domingo, 17 de maio de 2020

Nigeria impounds British plane for breaking coronavirus flight ban rules -aviation minister

Reuters May 17, 2020, 8:32 PM GMT

ABUJA, May 17 (Reuters) - Nigeria impounded a plane operated by a British company for allegedly contravening a flight ban imposed to prevent the spread of the coronavirus, the aviation minister said on Sunday.

Passenger flights into the country, with the exception of ones to evacuate people or repatriate Nigerian citizens, have been banned for weeks. The ban will remain in place until at least June 4.

Flights for essential services, such as the delivery of food supplies and items for humanitarian use, are permitted.

Aviation Minister Hadi Sirika said in a tweet on Sunday that a plane had been impounded after the rules were broken.

Sirika said a UK company "was given approval for humanitarian operations but regrettably we caught them conducting commercial flights."

The message added: "The craft is impounded, crew being interrogated. There shall be maximum penalty."

James Oduadu, an aviation ministry spokesman, told Reuters later in a telephone interview that the plane was operated by a company called FlairJet.

Representatives of FlairJet, a British private charter company that is an affiliate of Flexjet, did not respond to emails and a phone call seeking comment.

(Reporting by Felix Onuah in Abuja; Additional reporting and writing by Alexis Akwagyiram in Lagos; and Peter Cooney)

Dia Mundial da Internet


Em 2006 a ONU institui a data de 17 de Maio como Dia Mundial da Internet, a efeméride este ano ganha especial importância num contexto de pandemia em que o distanciamento físico torna-se relevante na prevenção e combate a Covid-19, o que prova a indispensabilidade das novas tecnologias uma vez usadas em segurança para atenuar o distanciamento social e nos trabalhos à distância.

A nível do país estamos em cima dos trabalhos de transição analógica para digital com a chegada dos cabos submarinos, que vai permitir a nossa população usufruir de ligação a internet mais rápido e em excelentes condições.

#JuntosvamosvencerCovid
#Trasiçãodigital

Eng° Nuno Gomes Nabiam, Primeiro Ministro da Guiné-Bissau

COVID-19 - Pandemia mata mais de 313 mil e infeta quase 4,7 milhões em todo o mundo

A pandemia da Covid-19 já provocou a morte a pelo menos 313.611 pessoas e infetou 4.680.700 em 196 países e territórios, segundo um relatório elaborado pela AFP e divulgado hoje às 19:00 TMG (20:00 em Lisboa).


Entre estes casos, pelo menos 1.670.100 são agora considerados curados, adianta a mesma fonte.

Desde a contagem realizada no sábado, foram contabilizados mais 4.315 mortos e 91.849 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em todo o mundo, tendo os Estados Unidos da América sido o país que apresentou mais vítimas mortais nas últimas 24 horas, com 1.216, seguido pelo Brasil, com 816 mortos, e da França, com 483.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao novo coronavírus no início de fevereiro, constituem o país mais afetado tanto em número de mortos (89.207) como em casos de infeções (1.478.241 pessoas).

No segundo lugar da lista dos mais afetados consta o Reino Unido, com 34.636 óbitos em 243.303 casos relatados, seguido da Itália, com 31.908 mortos entre os 225.435 infetados, e a França, com 28.108 vítimas mortais em 179.569 casos.

O quinto lugar volta a ser ocupado pela Espanha, que soma 27.650 mortos em 231.350 infetados.

Entre os países mais atingidos, situa-se a Bélgica que tem a maior proporção de mortes relativamente ao total da sua população, apresentando 78 mortos por cada 100.000 habitantes, seguida pela Espanha (59), Itália (53), Reino Unido (51) e França (43).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a pandemia começou no final de dezembro, contabiliza oficialmente um total de 82.947 casos (seis novos infetados desde sábado), incluindo 4.634 mortes (uma nova) e 78.227 curados.

O Nepal e Madagáscar anunciaram, nas últimas 24 horas, as primeiras mortes ligadas ao novo coronavírus nos seus territórios.

Em Portugal e segundo a Direção-Geral da Saúde, o número de mortes atingiu hoje os 1.218, mais 15 do que no sábado, e 29.036 infetados, mais 226 casos.

A Europa totalizava hoje, às 20:00 de Lisboa, 166.647 mortes em 1.890.453 casos, os Estados Unidos da América e o Canadá 95.077 mortes (em 1.555.185 casos), a América Latina e Caraíbas 28.715 mortes (em 508.623 casos), a Ásia 12.176 mortes (em 355.378 casos), o Médio Oriente 8.135 mortes (em 279.994 casos), a África 2.735 mortes (em 82.684 casos) e a Oceânia 126 mortes (em 8.391 casos).

A contabilização da AFP foi feita com dados fornecidos pelas autoridades nacionais competentes e pela Organização Mundial da Saúde às delegações da agência de notícias francesa.

A agência alerta que os números da evolução de mortes e infeções pela covid-19 nas últimas 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior devido a correções feitas pelas autoridades ou à publicação tardia de dados.

Além disso, refere a AFP, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que um grande número de países testa apenas os casos que requerem tratamento hospitalar.

noticiasaominuto.com

Leia Também: Embaixador chinês em Israel encontrado morto em casa

COVID-19: Guiné-Bissau regista 990 infectados por novo coronavirus

O número de infeções provocadas pela covid-19 na Guiné-Bissau aumentou hoje para 990 e o número de vítimas mortais manteve-se nos quatro, segundo o Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.


"O total de casos acumulados é de 990", afirmou Dionísio Cumba, coordenador do COES, na conferência de imprensa diária sobre a evolução da doença no país.

Segundo o médico guineense, nas últimas 24 horas foram confirmados mais 21 novos casos por infeção com covid-19.

O número de recuperados mantém-se nos 26, acrescentou.

No âmbito do combate à pandemia, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência até 26 de maio e o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00 no país.

Além daquelas medidas, as pessoas só podem circular entre as 07:00 e as 14:00 locais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 312 mil mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.

Em África, há 2.704 mortos confirmados, com mais de 81 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (990 casos e quatro mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (522 casos e seis mortos), Cabo Verde (328 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (240 casos e sete mortos), Moçambique (129 casos) e Angola (48 infetados e dois mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com mais de 15.600 mortes e mais de 233 mil infeções.

In Lusa

SONDADEM FEITA PELA RÁDIO ÅFRICA FM 10/05/ 2020

A CRISE DA PANDEMIA E A REVISÃO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEZ DISPARAR A POPULARIDADE DO GENERAL DO POVO !

65 % dos guineenses avaliam positivamente os esforços do Presidente da República no combate a pandemia (Ecovid-19), enquanto que 80% dos guineenses aprovam a forma como o General do Povo conduz o país para a revisão da Carta Magna. Quase todos os entrevistados acham que o povo guineense não pode mais ser refém do sistema político do PAIGC e do bloqueio da Assembleia Nacional Popular.

Fonte: Madem Internacional

Filhos e amigos de Quelelé - Filhos e amigos do bairro de Quelelé mobilizam-se em distribuir cestas básicas, de produtos alimentares, aos moradores; são duzentas e vinte famílias beneficiárias.



TGB Televisão da Guiné-Bissau

Igreja evangélica fabrica lixívia - Igreja evangélica de Plak 1 fabrica e fornece lixívia caseira ao posto de saúde do mesmo bairro e algumas instituições públicas para serem usadas na desinfeção, neste periodo da pandemia do coronavírus.



TGB Televisão da Guiné-Bissau

Bafatá distribuição de arroz covid-19 - Região de Bafatá beneficia do arroz e açucar doados pelo governo para minimar o impacto negativo da covid-19.



TGB Televisão da Guiné-Bissau

Mulheres em ação donativo covid-19 - Mulheres em ação angariam fundos de amigos e irmãos da diáspora e procedem a distribuição, de gêneros alimentícios e produtos de higiene, aos habitantes do Ilhéu de rei.



TGB Televisão da Guiné-Bissau

Presidente Sissoco: “PARTIDOS DEVEM PROVAR QUE DETÊM A MAIORIA PARA GOVERNAR, CASO CONTRÁRIO HAVERÁ OUTRA SAÍDA”


O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, advertiu que os partidos políticos devem provar que têm uma maioria parlamentar para formar um governo e, consequentemente, assumir a governação, caso contrário haverá outra saída que passaria pela ‘’assinatura do papel’, mas sem avançar com mais promenores.

O chefe de Estado guineense fez estas declarações à imprensa, na noite do sábado, 16 de maio de 2020, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, de regresso de uma deslocação de algumas horas à Nigéria e ao Níger. 

Embaló reuniu-se em Abuja, com o Chefe de Estado nigeriano, Muhamadu Buhari. Em Niamey (Níger), foi recebido por Mamadou Youssufi, Presidente do Níger e presidente em exercício da Conferência dos Chefes do Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) com quem, abordou a questão da normalização da situação política na Guiné-Bissau, depois da crise pós eleições presidenciais.

O Presidente da República disse que na próxima semana vai auscultar os partidos políticos com assento parlamentar e pedir que apresentem a maioria parlamentar que permita garantir a formação do governo, caso contrário “haverá outra saída”.

Lembrou existir um roteiro da CEDEAO que fala sobre a formação do governo, de acordo com os resultados eleitorais, bem como da revisão constitucional que será submetida ao referendo.

Questionado se o prazo estipulado pela CEDEAO para a formação do novo governo até 22 do mês em curso, será uma realidade, o Chefe de Estado, assegurou que a formação do governo exige várias “engenharias”, porque “não há partido que detém maioria para governar”.

“Não há uma formação política com maioria [absoluta] no parlamento.  Será preciso fazer engenharias. No passado, APU-PDGB estava com o PAIGC, mas agora tenho outra informação que essa maioria deslocou-se, se for assim, os partidos devem provar essa maioria ainda essa semana, caso contrário pautarei para outra saída que me restar: pegar na caneta e assinar o papel. Simplesmente”, rematou.

Por: Aguinaldo Ampa

odemocratagb.com

Guiné-Bissau: Covid-19: EMBAIXADOR AFIRMA QUE A CHINA OFERECEU CINCO VENTILADORES AO HOSPITAL MILITAR E DOIS AO GOVERNO


[ENTREVISTA] O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Jin Hong Jun, afirmou que o seu país ofereceu ao todo sete ventiladores à Guiné-Bissau, 5 ao hospital “Amizade Sino Guineense – hospital militar” e 2 ao ministério de saúde. O diplomata explicou na entrevista exclusiva ao semanário O Democrata para falar da estratégia implementada pelo seu país para controlar a propagação da pandemia do Covid-19, na qual sublinhou que é do conhecimento de todos que o sistema de saúde da Guiné-Bissau é volátil e precisa de maior atenção das autoridades, bem como do apoio e assistência da comunidade internacional. 

Sobre o uso da medicina tradicional para o tratamento ou cura do Covid-19, em particular o consumo de Chá e Xarope de Madagáscar, Jin Hong Jun disse que não conhece a medicina tradicional guineense nem a de Madagáscar, por isso não pode recomendar nada para o tratamento tradicional da doença do Covid-19.

“Eu disse que a medicina tradicional chinesa tem bons resultados, porque foi testada pelos especialistas do meu país, mas tanto a medicina tradicional como a convencional ocidental não conseguiram encontrar até agora um medicamento ʺmágicoʺ para curar a doença de Covid-19. Não existindo um medicamento “mágico”, o mais importante é a proteção pessoal, o distanciamento social ou confinamento domiciliar e proteger os idosos”, aconselhou.

O Democrata (OD): O Covid-19 surgiu numa das cidades chinesas e hoje atingiu todo o mundo. A nível da comunidade científica, há uma corrida para a descoberta de uma vacina ou cura. Em que nível está a China, em termos científicos, nesta luta para conseguir a cura e salvar o mundo?

Jin Hong Jun (JHJ): Penso que em termos de vacina, todos os cientistas do mundo estão a trabalhar o máximo possível para encontrar uma vacina. O mesmo se passa com a China, os cientistas chineses estão também a envidar todos os esforços para que se possa encontrar uma vacina. Estamos numa fase bastante avançada de busca de uma vacina.

Não prevemos uma aplicação, pelo menos a nível comercial, de uma vacina em tão curto espaço de tempo como toda gente esperava. Poderá levar até ano ou ano e meio. Tudo aponta que antes de encontrarmos a vacina teremos que conviver com o vírus. Em relação à cura, até ao momento não há um medicamento ʺmágicoʺ. Como muitas pessoas dizem que essa doença é curável, mas à base do sistema imunitário das pessoas não está preparado para combater o vírus. O que os médicos têm vindo a fazer é reforçar o sistema imunológico das pessoas e mantê-las vivas.

OD: Na ausência de uma vacina, é possível que a China recorra à medicina tradicional?

JH: Sim. Já recorremos, visto que quando não há uma cura eminente tentamos recorrer à medicina convencional do ocidente e a tradicional chinesa. Não digo que tem seus efeitos a cem por cento, mas tem efeitos bastante positivos e ajuda a aliviar os sintomas. Com a utilização da medicina tradicional nos que têm sintomas menos graves há fortes indícios para que haja uma menor percentagem que se torne em situações graves. Daí que podemos concluir que a medicina tradicional está a ajudar e a ter efeitos.

OD: Segundo relatos da media, a China já está a controlar a propagação da doença. Como está a conseguir fazê-lo?

JHJ: A China foi o primeiro país que enfrentou a pandemia. O novo Coronavírus, como é novo, ninguém o conhecia e até este momento podemos admitir que ainda não chegamos a conhecer o suficiente o Covid-19, mas como a China foi o primeiro país a enfrentar a doença, fizemos como se fossemos os pioneiros e lutamos para travá-la. O mais importante é pôr a vida humana em primeiro lugar. Temos vindo a testemunhar para todos os países que há uma procura muito difícil dos governos de manter um equilíbrio entre salvar a vida e a economia. Paramos o país para controlar a pandemia.

Fomos bem-sucedidos, embora tivéssemos que pagar um preço financeiro e económico muito elevado. Para chegarmos a esse nível tivemos que aplicar medidas drásticas que praticamente todos os países aplicaram e estão a aplicar até agora, mas só que as medidas têm que ser bem aplicadas, um seguimento vigoroso e um acatamento bem pronto dos cidadãos, porque sem aceitação por parte dos cidadãos nenhuma medida tomada pelo governo será eficaz. Está em jogo a capacidade de organização dos governos e aceitação por parte da população.

A China teve muita sorte de ter ambas as capacidades. Chegamos a controlar a pandemia não só a nível do seu epicentro, o que foi o mais difícil porque chegaram a morrer muitas pessoas, como a nível nacional. Podemos afirmar hoje que estamos a controlar a pandemia. Terceiro elemento tem a ver com a solidariedade que a cidade Wuhan, epicentro de Covid-19, teve. Passou por um período de surto e passamos efetivamente por todos os períodos.

A cidade de Wuhan não estava preparada e o governo central teve que intervir para mobilizar os recursos para ajudar a cidade de Wuhan. Certamente devem ter ouvido relatos dos media que em menos de duas semanas construímos dois hospitais com a capacidade para duas mil e seiscentas camas e reabilitamos infraestruturas já estabelecidas para acolher todos os infetados. Por isso, no espaço de um mês conseguimos controlar a situação.

O quarto ponto que ajudou a China a controlar a situação da pandemia foi efetivamente a transparência. O governo chinês chegou a informar a todos os seus cidadãos o que se passa no país e à Organização Mundial de Saúde (OMS). O primeiro sinal de informação que transmitimos ao mundo e à OMS foi justamente no dia três de janeiro de 2020, depois de três casos terem sido detetados por um médico a 27 de dezembro de 2019, em Wuhan. Oito dias depois da primeira informação fornecida à OMS e ao mundo, 11 de janeiro de 2020, informamos sobre as cinco sequências de ADN do Vírus, o que permitiu os restantes países desencadear estudos e produzir testes e a nível profissional esse assunto foi tratado com uma rapidez muito impressionante.

OD: A África está abalada com o vírus do Covid-19 e a Guiné-Bissau está à beira de um colapso em termos sanitários. O que é preciso fazer para travar a velocidade da propagação, num país pobre e sem recursos técnicos e financeiros?

JHJ: Primeiro passo é seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde, trabalhar o máximo possível na deteção de pessoas infetadas, isolá-las e depois tentar curá-las, intensificar os apelos sobre o confinamento domiciliar e o uso de máscaras faciais. A Guiné-Bissau está na fase inicial da pandemia. É um país muito pequeno, não está preparado para enfrentar essa doença, porque o sistema de saúde é também frágil.

Podemos observar ainda que nem os países como os Estados Unidos da América, com sistemas de saúde muito avançados não estão preparados para fazer face à pandemia, por isso é necessário trabalhar mais na prevenção, apesar de alguns indícios de contágio comunitário ainda não é tarde aplicar bem as medidas adotadas pelas autoridades sanitárias do país.

Daí que como cidadão estrangeiro que vive em Bissau tenho saído muito pouco e acatar as recomendações das autoridades guineenses, visto que estamos perante um estado de emergência e as pessoas tentam evitar sair a rua. Mas nas poucas vezes que saio continuo a assistir, na Avenida Principal, uma concentração enorme de pessoas. Isso é alarmante e é para mudar.

É uma aposta contínua na sensibilização das pessoas para que possam ter a consciência que o Vírus é real e é um perigo. Ele não conhece fronteiras nem estatuto social das pessoas. É perigoso, sobretudo para as pessoas da terceira idade com crónicos problemas de saúde.

OD: O medo da doença levou as autoridades nacionais a recorrerem a remédios tradicionais produzidos à base de Artemísia e outras plantas medicinais em Madagáscar. Aconselha os africanos a usarem o chá e xarope produzidos pelo governo malgaxe para a cura do Coronavírus…

JHJ: Como não conheço a medicina tradicional guineense nem a de Madagáscar, não posso recomendar esse tipo de tratamento. Eu disse que a medicina tradicional chinesa tem bons resultados porque foi testada pelos especialistas do meu país, mas tanto a medicina tradicional como a convencional ocidental não conseguiram encontrar até agora um medicamento ʺmágicoʺ para curar a doença de Covid-19. Não existindo um medicamento “mágico”, o mais importante é a proteção pessoal, o distanciamento social ou o confinamento domiciliar e proteger os idosos.

OD: Para um país pobre como a Guiné-Bissau, onde as pessoas dependem da sua luta de dia-a-dia para sobreviver, para além de confinamento social há outras estratégias que podem ser adotadas?

JHJ: Salvar a vida é importante e salvar a economia também é importante e é o que se passa com outros países do mundo, porque sem a economia e sem o pão de cada dia as pessoas morrem. Por isso é importante mantermos esse equilíbrio (salvar vidas e salvar a economia). A China como primeiro país que sofreu toda essa pandemia também foi o primeiro a apostar na recuperação da sua economia. Portanto, começar a trabalhar com a máxima proteção, lavagem frequente das mãos, uso obrigatório de máscaras e manter sempre o distanciamento social.

OD: A Guiné-Bissau já atingiu centenas de casos confirmados. O sistema sanitário guineense é precário e a tendência é para o número subir mais. É possível que a China intervenha através da sua brigada médica ou vai apoiar com meios técnicos e financeiros ou tem um plano de apoio à Guiné-Bissau no combate a Covid-19?

JHJ: Sim, confirmo que a China está a apoiar. Apoiou no fornecimento de informações, partilha de experiências através de fornecimento de documentos, organização de teleconfências entre os especialistas das duas partes que aconteceu, da última vez, com o Alto Comissário da Guiné-Bissau para o combate ao Covid-19.

Vamos organizar dentro de pouco tempo mais uma teleconferência para as pessoas que sofrem de problemas cardiovasculares e os diabéticos. Já oferecemos três lotes de materiais de proteção vindos de uma empresa chinesa, oferecemos cento e duas mil máscaras profissionais para os médicos, vinte mil testes de deteção, cinco mil e setecentas batas de proteção, seis mil e setecentos protetores faciais, dezanove mil e quinhentas luvas, quinhentos e oitenta e seis detetores de temperatura, dez mil protetores de capas de sapatos, dois ventiladores que são fundamentais para o tratamento de casos graves…

A ajuda do governo chinês não acaba aí. Brevemente vamos fornecer o segundo lote de materiais. Em relação à nossa equipa médica, confesso que eles não estão também preparados para lidar com essa situação, não têm meios de proteção e sem a segurança garantida eles não podem ajudar, aliás, a sua especialidade não lhes permite lidar com doenças dessa natureza. 

OD: A nível do hospital Simão Mendes, há denúncias de falta de ventiladores para o tratamento de casos mais greves de Covid-19, mas a China tinha oferecido dois para recuperação das pessoas com problemas de respiração aguda. Há possibilidade de incluir mais ventiladores no próximo lote de ajuda à Guiné-Bissau?

JHJ: Não posso garantir isso, porque para além dos dois ventiladores, oferecemos cinco que estão a funcionar no Hospital Militar. Que eu saiba, a primeira morte vítima da pandemia tinha doenças crónicas. É muito triste o que aconteceu, e demostra que é preciso ter toda a unidade de cuidados intensivos pronta a trabalhar.

Quando visitei o Hospital Militar notei que, com apoio do governo de Marrocos, dispunha de um sistema de oxigénio a funcionar para os internados. Mas agora não sei como é que está a situação. Espero que continue a tê-lo, porque o sistema de saúde do país é volátil e é preciso não só da intervenção das autoridades guineenses como também outros países membros da comunidade internacional continuar a apostar e a apoiar a Guiné-Bissau.

OD: O vírus surgiu na China e na altura, sentiu-se isolada na luta contra a doença da parte do ocidente?

JHJ: Não digo até que sentimos isolados. No início, a China chegou a ter muitos apoios de países amigos, nomeadamente: os asiáticos, africanos e países europeus. Tivemos problemas só mais tarde quando o Vírus começou a alastrar-se por todo o mundo e começou-se a notar um certo distanciamento e discriminação da parte de alguns países ocidentais, a difamar o governo chinês, o que julgo ser muito triste.

Essa é uma pandemia mundial e há países do ocidente que inventaram histórias de que o Vírus veio de um laboratório chinês, o que não corresponde à verde, porque a grande maioria de especialistas tanto nacionais quanto estrangeiros, incluindo os ocidentais, já concluiu que o Vírus vem da natureza e que não é um produto que saiu do laboratório, portanto é natural e é uma conclusão global, não apenas da China.

Se fosse apenas uma conclusão nossa, as pessoas, sobretudo as do ocidente, não a aceitariam. Os estudos preliminares apontam que o Vírus veio de morcego, mas até agora não se sabe como é que o Vírus pode contagiar de um morcego para ser humano. Falta saber que animal foi o intermediário. Enquanto isto está ainda por descobrir, é imperioso trabalhar mais para descobrir. Saber da origem não significa culpabilizar alguém como alguns países têm vindo a fazer, apontando a China como fonte da origem do Vírus ou país onde o vírus foi fabricado. 

OD: Sr. Embaixador, tem havido acusações entre a China e os Estados Unidos da América sobre a pandemia. Os EUA, por exemplo, acusou várias vezes o seu país de esconder informações sobre Covid-19. A China sente-se culpada por isso?

JHJ: Não somos culpados até somos vítimas. Como disse no início, informamos a tempo à OMS, à comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos da América desde os primeiros momentos. Chegamos a bloquear a cidade Wuhan e os EUA estão conscientes da gravidade desse vírus, portanto não há como acusar a China. Não é primeira vez que o mundo enfrenta pandemias.

Em 2009 enfrentamos H1N1 que saiu primeiro dos Estados Unidos da América, o Ébola que teve a sua origem em África, na sub-região, mas ninguém chegou a acusar a África Ocidental ou Estados Unidos da América. Estamos de novo a enfrentar uma nova pandemia, novo Coronavírus, e a China está a ser apontada como culpada.

OD: Que comentário faz em relação à agressão do povo chinês contra a comunidade africana na China, de acordo com os relatos dos media?

JHJ: O que se passou foi justamente em Cantão. Não houve agressão. Embora a China esteja a controlar a pandemia, mas até agora continua a enfrentar uma forte pressão de casos infetados importados. Tudo começou quando as autoridades chinesas descobriram casos importados da África, porque nunca fechamos as portas. As nossas linhas aéreas continuam a trabalhar e estrangeiros continuam a entrar, embora o número seja reduzido era necessário testá-los. Também houve caso de um restaurante de um africano muito frequentado por africanos.

A esposa que é chinesa foi infetada e a cozinheira também ficou infetada. Na sequência dessas infeções, as autoridades chinesas julgaram que era importante tomar medidas de precaução e despistar todos os africanos que frequentam o restaurante para saber quem está infetado. A grande verdade é que alguns agentes locais agiram de forma desproporcional e em reação a essa atitude, alguns africanos rejeitaram de forma violenta acatar as medidas e agrediram e feriram uma enfermeira. Penso eu que se tratou de um caso infeliz.

Que fique claro que quer da parte do governo central quer local não há nenhuma política discriminatória contra os nossos irmãos africanos, porque constitui um dos princípios de sempre, tratar os nossos amigos e os parceiros em pé de igualdade como irmãos. Temos um número significativo da comunidade africana em toda a China e apenas um estava infetado, porque recebeu tratamento e foi recuperado. O problema foi resolvido através de um diálogo fraterno entre as duas partes, os países africanos e o governo da China. Se formos discriminados por alguns países ocidentais, por que vamos discriminar os nosso irmãos africanos?

OD: Que tipo de discriminação a China sofreu de alguns países do Ocidente?

JHJ: Uma campanha de difamação, colocando nas cinco estrelas da nossa bandeira os símbolos de Coronavírus, chamar o povo chinês “os doentes da Ásia”, acusar a China de violar os direitos humanos e maltratar o seu povo quando aplicamos o bloqueio da cidade de Wuhan, mas quando o mesmo se passa na Itália, o Ocidente diz outra coisa ou ao contrário. Portanto, é uma campanha sistemática de que tudo o que a China faz ou está a fazer está mal.

OD: Há possibilidade de regresso de estudantes guineenses à China, sobretudo numa altura que os relatos do media indicam que o seu país controlou praticamente a doença?

JHJ: Penso que é difícil. O governo guineense nunca tomou a iniciativa de repatriá-los. Foram os próprios estudantes que por vontade própria regressaram. Como eu disse apenas um africano ficou infetado, o que demostra que tanto os estudantes guineenses quanto a própria comunidade africana na China estavam bem e seguros. Os que continuam lá poderão prosseguir seus estudos, mas para os que estão cá será difícil de momento. Não temos voos, o que tornará ainda mais difícil o seu regresso.

OD: A China apoia atuais autoridades nacionais?

JHJ: Toda a comunidade internacional tem a mesa opinião de que a presente crise na Guiné-Bissau deve acabar. A segunda volta das presidenciais realizou-se a 29 de dezembro de 2019 e já passaram mais de quatro meses e a crise arrasta-se e tem-se notado que o P5 (as Nações Unidas, a CEDEAO, a UA, a UE e a CPLP) está a desempenhar um papel de mediação e de acompanhamento de perto desta situação para o reconhecimento do Presidente eleito. Espera-se que os órgãos da soberania possam resolver a questão de formação de novo governo e, consequentemente, o da revisão da constituição

Por: Filomeno Sambú/Assana Sambú

maio de 2020

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Embaixador chinês, Jin Hong Jun, visita a TGB, concede entrevista com finalidade de ajudar a sensibilizar as pessoas em como previnir da covid-19, sendo a China onde tudo começou.

TGB Televisão da Guiné-Bissau

Aires Salla

Foto Do Dia - SONHO &&&&&&&&&&&&& REALIDADE!


Joelson da Silva

Ernesto Dabo

Covid 19 na Guiné Bissau2 - Albano Barai

CONSPIRAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19 - APU-PDGB

Casa do 1°Vice Presidente do partido Senhor Mamadú Saliu Lamba serve de covil para albergar reuniões de conspiradores e traidores do nosso presidente.

Os militantes da APU-PDGB, fiel ao partido, e aos seus dirigentes, reúnem oficialmente na nossa sede principal situado junto ao Dallas na avenida Unidade Africana, enquanto que os usurpadores e charlatões preferem palhotas e recantos de uma residência privada.

Brevemente os órgãos estatutários vão reunir para definitivamente pôr uma pedra nesse assunto, que envergonha os verdadeiros democratas.

O futuro é hoje
Viva o nosso Presidente Eng° Nuno Gomes Nabiam

APU-PDGB
Pela Paz,Unidade Nacional e Desenvolvimento



Fonte: APU-PDGB-Oficial

Covid-19: Número de mortos em África sobe para mais de 2.700

O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.704, com mais de 81 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.


De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.630 para 2.704, enquanto os infetados com o vírus da covid-19 passaram de 78.194 para 81.307.

O número total de doentes recuperados aumentou de 29.453 para 31.078.

O norte de África mantém-se como a região mais afetada pela doença no continente, com 1.397 mortos e 26.412 infetados com vírus da covid-19.

Na África Ocidental há 490 mortos e 23.596 infeções, enquanto a África Austral contabiliza 280 mortos e 15.544 casos, quase todos concentrados num único país, a África do Sul (14.335).

Seis países -- África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos, Nigéria e Gana - concentram cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus no continente e mais de dois terços das mortes associadas à doença.

O Egito é o país com mais mortos (612) e tem 11.719 casos, seguindo-se a Argélia, que 542 mortos e 6.821 infetados.

A África do Sul tornou-se o terceiro com mais mortos (261), continuando a ser o país do continente com mais casos de covid-19, com 14.335 infetados.

Marrocos totaliza 192 vítimas mortais e 6.741 casos, a Nigéria tem 176 mortos e 5.621 casos, enquanto o Gana tem 29 mortos, mas é o quinto país com mais casos (5.735).

Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções, com 913 casos, e regista três mortos.

Cabo Verde tem 328 infeções e três mortos e São Tomé e Príncipe regista 235 casos e sete mortos.

Moçambique conta com 129 doentes infetados e Angola tem 48 casos confirmados de covid-19 e dois mortos.

A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 522 casos positivos de infeção e seis mortos, segundo o África CDC.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 310 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Covid-19: China regista mais cinco casos, aulas e voos de regresso


Pequim, 17 mai 2020 (Lusa) - A China registou cinco casos de infeção com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, no momento em que a cidade de Xangai anunciou o reinício de algumas aulas e as companhias aéreas retomaram voos.

Dos novos casos, dois foram importados e três foram identificados na província de Jilin, no nordeste do país.

Nenhuma nova morte foi registada no último mês, mas as autoridades de Jilin somaram retroativamente um óbito à contabilidade, elevando o total de fatalidades na China para 4.634, entre os 82.947 casos registados desde que o surto foi detetado pela primeira vez em Wuhan no final de 2019.

Apenas 86 pessoas permanecem hospitalizadas, enquanto outras 519 estão em isolamento após mostrarem sinais da presença do vírus ou terem resultado positivo ainda que não apresentem sintomas.

A China agora tem capacidade para realizar 1,5 milhão de testes de ácido nucleico por dia, disse a Comissão Nacional de Saúde, que está a colocar uma nova ênfase na biossegurança, gestão de laboratórios e formação de pessoal.

Já o número de voos domésticos regressou a 60% dos níveis pré-surto, excedendo dez mil por dia pela primeira vez desde 01 de fevereiro, informou o órgão regulador da aviação civil do país.

Com as férias de verão a aproximarem-se, vários locais turísticos foram reabertos, incluindo o famoso palácio da Cidade Proibida de Pequim e a Disneylândia de Xangai, embora ainda existam medidas estritas de distanciamento social.

Tal como em Pequim e outras cidades, Xangai já reiniciou as aulas para alunos do ensino secundário que se preparam para os exames.

Em Xangai, os alunos mantêm a opção de continuar a frequentar as aulas 'online', em vez de enfrentarem testes de vírus e medidas de distanciamento social nas escolas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 310 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

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