sábado, 4 de janeiro de 2025
A taiwanesa Hon Hai (Foxconn), a maior empresa de montagem de produtos eletrónicos do mundo, está a trabalhar com a norte-americana Nvidia para desenvolver robôs humanoides, informou este sábado a agência de notícias de Taiwan CNA.
© Shutterstock Lusa 04/01/2025
Foxconn associa-se à Nvidia para desenvolver robôs humanoides
A taiwanesa Hon Hai (Foxconn), a maior empresa de montagem de produtos eletrónicos do mundo, está a trabalhar com a norte-americana Nvidia para desenvolver robôs humanoides, informou este sábado a agência de notícias de Taiwan CNA.
A Foxconn está a adotar as tecnologias de 'software' e as plataformas de 'hardware' da Nvidia, para desenvolver robôs semelhantes aos humanos em Kaohsiung, cidade portuária no sul de Taiwan, disse o presidente da empresa taiwanesa Young Liu, de acordo com a CNA.
A Foxconn, que já introduziu robôs não humanoides em algumas das linhas de produção, com recurso às tecnologias da Nvidia, está a planear lançar robôs com forma humana noutros serviços, incluindo no setor da saúde, referiu Liu, sem fornecer mais detalhes.
A parceria entre a Foxconn e a Nvidia vem de longa data: a tecnológica taiwanesa é a principal fabricante dos servidores GB200 da empresa norte-americana, essenciais para o desenvolvimento de aplicações de inteligência artificial (IA).
Neste sentido, Liu avançou que as vendas da Foxconn vão ultrapassar os sete biliões de dólares taiwaneses (cerca de 206 mil milhões de euros) em 2025, acima dos 6,2 biliões (cerca de 182,7 mil milhões de euros) alcançados nos primeiros onze meses do ano passado, graças à forte procura global de aplicações de IA.
Fundada em 1974, a Foxconn é o maior fabricante mundial de produtos eletrónicos por contrato, com fábricas e centros de investigação nos Estados Unidos, China, Índia, Japão, Vietname, entre outros países.
Tal como outras tecnológicas, a Foxconn beneficiou nos últimos meses do otimismo em relação ao desenvolvimento da IA: as ações na bolsa de valores de Taiwan subiram 74% no último ano.
Leia Também: Huawei revela telemóvel capaz de trocar mensagens via satélite... Por enquanto, o Enjoy 70X está previsto apenas para o mercado chinês.
Rússia denuncia novo ataque ucraniano com mísseis norte-americanos
© Lusa 04/01/2025
As defesas aéreas russas intercetaram este sábado oito mísseis ATACMS norte-americanos disparados pela Ucrânia, um tipo de ataque apresentado por Moscovo como uma "linha vermelha" no conflito, anunciou o exército da Rússia.
"As defesas aéreas abateram oito mísseis táticos operacionais ATACMS de fabrico norte-americano e 72 'drones'", informou o exército russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O exército não especificou se o ataque ucraniano causou vítimas ou danos materiais.
A administração do Presidente dos Estados Unidos cessante, Joe Biden, autorizou em novembro a utilização dos mísseis ATACMS por Kiev, depois de se ter oposto durante muito tempo.
A autorização foi dada na sequência do destacamento, segundo o Ocidente e a Ucrânia, de milhares de soldados norte-coreanos em apoio dos soldados russos.
Desde então, Kiev efetuou vários ataques com mísseis ATACMS de longo alcance e com os Storm Shadows britânicos.
A Rússia retaliou com o primeiro disparo de uma arma hipersónica experimental denominada Orechnik e prometeu "uma resposta" a cada ataque ucraniano deste tipo contra o seu território.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou atacar o centro da cidade de Kiev como retaliação, embora isso ainda não tenha acontecido.
Donald Trump, que vai suceder a Biden como presidente em 20 de janeiro, afirmou em dezembro que se opunha à utilização pelo exército ucraniano de mísseis ATACMS, invocando um agravamento do conflito.
Também hoje, duas pessoas ficaram feridas num ataque de um 'drone' ucraniano na cidade de Chebekino, perto da fronteira com a Ucrânia, de acordo com o governador da região russa de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.
Na frente, um ataque ucraniano feriu pelo menos 10 pessoas na cidade de Gorlivka, no território ocupado por Moscovo no leste da Ucrânia, anunciou o presidente da câmara local, Ivan Prikhodko.
Mais a norte, o exército russo reivindicou hoje a tomada da pequena cidade de Nadiia, na região ucraniana de Lugansk, que anexou em 2022 e que agora controla quase totalmente.
Também quatro pessoas ficaram feridas num ataque de um 'drone' russo no sul, de acordo com o chefe da administração militar municipal da cidade de Kherson, Roman Mrotchko.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de forma independente de imediato.
A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada por Putin em fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.