10 de agosto de 2013

Carlos Gomes Júnior anuncia o regresso à Guiné-Bissau

O ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior, deposto pelo golpe de estado militar de 12 de Abril do ano passado, disse, esta quinta-feira, 8 de Agosto, em Lisboa, que estão reunidas as condições de segurança para regressar ao país para se candidatar às eleições presidenciais agendadas para 24 de Novembro deste ano, nas quais espera obter 80% de votos, um número muito superior aos pouco mais de 49% obtidos em 2012.

«O Representante do Secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, tem estado em conversações com as autoridades do país e, à partida, estão garantidas as condições para o meu regresso», disse à PNN, no final da conferência de imprensa que teve lugar esta manhã, em Lisboa.

Da parte das Forças Armadas, o Primeiro-ministro afastado na sequência do golpe militar de Abril de 2012 pensa regressar com serenidade, dado que a ordem constitucional foi reposta e as autoridades de transição terão que garantir a reunião de uma conjuntura de segurança para o retorno de todos os «filhos da Guiné-Bissau».

Sobre o risco iminente de surgir outro golpe de Estado depois do processo eleitoral marcado para 25 de Novembro, Gomes Júnior é de opinião que «as Nações Unidas, como outras instituições internacionais, deverão tomar as medidas conducentes para que haja uma paz definitiva no país».

A Guiné-Bissau tem que pedir o apoio dos parceiros externos mas não podemos continuar a abusar porque eles têm os seus compromissos.  Os militares têm que ter obediência ao poder político, portanto, o poder político tem que criar condições para haver uma reforma do sector de Defesa e Segurança», referiu o candidato do PAIGC às eleições de Novembro, exilado em Portugal há mais de um ano.

"Cadogo" também presidente do PAIGC, apoia a candidtura de Domingos Simões Pereira à liderança do principal partido guineense.

Guiné-Bissau: Ramos Horta promete visita de secretário-geral da ONU

O representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau afirmou que se as eleições de Novembro ocorrerem sem fraude e num clima de estabilidade, irá realizar-se uma mesa-redonda para a Guiné-Bissau implicando uma visita do secretário-geral Ban Ki-moon ao país.