Por Rádio Capital Fm 13/06/2025
O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e líder da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), Domingos Simões Pereira, deixou, esta sexta-feira (13.06), várias perguntas retóricas sobre o desfecho do julgamento do caso 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023.
O presidente Umaro Sissoco Embaló disse que o caso era uma tentativa de golpe de Estado e foi a partir desse entendimento que decidiu dissolver a Assembleia Nacional Popular (ANP) e pôr termo à legislatura e ao governo da PAI - Terra Ranka.
Ao analisar a decisão do Tribunal Militar Regional, que condenou três suspeitos do caso 30 de novembro e 1 de dezembro de 2023, por outros crimes, não por tentativa de golpe de Estado, Domingos Simões Pereira lançou perguntas para a reflexão.
"Foi feito o julgamento do caso 30 de novembro. Os juízes [do Tribunal Militar Regional] afirmaram que não viram nada que associe os atos que aconteceram a um golpe de Estado", introduz, num vídeo de cinco minutos, disponível nas redes sociais.
"E agora como é que é? As pessoas detidas [no âmbito deste caso] como é que vão ficar? O parlamento que foi dissolvido, segundo dizem, por estar associado ao golpe de Estado, como é que fica? O governo de iniciativa presidencial, que não está previsto na nossa Constituição, mas criado porque resulta do golpe de Estado, agora como é que fica", questionou na sua habitual mensagem de sextas-feiras.
Para o líder da PAI Terra Ranka, agora que "os juízes nos informaram do que já sabíamos todos, tudo vai ficar como está?", questionou, para em seguida apelar à calma à população, sustentando que, "isto está apodrecido, e quando assim é, só lhe resta a queda", referindo-se ao futuro do regime de Umaro Sissoco Embaló.
Domingos Simões Pereira considera "normal" as divergências em democracia, mas volta a criticar "dois pesos" e "duas medidas", no tratamento de cidadãos, sobretudo em relação ao direito à manifestação.
Sobre a visão e o plano de desenvolvimento da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira não teve dúvidas e puxou dos galões.
"Quem não sabe que, o único que apresentou um plano viável, que sabe onde vai buscar o dinheiro, como vai aplicá-lo e como fazer as construções, somos nós, o PAIGC e PAI Terra Ranka? Nós é que temos um plano coerente que todos os guineenses conhecem", afirmou Simões Pereira.
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