sexta-feira, 7 de março de 2025

Ucrânia recebe do Reino Unido os primeiros ativos russos congelados

© Thierry Monasse/Getty Images  Lusa  07/03/2025

As autoridades ucranianas anunciaram hoje que o Reino Unido lhe entregou ativos russos congelados no valor de 752 milhões de libras (895 milhões de euros), com Moscovo a denunciar uma "grave violação" do direito internacional.

A entrega foi feita um dia depois de a Bélgica, país onde se encontra a maior parte destes ativos na Europa, ter manifestado as suas reticências.

Trata-se da primeira entrega a partir do território britânico no âmbito da iniciativa do G7, explicou o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, numa mensagem na conta pessoal na rede social Telegram.

"Utilizaremos os fundos para reforçar as capacidades de defesa da Ucrânia. Agradecemos ao Governo do Reino Unido e aos nossos parceiros do G7 por este mecanismo que faz com que os fundos russos funcionem para a Ucrânia", afirmou.

Shmigal mostrou-se confiante de que todos os ativos detidos pela Rússia noutros países continuarão a entrar nos cofres ucranianos num futuro próximo.

"[Que] sejam confiscados e transferidos para benefício do nosso Estado", escreveu.

Embora um número crescente de Estados-membros da União Europeia (UE) se tenham manifestado de acordo com a entrega à Ucrânia os ativos russos congelados, a Bélgica alertou para os riscos económicos e jurídicos que tal decisão implica.

Em consequência das sanções impostas pela UE, a Euroclear acumula pagamentos de cupões bloqueados e reembolsos devidos a entidades sancionadas, com um balanço que, no final de junho de 2024, ascendia a 207.000 milhões de euros, dos quais 173.000 milhões correspondem a ativos russos sancionados.

Por seu lado, Moscovo denunciou a transferência e considerou-a como uma "grave violação do direito internacional" e avisou que o Reino Unido terá de dar explicações e devolver o que agora "distribui tão alegremente".

O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, observou que as autoridades britânicas serão forçadas a recuar e comparou esta medida às "decisões absurdas" da anterior administração norte-americana, liderada por Joe Biden, relativamente à guerra na Ucrânia, que o atual residente na Casa Branca, Donald Trump, teve de reverter.

"Isso prejudicará a confiança no sistema financeiro britânico para sempre, porque o que aconteceu destrói o princípio da inviolabilidade da propriedade em que todo o sistema financeiro global se baseia", disse Volodin.

Volodin defendeu a capacidade da Rússia de responder na mesma moeda e confiscar todos os bens e propriedades britânicos. Desconhece-se o valor dos bens e propriedades britânicas em território russo.


Leia Também: O presidente norte-americano, Donald Trump, considerou hoje que é mais fácil lidar com a Rússia do que com a Ucrânia nos esforços para colocar um fim à guerra e reiterou confiar no homólogo norte-americano, Vladimir Putin.

Nova dinâmica. Alto Comissariado para a peregrinação HAJJ 2025

Por  Gaitu Baldé 

Idriça Djaló, Presidente do Partido da Unidade Nacional "PUN", defende diálogo como solução para a crise política que abala o país. Político falava hoje 07-03-2025, durante uma conferência de imprensa realizada num dos hotéis de Bissau.

Por CAP GB 

Reações: Líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses "PTG", Botche Candé, do Vice-Presidente do Movimento para Alternância Democrática "MADEM-G15", Marciano Silva Barbeiro, do Presidente do Partido da Renovação Social "PRS", Félix Blutna Nandungue e do Partido da Unidade Nacional "PUN", Idriça Djaló, congratulam com a decisão do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

CAP GB

O Presidente da República, reuniu-se com partidos políticos para definir a data das eleições presidenciais e legislativas antecipadas. A maioria das formações políticas compareceu, com exceção da coligação PAI TERRA RANKA e do partido APU-PDGB.






Decreto presidencial: Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, anuncia eleições gerais para o dia 23 de Novembro de 2025.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, marcou hoje para 23 de novembro eleições gerais, presidenciais e legislativas.  

Sissoco era acusado de não querer realizat eleições, os opositores entendem que este não quer largar o poder.

 



Veja Também: Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló ausculta  partidos políticos no quadro da marcação da data para realização das eleições legislativas e presidenciais. A auscultação conjunta visa todas as formações políticas legalmente constituídas 

Kyiv utiliza pela primeira vez caças franceses Mirage 2000: A Ucrânia utilizou pela primeira vez os aviões de combate franceses Mirage 2000 durante a noite de quinta-feira em que pelo menos 58 mísseis e 194 'drones' russos foram projetados contra o país.

© Reuters  Lusa  07/03/2025 

Os cinco aviões de combate Mirage 2000 foram entregues à Ucrânia pela França no mês passado.

Em comunicado, a Força Aérea ucraniana afirmou ter abatido pelo menos 134 alvos, incluindo 34 mísseis e 100 'drones', numa altura em que a suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos faz temer em Kiev um enfraquecimento das capacidades de defesa aérea.

Desenvolvido nos anos 1970, a França produziu até ao momento cerca de 600 caças Mirage 2000 exportando aparelhos para o Brasil, Egito, Grécia, Índia, Peru, Qatar, Taiwan e Emirados Árabes Unidos. 

Declarações do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, antes da leitura do decreto presidencial N°06/2025 que anunciou a data das eleições gerais no dia 23 de Novembro deste ano. De lembrar que, PAIGC e APU-PDGB, não marcaram presença no encontro que decorreu no Palácio da República.

Por  CAP GB

Oposição guineense recusa diálogo mediado pelo PR

Baciro Djá, líder da API - Cabas Garandi (esq), e Domingos Simões Pereira, líder da PAI - Terra Ranka (dir). (Foto de Arquivo)

VOA News   março 07, 2025

Coligações que reúnem os principais partidos do país defendem mediação da CEDEAO

Bissau — As coligações Plataforma da Aliança Inclusiva-Terra Ranka (PAI-TR) e a Aliança Patriótica Inclusiva - Cabaz Garandi anunciaram na quarta-feira, 5, que não vão se engajar em qualquer processo de diálogo promovido pelo Presidente da República, fora do quadro da mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

“A iniciativa da CEDEAO em promover um roteiro consensual para a realização de eleições inclusivas e pacíficas em 2025, num prazo de 90 dias, nos termos da lei, é um passo fundamental para restaurar a ordem democrática”, disseram aquelas coligações numa carta enviada ao presidente da comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray.

Os principais partidos do país reunidos naquelas organizações acrescentaram que o “prolongamento inconstitucional” do mandato presidencial e a dissolução do Parlamento “agravaram significativamente a crise política e institucional na Guiné-Bissau”.

As coligações reafirmaram que “a resistência do regime a este processo evidencia a sua intenção de se perpetuar no poder a qualquer custo, em clara violação dos princípios democráticos e dos direitos fundamentais dos cidadãos”.

Na segunda-feira, 3, o Presidente da República disse ter expulso a missão da CEDEAO por ter alterado os seus objetivos, confirmando o que tinha informado a missão da CEDEAO em comunicado ao deixar o país.

"Não voltará cá nunca mais, este país tem regras”, afirmou Umaro Sissoco Embaló, reiterando que a Guiné-Bissau “não é uma república das bananas".

A missão da CEDEAO deve emitir um comunicado com o resultado da sua missão.

Enviado de Trump diz que ucranianos "estavam a pedi-las" após suspensão de ajuda dos EUA

Kacper Pempel/Reuters   SIC Notícias  07 mar. 2025

O Governo republicano anunciou a suspensão esta semana, depois de a reunião de sexta-feira passada entre Donald Trump e o seu hómologo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Sala Oval da Casa Branca.

O enviado especial do Presidente norte-americano à Ucrânia e à Rússia declarou esta quinta-feira que a suspensão da ajuda militar e de informações de Washington já está a ter impacto na Ucrânia, comentando que os ucranianos "estavam a pedi-las".

"A melhor maneira de descrevê-lo é dizer que é como bater com uma tábua no focinho de uma mula", disse o tenente-general na reserva Keith Kellogg, num evento do Conselho de Relações Externas, acrescentando: "Conseguimos chamar a atenção deles".

Segundo o responsável, a Ucrânia foi "bem avisada" pela Casa Branca antes de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ordenar esta semana uma pausa na assistência militar dos Estados Unidos e na partilha de informações com Kiev.

O Governo republicano anunciou a suspensão esta semana, depois de a reunião de sexta-feira passada entre Trump e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Sala Oval da Casa Branca, aberta à comunicação social, se ter transformado numa sessão pública de insultos e ameaças de Trump ao homólogo ucraniano, com o vice-presidente norte-americano, JD Vance, a juntar-se ao Presidente nas acusações de desrespeito e ingratidão dirigidas ao seu convidado.

Kellogg disse que ficou claro para os ucranianos, antes da reunião de sexta-feira passada na Sala Oval, que as conversações se centrariam na assinatura de um acordo importante sobre minerais.

O acordo, que as duas partes ainda não assinaram, daria aos Estados Unidos acesso a depósitos de terras raras na Ucrânia que seriam valiosas para a indústria aeroespacial, de veículos elétricos e indústria médica norte-americana.

Responsáveis do Governo Trump afirmaram que o acordo económico aproximaria os Estados Unidos e a Ucrânia e faria com que o Presidente russo, Vladimir Putin, pensasse duas vezes antes de considerar uma ação maligna contra a Ucrânia no futuro.

Zelensky vinha pressionando a Casa Branca para lhe dar garantias explícitas de segurança, sem êxito.

De acordo com Kellogg, as conversações de sexta-feira passada correram mal, porque Zelensky pressionou Trump - que está a tentar desempenhar o papel de intermediário para mediar a paz entre a Ucrânia e a Rússia - a ficar do lado de Kiev.

Encontro na Casa Branca envolto em polémica

Zelensky abandonou na sexta-feira prematuramente a Casa Branca, após um confronto verbal com Donald Trump na Sala Oval, em que o Presidente norte-americano, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de "abandonar" a Ucrânia se este não fizesse concessões à Rússia.

Trump declarou, num discurso proferido na terça-feira perante o Congresso, que Zelensky lhe tinha escrito para dizer que agradecia o apoio dos Estados Unidos ao seu país na guerra com a Rússia e que a Ucrânia está pronta para negociar um acordo de paz com a Rússia o mais rápido possível e aceitará o acordo de minerais com os Estados Unidos para facilitar isso.

Embora Trump tenha dito que "apreciou" receber a carta, não se pronunciou sobre se ela afetará ou não a sua política em relação à Ucrânia.

A suspensão da partilha de informações dos Estados Unidos com a Ucrânia prejudicará a capacidade desta para se defender de ataques russos em curso contra alvos militares e civis, segundo uma avaliação do Instituto para o Estudo da Guerra.

O grupo de investigação disse que a suspensão total da partilha de informações de Washington com Kiev também permitirá às forças russas intensificar os seus ataques à retaguarda ucraniana com 'drones' (aeronaves não-tripuladas) e mísseis, afetando milhões de civis ucranianos e o crescimento da indústria de Defesa da Ucrânia.