sábado, 31 de março de 2018

Guiné-Bissau, a beleza do arquipélago dos Bijagós

Os leitores Helder Taveira e Luísa Matos partilham a sua experiência pelas ilhas guineenses.


A minha paixão por África há muito que reclamava uma passagem pela Guiné-Bissau, em particular pelas ilhas do arquipélago dos Bijagós.

Em Bissau, apenas uma paragem para ver que o tempo aí parou e a pobreza salta à vista. Monumentos degradados, estradas esburacadas mesmo no centro da cidade e junto ao aeroporto, lixeiras a céu aberto onde deambulam animais e pessoas, procurando nem eles sabem o quê.

O nosso destino não era de facto Bissau, mas sim Bubaque. Para evitar uma viagem de barco de cerca de quatro horas, optámos pela avioneta. A viagem para esta pequena ilha foi uma aventura. Foi o piloto quem nos foi chamar à sala de espera e, carregando a mala, lá fomos para a pista. O piloto abriu o porão da avioneta e colocámos a bagagem, como se fosse num táxi e sem passar qualquer controlo. Cheguei a pensar que a Luísa se fosse recusar a entrar na minúscula avioneta com lugar só para três passageiros. Apenas fomos nós e o piloto. O piloto espanhol, José, ligou a ignição e o motor não funcionou. Não passa nada, disse. Depois de sobrevoarmos algumas das ilhas do arquipélago, o piloto preparou-se para a aterragem numa pista de terra batida e cheia de conchinhas do mar. Antes de aterrar, o piloto fez um voo rasante pela pista de modo a afastar as vacas que teimam em pastar naquele lugar.

No chão e já seguros, esperava-nos Charles, que nos transportou para o pequeno hotel, na outra ponta da ilha, mesmo em frente à praia de Bruce, num extenso areal de mais de oito quilómetros. O caminho do aeroporto é uma estrada completamente esburacada. Ladeada de pequenas tabancas cheias de crianças que, alegremente, correm atrás da carrinha.

O hotel não tinha televisão, wifi, a rede de telefones móveis era muito rudimentar. Sossego absoluto. Finalmente, estávamos em pleno coração dos Bijagós.

O Arquipélago dos Bijagós tem o estatuto de reserva ecológica da Biosfera da UNESCO, desde 1996. Dele fazem parte cerca de 90 ilhas, das quais apenas 17 são habitadas. Algumas ilhas têm uma ocupação sazonal, por exemplo, a ilha de Angurman, para onde se deslocam os camponeses para o cultivo do arroz.

Esta reserva ecológica é o abrigo de um sem-número de aves, nomeadamente, abutres, beija-flor de barriga verde, garajau, garça gigante, pelicanos, flamingos e tantos outros. Também podemos encontrar manatins, tartarugas, lontras-do-cabo, tubarões e na ilha de Orango, hipopótamos (únicos do mundo no meio marinho).

Das 17 ilhas, elegemos quatro que seriam o nosso “poiso” nos próximos dias, Bubaque, Canhabaque, Angurman e Soga.

Bubaque, separada por um estreito canal da ilha de Rubane, é a mais visitada por turistas, também devido ao festival de música que decorre por altura da Páscoa. A cidade é desordenada, o seu porto é decadente, mas bonito. Visitámos a Tabanca (aldeia) de Bruce, que fervilha de vida com crianças que correm para nós. A registar também a simpatia do régulo que nos recebeu. As crianças brincam com bolas que eles próprios fazem recorrendo a tecidos e plásticos, pelo que a bola que levámos foi recebida com alegria.

No dia seguinte, pela manhã, o Charles levou-nos no seu barco à ilha de Canhabaque. A viagem é, por si, um hino à natureza! No trajecto, avistamos pelicanos, flamingos e muitas tartarugas que vinham à superfície respirar e logo desapareciam. O desembarque na praia foi épico. Uma praia deserta, areia branca, sem qualquer turista. Um sossego absoluto. Aproximam-se, a medo, muitas crianças que vivem na tabanca no interior da ilha. Fomos visitar a tabanca Ancanho, bem no interior da ilha. Desde tempos ancestrais, as tabancas mais antigas ficavam longe da praia para dessa forma escaparem aos negociantes de escravos que os perseguiam e apanhavam para os venderem como mão-de-obra escrava para as roças de Cabo Verde e para as explorações de açúcar no Brasil.

De seguida, fomos para a ponta sudeste da ilha, mais deserta ainda, onde fizemos um piquenique. Comemos frango com caldo de chabéu (pequenas sementes das palmeiras) de onde extraem um óleo alaranjado). A chegada a essa praia é digna de um filme da National Geographic. Nela, nem crianças das tabancas vimos. Vimos sim algumas iguanas de tamanho considerável sossegadas ao sol. Rapidamente fugiram, escondendo-se na vegetação densa da ilha. Almoçámos à sombra e debaixo de uma árvore. Apenas ouvíamos o barulho do mar e o chilrear das aves.

No dia seguinte, Angurman, esporadicamente habitada por camponeses da ilha vizinha de Soga, que se deslocam para cultivar o arroz. A chegada à ilha é também inesquecível, com os frondosos embondeiros, conhecidos na Guiné-Bissau como cabaceiras ou Bbaobab. São muito bonitas. Aqui vive, alguns meses do ano, François, no seu pequeno refúgio. Recebe calorosamente as pessoas que pela ilha passam.

Seguimos para Soga, mesmo em frente a Angurman. Nesta ilha há três tabancas e foi para lá que nos dirigimos, pois queria entregar mais uma bola às crianças. Pelo carreiro que nos levava ao interior da ilha, eram muitos os ninhos gigantes de formigas que pareciam autênticos castelos. Ananases cresciam de forma espontânea à beira do caminho.

À chegada, somos de novo abordados por dezenas de crianças, na expectativa de conseguirem um simples doce ou uma caneta. Aqui conheci Martinho, que fala um português perfeito. É um privilegiado, pois estudou e é enfermeiro. Foi ele que nos aconselhou a dar a bola na presença de um responsável por cada tabanca para evitar futuros conflitos. Assim foi: reunidos os representantes de cada tabanca, entreguei a bola. Um deles agradeceu em nome de todos. Confesso que me senti um pouco envergonhado, afinal, estava a oferecer apenas uma bola, facto que até referi ao Martinho, que me respondeu: “Para você pode ser pouco, mas para eles significa muito.”

Se na capital, Bissau, há grandes carências, nas ilhas as pessoas estão abandonadas à sua sorte. Não esqueço aquele miúdo de sete, oito anos que correu na nossa direcção dizendo: “Branco, branco!” e ao mesmo tempo exibia a perna onde era visível um ferimento do diâmetro de uma moeda de dois euros, já com alguma profundidade e infectada. Não tínhamos nada que pudesse ajudar aquela criança. Ficámos incomodados.

No último dia, apanhámos de novo a avioneta que nos levou até Bissau, de onde partimos para Lisboa. Chegava ao fim a nossa passagem pelo arquipélago dos Bijagós. Uma experiência gratificante. Sem dúvida, um lugar onde teremos de voltar.

publico.pt

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Davido

Gloria eternal irmão, que sua alma descanse em paz Duki


Djara Sonco Iyere 

Saiba o que quer dizer cada cor de Corrimento Vaginal

Quando o corrimento vaginal apresenta alguma cor, cheiro, consistência mais espessa ou diferente do costume, pode indicar a presença de alguma infecção vaginal como candidíase ou tricomoníase ou a presença de alguma doença sexualmente transmissível como gonorreia.

Por isso, quando o corrimento vaginal não é uma secreção transparente e tem cor branca, amarela, verde, rosada ou marrom pode indicar diferentes problemas como infecções vaginais por exemplo, sendo importante consultar o ginecologista para tratar o problema. Veja quando deve ir no médico em 5 sinais de que você deve ir ao ginecologista.

Desta forma, é importante saber o que pode significar cada cor de corrimento vaginal, para entender quando é necessário procurar o médico ou o ginecologista. Por isso, em seguida ficam algumas dicas sobre o que pode significar cada um dos principais tipos de corrimento vaginal: 

Corrimento branco



Saiba o que quer dizer cada cor de Corrimento Vaginal
O corrimento branco e espesso, tipo leite coalhado geralmente é acompanhado de outros sintomas como coceira, vermelhidão e sensação de queimação na região da vulva e da vagina.
  • O que pode causar: pode ser causado pele candidíase vaginal, uma infecção na vagina causada pelo fungo candida albicans. Saiba mais sobre as causas do corrimento branco em Corrimento Branco - O que pode ser?
  • Como tratar: o tratamento geralmente é feito com remédios antifúngicos como o Fluconazol, que podem ser tomados na forma de comprimidos ou aplicados sobre a região a tratar na forma de pomada. Saiba em mais detalhe como é feito o tratamento da Candidíase vaginal clicando aqui.

Quando há corrimento branco, semelhante ao leite, homogênio e cheiro de peixe pode ser colpite, uma vaginose causada por protozoários, fungos ou bactérias.

Corrimento amarelo ou Amarelo-esverdeado



Saiba o que quer dizer cada cor de Corrimento Vaginal
O corrimento amarelo, acinzentado ou amarelo-esverdeado, com cheiro forte semelhante a peixe que pode estar associado a outros sintomas como dor e sensação de queimação durante a relação íntima ou ao urinar. Saiba mais sobre este corrimento em Corrimento amarelado.
  • O que pode causar: pode ser causado pela Tricomoníase, uma infecção vaginal que é sexualmente transmissível.
  • Como tratar: o tratamento geralmente é feito com remédios antifúngicos como o Metronidazol, Tioconazol ou Secnidazol, que podem ser tomados na forma de comprimidos em dose única ou durante 5 a 7 dias de tratamento. Veja como o tratamento é feito em Como aliviar os sintomas e curar a tricomoníase.
Além disso, o corrimento amarelo parecido com pus, pode indicar a presença de Clamídia, uma doença sexualmente transmissível que pode quase não causar sintomas. Neste caso, o tratamento é feito com Azitromicina, tomada em dose única ou durante 7 a 15 dias de tratamento. Quando o corrimento é esverdeado, pode ser sinal de Tricomoníase ou de Vulvovaginite. Saiba mais em Saiba o que pode causar o Corrimento Esverdeado

Corrimento Marrom ou com Sangue



Saiba o que quer dizer cada cor de Corrimento Vaginal
O corrimento marrom ou a presença de sangue no corrimento está geralmente associado a outros sintomas como dor e ardor ao urinar.
  • O que pode causar: pode ser causado pela Gonorreia, uma doença sexualmente transmissível provocada por uma bactéria. Conheça outras causas do corrimento marrom clicando aqui.
  • Como tratar: o tratamento pode ser feito com remédios antibióticos como a Azitromicina ou o Ciprofloxacino, tomados em dose única ou durante 7 a 10 dias de tratamento.
Além disso, em casos mais graves este tipo de corrimento também pode ser indícios de câncer da vagina, do colo do útero ou do endométrio, sendo por isso importante consultar o ginecologista quando os sintomas surgem.

Porém, se esteve menstruada recentemente, o corrimento marrom, com sangue ou rosado é comuns nos dias seguintes ao término da menstruação e nestes casos não é motivo de preocupação.

Corrimento na Gravidez

O corrimento na gravidez quando surge é importante ser tratado o mais rápido possível, pois para impedir complicações e evitar prejudicar o bebê.
  • O que pode causar: pode ser causado por doenças como Tricomoníase, Vaginose bacteriana, Gonorreia ou mesmo Candidíase por exemplo.
  • Como tratar: o tratamento deve ser feito com remédios como antifúngicos ou antibióticos, por exemplo, receitados pelo médico.
Assim, durante a gravidez assim que os primeiros sintomas surgem é muito importante consultar o médico para que ele possa diagnosticar a causa e indicar o tratamento mais adequado.

Corrimento Transparente

O corrimento líquido e transparente, semelhante à clara do ovo, pode indicar que está no período fértil do ciclo menstrual, sendo por isso essa a altura ideal para a mulher engravidar se não estiver sob o efeito do anticoncepcional.

Este tipo de corrimento dura aproximadamente 6 dias e acaba por desaparecer naturalmente passado esse tempo.

Corrimento Rosado



Saiba o que quer dizer cada cor de Corrimento Vaginal
O corrimento rosado, pode indicar o inicio da gravidez, pois pode ser causado pela fecundação do óvulo e é frequente ocorrer até 3 dias depois do contato íntimo. Juntamente com este tipo de corrimento é comum surgir leves cólicas abdominais que são normais e acabam passando sem tratamento.

O que fazer para não ter corrimento

Para evitar infecções e doenças vaginais que podem causar corrimento, é importante fazer diariamente uma boa higiene íntima, 1 a 2 vezes por dia. Para isso, deve sempre lavar a região íntima com água abundante e uma gota de sabonete sem nunca esfregar em exagero. Depois de lavar, deve secar cuidadosamente a região íntima e vestir uma calcinha lavada.

Por isso é importante:
  • Usar calcinha de algodão;
  • Não usar protetor diário como Carefree por exemplo;
  • Evitar o uso de lenços umedecidos ou papel higiênico com perfume;
  • Evitar esfregar muito a região íntima, mesmo com sabonete íntimo.
Estes cuidados ajudam a evitar o surgimento de infecções vaginais e a proteger a mucosa vaginal, evitando assim o desenvolvimento de fungos ou bactérias que podem causar algum tipo de corrimento.


Drª. Sheila Sedicias
GINECOLOGISTA
Médica ginecologista e mastologista formada pela Universidade Federal de Pernambuco com registro profissional no CRM PE 17459

Fonte: tuasaude.com

AQUI ESTÁ A NOVA MUSICA DO ÁLBUM "MAR AZUL". BOA PÁSCOA A TODOS E BOA ESCUTA...



Fonte: Heitor Sampaio