quarta-feira, 30 de outubro de 2024
O Governo de Espanha decretou hoje três dias de luto nacional por causa das consequências do mau tempo no leste do país, quando estão confirmados pelo menos 63 mortos e também "danos materiais altíssimos".
© Getty Images Por Lusa /Boletín Del Tiempo 30/10/24
Três dias de luto em Espanha por "danos pessoais e materiais altíssimos"
O Governo de Espanha decretou hoje três dias de luto nacional por causa das consequências do mau tempo no leste do país, quando estão confirmados pelo menos 63 mortos e também "danos materiais altíssimos".
O executivo pediu ainda às populações das zonas afetadas pelo mau tempo para não saírem de casa e, sobretudo, não tentarem circular pelas estradas, sublinhando que o temporal ainda permanece e os seus efeitos continuam a ser perigosos.
O ministro indicou que há várias zonas afetadas que continuam inacessíveis às esquipas de resgate que estão no terreno e que incluem mais de mil militares de uma unidade de emergência para situações de catástrofe.
O Governo de Espanha confirmou 63 mortos, 62 na região autónoma da Comunidade Valenciana, a mais afetada pelo temporal, e um na região vizinha de Castela La Mancha, e disse não poder avançar neste momento números de pessoas consideradas desaparecidas.
Num balanço sobre a situação das comunicações e das infraestruturas tuteladas pelo Estado central, Ángel Victor Torres disse que o porto de Valência esteve encerrado, mas já abriu, e há mais dois que permanecem encerrados na mesma região.
Quanto aos aeroportos, a situação está normalizada em toda a região do Mediterrâneo, depois de perturbações em vários pontos do leste e do sul de Espanha.
Os comboios de alta velocidade entre Madrid e Valência estão totalmente suspensos, assim como as linhas suburbanas em Valência, com o ministro a dizer que a reposição se fará "em função da evolução" do mau tempo e dos trabalhos no terreno.
Todas as estradas principais estão cortadas na região autónoma da Comunidade Valenciana, afirmou.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, garantiu hoje apoio a todos os afetados pelo mau tempo no país e alertou também que "a emergência continua", pedindo à população para extremar as precauções.
Numa declaração ao país ao final da manhã, a partir da sede do Governo espanhol, em Madrid, Sánchez pediu à população para "não baixar a guarda" porque o mau tempo "continua a causar estragos".
"Ainda não podemos dar por concluído este devastador episódio", realçou, sublinhando que continuam sob avisos meteorológicos as regiões autónomas da Comunidade Valenciana, Andaluzia, Aragão, Castela La Mancha, Catalunha, Extremadura, Navarra e Rioja, assim como a cidade autónoma de Ceuta.
O líder do Governo insistiu também na importância de serem seguidas e respeitadas todas as recomendações dos serviços de emergência e das forças de segurança.
Segundo o primeiro-ministro, além dos mortos confirmados, há "dezenas de municípios inundados, estradas e vias cortadas, pontes destruídas pela violência das águas", sobretudo em Valência.
Várias regiões de Espanha estão desde terça-feira sob a influência de uma "depressão isolada em níveis altos", um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em castelhano, que causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos do país, sobretudo na costa do Mediterrâneo.
A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos, que fizeram acionar os alertas e avisos mais graves da proteção civil e da meteorologia na terça-feira à noite.
Na última noite, a precipitação na região de Valência foi a mais elevada em 24 horas desde 11 de setembro de 1966, de acordo com dados oficiais.
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Durante a COP 16, em Cali, a Guiné-Bissau reafirmou o seu compromisso com a preservação da biodiversidade e o combate às alterações climáticas.
Guerra na Ucrânia. Análise: Participação norte-coreana sem vantagens táticas na guerra
© Getty Images Por Lusa 30/10/24
A participação de tropas norte-coreanas atribui à guerra na Ucrânia "implicações maiores" para a segurança global, à medida que Moscovo aposta numa aliança contra o Ocidente, defenderam analistas, descartando efeitos práticos no campo de batalha.
Para a investigadora Darcie Draudt-Véjares, do programa para a Ásia da unidade de investigação ('think tank') Carnegie Endowment for International Peace, "existem razões para alarme", porque dá um sinal de "viragem estratégica mais ampla da Rússia para a construção de uma coligação contra o Ocidente".
"Ao expandir a sua órbita para incluir a Coreia do Norte (juntamente com o Irão, com potencial alinhamento chinês), a Rússia não está apenas a procurar vantagens táticas na Ucrânia - está a tentar remodelar a arquitetura de segurança global", vincou num relatório do organismo.
Para a analista, "este sistema de alianças emergente desafia os acordos de segurança pós -Guerra Fria e arrisca-se a transformar conflitos regionais em confrontos globais mais alargados".
A participação dos soldados norte-coreanos representa assim uma "mudança fundamental" na dinâmica do poder global, suscitada pelo tratado de defesa celebrado entre Moscovo e Pyongyang, e transforma a guerra na Ucrânia num "inesperado campo de batalha por procuração para as tensões na Península Coreana", observou.
A investigadora Mary Glantz, do centro para a Rússia e Europa do 'think tank' United States Institute of Peace, concordou que a participação dos norte-coreanos nos combates "representa uma escalada e um desafio implícito à Ucrânia e aos países aliados", mas questionou os seus efeitos práticos no campo de batalha.
"A guerra tornou-se num conflito de atrito que ceifa aproximadamente 1.200 russos por dia. Com essa taxa de baixas, mesmo 12.000 soldados norte-coreanos só seriam suficientes para 10 dias de operações", observou num documento publicado pelo 'think tank'.
"O mais provável é que a participação da Coreia do Norte se enquadre na estratégia mais alargada do Kremlin de expandir o caos para desafiar o apoio do Ocidente à Ucrânia", escreveu Glantz. O Presidente russo, Vladimir Putin, pode também estar a usar esta movimentação "para sinalizar que não está isolado internacionalmente e que é capaz de recorrer a recursos adicionais quando necessário".
O envio de tropas norte-coreanas pode, no entanto, ter efeitos mais nefastos para a Coreia do Sul. Seul declarou que o envio direto de tropas para o conflito representa uma "grave ameaça" à sua segurança, permitindo aos solados adquirir experiência de combate direto e dados sobre o desempenho de armas, incluindo veículos aéreos não tripulados ("drones") e mísseis balísticos.
A Coreia do Sul está também preocupada com o apoio prestado pela Rússia à modernização das armas convencionais e às capacidades de lançamento de satélites da Coreia do Norte, o que melhoraria a sua capacidade de vigilância contra as forças norte-americanas e sul-coreanas na região.
"No mínimo, os destacamentos intensificam a solidariedade do país para com a Rússia, dando a Pyongyang mais poder para procurar ajuda adicional de Moscovo e maior confiança para resistir à pressão internacional", escreveu Frank Aum, especialista em assuntos do nordeste da Ásia no United States Institute of Peace.
Em resposta, o governo sul-coreano declarou que está a considerar "contramedidas faseadas". No entanto, apesar das ameaças de envio de "armas ofensivas" para a Ucrânia, a assistência direta sul-coreana "continuará provavelmente a limitar-se à ajuda humanitária e não letal, uma vez que a legislação nacional impede a exportação de armas para zonas de conflito ativas", apontou o analista.
Aum apontou, no entanto, que Seul pode continuar a enviar munições indiretamente através dos Estados Unidos e de outros países e colocar pessoal na Ucrânia, para ajudar a falar com os soldados norte-coreanos que desertam ou são capturados, ou para analisar as táticas e capacidades norte-coreanas.
Os 344 covardes e cegos Paigcistas sem uma visão política estratégica e sustentável face aos desafios evidentes votaram a favor para moção equivocada, isto é, mais uma aventura política falhada e sem direção
Por O Democrata Osvaldo Osvaldo
- Os 344 covardes e cegos Paigcistas sem uma visão política estratégica e sustentável face aos desafios evidentes votaram a favor para moção equivocada, isto é, mais uma aventura política falhada e sem direção.
As minhas condolências à carreira política corrupta de DSP. Há uma tentativa de fuga não eficiente pela frente, mesmo com a sustentabilidade da luz e energia solar de Comité Central, o corrupto NATO não vai lado nenhum, afirmo isso com disciplina de cidadania. Podem polarizar a sociedade (nas redes sociais) como sempre. Eu já vi à minha frente fim de vários políticos e, o DSP é um deles. Ele gosta muito de proteção especial, e é um corrupto fino que julga estar acima da lei com imunidade que existe no parlamento, mesmo estando nos olhos, os crimes que são tipificados, o corrupto alega imunidade, o comportamento dele é uma clara e flagrante instigação para apologia da prática corrupta, mesmo diante dos crimes públicos, o seu partido aceitou obediência corrupta, o que é ofensa a inteligência da nossa República.
A minha posição face às circunstâncias em Bissau é essa: DSP não vai lado algum. É o ego do fanatismo ou do excesso desta polarização, que levou os 344 covardes e cegos votaram a favor para moção? A liderança corrupta e empresarial deste partido foi o responsável pela ausência do Estado na Guiné- Bissau há décadas. O nosso povo sem capacidade para discussão polarizada, ainda não percebeu o que está em causa.
Concluindo: Quando um líder mergulhado em vários escândalos nebulosos como é o Domingos Simões Pereira, o melhor era se demitir e evitar esses teatros de votações!
Wednesday 30 October
Inglaterra- London
Juvenal Cabi Na Una.
PAIGC aprova moção de confiança a Domingos Simões Pereira na Guiné-Bissau
© Lusa 30/10/24
O comité central do PAIGC renovou a confiança no presidente, Domingos Simões Pereira, depois do pedido de clarificação da liderança por parte de dirigentes do partido membros do Governo de iniciativa presidencial da Guiné-Bissau.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) convocou para terça-feira uma sessão extraordinária do comité central para analisar a situação política do país que acabou por se centrar nas legislativas marcadas para 24 de novembro e na liderança de Simões Pereira.
Depois de reunido durante várias horas, o comité central aprovou por maioria uma moção de confiança ao presidente Simões Pereira, com 344 votos a favor, um voto contra e duas abstenções entre os 247 membros que participaram na sessão extraordinária.
Os resultados foram anunciados pelo porta-voz do PAIGC, Muniro Conte, com a indicação de que a moção de confiança foi aprovada "pela liderança sólida, competente, visionária e responsável à frente do partido".
O comité central aprovou, também, a lista de deputados, o programa eleitoral da coligação PAI-Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, e um pedido do "reforço da unidade dos militantes, colocando os interesses do partido acima dos pessoais".
Nas resoluções finais, o comité central exorta ainda "os militantes do partido a respeitar as decisões da maioria assumidas nos órgãos estatutários".
Esta sessão extraordinária foi convocada depois de um grupo de dirigentes do PAIGC ter exigido a Domingos Simões Pereira que clarifique a sua posição em relação às eleições legislativas, sobre se é ou não candidato a primeiro-ministro.
A posição foi assumida num carta dirigida ao presidente do PAIGC e assinada por dirigentes que integram o atual Governo de iniciativa presidencial que substituiu o executivo da maioria PAI-Terra Ranka, depois de o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ter dissolvido o parlamento presidido por Simões Pereira.
O grupo integra oito nomes, entre eles o atual primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, o ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Aly Hijazy, e o ministro das Pescas, Mário Mussante.
Na carta pedem ao presidente do partido que clarifique aos militantes do PAIGC se pretende ser primeiro-ministro ou candidato às próximas eleições presidenciais.
Simões Pereira respondeu, entretanto, que o presidente do partido é candidato a primeiro-ministro, de acordo com os estatutos.
Os signatários da carta afirmam que "é óbvio para qualquer observador atento" que este continua a bater-se para ser Presidente da República, no que dizem ser "uma pretensão legítima".
Aqueles dirigentes do PAIGC observam, contudo, que as pretensões de Pereira não podem colocar em causa os interesses do partido e, por via disso, pedem uma clarificação sobretudo em relação a quem o vai substituir como candidato ao cargo de primeiro-ministro, em caso da vitória nas legislativas.
Os signatários da carta defendem que "parece estar a acontecer" um processo de substituição.
Nas últimas eleições legislativas realizadas em junho de 2023, Simões Pereira apresentou-se como cabeça-de-lista da coligação PAI-Terra Ranka e, com a vitória eleitoral, o partido indigitou o primeiro vice-presidente, Geraldo Martins, para o cargo de primeiro-ministro, e Simões Pereira acabou por ocupar a presidência do parlamento.