segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Realizou-se nos dias 11 e 12 de dezembro o exercício "SEREIEX 2024" da Marinha de Guerra da Guiné-Bissau 🇬🇼 preparado e coordenado pela equipa de fuzileiros portugueses da Unidade de Meios de Desembarque 🇵🇹, integrado no Treino Operacional do Patrões de Lancha e Botes que decorreu de 1 de julho a 20 de dezembro.
As forças de segurança palestinianas lançaram uma rara operação de repressão contra grupos militantes locais no norte da Cisjordânia, enviando carros blindados e envolvendo-se em ferozes tiroteios que mataram pelo menos duas pessoas na zona volátil.
© MOHAMMED HUWAIS/AFP via Getty Images Lusa 16/12/2024
Palestina. Forças de segurança lançam operação de repressão contra Hamas
As forças de segurança palestinianas lançaram uma rara operação de repressão contra grupos militantes locais no norte da Cisjordânia, enviando carros blindados e envolvendo-se em ferozes tiroteios que mataram pelo menos duas pessoas na zona volátil.
A incursão marca um passo invulgar para a Autoridade Nacional Palestiniana, o organismo que governa as bolsas semiautónomas da Cisjordânia ocupada, reconhecido internacionalmente, mas que perdeu em grande parte o controlo dos bastiões dos militantes, como Jenin, onde as forças operaram durante o fim de semana e hoje.
As tropas israelitas entraram no reduto nos últimos anos, particularmente desde o ataque militante do Hamas de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em curso em Gaza. Segundo as autoridades sanitárias palestinianas, 811 palestinianos foram mortos desde então na Cisjordânia, a maioria devido a ataques israelitas a cidades e vilas palestinianas. Israel afirma que a maioria dos mortos eram militantes do Hamas.
No sábado, as forças de segurança palestinianas disseram que tinham começado a operação no campo de refugiados de Jenin, um antigo reduto de militantes do Hamas. Segundo a Associated Press, a operação prosseguiu hoje, com jornalistas a ouvirem tiros e a avistarem pelo menos dois veículos blindados palestinianos a percorrerem os arredores do campo.
O gabinete humanitário da ONU disse que as forças de segurança tomaram parte de um hospital em Jenin, utilizando-o como base e disparando a partir do interior. As forças detiveram pelo menos oito homens, tendo um deles sido retirado do hospital numa maca, segundo a ONU.
A principal agência das Nações Unidas para os palestinianos, a UNRWA, suspendeu os seus serviços, incluindo a escolarização.
Grupos militantes da Jihad Islâmica e Hamas operam livremente em Jenin, e as suas ruas são regularmente ladeadas por cartazes que representam os combatentes mortos como mártires da luta palestiniana. Jovens com walkie-talkies patrulham os becos, acrescenta a AP.
Israel afirma que os grupos militantes fazem parte do "eixo de resistência" iraniano. Ambos os grupos recebem financiamento e outros apoios do Irão, mas estão profundamente enraizados na sociedade palestiniana.
As forças de segurança estão "a operar de acordo com uma visão política clara" da liderança palestiniana "sobre a importância de impor a ordem, estabelecer o estado de direito, restaurar a paz civil e a segurança social", disse o porta-voz, Brigadeiro-General Anwar Rajab. As tropas estavam concentradas em "erradicar" os grupos apoiados pelo Irão que estavam a tentar incitar "o caos e a anarquia", acrescentou.
As forças de segurança palestinianas comunicaram a morte de dois homens durante a repressão: um civil de 19 anos, Rabhi Shalabi, morto a tiro numa mota, e um militante da Jihad Islâmica, Yazi Jaayseh.
As forças de segurança, que inicialmente negaram ter morto Shalabi antes de o admitirem numa declaração na sexta-feira, não disseram por que razão visavam o jovem. O seu primo de 15 anos, que também ia na mota, foi baleado na cabeça e ficou ferido. Os funcionários da ONU, citando imagens de vídeo locais, disseram que os dois estavam desarmados e entregavam comida num restaurante familiar quando foram baleados, e que Shalabi levantou as duas mãos para o ar antes de ser morto.
Não ficou claro por que razão a Autoridade Nacional Palestiniana decidiu lançar agora a repressão. Tais ações são impopulares entre a população palestiniana, que acusa as forças de segurança palestinianas de colaborarem com Israel, avança a AP.
Os militares israelitas afirmaram não estar envolvidos na operação e não fizeram mais comentários.
Mahmoud Mardawi, alto funcionário do Hamas, criticou a operação da Autoridade em Jenin como uma "tentativa de acabar com a resistência". Em comentários divulgados hoje pelo Hamas, ele instou a Autoridade Nacional Palestiniana a interromper imediatamente seu "comportamento antipatriótico que serve à ocupação".
Os EUA têm procurado reforçar a Autoridade Nacional Palestiniana, esperando que esta ajude a gerir a Faixa de Gaza após a guerra.
Os funcionários da Casa Branca não quiseram comentar publicamente a sua posição sobre a operação em Jenin. Os funcionários do Conselho de Segurança Nacional dos EUA também não quiseram comentar.
No total, desde o início da guerra, a ONU afirma que pelo menos sete palestinianos foram mortos pelas forças de segurança palestinianas e que pelo menos 24 israelitas foram também mortos por atacantes palestinianos na Cisjordânia.
Leia Também: Economia palestiniana na Faixa de Gaza está totalmente destruída
"Os mais recentes ataques israelitas à Síria foram tão intensos que provocaram um terramoto"
O correspondente da CNN Portugal Henry Galsky dá conta dos detalhes da mais recente ofensiva israelita a alvos militares na Síria.
Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, alerta a população sobre a "situação difícil" que terá de gerir, a partir do próximo ano, com a implementação do IVA, o Imposto sobre o Valor Acrescentado.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse hoje que vai conversar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, visando acabar com a "carnificina" da guerra na Ucrânia.
Guiné-Bissau: CEDEAO vai enviar "missão política de alto nível" a Bissau
Leia Também: Jurista guineense vinca que mandato atual do PR termina em fevereiro
Rússia prepara-se para conflito com a NATO "dentro de 10 anos"... A revelação foi feita pelo ministro da Defesa russo numa reunião em que Putin também esteve presente.
© Grigory Sysoev/Reuters Notícias ao Minuto 16/12/2024
O ministro da Defesa da Rússia, Andrei Belousov, afirmou, numa reunião do ministério esta segunda-feira, que o país está a preparar-se para "múltiplos cenários", incluindo a possibilidade de um conflito com a NATO "dentro de dez anos", avançou a agência de notícias russa Interfax.
"A preparação para a guerra é indicada pelas decisões que foram tomadas na cimeira da Aliança do Atlântico Norte, realizada em julho deste ano. Isto também se reflete nos documentos doutrinários dos Estados Unidos e de outros países da NATO", afirmou Andrei Belousov.
Durante a cimeira de celebração do 75.º aniversário da NATO, em julho, a Ucrânia recebeu mais sistemas de defesa aérea, 43 mil milhões de dólares (40 mil milhões de euros) em financiamento, novos acordos bilaterais, passou a ter um representante da NATO em Kyiv e foi-lhes prometido que o caminho para a adesão é "irreversível".
Ainda na reunião desta segunda-feira, Belousov disse que a Ucrânia perdeu "quase um milhão de pessoas" desde o início da guerra. Um número muito superior aos dados fornecidos por Kyiv e pelos órgãos de comunicação social ocidentais.
O ministro russo anunciou também um projeto de criação de um ramo militar dedicado aos sistemas não tripulados, que deverá estar concluído no terceiro trimestre de 2025 - a Ucrânia já tem as Forças de Sistemas Não Tripulados desde setembro deste ano.
A reunião teve a intervenção do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que acusou o Ocidente de "empurrar a Rússia para uma linha vermelha" da qual o país não pode "continuar a recuar" e afirmou que a NATO está a aumentar a presença militar perto da fronteira russa e noutras regiões do mundo.
O jurista e analista político guineense François Dias disse hoje à Lusa que a interpretação jurídica sobre a data do término do mandato do atual Presidente do país não deixa dúvidas de que será a 27 de fevereiro próximo.
© Lusa 16/12/2024
Jurista guineense vinca que mandato atual do PR termina em fevereiro
O jurista e analista político guineense François Dias disse hoje à Lusa que a interpretação jurídica sobre a data do término do mandato do atual Presidente do país não deixa dúvidas de que será a 27 de fevereiro próximo.
Questionado pela Lusa, Dias, um dos assessores de Umaro Sissoco Embaló, disse entender a importância das "várias interpretações" que se fazem sobre o assunto, mas frisou que a "arquitetura normativa" em vigor no país - a Constituição e a Lei Eleitoral - "são claras" sobre o período do mandato presidencial.
"Tenho de vincar a interpretação jurídica porque é a interpretação jurídica que se aproxima [da] Constituição da República. A Interpretação política muitas vezes leva cada um a tirar partido da sua posição", declarou.
Em declarações anteriores, François Dias defendeu que Umaro Sissoco Embaló "tem feito interpretações políticas" sobre o assunto.
O também advogado, formado pela Faculdade de Direito de Bissau, esclarece a sua opinião com a argumentação de que Umaro Sissoco Embaló tomou posse, "de forma efetiva", no dia 27 de fevereiro de 2020, logo, disse, "é aí que se inicia o mandato".
"Devemos contar o mandato de cinco anos a partir da tomada de posse do Presidente da República, neste caso é a 27 de fevereiro [de 2020] e o término [acontece] no dia 27 de fevereiro de 2025", defendeu.
O Presidente guineense disse, em diversas ocasiões, que o seu mandato terminará no dia 04 de setembro de 2025, tendo como argumentação a data em que o Supremo Tribunal de Justiça, nas vestes de Tribunal Constitucional, se pronunciou sobre um contencioso eleitoral que se abriu na sequência das eleições presidenciais.
François Dias salientou que a Constituição guineense, no seu artigo 66º, e a Lei Eleitoral, nos artigos 98º e 182º, afirmam que o mandato do Presidente da República é de cinco anos e começa a contar com a posse do Presidente eleito.
O jurista disse não ter dúvidas sobre o que se prevê na legislação e reforçou que o novo Presidente deve tomar posse no dia do término do mandato do seu antecessor ou, no caso da vacatura, nos termos da Constituição.
François Dias lamentou, contudo, a posição do Supremo Tribunal de Justiça, que, volvidos sete meses e após ter publicado quatro acórdãos, viria a pronunciar-se sobre o contencioso eleitoral após a posse do Presidente eleito.
"O último acórdão, de 04 de setembro de 2020, apenas veio reconhecer a eficácia da tomada de posse do Presidente da República", ou seja, não alterou a contagem da data da posse de Sissoco Embaló, frisou.
O jurista disse nem querer pensar no que poderia ter sucedido no país caso o Supremo tivesse "dito que não era a pessoa que estava no palácio quem venceu as eleições".
François Dias considerou "salutar" a discussão a que se assiste na Guiné-Bissau sobre a data do término do mandato de Sissoco Embaló, o que considerou demonstrativo de que a interpretação da Constituição e das leis ordinárias "ainda não estão densificadas na sociedade" guineense.
O advogado apelou ao Presidente da República a que ouça "outras opiniões" e continue com o diálogo com a classe política para a busca de consensos, "já que se aproxima da data de 27 de fevereiro", para, desta forma, "salvaguardar a situação do país".
Apesar da insistência dos partidos da oposição e de vários setores da sociedade civil guineense, Sissoco Embaló tem repetido que o seu mandato apenas termina em setembro e que as eleições presidenciais vão acontecer em novembro de 2025.
Este é mais um episódio na crise política guineense, acentuada pela dissolução do parlamento por Sissoco Embaló em dezembro de 2023, sem que tivessem passado 12 meses após as eleições legislativas, como determina a Constituição, e ter formado um Governo de iniciativa presidencial.
Sissoco Embaló acabou por adiar as eleições legislativas antecipadas que tinha marcado para 24 de novembro, sem que tenha ainda indicado nova data, com a oposição a reclamar a marcação de eleições presidenciais.
Lamentamos a possível saída de três países na CDEAO.
São eles: Mali, Burkina Faso e Níger.
É assim a vida. Nada é estático, o mundo está sempre em constantes mudanças.
Esta é a primeira vez que um país deixa a CDEAO desde que foi estabelecida em 1975 para melhorar a integração económica e política na África Ocidental.
Os três países que partirão são membros fundadores, portanto isto é um enorme golpe para aquele que foi o grupo comercial mais desenvolvido de África.
No entanto, o nosso Presidente da República, já está no terreno a usar os seus bons ofícios. Dialogando com nossos irmãos, mostrando-lhes as vantagens de estarmos juntos na mesma comunidade.
Observação: numa parte, têm razão de ficarem ofendidos com a falta de solidariedade do grupo. Estando eles com séries problemas do terrorismo nas mãos. Quase que provocando a desintegração de países deles.
Acho que esta tomada de posição, servirá de lição no futuro para a CDEAO.
Esperamos que eles reconsiderarào as suas posições.
Que Deus ajude!!! Amén🤲🙏🤝
Com os melhores cumprimentos da página.
NATO reconhece que Rússia está a fazer "progressos graduais" na Ucrânia
© Getty Images LUSA 16/12/2024
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou hoje que a Rússia está a fazer "progressos graduais" na Ucrânia, admitindo que a situação no campo de batalha "é difícil".
"A situação nos campos de batalha na Ucrânia continua a ser difícil e a Rússia está a fazer progressos, mesmo que sejam progressos graduais, mas, ainda assim, são progressos", disse numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Montenegro, Milojko Spajic, com quem se encontrou hoje na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas.
Rute acrescentou que, nas últimas semanas, assistimos a "ataques em grande escala contra a Ucrânia que mataram e aterrorizaram civis e atingiram infraestruturas críticas".
Além disso, lembrou o secretário-geral na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o próximo inverno poderá ser "o mais difícil" para a Ucrânia desde que a invasão em grande escala da Rússia começou, em 2022.
"Por isso, a Ucrânia precisa urgentemente do nosso apoio. Todos os aliados devem cumprir os compromissos assumidos na cimeira de Washington", sublinhou Rutte.
Na cimeira dos líderes da NATO realizada em Washington, em julho passado, os países aliados comprometeram-se a atribuir um total de 40 mil milhões de euros num ano para fornecer armas à Ucrânia.
Para evitar novos atrasos no envio de ajuda militar, que deixariam a Ucrânia numa situação ainda mais frágil, os aliados acordaram que a NATO assuma a direção de um centro de comando em Wiesbaden (Alemanha) para gerir também o envio de donativos internacionais de material para a Ucrânia e a coordenação das missões de formação dos seus militares.
Rutte referiu-se também hoje ao ataque com explosivos que no final de novembro causou danos materiais no canal Ibër-Lepenci que, localizado na aldeia de Varage, município de Zubin Potok (Kosovo), faz parte de uma rede de abastecimento de água que alimenta duas centrais termoelétricas a carvão.
A explosão não fez vítimas, mas os danos materiais provocaram interrupções temporárias no fornecimento de água potável e de energia elétrica.
Para o secretário-geral da NATO, este acontecimento mostra a "fragilidade da estabilidade" nos Balcãs Ocidentais.
"Agora, é essencial que os factos sejam apurados e os responsáveis prestem contas", defendeu.
Leia Também: Putin garante que tropas mantêm "iniciativa" em todas as frentes
Leia Também: Ucrânia: EUA e aliados pedem fim de ajuda da Coreia do Norte à Rússia
Mais de 16 mil civis ucranianos detidos em prisões russas
© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images Lusa 16/12/2024
As autoridades da Ucrânia estimam em mais de 16.000 o número de civis detidos pelas forças armadas russas, mais de dois anos após o início do conflito no país, foi hoje divulgado.
O alerta foi feito pelo Provedor de Justiça e Comissário do parlamento ucraniano para os Direitos Humanos, Dimitro Lubinets, que afirmou que dados preliminares apontam para "mais de 16.000 civis ucranianos nas prisões russas".
Lubinets explicou que estas pessoas não podem ser incluídas nas trocas de prisioneiros de guerra acordadas regularmente entre Kyiv e Moscovo por serem civis.
Até à data, só foi possível trazer de volta para território ucraniano 168 pessoas nesta situação.
"Um número reduzido", reconheceu o responsável, notando os esforços de Kyiv para libertar estes detidos, que incluem jornalistas.
Lubinets acusou a Rússia de "calar a voz dos representantes dos meios de comunicação social" por todos os meios ao seu dispor, incluindo matá-los, segundo têm relatado as agências noticiosas ucranianas.
Um desses casos é o da jornalista ucraniana Victoria Roschina, recentemente dada como morta durante o cativeiro russo, desconhecendo-se ainda a causa da sua morte.
De acordo com os dados do Governo ucraniano, desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, 3.767 soldados ucranianos conseguiram regressar a casa no âmbito de acordos de troca, bem como outros 168 civis através de "outros mecanismos".
Leia Também: Ucrânia: UE dá 'luz verde final' a 15.º pacote de sanções contra Rússia
Comunicado final Sessenta e seisª Cimeira Ordinária da CEDEAO 16 Dez, 2024
A MEDIAÇÃO DA UMARO SISSOCO EMBALÓ: UM PASSO DECISIVO PARA A NORMALIZAÇÃO ENTRE AES E CEDEAO
O Presidente Umaro Sissoco Embaló, um reconhecido especialista em questões de defesa e relações diplomáticas, desempenha um papel central na mediação que visa restabelecer as relações harmoniosas entre a Aliança dos Estados do Sahel (AES) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Com a sua experiência em diplomacia e a sua rede internacional adquirida em particular como antigo representante da Companhia de Investimento Africana da Líbia (Laico) na África Ocidental, o Sr. Embaló pôde com a sua experiência estabelecer um diálogo construtivo nesse contexto marcado por conflitos regionais.
Apesar da sua saída da CEDEAO, os estados membros da AES tomaram uma decisão histórica de manter as suas fronteiras abertas aos nacionais desta organização regional.
Este gesto forte, foi oficializado no dia 14 de Dezembro de 2024 em Bamako, pelo Presidente da Transição do Mali, General Assimi Goïta, reflecte um desejo de integração regional e de solidariedade africana.
Ao proclamarem uma área de livre circulação sem vistos, a AES garantem aos cidadãos da CEDEAO o direito de entrada, residência, estabelecimento e saída, mantendo os laços entre os povos, além das diferenças institucionais.
Este passo decisivo, que evidencia a procura de um equilíbrio entre a soberania nacional e a fraternidade regional, demonstra a relevância dos esforços de mediação empreendidos sob a liderança de figuras-chave como o Presidente Umaro Sissoco Embaló.
O seu empenho contribuirá para aliviar as tensões e abrir novas perspectivas para uma cooperação reforçada.
Iniciativas concretas para a integração
Durante a reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da AES, realizada em Niamey, a 13 de dezembro de 2024, sob a presidência de Sua Excelência Abdoulaye Diop, duas decisões importantes marcaram o ponto de viragem: a adoção de documentos de viagem e de identidade unificados e a confirmação da retirada irreversível da CEDEAO como Estados-Membros.
Estas medidas reflectem uma visão ousada de um espaço regional autónomo e integrado.
Ao mesmo tempo, os estados membros da AES estabeleceram mecanismos para preservar a sua soberania e, ao mesmo tempo, promover o comércio.
Permitindo livre circulação de veículos registados nos países da CEDEAO, sujeita ao cumprimento das normas nacionais.
Estas disposições pragmáticas facilitarão as interacções económicas e sociais, mantendo ao mesmo tempo um quadro jurídico harmonizado.
O papel central de Umaro Sissoco Embaló
Como intermediário influente, Embaló exercerá a sua experiência em matéria de relações internacionais para encorajar o diálogo e promover uma dinâmica de paz e cooperação.
Os seus esforços ilustram o seu compromisso com a estabilidade regional e com uma África unida. O seu envolvimento, na encruzilhada das questões de segurança e diplomacia, foi decisivo para aproximar posições por vezes antagónicas.
A política de livre circulação adoptada pela AES está em linha com o espírito da Carta Liptako-Gourma e com os ideais da União Africana, reafirmando o apego dos Estados-Membros a uma África emancipada e soberana.
Esta abertura das fronteiras aos cidadãos da CEDEAO demonstra um desejo de transcender as diferenças para construir um futuro comum, onde a solidariedade e a prosperidade partilhada se tornem os pilares de uma cooperação duradoura.
Graças aos líderes visionários como Umaro Sissoco Embaló, a África Ocidental está a embarcar numa nova era de diálogo e integração, onde as relações entre a AES e a CEDEAO poderão tornar-se um modelo para o continente.
Osendé Afana
Collectif des Panafricains pour Umaro Sissoco Embaló