domingo, 31 de janeiro de 2021

POLÍTICOS E ATIVISTAS “DJUGUDÉS” - Fazer proveito da morte alheia para se alimentar politicamente é típico de políticos e ativistas que denomino de Djugudés.

Por Jorge Herbert

POLÍTICOS E ATIVISTAS “DJUGUDÉS”

Como médico, resisti em escrever especificamente sobre a morte prematura do jovem ativista guineense, para não ferir suscetibilidades de familiares e amigos. Mas as atitudes e comportamentos dos que pretendem colher dividendos dessa desgraça familiar e essa subtração ao ativismo político guineense, força-me a expressar e vou tentar fazê-lo de forma clara para esclarecer alguns confusos e um pouco superficial, para não ferir suscetibilidades familiares.

Genericamente, é importante esclarecer que a sábia mãe natureza oferece-nos oxigénio no ar ambiente que respiramos naturalmente, numa fração ~ 21%.

O oxigénio industrial tem várias aplicações, entre os quais – o que está em causa neste texto - é a sua utilização para fins medicinais. Isso para dizer que o Oxigénio utilizado para fins medicinais é um meio de fornecimento de oxigénio suplementar a aquilo que o ar ambiente nos proporciona e pode ir até os 100%, de acordo com o dispositivo utilizado para o seu fornecimento. Por isso, o oxigénio é utilizado essencialmente como forma de suporte de vida, enquanto resolvemos o problema que causou a sua escassez no organismo, através da simples inspiração do ar ambiente e deve ser reduzido até a sua retirada, quando a situação aguda de base for resolvida. Também é utilizada cronicamente em casa ou na rua, naqueles doentes que não conseguem sobreviver sem oferta suplementar de oxigénio… São raros os casos em que o oxigénio é usado para fim estritamente terapêutico e na sua maioria associado a aumento da pressão atmosférica com o dispositivo chamado câmara hiperbárica.

A utilização do oxigénio medicinal a nível hospitalar implica ter uma estrutura de produção/fornecimento, gestão de dispositivos de armazenamento, conservação com segurança e distribuição, idealmente através da instalação de rede canalização e sistema de pressurização de ar e de oxigénio.

Esclarecido que espero estar essa primeira parte, importa afirmar que a falta de oxigénio suplementar num hospital constitui a falta de um recurso essencial para o suporte de vida dos doentes, enquanto se resolve o problema agudo que lhe levou ao hospital. Faltando esse recurso, enquanto se resolve o problema do doente, é alta a probabilidade de que vai morrer, porque a hipoxemia (oxigénio no sangue abaixo dos valores normais) mata.

O que não existe e aquilo que os políticos e ativistas Djugudés da nossa Guiné-Bissau querem vender a sociedade, é que a causa da morte do jovem ativista foi falta de oxigénio no Hospital Nacional Simão Mendes! Não conheço com pormenor o caso clínico, mas decerto que o jovem ativista tinha algum problema de saúde agudo ou agudização de um problema crónico, que lhe fez recorrer ao hospital e que, aparentemente, lhe causava baixa de oxigénio no sangue. Uma pneumonia, uma embolia pulmonar, uma disfunção cardiopulmonar por algum problema infeccioso ou mecânico cardíaco? Tão importante como fornecer-lhe o oxigénio suplementar seria fazer o diagnóstico correto e fornecer-lhe o tratamento adequado ,até se conseguir baixar e retirar o oxigénio. Será que o diagnóstico correto foi feito?!

Tão ou mais importante que o oxigénio suplementar, são os recursos humanos e complementares necessários à realização adequada dos diagnósticos. Ora, todos sabemos que esse é um problema crónico de que o país sofre e que tem ceifado a vida de milhares de guineenses. Também sabemos que nenhum país do mundo resolve esses crónicos problemas que vêm arrastando há décadas, em meses ou poucos anos, muito menos na contingência pandémica atual, em que mesmos os hospitais de países desenvolvidos estão a baixar o nível de cuidados prestados aos seus doentes, por motivos evidentes…

O problema da organização dos recursos humanos e sua valorização técnica através da formação regular, não é um problema restrito à saúde guineense, mas sim transversal às várias áreas da nossa administração pública. O problema da escassez dos recursos técnicos idem aspas!

Pessoalmente, tenho contribuído com pareceres técnicos sobre a reorganização da formação e da carreira médica na Guiné-Bissau, mas tem caído sistematicamente no “saco roto”. Não me peçam para pertencer a alguma sensibilidade política para poder fazer vincar as minhas opiniões técnicas. Não me peçam para fazer negócio com a saúde na Guiné-Bissau. Não esperem de mim fazer aquilo que querem que eu participe, da forma que quiserem, quando não vai ao encontro a aquilo que é o Estado da Arte da prática médica. Não sou político porque não sei fazer política. Sei fazer e continuo a aprender a fazer medicina e é isso que quero continuar a fazer...

Ser político ou ativista e tentar instigar a juventude para uma revolta contra o poder instalado, associando a falta de oxigénio à morte de um jovem, é fechar os olhos a tudo o que envolveu a essa perda prematura de uma vida e tentar tirar dividendos políticos da revolta instigada.

Um político sério pediria para que o Ministro da Saúde fosse ouvido na ANP para esclarecer a causa dessa morte.

Um político sério faria uso da comunicação social para exigir ao governo uma explicação pública sobre o ocorrido.

Lembro que há pouco tempo houve a morte provocada por meios violentos, de um ativista político durante uma manifestação e, o partido que hoje faz tanto alarido com esta morte por alegada falta de oxigénio no hospital e os seus aliados, têm responsabilidade política direta nessa morte, uma vez que foram eles que decidiram colocar nas ruas uma força policial desproporcional à gravidade da manifestação, mas a culpa sobre essa morte está a morrer solteira, enquanto aguardamos por um suposto inquérito que nunca mais é concluído, ou pelo menos não foi tornado público! Agora são os mesmos que fecham os olhos à um aparente assassinato infringido, a reclamar de uma morte por falta crónica de recursos no hospital!

Fazer proveito da morte alheia para se alimentar politicamente é típico de políticos e ativistas que denomino de Djugudés.

Jorge Herbert

SAÚDE E BEM ESTAR - FERIDAS COM ENF MAIMUNA TCHAM

SAÚDE E BEM ESTAR - HOJE A ENFERMEIRA MAIMUNA TCHAM REGRESSOU PARA NOS FALAR DE FERIDAS (TCHAGA), NÃO PERCA MAIS UM PROGRAMA INFORMATIVO COM APRESENTAÇÃO DA NOSSA QUERIDA FRANCISCA MARISA.

Leia o que o Alto Comissariado tem a dizer sobre a morte prematura e lamentável de um jovem Guineense, alegadamente por falta de oxigénio no Hospital Nacional Simão Mendes.


#somos2milhõesdecomportamentos

 Alto Comissariado para o Covid-19

Leia Também: 

Por Alto Comissariado para o Covid-19

Mais uma conquista para o dispositivo de resposta à pandemia de #COVID19. Bubaque já tem o seu aparelho de diagnóstico do vírus SARS-CoV-2 que causa a doença conhecida por COVID-19. 

O transporte entre as ilhas (e entre as ilhas e Bissau) para a vigilância epidemiológica, rastreio e seguimento de contactos, sensibilização e comunicação de risco está garantido, através de um Memorando de Entendimento assinado com um operador turístico instalado no arquipélago.

#Somos2milhõesdecomportamentos


Cerimónia de Lançamento Oficial do Site MADEM G15 Parte III


Aceda o nosso site em: www.mademg15.org

Vídeo by: Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática

Nigeria: Benin City - Você sabia que as Grandes Muralhas do Benin eram quatro vezes mais longas que a Grande Muralha da China e consumiam cem vezes mais material do que a Grande Pirâmide de Quéops?

Por Tribo Banto Áfrika

Você sabia que as Grandes Muralhas do Benin eram quatro vezes mais longas que a Grande Muralha da China e consumiam cem vezes mais material do que a Grande Pirâmide de Quéops? 

As paredes da cidade de Benin e seu reino circundante foram uma maravilha feita pelo homem, descrita como "a maior terraplenagem do mundo antes da era mecânica". A impressionante cidade era uma série de terraplenagens feitas de margens e valas, chamadas de “Iya” na língua Edo, na área ao redor da atual Benin City. 

As paredes consistiam em 15 quilômetros da cidade de Iya e cerca de 16.000 quilômetros na área rural ao redor do Benin. As paredes permaneceram por mais de 400 anos, protegendo os habitantes do reino, bem como as tradições e civilização do povo Edo. 

As maiores muralhas do Benin, uma das antigas maravilhas arquitetônicas da África, foram destruídas pelos colonizadores britânicos em 1897.

Cerimónia de Lançamento Oficial do Site MADEM G15 Parte II


Aceda o nosso site em: www.mademg15.org

US Donates Equipment Worth $325,000 To Nigerian Police Force

By Native Reporters

The United states has donated equipment valued at over $325,000 to the Nigerian Police Force.

The donation was made by the office of the International Narcotics and Law Enforcement (INL) of the United States Embassy, to help the country in it’s fight against terrorism.

The United States Diplomatic Mission to Nigeria, in a statement issued in Abuja by its Public Affairs Section, said the equipment help in areas affected by the Boko Haram insurgency.

“For the 500 officers of the Mobile Police Force currently serving in the state, INL provided bulletproof protective vests and bulletproof helmets, goggles, and 20 ballistic shields. A tent, mosquito nets, first aid boxes, heavy-duty flashlights, foldable mattresses, and other hygiene products were also provided. By providing these supplies and equipment, INL is complimenting prior USAID investments in Borno State through the Office of Transition Initiatives,” the United States Diplomatic Mission to Nigeria said.

Sim, os problemas com o sector de saúde nacional da Guiné-Bissau (infra-estruturas, equipamentos, formação, reciclagem, logística, atendimento, disciplina, responsabilização) não são de hoje. ...Umaro Djau

Por Umaro Djau

Sim, os problemas com o sector de saúde nacional da Guiné-Bissau (infra-estruturas, equipamentos, formação, reciclagem, logística, atendimento, disciplina, responsabilização) não são de hoje. 

Aliás, os problemas que afectam o país em todas as áreas não são apenas de hoje. E é por isso que são indiscutivelmente considerados de crónicos. 

Todavia, se quisermos mudar o paradigma da gestão pública, devemos começar a nos responsabilizar mutuamente, a partir de agora. 

As áreas práticas com maiores dificuldades em admitir e aceitar os seus erros são as de saúde e da justiça, de acordo com muitos estudos académicos. Para os interessados, convido-vos à leitura do livro de Matthew Syed, "Black Box Thinking" (Caixa Negra). 

De resto, se a culpa continuar sempre a ser de "ontem" (e doutrem), nunca sentiremos a obrigação administrativa, profissional, ética e moral de corrigirmos os erros de "hoje". Claro, é sempre mais fácil culpar o passado do "outro", apesar da nossa suposta colectividade institucional. 

Assim, em vez de continuarmos a olhar para o passado para evitar a culpabilidade, comecemos a olhar para o presente. Caso contrário, adiaremos sempre o nosso "começo". 

Espero que me entendam. 

--Mestre Umaro Djau 

30 de Janeiro de 2021

ADIAR O COMEÇO NA GUINÉ-BISSAU:.... É tentar amplificar a revolta gerada pela morte de um jovem, contra profissionais de saúde e políticos, por gentes que, num passado recente, se juntaram a um grupo que preferiu resgatar um banco em vez de investir na modernização do nosso sistema de saúde!...Jorge Herbert

Por Jorge Herbert

ADIAR O COMEÇO NA GUINÉ-BISSAU:

1. É retroceder às fórmulas anteriormente falhadas.

2. É permitir que a opinião pública seja manipulada por aqueles que não estão munidos de ética nem tão pouco de moral, olhando para os respetivos percursos e alianças, para apontarem o dedo acusador aos erros do presente.

3. É tentar atiçar a revolta juvenil com discursos de lavagem de mãos numa bacia com sangue, por gentes que no passado se alimentavam de migalhas resultantes de esquemas de subtração do erário público, enquanto milhares de guineenses eram oprimidos, espancados, mortos ou deixados morrer nos hospitais.

4. É tentar amplificar a revolta gerada pela morte de um jovem, contra profissionais de saúde e políticos, por gentes que, num passado recente, se juntaram a um grupo que preferiu resgatar um banco em vez de investir na modernização do nosso sistema de saúde!

O começo na Guiné-Bissau já começou (permitam-me a redundância) e o pior que nos pode acontecer é o retrocesso à fórmula do passado. O caminho é em frente e, conforme disse no meu texto anterior, tem de passar pela desalienação da nossa reserva intelectual jovem, do status quo político instalado...

Jorge Herbert

Governo angolano encerra junta de saúde em Portugal

Por África 21 Digital com Lusa

A partir de fevereiro Angola deixará de ter a junta de saúde que tinha em Portugal, depois de ter detetado abusos no uso do mecanismo.

O Governo angolano anunciou este sábado o encerramento da junta de saúde em Portugal, a partir de fevereiro, após uma auditoria onde se concluiu que houve vários abusos no uso deste mecanismo.

O anúncio foi feito pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, e pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

Segundo Carolina Cerqueira, a decisão foi tomada no âmbito do alinhamento das prioridades a nível da assistência e considerando o investimento feito na área da saúde, bem como o impacto da pandemia sobre as contas públicas, que tornou “urgente” o corte do processo que foi “adulterado”, com cidadãos que se deslocaram para Portugal, onde permaneceram “anos e anos às custas do erário público”, quando já tinham alta.

A governante afirmou também que a junta de saúde tem beneficiado uma faixa da população já de si privilegiada e que muitas das patologias que estavam a ser tratadas em Portugal já podem ser resolvidas em Angola.

Após um estudo, o Governo “decidiu sanear a preocupante situação da junta de saúde em Portugal e fez o cadastramento de todos os doentes”, sendo redefinidos os novos modelos em que deverá funcionar o “atendimento excecional para casos que não podem ser tratados no país”, devendo respeitar o princípio de igualdade.

Carolina Cerqueira revelou que a maior parte dos doentes já foi cadastrada e foram regularizados os subsídios em atraso, tendo sido iniciado o regresso dos doentes com alta.

Quanto aos que não quiseram regressar ao país, apesar de terem alta, ficaram por sua conta em Portugal, ficando “desativada” a ligação ao Estado angolano, adiantou a ministra, criticando as “manifestações que tentaram denegrir a imagem do país”.

O NOVO DIRETOR TÉCNICO DA FEDERAÇÃO DE FUTEBOL DA GUINÉ-BISSAU, GUILHERME FARINHA, CHEGOU ESTA NOITE À BISSAU E FOI RECEBIDO PELO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO CAÍTO TEIXEIRA.

Com missão de reestruturar o futebol guineense, o treinador português Guilherme Farinha foi nomeado novo diretor técnico da FFGB em substituição do Jerónimo Mendes.

Farinha com vasta experiência e o conhecimento ao futebol, regressa a Bissau apos nos anos de 1990, ter sido técnico principal da seleção sub-17.

Ministra dos Negócios Estrangeiros Suzi Barbosa regressou esta noite a Bissau apos três dias de visita a Espanha.

No aeroporto de Bissau, Suzi Barbosa disse que brevemente Bissau e Madrid vão assinar acordos em vários dominios de cooperação das PESCAS, FORMAÇÃO E PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO.
Por isso, segundo a Ministra Suzi Barbosa, aguarda-se para breve uma visita da secretária de negócios estrangeiros de Espanha a Bissau para o efeito.