domingo, 17 de dezembro de 2017

DEPUTADO TUMANE MANE FALECEU VÍTIMA DE UMA DOENÇA CARDÍACA

O deputado eleito do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) nas eleições legislativas de 2014, Tumane Mané, faleceu na madrugada deste domingo, no Hospital Nacional Simão Mendes, vítima de uma doença ligada ao coração.

Mané que fazia parte do grupo dos 15 deputados expulsos da fileira dos libertadores (PAIGC) no início da crise política e parlamentar, foi eleito no círculo eleitoral 03, setor de Fulacunda, região de Quínara. Nos últimos tempos, desempenhava a função do Porta-voz dos 15 e representava o grupo em todas as negociações a nível interno e externo.

“O Democrata” apurou junto dos familiares que o deputado deslocou-se recentemente a Ziguinchor (Sul do Senegal), com o intuito de fazer algumas consultas médicas especializadas. Segundo um amigo e parente do deputado, o malogrado queixou-se de dores na noite de sábado e foi encaminhado ao Hospital Nacional Simão Mendes, onde acabou por falecer por volta das 00 horas e 22 minutos.

A nossa fonte avançou ainda que o deputado terá a cerimónia fúnebre com honras do Estado na segunda-feira, 18 de dezembro e o corpo será transladado para a sua terra natal, Fulacunda, região de Quínara, onde vai ser sepultado.

Tumane Mané foi professor e lecionou muitos anos nas regiões de Tombali e Quínara, sul da Guiné-Bissau. Tumane foi sindicalista e membro da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG). 

Por: Assana Sambú
OdemocrataGB

JOMAV APRESENTA “ROTEIRO” PARA SAÍDA DA CRISE E PEDE REINTEGRAÇÃO DE MILITANTES EXPULSOS DO PAIGC

O Presidente da República, José Mário Vaz, apresentou esta noite, 16 de dezembro 2017, um roteiro para a saída da crise política-institucional na Guiné-Bissau, que será analisado e consequentemente aprovado pelos signatários do ‘Acordo de Conakry’. O referido documento apresentado pelo Chefe de Estado guineense, aos seus homólogos durante a Cimeira de Abuja, contém dez (10) pontos para a resolução da crise que assola a Guiné-Bissau há mais de dois anos.

Na sua chegada ao aeroporto internacional Osvaldo Vieira, José Mário Vaz, oriundo de Abuja (Nigéria), onde assistiu a 52° Cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), leu à imprensa a proposta que denominou de “Roteiro” para a saída da crise política e parlamentar.

No documento, o Presidente evoca a incapacidade revelada pelos atores políticos em geral e pelos signatários do Acordo de Conakry em particular, em implementar as disposições constantes do referido acordo”.

Neste particular, disse ter proposto à Cimeira dos Chefes de Estado e do Governo a reintegração imediata e incondicional dos militantes, responsáveis e dirigentes do partido desde a base até aos órgãos nacionais, passando obrigatoriamente pela anulação das conferências, levantamento das sanções e expulsões.

No roteiro, na posse do Jornal O Democrata, Chefe de Estado guineense pediu ainda a reabertura imediata da plenária da Assembleia Nacional Popular, como também sugeriu a exoneração do atual Primeiro-Ministro, Umaro Sissoco Embaló, e o início de consultas com os partidos com assento parlamentar e o grupo dos “15” para a escolha consensual do novo Primeiro-ministro. Acrescenta, no entanto, que o consenso deve assentar-se no candidato que recolher o apoio das partes que lhe garantam uma maioria parlamentar a fim de assegurar uma estabilidade governativa.

José Mário Vaz pediu no documento a prorrogação do mandato da força de ECOMIB, até a realização das eleições gerais [presidenciais e legislativas] em 2019.

Eis na íntegra o “Roteiro” apresentado por José Mário Vaz aos seus homólogos:




Por: Assana Sambú
OdemocrataGB