fotos aéreas, gravações de áudio e uma reconstituição em computador de como seria o dispositivo montado pelo Hamas nos hospitais do enclave, especialmente em Shifa, na Cidade de Gaza e o maior do território.

O dispositivo consistiria, segundo o Exército israelita, numa complexa rede de túneis e salas na cave do hospital, com um sofisticado centro de comando e controlo da organização palestiniana.

Por seu lado, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou hoje que, desde o passado dia 07 de outubro, o número de vítimas devido aos bombardeamentos de Israel subiu para 7.326 mortos e 18.967 feridos.

"[O Hamas] está cinicamente a utilizar os hospitais de Gaza como refúgio para camuflar a sua complexa operação terrorista. Não está apenas a utilizar hospitais, mas também escolas e outros locais sensíveis", disse Hagari.

Após os ataques de 07 de outubro do movimento palestiniano contra Israel, "centenas de terroristas invadiram o hospital de Shifa e outros para se esconderem", prosseguiu o porta-voz, que sublinhou que, ao operar a partir destes hospitais, "o Hamas não só põe em perigo a vida de civis israelitas, mas também "usa civis inocentes em Gaza como escudos humanos".

"Shifa não é o único hospital, é um entre muitos. Portanto, a maior parte do uso de hospitais é sistemático. Os terroristas do Hamas operam dentro dos hospitais precisamente porque sabem que as Forças de Defesa de Israel distinguem entre terroristas e civis", destacou.

O porta-voz militar israelita advertiu que, "quando as instalações médicas são utilizadas para fins terroristas, correm o risco de perder a proteção contra ataques de acordo com o direito internacional".

Hagari afirmou que "as Forças de Defesa de Israel continuarão a esforçar-se para minimizar os danos aos civis e a agir de acordo com o direito internacional, como têm feito há mais de duas semanas", pedindo aos civis no norte do território e da cidade de Gaza que se desloquem "temporariamente, para sua própria segurança, para o sul".

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Secretária de Estado da Gestão Hospitalar Cadidja Mané disse que o sistema de saúde guineense está com falta dos técnicos qualificados na área de gestão hospitalar

Radio TV Bantaba

A direção da UNTG Liderado pelo Laureano Pereira da Costa sente-se afastado pelo atual governo

 Radio TV Bantaba

Israel mostra imagens de incursão terrestre no interior de Gaza

 Israel voltou a fazer uma incursão terrestre dentro do território de Gaza, durante a última noite. É o escalar de um conflito que corre o risco de se alastrar por toda a região e que coincide com o encontro entre representantes do Irão e do Hamas em Moscovo.


Ucrânia. Comissão Europeia quer mandar 1 milhão de munições até março

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POR LUSA   27/10/23 

A Comissão Europeia garantiu hoje que mantém o objetivo de enviar um milhão de munições de grande calibre para a Ucrânia até março de 2024, sem confirmar eventuais atrasos na aquisição destes projéteis.

Numa resposta enviada à Lusa, o porta-voz da Comissão para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, sustentou que "a meta do milhão de munições continua a ser um importante objetivo político".

Contudo, o porta-voz não quis comentar uma notícia publicada pela Bloomberg na quinta-feira, que refere que até hoje os países da União Europeia (UE) apenas adquiriram cerca de 30% do total que prometeram enviar para a Ucrânia.

"Infelizmente, não estamos em posição de avançar com números [de aquisição] para cada Estado-membro [...]. Não podemos comentar o valor das encomendas [de munições], os preços por unidade, ou revelar os nomes dos fabricantes", acrescentou o porta-voz.

Peter Stano acrescentou que estão a decorrer "outras negociações para cada tipo de munição de artilharia e mísseis": "Em paralelo, outros Estados-membros, como a Alemanha ou França, têm projetos nacionais de aquisição".

De acordo com um artigo publicado pela agência Bloomberg na quinta-feira, até hoje os 27 da UE apenas conseguiram satisfazer 30% do objetivo de um milhão de munições para auxiliar as Forças Armadas ucranianas nos combates contra as tropas russas, que iniciaram uma ofensiva militar no país vizinho em fevereiro de 2022.

A Bloomberg consultou assinaturas de contratos para aquisição de munições pelos países da UE e outros documentos, bem como falou com fontes conhecedoras do processo, que prestaram declarações sob a condição de anonimato.

No final de março, os 27 aprovaram um pacote de dois mil milhões de euros para a aquisição de munições de artilharia para enviar para a Ucrânia. Metade do valor é para entrega imediata de munições de grande calibre. Os outros mil milhões são para aquisição conjunta pelos países da UE.

A invasão militar russa iniciada há mais de um ano e meio esgotou rapidamente a quantidade de munições que a Ucrânia tinha disponíveis para defender o seu território.

Os países da UE e outros aliados auxiliaram Kiev com o envio de munições, especificamente as de 155 milímetros, mas isso teve sérias repercussões nos stocks dos Estados-membros do bloco europeu.

Em maio, a UE anunciou, através do alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, que os 27 tinham enviado mais de 25% do total de um milhão de munições.

Cinco meses depois os Estados-membros enviaram apenas mais 5% do objetivo que tinha sido formalmente anunciado, segundo a agência Bloomberg.

O plano é reforçar as munições em 12 meses, ou seja, o objetivo tem de ser cumprido até março de 2024, mas a este ritmo, a UE poderá não conseguir.

A Bloomberg acrescentou que os Estados Unidos já pressionaram o bloco político-económico europeu para acelerar a aquisição das munições, mas a Casa Branca rejeitou comentar estas alegações.

As munições de grande calibre são uma necessidade cada vez mais premente da Ucrânia. A contraofensiva está a ser feita a um ritmo mais lento do que o inicialmente previsto.

No início da invasão, a Rússia chegou a ocupar quase 27% do território ucraniano, mas as Forças Armadas ucranianas foram recuperando território e no início do ano a previsão era de que Moscovo controlava apenas 16% do território.

A percentagem será hoje ligeiramente menor, mas o território que está sob ocupação russa, em Donetsk e em Lugansk, assim como a Crimeia -- península ucraniana anexada em 2014 -, está bem protegido, pelo que dificulta a travessia de carros de combate.

Além disso, a longa e sangrenta batalha por Bakhmut fez cair ainda mais o stock de munições que Kiev tinha à disposição.


Leia Também: Von der Leyen acusa Hamas de crise humanitária em Gaza e promete ajuda


PRESIDENTE DA REPÚBLICA REUNE-SE COM A COMUNIDADE GUINEENSE EM LISBOA


 Presidência da República da Guiné-Bissau   26.10.23

O Presidente da República, Umaro  Sissoco Embaló, reuniu-se  com a comunidade guineense residente em Lisboa.  

Perante algumas centenas de pessoas, o Presidente da República, ouviu as preocupações e as expectativas dos emigrantes e abordou os grandes desafios que a Guiné-Bissau ainda enfrenta, volvidos 50 anos como país independente, realçando as grades conquistas que tiveram lugar nos últimos anos e prometeu exercer a sua magistratura de influência na busca de soluções para os problemas que afectam os guineenses na diáspora.🇬🇼🇵🇹


EUA diz que caça chinês se aproximou a menos de 3 metros de bombardeiro

© Reuters

POR LUSA   27/10/23 

Um caça chinês aproximou-se a menos de três metros de um bombardeiro norte-americano B-52 que sobrevoava o Mar do Sul da China, quase provocando um acidente, informou hoje o Exército dos Estados Unidos.

Durante a interceção noturna, o caça bimotor Shenyang J-11 aproximou-se do avião da Força Aérea dos Estados Unidos a uma "velocidade excessiva e descontrolada, voando por baixo, à frente e a menos de três metros do B-52, colocando ambas as aeronaves em risco de embate", afirmou o Comando para o Indo-Pacífico dos EUA, em comunicado.

"Estamos preocupados com o facto de o piloto não ter consciência de que esteve muito perto de provocar um embate", lê-se na mesma nota.

O Governo chinês ainda não reagiu, mas, num incidente semelhante em maio, Pequim rejeitou as acusações norte-americanas e exigiu que Washington pusesse fim a esses voos sobre o Mar do Sul da China.

Pequim reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China, um espaço marítimo alegadamente rico em reservas de gás e de petróleo, e estratégico para o comércio e a Defesa.

Nos últimos anos, Pequim construiu ali ilhas artificiais capazes de receberem instalações militares, num avanço contrário às pretensões do Vietname e das Filipinas, ambos com reivindicações na zona, tal como Brunei, Taiwan e Malásia.

Na semana passada, um navio da guarda costeira chinesa e uma embarcação que o acompanhava abalroaram um navio da guarda costeira filipina e um barco de abastecimento militar ao largo de um banco de areia contestado na via navegável.

Os EUA e os seus aliados efetuam regularmente manobras marítimas no Mar do Sul da China e também sobrevoam regularmente a área com aviões para sublinhar que as águas e o espaço aéreo são internacionais.

O B-52 estava "legalmente a realizar operações de rotina sobre o Mar do Sul da China no espaço aéreo internacional" quando foi intercetado pelo J-11 na terça-feira, disseram os militares dos EUA.

As interceções são comuns: os EUA afirmaram que se registaram mais de 180 incidentes deste tipo desde o outono de 2021.

As intercepções não costumam ser tão próximas quanto o incidente de terça-feira, no entanto. Com as tensões já altas entre Pequim e Washington, um embate poderia resultar numa escalada.

As Forças Armadas norte-americanas afirmaram no comunicado que o incidente não vai alterar a sua abordagem.

"Os Estados Unidos vão continuar a voar, navegar e operar - de forma segura e responsável -- onde a lei internacional permitir", afirmaram os militares.



Leia Também: China e EUA dão sinais de reinício do diálogo no âmbito militar

Irão vai realizar manobras militares em grande escala nos próximos dias

© Reuters

POR LUSA   27/10/23 

O Irão vai realizar manobras militares em grande escala nos próximos dias, no meio de tensões na região devido à guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, anunciou hoje uma agência iraniana.

Os exercícios militares, de dois dias, vão realizar-se na província central de Isfahan, informou a agência noticiosa Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária iraniana.

Serão utilizados veículos blindados, artilharia, mísseis, helicópteros e 'drones' (aeronaves sem tripulação), disse a mesma fonte, segundo a agência espanhola EFE.

O exército informou que 200 helicópteros participarão numa das manobras, mas sem dar mais pormenores.

As manobras terão lugar no meio de tensões acrescidas na região devido à guerra entre Israel e o Hamas, que começou quando o grupo islamita atacou o Estado judaico em 07 de outubro.

Israel disse que a operação causou 1.400 mortos e que o Hamas raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros, que mantém como reféns na Faixa de Gaza.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007.

Israel declarou guerra ao Hamas e cortou o fornecimento de energia, água e combustível aos mais de dois milhões de residentes no território palestiniano.

O exército israelita tem bombardeado constantemente o pequeno território de 365 quilómetros quadrados, com um balanço de mais de sete mil mortos, segundo o Hamas.

A União Europeia (UE) apelou na quinta-feira para pausas humanitárias que permitam fazer chegar ajuda à população palestiniana.

Israel acusou o Irão de ter apoiado a operação do Hamas com treino militar, armamento e informações de inteligência.

Teerão, que nega as acusações, apoia o Hamas e tem alertado para o risco de uma escalada se Israel não parar com os ataques contra Gaza.

O conflito alastrou-se já ao norte de Israel, com trocas de tiros entre as forças israelitas e a milícia libanesa Hezbollah, ligada ao Irão.

Os Estados Unidos posicionaram meios navais na região como meio de dissuasão.

Israel, Estados Unidos e UE consideram o Hamas como uma organização terrorista.



Leia Também: Israel mostra armas do Hamas fabricadas no Irão e Coreia do Norte

Israel mostra armas do Hamas fabricadas no Irão e Coreia do Norte

© Reuters

POR LUSA    26/10/23 

O exército israelita mostrou hoje, a alguns jornalistas, armas usadas pelos comandos do Hamas no ataque de 07 de outubro contra Israel, algumas das quais, disseram, terão sido fornecidas pela Coreia do Norte e pelo Irão.

A exposição de algumas dezenas de armas, entra as quais minas, lança-rockets, obuses e até drones de fabrico artesanal, apreendidas nos locais dos ataques do Hamas, foi feita durante uma visita a uma instalação militar que não pode ser revelada.

"Penso que entre 5% e 10% destas armas foram fabricadas pelo Irão e 10% são norte-coreanas. O resto foi fabricado na Faixa de Gaza", afirmou um responsável do exército israelita, cuja identidade não pode ser revelada, de acordo com a France-Press.

Os ataques sem precedentes desde a fundação do Estado de Israel mataram pelo menos 1.400 pessoas, a maioria das quais civis, enquanto 224 pessoas foram raptadas e mantidas reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Em resposta, os bombardeamentos de Israel contra a Faixa de Gaza já mataram mais de 7.000 pessoas, igualmente civis na sua maior parte, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.