26 de fevereiro de 2023

"Ao recuperarmos a Crimeia, restauraremos a paz", reafirma Zelensky

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POR LUSA  26/02/23 

"Há nove anos, a agressão russa começou com a Crimeia. Ao recuperarmos a Crimeia, restauraremos a paz", escreveu Zelensky na rede social Telegram.

A mensagem de Zelensky refere-se ao Dia da Resistência à Ocupação Russa da Crimeia, que os ucranianos assinalam hoje.

Neste mesmo dia, em 2014, no seguimento de um apelo dos líderes dos tártaros da Crimeia, milhares de pessoas manifestaram-se para resistir à ocupação russa" da península no sul da Ucrânia, segundo a agência Urkinform.

"No dia seguinte, formações militares regulares da Federação Russa entraram nos edifícios governamentais da República Autónoma da Crimeia", disse a Ukrinform.

Posteriormente, as autoridades de ocupação organizaram um referendo, que decorreu sob ocupação militar, cujo resultado foi favorável à integração da Crimeia na Federação Russa.

O tratado nesse sentido foi assinado em 18 de março de 2014, em Moscovo, pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e por líderes pró-russos da Crimeia.

Na mesma altura, forcas separatistas de Donetsk e Lugansk, que formam a região do Donbass no leste da Ucrânia, iniciaram uma guerra contra Kyiv com apoio de Moscovo, que provocou 14 mil mortos até ao final de 2021, segundo a ONU.

A intervenção russa seguiu-se à revolução de fevereiro de 2014, a favor da integração europeia da Ucrânia, que depôs o presidente pró-russo Viktor Yanukovych.

Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu novamente a Ucrânia para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, e, desde então, declarou a anexação de mais quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

A Ucrânia exige a retirada das tropas russas de todo o seu território, incluindo da Crimeia, como pré-condição para eventuais conversações com a Rússia sobre o fim da guerra.

Moscovo rejeita tais condições e afirma que Kyiv tem de se adaptar à nova situação, significando com isso a perda dos cinco territórios.

"Esta é a nossa terra. O nosso povo. A nossa história. Vamos devolver a bandeira ucraniana a todos os cantos da Ucrânia", proclamou hoje Zelensky na mensagem alusiva ao dia da resistência da Crimeia.

A efeméride também foi assinalada pela embaixadora dos Estados Unidos em Kyiv, Bridget Brink, numa mensagem vídeo na rede social Twitter, em que prometeu aos ucranianos o apoio de Washington na luta pela libertação da península.

"Em 26 de fevereiro de 2014, milhares de tártaros da Crimeia e outros ucranianos reuniram-se para declarar: 'Somos ucranianos. A Crimeia é a Ucrânia'", disse a diplomata.

"Enquanto continuarem a lutar pela vossa soberania e democracia, os Estados Unidos trabalharão convosco para criar um futuro que ofereça liberdade, dignidade e justiça para todos", acrescentou.

A atual guerra russa contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.


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Eleições na Nigéria prolongadas para domingo em dois estados do país

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POR LUSA   26/02/23 

A comissão eleitoral da Nigéria prolongou para este domingo o período de votação nas eleições presidenciais e legislativas em dois estados do país, devido à ocorrência no sábado de vários incidentes, noticia a agência EFE.

Em causa estão os estados de Cross River, no sudeste do país, e de Bayelsa, no sul.

"Decidimos prologar este domingo a votação em Cross River, nomeadamente na zona da administração local de Bakassi", justifica, em comunicado o comissário eleitoral para este estado (sudeste do país), Gabriel Yomere, citado pelo jornal nigeriano Premium Times.

Também o comissário local do estado de Bayelsa (sul do país), Wilfred Ifoga, deu conta da decisão de prolongar para este domingo o prazo de votação, devido aos protestos dos eleitores pelas dificuldades em exercer o direito de voto.

No sábado, dia marcado para as eleições, os responsáveis da comissão eleitoral manifestaram a sua oposição a qualquer tipo de adiamento nas votações, mesmo com a existência de problemas técnicos e com a ameaça de violência.

Segundo adianta o Premium Times, a comissão eleitoral chegou mesmo a ameaçar cancelar os resultados eleitorais em partes do estado de Kogi (centro do país), citando o comissário local, na sequência de vários incidentes violentos na região este e oeste, com o roubo de boletins de voto.

Também vários observadores do Centro para o Desenvolvimento e para a Inovação Jornalística da Nigéria e outros grupos da sociedade civil denunciaram "práticas constantes de má conduta por parte dos secretários da comissão eleitoral e das assembleias de voto", acusando-os de chegar tarde aos centros de votação.

Já a organização Human Rights Watch (HRW) alertou para a existência de um "clima de insegurança generalizada", que afetou o ato eleitoral.

"Isso criou um clima de medo que pode desencorajar as pessoas de votar. Continua a existir preocupação com a violência que se verifica em todo o país. Violência que as forças de segurança não foram capazes de travar", afirmou a ativista da HRW Anietie Ewang.

O grupo de monitorização Yiaga África também disse estar "profundamente preocupado" com os atrasos verificados no ato eleitoral e a empresa de análise SBM Intelligence registou no sábado "atos de intimidação e violência" em pelo menos 13 estados.

Perto de 94 milhões de eleitores nigerianos foram chamados no sábado às urnas para escolher o sucessor de Muhammadu Buhari, de 80 anos, que está no poder desde 2015 e se encontra impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.

Concorrem ao cargo de chefe de Estado 18 candidatos e, pelo menos, 4.223 pessoas aos 469 lugares na Assembleia Nacional, 109 senadores e 360 deputados à Câmara dos Representantes.

Pela primeira vez desde 1999, as eleições presidenciais podem vir a ser decididas em duas voltas, devido à popularidade crescente de um candidato alternativo aos dois partidos que historicamente disputam o cargo.

Bola Ahmed Tinubu, do Congresso de Todos os Progressivos (APC, na sigla em inglês, no poder), e Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP, maior partido da oposição), são os mais fortes candidatos de um sistema que se tem mantido estável desde o fim da ditadura militar em 1999, mas que, desta vez, é desafiado por um "forasteiro", Peter Obi, do Partido Trabalhista (LP), líder nas principais sondagens pré-eleitorais.

Os resultados eleitorais vão ser anunciados pelo INEC na próxima semana.

A Nigéria é o país mais populoso de África, com 222.182 milhões de pessoas, e quase 94 milhões de eleitores registados, dos quais quase 40% têm menos de 35 anos.

Apesar de ser a maior economia de África e um dos seus principais produtores de petróleo, a Nigéria encontra-se em crise económica


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NATO entrará na guerra? "Cenário absolutamente impossível; não existe"

© A. Perez Meca/Europa Press via Getty Images

 POR LUSA     26/02/23 

A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, assegurou hoje que nenhuma tropa dos países da NATO, incluindo Espanha, participará na guerra na Ucrânia.

Em resposta aos avisos do parceiro governamental Podemos, segundo os quais a escalada da guerra poderia levar ao envio de tropas espanholas para a Ucrânia, Robles foi contundente.

"Trata-se de um cenário absolutamente impossível; não existe. Os soldados espanhóis só interviriam se houvesse agressão contra um país da NATO", afirmou em entrevista ao jornal La Vanguardia, citada pela agência espanhola EFE.

"Nunca, nunca nenhuma tropa de um país da NATO, e a Espanha é um deles, vai participar na guerra na Ucrânia. Nunca, nunca. Quero dizê-lo muito claramente, muito claramente", insistiu.

Robles invocou o artigo 5.º do tratado da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte, com 30 membros, incluindo Portugal) para frisar que "um país membro só intervém se outro país membro for atacado e pedir ajuda".

"Antes de falar, é preciso conhecer o tratado da NATO", disse.

Quanto aos tanques Leopard que a Espanha tem sem funcionar, Robles disse que "durante os anos do governo do Partido Popular, muito pouco foi investido na defesa" e referiu que os tanques em causa estão a ser reparados.

Disse esperar que essa reparação termine em breve para que possam ser integrados num batalhão com tanques doados por outros países.

Enquanto isso, decorre a formação dos militares ucranianos que vão operar os tanques, bem como dos responsáveis pela manutenção do equipamento de fabrico alemão.

"Gostaria de salientar que os Leopard têm apenas um objetivo: defesa, nunca agressão contra a Rússia", afirmou.

A ministra espanhola lamentou que se espere "uma primavera muito sangrenta" na Ucrânia, com a possibilidade de novas ofensivas dos dois lados, e enunciou que não se trata apenas de uma guerra entre exércitos, mas sim contra os civis ucranianos.

"Eles estão a ser massacrados", afirmou.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

Até ao final da semana passada, a ONU tinha confirmado a morte de 8.006 civis e a existência de 13.287 feridos.

Robles mostrou-se cética quando a possíveis negociações de paz, por considerar que o líder russo, Vladimir Putin, "deixou muito claro, sem qualquer dúvida, que quer continuar esta guerra".

Disse ainda não dispor de dados que permitam antever se o conflito resultará numa guerra nuclear, mas disse acreditar que não se chegará a um ponto "terrivelmente dramático para a Humanidade".

Putin ordenou a invasão em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

A "operação militar especial", como lhe chama Moscovo, desencadeou uma guerra de larga escala que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia assinalaram o primeiro aniversário da guerra, na sexta-feira, com o anúncio de mais apoio militar a Kiev e de novas sanções contra Moscovo.


A guerra é sempre um negócio. Ações de empresas de armamento disparam mais de 100%

Guerra na Ucrânia (AP)

ECO - Parceiro CNN Portugal 26/02/23

As ações das empresas de armamento militar europeu dispararam desde o início da guerra da Ucrânia, mas a contar pelo aumento das suas carteiras de encomendas há ainda espaço para muito mais

Os carros de combate Leopard 2, desenvolvidos pelo grupo alemão Rheinmetall e utilizados pelo exército ucraniano, contribuíram fortemente para a valorização de 158% das ações da empresa alemã desde o início da guerra. EPA/JAKUB KACZMARCZYK POLAND OUT

Ser o maior fornecedor militar do país que mais gasta em armamento (EUA) é um título importante, mas para os acionistas da Lockheed Martin isso não basta. Com uma capitalização bolsista de mais de 120 mil milhões de euros, as ações desta empresa norte-americana contabilizam uma valorização de 26% desde o início da guerra na Ucrânia.

Na frente de batalha, a defender as posições do exército ucraniano, contam-se centenas de mísseis anti-tanque Javelin, que se tornaram num símbolo da resistência ucraniana, e de vários Sistemas de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars) enviados pelos EUA. Tudo propriedade da Lockheed Martin.

O gigante de armamento norte-americano é apenas uma das empresas que tem visto o seu negócio crescer à velocidade com que a guerra evolui na Europa, e muito por conta do pacote de ajuda de 100 mil milhões de dólares dos EUA e dos mais de 40 mil milhões de dólares dos países da NATO para armar o exército ucraniano contra as forças militares da Federação Russa.

Entre as empresas europeias, a estrela do batalhão tem sido o grupo alemão Rheinmetall, que produz os carros de combate Marder e o famoso tanque Leopard 2 – um pedido recorrente da parte de Volodymyr Zelensky aos seus aliados. De acordo com os dados oficiais, os países da NATO já enviaram 12 destes tanques para a Ucrânia – Portugal vai enviar três.

Fonte: Reuters. Evolução das ações na sua moeda local. Ações europeias medidas pelo desempenho do índice Euro Stoxx 50 e as ações mundiais medidas pelo índice MSCI World.

As ações da empresa liderada por Armin Papperger valorizaram 158% no espaço de um ano, que compara com uma subida de 5,8% do principal índice acionista alemão (DAX) ou com a valorização de 10,8% (incluindo dividendos) das ações das 50 maiores empresas da Zona Euro presentes no índice Euro Stoxx 50.

Recentemente, numa entrevista à revista Stern, Armin Papperger, CEO do Rheinmetall, antecipava que o negócio da empresa está somente a começar, perspetivando dois anos igualmente intensos a 2022, com as vendas a escalarem até aos 12 mil milhões de euros até 2025, cerca de mil milhões acima da meta anteriormente estabelecida.

Nessa entrevista, o líder da empresa alemã afirmou que a carteira de encomendas da Rheinmetall era de 30 mil milhões de euros em dezembro de 2022, um valor recorde que compara com os 24,5 milhões de euros no final de 2021, e 33% abaixo dos 40 mil milhões de euros com que espera terminar este ano.

A guerra da Ucrânia vista pelo sobe e desce da Bolsa

A guerra é o palco preferido das empresas de defesa e produção de armamento militar. É durante os períodos de conflito militar que estas empresas veem crescer o seu negócio. A última guerra no Afeganistão, que durou quase 20 anos (entre outubro de 2001 e agosto de 2022), é disso exemplo.

Segundo cálculos do think thank “Cost of War”, da Universidade de Brown, este conflito teve um custo de mais de 2 biliões de euros para o Tesouro dos EUA que se repercutiu em milhares de milhões de receitas para os cofres dos maiores fabricantes de armamento do mundo, onde se incluem as empresas pertencentes ao Complexo Industrial Militar Americano (CIMA): Lockheed Martin, Raytheon, General Dynamics, Boeing e Northrop Grumman.

Durante a guerra do Afeganistão, as ações das empresas que constituem o CIMA valorizaram, em média, 927%, cerca de 1,8 vezes mais que os títulos das 500 empresas que constituem o principal índice acionistas norte-americano (S&P 500).

A guerra na Ucrânia não foge à regra. Tem também sido o palco da amplificação do negócio de muitas empresas de defesa e produção de armamento militar. As ações das empresas do CIMA, por exemplo, contabilizam uma valorização média de 15% no último ano, face a uma desvalorização de 4% do S&P 500 no mesmo período.

As contas das principais empresas de defesa e armamento militar europeias apresentam uma carteira de encomendas para os próximos anos em números recordes".

Destaque para as ações da Lockheed Martin que acumulam uma subida de 25,6% desde 24 de fevereiro de 2022, mas que poderão ainda disparar mais caso os países da NATO cheguem a acordo para enviar para a Ucrânia alguns caças F-16, como tem sido pedido por Volodymyr Zelensky – aviões que são produzidos pela empresa norte-americana.

No entanto, na guerra da Ucrânia, têm sido as empresas militares europeias as mais beneficiadas, contabilizando para si a maior fatia dos pacotes de apoio à Ucrânia. Além da alemã Rheinmetall, destaque para as ações da sueca Saab que subiram 173% desde o eclodir da guerra, seguindo à boleia do sucesso do seu sistema de mísseis anti-tanque NLAW; e para os títulos da empresa italiana Leonardo, responsável pela produção do sistema de defesa para os tanques M1A1, que escalaram 66% no último ano.

Um negócio com presente e futuro

O bom momento para as empresas europeias de defesa e armamento militar não é apenas contabilizado no presente. A BAE Systems, a maior construtora de armamento do Reino Unido, apresentou na quinta-feira lucros de 2,7 mil milhões de euros e um recorde de encomendas no final de 2022 de 67 mil milhões de euros, como resultado de uma crescente procura por armamento por parte de vários países.

“Embora seja trágico que tenha sido necessária uma guerra na Europa para aumentar a consciência da importância da defesa em todo o mundo, a BAE Systems está bem posicionada para ajudar os governos a manter os seus cidadãos a salvo e seguros num ambiente de ameaça elevada“, referiu Charles Woodburn, CEO da empresa no decorrer da apresentação de resultados, sublinhando ainda que para 2023 antecipa um aumento das vendas entre 3% a 5%.

No último ano, as ações da BAE Systems, cotadas na bolsa de Londres, subiram 52% (já contabilizando os dividendos distribuídos) face a uma valorização de 9,8% dos títulos das 100 empresas que constituem o principal índice acionistas britânico (Footsie).

Uma carteira constituída há um ano de forma equitativa pelas quatro principais empresas de armamento militar europeu que mais têm ganho com a guerra na Ucrânia (Rheinmetall, Saab, Leonardo e BAE Systems) apresenta hoje uma valorização média de 111%.

O sinal dado por Charles Woodburn não é restrito às contas da BAE Systems. As contas das principais empresas de defesa e armamento militar europeias apresentam uma carteira de encomendas para os próximos anos em números recordes. A italiana Leonardo, por exemplo, que apresentará contas a 9 de março, já revelava em setembro uma carteira de encomendas de 37,4 mil milhões de euros, o equivalente a 2,5 anos de produção.

O mesmo sucede com a Saab, que além de registar um incremento de 16% das vendas em 2022, teve um crescimento de 21% da sua carteira de encomendas para mais de 12 mil milhões de euros e antecipa um aumento orgânico de 15% das vendas este ano. “Temos uma sólida carteira de encomendas e uma forte posição para captar mais crescimento”, referiu Micael Johansson, presidente e CEO da Saab.

Derrota? "Não podemos ignorar capacidades nucleares" da NATO, diz Putin

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Notícias ao Minuto  26/02/23 

Segundo o chefe de estado russo, o objetivo da NATO é "dissolver a antiga União Soviética e a sua parte fundamental - a Federação Russa".

O presidente russo Vladimir Putin disse, este domingo, que a Rússia não tem escolha senão ter em conta as capacidades nucleares da NATO, uma vez que a Aliança está à procura da derrota da Rússia.

"Nas condições de hoje, quando todos os principais países da NATO declararam que o seu principal objetivo é infligir-nos uma derrota estratégica, para que nosso povo sofra, como eles dizem, como podemos ignorar as suas capacidades nucleares nessas condições?", referiu Putin, em declarações à televisão estatal Rossiya 1, citado pela TASS.

Segundo o chefe de estado russo, o objetivo da NATO é "dissolver a antiga União Soviética e a sua parte fundamental - a Federação Russa".

O Ocidente, na ótica de Putin, foi cúmplice indireto dos "crimes" cometidos pela Ucrânia.

A Rússia já se tornou na nação mais sancionada do mundo no ano passado, alvo de sanções de mais de 30 países que representam mais da metade da economia mundial. Mas o aperto na sua economia, comércio e empresas ainda não desferiu um golpe decisivo.