terça-feira, 27 de junho de 2023

Hospital Simão Mendes sem cirurgias.: O facto é provocado pela greve dos trabalhadores contratados afetos à farmacia, à fabrica de oxigénio e ao bloco operatório.

 Radio TV Bantaba

Presidente da Aliança Evangélica Guineense, Bispo Bobó Gomes Có recebido hoje pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló no Palácio da República



Como é que Lukashenko evitou guerra civil na Rússia? O próprio explica

© Contributor/Getty Images

Notícias ao Minuto   27/06/23 

O presidente da Bielorrússia disse que Prigozhin estava "eufórico" quando falou com ele ao telefone. Putin não acreditava que esta chamada resolvesse, tendo referido ao seu aliado que este nem atendia as chamadas.

O presidente da Bielorrússia, Alenxander Lukashenko, contou, esta terça-feira, como é que se desenrolaram os acontecimentos que marcaram os últimos dias, com a Rússia à beira de uma guerra civil, numa situação "extremamente complicada" - cenário ainda hoje reconhecido pelo próprio presidente, Vladimir Putin.

"Era sexta-feira. Estávamos a ter um dia maravilhoso com as cerimónias de licenciatura. Eu estava, naturalmente, muito ocupado, também", contou, citado pela agência de notícias Belta.

O líder bielorusso confessou, depois de uma cerimónia com militares, que quando começou a receber as primeiras informações, desvalorizou. "Para ser honesto, quando comecei a receber as primeiras informações sobre os desenvolvimentos em Rostov, não prestei muita atenção. A guerra continua, por isso coisas como esta não são uma surpresa", referiu.

Lukashenko confessou que não foi a marcha em si que achou que seria o mais perigoso, mas sim as possíveis ramificações. O líder bielorusso terá dito ao seu homólogo russo que deveria falar com o líder do Grupo Wagner, Prigozhin. Putin respondeu-lhe que não seria possível. "Ele nem atende o telefone, não quer mais falar", atirou.

Não contente com a resposta, Lukashenko insistiu, e Putin disse-lhe que este já tinha chegado a Rostov. "Eu disse-lhe [a Putin]: Uma paz má é melhor do que qualquer guerra. Vou tentar contactá-lo", insistiu, contando que Putin não se mostrou muito esperançoso.

Mas o 'Chef de Putin' atentou o telefone

De acordo com Alexandr Lukashenko, o vice-ministro da Defesa da Rússia, Yunus-Bek Yevkurov, tomou 'as rédeas' nestas negociações, assim como  o diretor dos Serviço Federal de Segurança da Rússia, Alexander Bortnikov.

"Mais ninguém participou nestas negociações na fase inicial", garantiu líder bielorusso, citado pela agência de notícias Belta. Lukashenko explica que foi o 'vice' russo quem fez a ligação para que este entrasse em contacto com o líder do Grupo Wagner. "Yevgeny estava completamente eufórico", contou, explicando que durante a primeira meia-hora a conversa foi baseada em impropérios. "O número de impropérios era dez vezes mais do que as palavras normais", garantiu.

Lukashenko confessou que tinha estado a pensar no que deveria dizer ao líder do grupo paramilitar por forma a começarem as negociações.

"[O Grupo Wagner] tinha acabado de regressar da frente de batalha. Viram milhares de mortos [que pertenciam à milicia]. Estão estavam extremamente insatisfeitos, principalmente, os comandantes. E, pelo que percebi, eles influenciaram o próprio Prigozhin. Sim, ele atua como um herói, vocês sabem, mas estava sob pressão e influência daqueles que estavam no comando de unidades e tinham visto aquelas mortes. Falei com ele quando foi, apenas por um segundo para Rostov e ele estava meio louco", afirmou. 

Os responsáveis envolvidos nesta situação já tinham dito aos combatentes do Grupo Wagner que restavam agora três opções: ficar na Bielorrússia, inscreverem-se no exército russo ou voltar para casa. A Prigozhin foi-lhe aberta a possibilidade de ir para a Bielorrússia, algo que só hoje Lukashenko confirmou que este aceitou. O líder do Grupo Wagner é esperado hoje em território bielorrusso.

Já hoje, o presidente do país disse que queria aprender com a experiência dos mercenários do Grupo Wagner, alertando para que as pessoas não tenham receio da presença deste - ou dos combatentes que pertencem ao grupo militar.


Julius Maada Bio reeleito para um segundo mandato na Serra Leoa

© Lusa

POR LUSA   27/06/23 

O Presidente em exercício na Serra Leoa, Julius Maada Bio, foi reeleito para um segundo mandato nas eleições realizadas sábado, segundo os resultados oficiais definitivos anunciados hoje.

Julius Maada Bio foi reeleito à primeira volta com 56,17% dos votos, anunciou o presidente da comissão nacional eleitoral, Mohamed Kenewui Konneh.

O seu principal adversário, Samura Kamara, ficou em segundo lugar, com 41,16% dos votos, de acordo com os resultados finais apresentados numa conferência de imprensa em Freetown.

A lei eleitoral do país diz que um candidato é eleito à primeira volta se obtiver mais de 55% dos votos.

Cerca de 3,4 milhões de pessoas foram convocadas para escolher entre 13 candidatos para a eleição presidencial, um escrutínio com a aparência de uma desforra de 2018 entre Bio, um militar reformado de 59 anos, e Kamura, um tecnocrata de 72 anos e líder do Congresso de Todo o Povo (APC).

Em 2018, Bio venceu Kamura, mas só numa segunda volta, tendo recebido 51,8% dos votos.


O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, recebeu hoje em audiência, Embaixador de Angola na Guiné-Bissau, portador de uma mensagem do Presidente de Angola.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Tribunal de Contas homenagea o representante de PNUD na Guiné-Bissau.



Entrega de cartas Credencias - Sr. Yuri Pivovarov, embaixador da Ucrânia.

O Presidente da República, recebeu hoje, as cartas credenciais do novo Embaixador da Ucrânia para a Guiné-Bissau, Yurii Pivovarov.



Lukashenko confirma que líder do grupo Wagner está no país

© Reuters

POR LUSA   27/06/23 

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e outros mercenários russos, já se encontram na Bielorrússia, depois da falhada rebelião armada na Rússia na semana passada, revelou hoje o Presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko.

"Garantias de segurança foram dadas, como prometido por (Presidente russo] Vladimir Putin. (...) Sim, de facto, ele está hoje na Bielorrússia", disse Lukashenko numa cerimónia militar, citado pela agencia de noticias oficial BelTA.

O exílio na Bielorrússia do proprietário de 62 anos do Grupo Wagner já tinha sido anunciado pelo Kremlin como parte do acordo que pôs fim ao breve motim armado na Rússia, abortado no sábado quando uma coluna de mercenários já se encontrava a cerca de 200 quilómetros da província de Moscovo.

Prigozhin e algumas das suas tropas seriam bem-vindas para permanecer na Bielorrússia "por algum tempo" às suas próprias custas, disse Alexandr Lukashenko.

As autoridades russas anunciaram hoje que encerraram uma investigação criminal sobre o levantamento armado e não seriam apresentadas acusações contra Prigozhin ou contra as suas tropas após ter sido fechado o acordo.


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NOTA À IMPRENSA


ÁFRICA DO SUL: A Organização Não Governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) disse hoje que o Governo da África do Sul está a agravar o legado do 'apartheid' para milhares de pessoas ao não garantir o acesso a serviços básicos.

© Reuters

POR LUSA   27/06/23

 HRW critica falta de acesso a serviços básicos na África do Sul

A Organização Não Governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) disse hoje que o Governo da África do Sul está a agravar o legado do 'apartheid' para milhares de pessoas ao não garantir o acesso a serviços básicos.

De acordo com um relatório publicado hoje, e citado pela agência espanhola de notícias, a EFE, a HRW critica a incapacidade do Governo para aplicar eficazmente a Lei das Pessoas Adultas", aprovada a seguir ao apartheid [regime segregacionista que vigorou no país entre 1948 e 1994], e proteger os direitos dos mais velhos e proporcionar-lhes serviços de apoio e ajuda comunitária e domiciliária.

Os mais de 5,5 milhões de pessoas com 60 anos ou mais que vivem na África do Sul "passaram pelo menos metade da sua vida debaixo do apartheid", salientou a HRW, destacando que "as políticas de segregação racial negaram à maioria da população negra, mestiça e indiana ou asiática um bom nível de educação, um trabalho decente e a possibilidade de poupar para a terceira idade".

Segundo a HRW, "o impacto cumulativo dessa discriminação racial continua a afetar as pessoas seniores na atualidade", o que é agravado pelas políticas do governo sul-africano.

Em causa está, defendem os ativistas, o agravamento da situação "devido às restrições do Governo sobre como se podem gastar os fundos, à falta de um sistema para determinar quem tem direito a receber cuidados e apoio, a excessiva dependência dos familiares, as disparidades entre os planos das diferentes entidades governamentais provinciais e o número insuficiente de trabalhadores sociais".

O desmantelamento da segregação racial na economia mais industrializada da África subsaariana não começou até meados da década de 90, e as primeiras eleições democráticas e multirraciais aconteceram em 1994, dando a vitória ao histórico Nelson Mandela.

De acordo com dados do Banco Mundial citados pela EFE, a África do Sul é o país mais desigual do mundo e as disparidades raciais são a principal causa da diferença que há nos salários, embora o género também seja importante, já que as mulheres recebem salários 38% inferiores aos dos homens.


Leia Também: O secretário executivo interino da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) defendeu hoje que os países africanos mais vulneráveis devem ter financiamento "previsível, suportável e sustentável" no contexto de uma reforma da arquitetura financeira global.

RÚSSIA: "Não disponho de nenhum dado". Kremlin desconhece paradeiro de Prigozhin

© Reuters

POR LUSA   27/06/23 

O porta-voz do Kremlin negou hoje saber onde se encontra o empresário Yevgeny Prigozhin, que de acordo com um grupo de monitorização bieolorrusso, terá chegado hoje de avião a um aeródromo em Minsk.

"Não disponho de nenhum dado sobre ele", disse Peskov na habitual conferência de imprensa realizada por telefone. 

Segundo a equipa de investigação bielorrussa Gayun, que monitoriza a atividade militar no país, o avião privado do oligarca russo que lidera o grupo Wagner terá aterrado hoje no aeroporto militar de Machulishchi, perto de Minsk.

O aparelho terá aterrado às 07:37 locais (04:37 em Lisboa), de acordo com os dados do portal Flightradar24, que também rastreia as ligações aéreas. 

Trata-se de um Embraer Legacy 600 com o número de registo RA-02795 e encontra-se incluído na lista de sanções norte-americana desde 2019 pela ligação a Prigozhin, apesar de a matrícula antiga ser M-SAAN.

Segundo a organização Gayun, outro avião privado como número RA-02878 proveniente de São Petersburgo, Rússia, aterrou às 07:58 (04:58 em Lisboa) também no aeródromo de Machulishchi. 

Desconhece-se até ao momento se o oligarca russo Prigozhin se encontrava a bordo de um dos dois aparelhos.

As informações sobre estes dois aviões não foram referidas oficialmente pelas autoridades de Minsk nem foram diretamente acompanhadas por jornalistas ou verificadas por fontes independentes.

O líder do grupo Wagner foi visto publicamente pela última vez na noite do dia 24 de junho quando abandonava no interior de um veículo a cidade de Rostov-sobre-o-Don, ocupada pelos combatentes contratados.

Na segunda-feira, o oligarca, sem revelar o seu paradeiro, publicou uma mensagem áudio através do Telegram afirmando que "a rebelião armada" não tinha como objetivo a queda do Governo russo, mas sim protestar contra as intenções do Ministério da Defesa, que acusou de querer desmantelar a empresa. 


Leia Também: "Forças russas conseguiram evitar uma guerra civil". Putin agradece às forças russas intervenção contra Prigozhin


Leia Também: O Presidente bielorrusso considerou hoje que as tensões entre a empresa de mercenários russa Wagner e o Exército de Moscovo foram "mal geridas" e foi isso que provocou "a confrontação" do fim de semana.


WRI: Planeta perdeu em 2022 área de floresta equivalente ao tamanho da Suíça

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POR LUSA   27/06/23 

O planeta perdeu em 2022 uma área de floresta tropical virgem equivalente ao tamanho da Suíça ou da Holanda, ecossistemas destruídos sobretudo devido à agricultura e pecuária, segundo o World Resources Institute (WRI), com sede em Washington, EUA.

De acordo com uma análise do WRI, que teve por base dados recolhidos através de satélite, a perda é equivalente a um campo de futebol de árvores tropicais derrubadas ou queimadas a cada cinco segundos em 2022, representando mais 10% de área destruída do que em 2021.

O satélite Global Forest Watch (GFW) registou em 2022 a destruição de mais de 4,1 milhões de hectares de florestas primárias tropicais, cruciais para a biodiversidade e o armazenamento de carbono do planeta.

O país mais afetado é o Brasil, com uma área destruída que representa 43% das perdas globais, à frente da República Democrática do Congo (13%) e da Bolívia (9%).

No top 10 do ranking de 2022 estão também o Peru (3,9%), Colômbia (3,1%), Laos (2,3%), Camarões (1,9%), Papua Nova Guiné (1,8%) e Malásia (1,7%).

Na Indonésia, por outro lado, a destruição da floresta diminuiu pelo quinto ano consecutivo.

"Estamos a perder uma das nossas ferramentas mais eficazes para combater as mudanças climáticas, proteger a biodiversidade e apoiar a saúde e os meios de subsistência de milhões de pessoas", disse hoje a diretora do GFW, Mikaela Weisse, em conferência de imprensa.

A aceleração da destruição florestal continua, apesar dos compromissos assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) em Glasgow, Escócia, em 2021 pelos principais líderes mundiais.


ONU: Mil mortos em ataques desde tomada do poder pelos talibãs no Afeganistão

© Lusa

POR LUSA   27/06/23 

A ONU afirmou hoje ter registado um número significativo de civis mortos e feridos em ataques no Afeganistão, desde que os talibãs chegaram ao poder, apesar de uma redução das vítimas comparativamente aos anos anteriores de guerra.

Um relatório da missão da ONU no Afeganistão (UNAMA) notou que, desde a tomada de poder do regime talibã, em agosto de 2021, e até final de maio, contabilizaram-se 3.774 mortos, incluindo 1.095 em atos de violência no país.

Num relatório anterior, a missão da ONU tinha contabilizado 8.820 mortos civis, incluindo 3.035 em 2020.

Os talibãs tomaram o poder em agosto de 2021, quando as tropas dos Estados Unidos e da NATO retiraram do Afeganistão, depois de duas décadas de guerra.

Três quartos dos ataques registados, desde o início do regime talibã, foram perpetrados com dispositivos explosivos improvisados em "áreas povoadas, incluindo locais de culto, escolas e mercados", referiu o documento da ONU.

Entre os mortos, contaram-se 92 mulheres e 287 crianças.

A UNAMA indicou, em comunicado, que a maioria dos ataques com engenhos explosivos improvisados foi reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico na província de Khorasan, afiliado do Estado Islâmico (EI).

No entanto, um "número significativo" de mortes resultou de ataques que nunca foram reivindicados ou que a missão da ONU não conseguiu atribuir a nenhum grupo.

O documento da ONU também manifestou preocupação com "a letalidade dos ataques suicidas" desde a tomada do poder pelos talibãs, com menos ataques a causarem mais vítimas civis.

O relatório indicou ainda que os ataques foram aconteceram no meio de uma crise financeira e económica geral no país. Com menos financiamento externo, na sequência da tomada do poder pelo regime, as vítimas estão a lutar para ter acesso a "apoio médico, financeiro e psicossocial" , apontou o documento.

A agência da ONU exigiu a cessação imediata dos ataques e afirmou considerar o governo talibã responsável pela segurança dos afegãos.

Por sua vez, os talibãs afirmaram que a administração assumiu o poder quando o Afeganistão estava "à beira do colapso" e conseguiu "salvar o país e o Governo de uma crise", através da tomada de decisões corretas e de uma gestão adequada.

A situação melhorou gradualmente desde agosto de 2021, referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros afegão, numa resposta, citada pela agência de notícias Associated Press.

"A segurança foi garantida em todo o país", disse o departamento governamental, em comunicado, acrescentando que o regime considera a segurança dos locais de culto e santuários sagrados, incluindo xiitas, uma prioridade.

Apesar das promessas iniciais, em 2021, apontarem para uma administração mais moderada, os talibãs impuseram regras severas no país, proibindo a educação das raparigas, a partir do 6.º ano de escolaridade, e impediram as mulheres afegãs de participarem na vida pública e na maioria dos trabalhos, incluindo em organizações não-governamentais e na ONU.


ALEMANHA: Em pleno verão, Berlim vê-se afetada por fortes chuvadas. Veja as imagens... Veja, na galeria que se segue, imagens que mostram as consequências que estes fenómenos meteorológicos tiveram na capital alemã.

© REUTERS/Fabrizio Bensch

Notícias ao Minuto   27/06/23 

A capital alemã, Berlim, foi recentemente afetada por uma vaga de fortes chuvadas, que deixaram várias ruas inundadas.

Uma vasta porção do país tem sido alvo, ao longo dos últimos dias, de tempestades e chuvas intensas, que obrigaram até ao encerramento de algumas das principais vias ferroviárias do país na sexta-feira.

Isto depois de, no início da semana passada, os serviços meteorológicos nacionais terem alertado para o aparecimento de tempestades severas com quantidades significativas de precipitação.

Veja, na galeria, imagens que mostram as consequências que estes fenómenos meteorológicos tiveram na capital alemã.


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AUDIÊNCIAS DO PRESIDENTE: - ALEJANDRO BALDÉ, JOGADOR DO FC BARCELONA - ENVIADO ESPECIAL DO PRESIDENTE DE ZIMBABUÉ, SIMBARASHE MUMBERENGEGWI ...

Presidência da República da Guiné-Bissau   26.06.2023



O presidente da república recebeu, em audiência, Alejandro Baldé, defesa do FC Barcelona e titular da seleção espanhola. 
Segundo o lateral esquerdo do FC Barcelona, filho de pai guineense, decidiu visitar a Guiné-Bissau, para “conhecer familiares e tomar contacto com o país”

Zelensky celebra "avanço em todas as direcções" de exército do país

© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   27/06/23 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou na segunda-feira o "avanço em todas as direções" do exército ucraniano, no âmbito da ofensiva para recuperar os territórios ocupados pela Rússia.

"Hoje [segunda-feira] os nossos guerreiros avançaram em todas as direções e este é um dia feliz. Desejo que os rapazes tenham mais dias como este", disse Zelensky durante um discurso, citado pela agência de notícias Europa Press.

"Obrigado por terem feito tudo o que estava ao vosso alcance para salvar as vidas dos nossos guerreiros (...) Foi um dia muito ocupado, um dia de muitas emoções. Tive a honra de agraciar os nossos guerreiros, de lhes agradecer pessoalmente, de lhes apertar a mão", acrescentou.

O ministro da Defesa do Reino Unido afirmou, na segunda-feira, na rede social Twitter, que a Ucrânia já recuperou 300 quilómetros quadrados na ofensiva de verão, o que é "mais território do que a Rússia capturou nas ofensivas de inverno".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Leia Também: Putin acusa responsáveis pela rebelião de "disparar contra os seus"

Ucrânia, Síria, Líbia, Mali… Os "pequenos homens verdes" transformaram-se no Grupo Wagner e só há uma regra: “Entrar a matar”

Yevgeny Prigozhin. Getty

Por cnnportugal.iol.pt   27/06/23

Ficaram conhecidos em 2014, no Donbass. Não tinham “insígnias” e vestiam-se “de verde” e foram inicialmente chamados de “The Little Green Men”. Prigozhin lidera o grupo desde o início, mas após desafiar Moscovo o seu paradeiro é agora desconhecido. A CNN Portugal falou com dois especialistas que conhecem bem este grupo: a sua história, em que países atuam e como ganham dinheiro

Yevgeny Prigozhin era um homem de confiança de Vladimir Putin e criou um grupo de mercenários quando a Rússia precisou. “Quando ocorreu a invasão do Donbass, a Rússia não queria aparecer como invasora, então criou um grupo sem insígnia, de homens armados, vestidos de verde”, recorda Victor Ângelo, especialista na área das Relações Internacionais e ex-secretário geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), em entrevista à CNN Portugal.

Os pequenos homens verdes (The Little Green Men), como eram conhecidos em 2014/ 2015, “porque estavam todos vestidos de verde, como militares, mas não tinham qualquer tipo de insígnia” que os identificasse, fosse por país ou batalhão, explica Victor Ângelo. Este especialista recorda que, então, os russos asseguravam não ter nada a ver com o eles e que se tratava de gente do Donbass.

O Grupo Wagner alimenta-se de guerra, conflitos e é pago a peso de ouro, até com diamantes, por quem o contrata. Victor Ângelo acredita que tenham um “financiamento direto do governo russo” e que, além de dinheiro, a remuneração também possa incluir equipamento, armamento, logística e transporte. 

Depois do Donbass, “a primeira grande expedição do grupo foi na Síria, quando a Rússia começou a ajudar o regime de Bashar al-Assad. Foram enviados, já como grupo Wagner, para proteger as bases militares russas na Síria, nomeadamente a base marítima e a base aérea”, conta Victor Ângelo.

“Depois, começaram a entrar na parte leste Líbia para ajudar a rebelião contra Tripoli”. E o caminho continuou. Seguiu-se o Mali, “onde devem estar cerca de dois mil homens” do Grupo Wagner. E depois, “na República Centro Africana”. Fazem também “circulação de logística, de bens e de armas, entre o leste da Líbia e os rebeldes do Sudão” e, neste momento, “estão em negociações com o governo do Burkina Faso”.

Como grupo mercenário “não seguem qualquer tipo de regra internacional em termos de respeito pelos direitos humanos, pelas regras da guerra, pelas questões humanitárias. É pura e simplesmente entrar a matar”, acrescenta o ex-secretário geral adjunto da ONU. Este é mesmo um dos motivos que leva alguns governos a contratarem os seus serviços.

“As Forças armadas russas não têm grande vontade para os integrar”

A grande maioria dos elementos do Grupo Wagner encontra-se agora na Ucrânia, mas os acontecimentos mais recentes podem fazer “desmobilizar” muitos, até porque, segundo informação interna recolhida por Victor Ângelo, estes elementos não deverão ser acolhidos pelo exército russo. “Não serão integrados, são puramente desmobilizados, porque as Forças Armadas russas não têm grande vontade para os integrar”. 

E há vários motivos. “Muitos deles são antigos criminosos e as Forças armadas não querem, que ao lado dos soldados profissionais, estejam a combater antigos criminosos, porque diminui o moral das forças armadas convencionais”.

Mas não só. “A segunda razão é que são pessoas sem preparação militar tradicional. Não passaram por todos os cursos e formação dos militares tradicionais. É gente que foi puramente recrutada e à qual foi dado uma arma e a quem foi dito, agora vais combater”, acrescenta.

Nos últimos “seis, sete meses” foram muitas a vezes que Yevgeny Prigozhin criticou duramente o Ministério da Defesa russo e esse discurso é passado a quem está no terreno. Se houvesse a integração destes homens no exército russo, “a partir desse momento, o ministro e o Chefe do Estado Maior General passariam a ter militares nos quais não poderiam confiar”.

O atual paradeiro de Prigozhin é desconhecido e a Bielorússia nunca poderia ser escolha para o líder do grupo Wagner, segundo Victor Ângelo. “Mais cedo, e provavelmente mais cedo do que mais tarde, acabaria por ser preso por Aleksandr Lukashenko”, próximo de Vladimir Putin, assegura.

E lembra casos recentes em que se tem verificado situações de “muita gente a cair de escadas” e “por razões que não têm comparação em termos de gravidade com aquilo que este homem fez”. Mesmo sem excluir a possibilidade de o líder do Grupo Wagner ter rumado a África, tem dúvidas, porque muitos desses países “estão muito subordinados à Rússia”. E, por isso, este especialista admite que Prigozhin procure provavelmente um dos estados do Golfo ou similar, geografias que têm, apesar de tudo, alguma independência. Independentemente do local onde se encontre, Victor Ângelo tem uma certeza: Prigozhin “está numa situação muito, muito difícil”.

“Na Ucrânia eles faziam aquilo que as tropas russas não podiam fazer, que são os crimes bárbaros”

José Manuel Anes é ex-presidente do Conselho Consultivo do OSCOT - o Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, e o nome Wagner não lhe é nada desconhecido. Para este especialista a ligação do grupo a África é forte e deverá continuar. “Porque ali há matérias-primas”, explica. Recebem dos governos e ainda ficam matérias-primas da zona, seja “diamantes ao ouro”. Exploram minas e é assim que também garantem o financiamento do grupo. “Dinheiro não lhes falta”, afirma. Na região de África devem estar cerca de “cinco mil homens” admite.

Mas a grande maioria dos homens continua na Ucrânia. “Na Ucrânia eles faziam aquilo que as tropas russas não podiam fazer, que são os crimes bárbaros. Portanto, misturam a parte militar com saques, violações, tudo. É realmente um grupo problemático”. E não tem dúvidas que ao nível de grupos mercenários este é “atualmente” o pior de todos.

“Só o grupo Wagner conta. Não têm restrições. Não querem saber se o governo é legítimo, se é ilegítimo, se a ONU tem mandato, se não tem. Estão ali para governar a vidinha, mais nada”, acrescenta.

O futuro parece incerto, principalmente sem se saber onde está Yevgeny Prigozhin. “Ele pode estar na Bielorrússia, pode estar em África”. E para José Manuel Anes este é um destino bastante possível. “Pode ter ido para África porque, na verdade, ali ninguém importuna”.

Quanto aos milhares de homens que ainda permanecem na Ucrânia, assume que alguns poderão regressar a África. Outros talvez permaneçam onde estão, até porque se fala na possibilidade de “serem integrados nas tropas russas”. Mas esta não é uma garantia porque também existe a possibilidade de “conspirarem contra o Putin. É tudo possível. Do Wagner é tudo possível”.

O exército privado de Putin

A organização terá sido fundada por volta de 2007, na Rússia, por um ex-oficial do exército russo, Dmitriy Valeryevich Utkin, com o apoio de Yevgeny Prigozhin, um oligarca russo com laços estreitos ao Kremlin. E é por isso, que muitos tratam o Grupo Wagner como um exército privado de Vladimir Putin.

As informações sobre o ex-oficial do exército russo Dmitriy Valeryevich Utkin são escassas. Terá servido como tenente-coronel das forças especiais do GRU (Direção Central do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia) e recebido quatro Ordens de Coragem. Nasceu a 11 de junho de 1970 em Asbest, na Rússia.

Já Yevgeny Prigozhin é conhecido como "o chef de Putin". A alcunha virá do facto de ter feito fortuna em negócios de catering na década de 90. Terá conhecido Putin em 2001, no seu restaurante de luxo em São Petersburgo, o New Island, e em pouco tempo passou a fazer parte do círculo próximo do líder russo. 

Dmitriy Valeryevich Utkin será o homem responsável pelo nascimento do Grupo, que só se torna visível aos olhos do mundo em 2014, durante a Guerra civil no leste da Ucrânia, o Donbass. É nessa altura que surgem relatos de soldados ucranianos que se cruzaram com homens fardados de verde, mas sem símbolos e que falavam russo. Os tais “Pequenos Homens Verdes”.

Putin acusa responsáveis pela rebelião de "disparar contra os seus"

© Lusa

POR LUSA   27/06/23 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou na segunda-feira os responsáveis pela rebelião do último fim de semana de serem traidores e disse que as suas ações só beneficiaram a Ucrânia e aliados.

Num discurso de cerca de cinco minutos, transmitido pela televisão russa perto da meia-noite (22h00 em Lisboa), Putin acusou os responsáveis da revolta de tentarem forçar os mercenários do Grupo Wagner a "disparar contra os seus", numa referência aos soldados do exército russo.

Sem se referir ao líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, o chefe de Estado russo disse que "os inimigos da Rússia" esperavam que a rebelião armada dividisse e enfraquecesse o país, "mas eles calcularam mal".

Apesar de terem surgido, em vídeos publicados nas redes sociais, sinais de apoio da população à revolta, Putin garantiu que a Rússia permanece unida e elogiou os mercenários por terem evitado o "derramamento de sangue".

Horas antes, o Presidente russo tinha-se dirigido diretamente aos mercenários do Grupo Wagner, oferecendo-lhes a possibilidade de assinarem um contrato com o exército e de "regressarem às suas famílias e entes queridos" ou de "partirem para a Bielorrússia".

Putin teve ainda uma "reunião de trabalho" com responsáveis pela segurança do Estado, aos quais agradeceu o trabalho realizado durante a rebelião do Grupo Wagner.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu na segunda-feira que o seu país e a NATO não tiveram qualquer envolvimento na rebelião na Rússia pelas forças mercenárias do Grupo Wagner.

Biden confirmou que realizou uma videochamada com aliados no fim de semana e que todos estão em sintonia na necessidade de não dar ao Presidente russo "uma desculpa para culpar o Ocidente" ou a NATO pela rebelião.

Na rebelião armada de 24 horas, liderada por Yevgeny Prigozhin, os mercenários tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.

A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.

Yevgeny Prigozhin justificou na segunda-feira a "rebelião" do grupo com a necessidade de "salvar" a organização, rejeitando ter tentando um golpe de Estado e adiantando que 30 dos seus mercenários morreram em confrontos com militares russos.

"O objetivo da marcha era evitar a destruição do Grupo Wagner", disse Prigozhin numa mensagem áudio de 11 minutos, em que quebrou o silêncio que mantinha desde sábado, quando recuou na "marcha sobre Moscovo", sem revelar onde se encontra, embora o Kremlin tenha garantido ao líder da organização paramilitar a possibilidade de se deslocar para a Bielorrússia.

Segundo Prigozhin, o grupo Wagner "estava ameaçado de desmantelamento pelas autoridades" russas.


Kremlin luta para salvar a imagem de Putin após motim de Wagner

A Rússia viveu a mais séria ameaça ao Estado em décadas, quando o grupo mercenário Wagner se amotinou e o seu líder ameaçou invadir Moscovo e afastar o Presidente Vladimir Putin do poder. O episódio deixa dúvidas sobre o rumo das operações na Ucrânia e o futuro político de Putin. 

@voaportugues.com  27/06/23

Letónia deixa de aceitar pedidos de visto de cidadãos russos

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POR LUSA   26/06/23 

A Letónia vai deixar de aceitar pedidos de visto de cidadãos russos, independentemente do motivo, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros deste país báltico, precisando que a medida tem efeitos imediatos.

Com esta decisão, a Letónia sela totalmente as fronteiras do país para com os cidadãos russos, justificando a medida com os "acontecimentos políticos internos imprevisíveis", numa alusão à rebelião dos mercenários do Grupo Wagner.

Apesar de a medida ter efeito imediato não abrange os pedidos de visto enviados até este domingo, dia 25 de junho, que ainda se encontrem pendentes e que serão processados.

Citada pela agência Efe, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Diana Eglite, precisou que este é o único país báltico que decidiu suspender totalmente a aceitação de pedidos de visto por cidadãos russos.

"É uma decisão soberana. Nesta fase, não nos coordenámos com os outros aliados", referiu.

A Estónia, Letónia e Lituânia restringiram o trânsito e a entrada de cidadãos russos e bielorrussos na sequência da invasão da Ucrânia, mas mantiveram algumas exceções, nomeadamente, para familiares de residentes e transportadoras.

Os mercenários do Grupo Wagner realizaram uma rebelião armada de 24 horas, liderada pelo seu líder, Yevgeny Prigozhin, no fim de semana, durante a qual tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.

A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.


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