quinta-feira, 26 de junho de 2025

O Presidente da República recebeu em audiência o Bispo de Bissau, Dom Lampra Cá, o Núncio Apostólico e bispos representantes da Igreja Católica dos países de língua portuguesa.

Durante a visita de cortesia, os líderes religiosos partilharam com o Chefe de Estado detalhes sobre a cerimónia de ordenação de Frei Victor Quamatcha, nomeado em março pelo falecido Papa Francisco como novo Bispo da Diocese de Bafatá.  

A ordenação terá lugar no próximo sábado, na cidade de Bafatá, numa cerimónia solene que reunirá fiéis de todo o país.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Ataque a instalações nucleares iranianas culminou 15 anos de preparativos... O Pentágono apresentou hoje novos pormenores sobre os bombardeamentos a três instalações nucleares iranianas, uma operação descrita como o culminar de 15 anos de preparativos para destruir as capacidades atómicas do Irão.

Por LUSA 

Na operação 'Midnight Hammer' participaram cerca de 125 aviões, entre os quais bombardeiros B-2 que lançaram bombas 'antibunker' de 13.600 quilos sobre duas unidades iranianas de enriquecimento de urânio consideradas essenciais, Fordo e Natanz, ao passo que um submarino disparou mísseis Tomahawk sobre a central nuclear de Isfahan, indicou o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o general Dan Caine.

Num relato das cerca de 36 horas de duração da operação, o general Dan Caine disse que esta foi "o culminar de mais de 15 anos de desenvolvimento e testes" para conseguir penetrar em instalações como Fordo, várias dezenas de metros abaixo do solo.

Segundo Caine, vários militares norte-americanos "comiam, respiravam e sonhavam" com os preparativos para aquele momento.

"Nesta missão havia pilotos homens e mulheres", precisou o general, acrescentando que um dos militares participantes a comparou à 'Super Bowl' (jogo final do campeonato da principal liga de futebol americano dos Estados Unidos), devido à envergadura e que, de acordo com os testemunhos dos pilotos, a explosão em Fordo "foi a mais brilhante que já viram".

O chefe do Estado-Maior Conjunto mostrou um vídeo sobre a capacidade das bombas "antibunker" lançadas sobre as instalações iranianas e disse que, durante o desenvolvimento, os cientistas militares foram "os maiores utilizadores de horas de supercomputador nos Estados Unidos".

"Cada arma tinha um impacto, ângulo, alcance, trajetória final e configuração de espoleta únicos. A espoleta é, na verdade, o que indica à bomba quando deve ser ativada. Quanto maior for o atraso na espoleta, maior será a penetração da arma e o impacto no alvo", explicou.

O general indicou que decidiram apontar a dois poços de ventilação em Fordo que os iranianos tentaram cobrir com betão "para tentar impedir um ataque", e garantiu que os planos norte-americanos tiveram em conta as dimensões das coberturas, que foram penetradas, deixando à vista uma abertura para a unidade de produção nuclear.

"Ao contrário de uma bomba de superfície normal, não se verá uma cratera de impacto, porque são concebidas para se enterrarem profundamente e depois funcionarem. Sei que houve muitas perguntas a este respeito. As seis armas em cada conduta de ventilação de Fordo funcionaram exatamente onde deviam", insistiu.

Caine também afirmou que o comando militar "não avalia o seu próprio trabalho", perante perguntas sobre um relatório preliminar dos serviços secretos que limitou a seis meses o atraso causado pelo ataque norte-americano na capacidade do Irão para desenvolver armas nucleares.

"Isso é o que faz a comunidade dos serviços secretos", comentou.

Já o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, defendeu o "êxito retumbante" da operação e atacou as "notícias falsas" divulgadas pela comunicação social "para prejudicar" o Presidente norte-americano, Donald Trump, e diminuir as suas vitórias.

"Se querem saber o que está a acontecer em Fordo, é melhor irem buscar uma pá grande, porque não há ninguém lá em baixo neste momento", concluiu Hegseth.

A conferência de imprensa em tom irritado de Caine e Hegseth realizou-se depois de a comunicação social norte-americana ter noticiado, na quarta-feira, que a Casa Branca está a planear reduzir a troca de informações confidenciais com o Congresso.

Isso, após considerar que a comunicação social desvalorizou a eficácia da operação 'Midnight Hammer', ao divulgar após a missão um relatório preliminar dos serviços secretos, enviado do interior do Congresso à estação televisiva CNN ou ao diário The New York Times, que informava que o Irão não estava a desenvolver armas nucleares, e que Trump decidiu ignorar.


Leia Também: Pentágono celebra "histórico acordo" da NATO: "Trump conseguiu"

"Existem cerca de 700.000 pedidos de nacionalidade portuguesa pendentes"

Por LUSA 

O Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado (STRN) afirmou que as alterações anunciadas à lei de nacionalidade estão a provocar uma "corrida às conservatórias" para submissão de novos pedidos, a juntar aos 700 mil já pendentes.

"Neste momento, existem cerca de 700.000 pedidos de nacionalidade portuguesa pendentes de análise, um número que se prevê que aumente significativamente nos próximos tempos, face ao anúncio do Governo sobre as alterações à Lei da Nacionalidade, aprovadas na última reunião do Conselho de Ministros, o que tem levado a um aumento acentuado de novos pedidos, apresentados por quem procura ainda beneficiar do regime legal em vigor", adiantou o STRN em comunicado.

Segundo os dados sindicais, o crescimento no número de novo pedidos é transversal a território nacional, acontecendo quer "nas submissões online --- realizadas por advogados e solicitadores --- como presencialmente, nos diversos postos de atendimento: conservatória dos registos centrais, Arquivo Central do Porto e restantes Conservatórias do Registo Civil em todo o território nacional".

"A autêntica 'corrida' às conservatórias está a exercer uma pressão insustentável sobre serviços que já se encontravam em situação de rutura, agravada por uma carência crítica de recursos humanos, estimada em cerca de 40% abaixo das necessidades reais", denunciou o sindicato.

Segundo o STRN, faltam 266 conservadores de registos e os 120 em formação apenas estarão aptos para entrar em serviço no final de 2026. Diz que faltam também 1.867 oficiais de registos, alertando que apenas metade das 240 vagas recentemente levadas a concurso foram preenchidas "devido à falta de atratividade das carreiras". Somam-se as dezenas de aposentações a cada mês sem substituições imediatas.

Para o período de verão o sindicato prevê que as férias dos funcionários sejam um fator de agravamento das pendências.

O STRN refere ainda "constrangimentos tecnológicos", denunciando que "a plataforma informática criada para submissão desmaterializada dos pedidos de nacionalidade, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apresenta falhas graves desde a sua implementação, sem solução à vista" e que a interoperabilidade com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo "continua a funcionar com sérias limitações há mais de um ano".

"Cada um destes problemas, por si só, seria já suficientemente preocupante. Em conjunto, configuram uma tempestade perfeita, com impacto severo na qualidade e nos prazos da prestação de um serviço público essencial a cidadãos e empresas. Apesar dos esforços incansáveis dos conservadores e oficiais de registos, está a tornar-se humanamente impossível conter os atrasos e o número de processos pendentes continua a aumentar de forma dramática", afirmou o sindicato.

A estrutura sindical aponta ainda a situação "caótica e sem precedentes" na história do Instituto de Registos e Notariado (IRN), tendo já levado à "rotura total" e encerramento temporário de conservatórias.

No final de maio a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, anunciou que será lançado um concurso com cerca de 400 vagas para o IRN e reiterou a intenção de rever as carreiras.

BALANÇO PROVISÓRIO DA CAMPANHA DE CAJU 2025, APONTA PARA 208 MIL TONELADAS ESTOCADAS EM BISSAU PARA EXPORTAÇÃO

 Rádio Sol Mansi  26 06 2025

O balanço provisório da presente campanha de comercialização e exportação da castanha de caju 2025, aponta para duzentas e oito mil toneladas escoadas até a data presente para os armazéns de Bissau e arredores, a aguardar a sua exportação.

Estes dados foram anunciados esta quinta-feira, em Bissau, pelo director-geral do Comércio Interno, Abulai Mané, numa conferência de imprensa, na qual se fez acompanhar do diretor-geral do Comércio Externo, Lassana Fati, onde procederam ao balanço do desenrolar da campanha do maior produto agrícola de exportação guineense.

O responsável informa ainda, que já foram declaradas 70 mil toneladas das quais 40 mil já foram exportadas.

Relativamente à questão do preço junto ao produtor, Abulai Mané diz que a tendência se posiciona para queda, mas não abaixo do fixado pelo governo que é 410 francos cfa, por cada quilograma.

Sobre a tentativa da fuga de castanha nas linhas fronteiriças com os países vizinhos, nomeadamente Senegal e a República da Guiné, Abulai Mané, anunciou que foram apreendidas cerca de 51 toneladas de castanha de caju.

Segundo os responsáveis, com estes dados provisórios, o país já ultrapassa de longe a previsão da campanha de comercialização e exportação da castanha de caju do ano passado, onde a quantidade exportada era de 170 mil toneladas.

Fiscalização Marítima: Sindicato denuncia abandono do mar guineense

 @CAP GB

Bissau, 26 de junho de 2025 – O Sindicato de Base do Instituto Nacional de Fiscalização Marítima (INFISCAP-IP) acusa o Governo de abandonar a fiscalização das águas territoriais da Guiné-Bissau há mais de quatro meses. Durante uma conferência de imprensa realizada em Bissau, a estrutura sindical exigiu a demissão imediata do Diretor-Geral do instituto, Carlos Nelson Sanó.

“Realizamos esta conferência para expressar a nossa profunda indignação face à incapacidade da atual direção em gerir o INFISCAP. É inadmissível que, durante quatro meses, o mar da Guiné-Bissau esteja sem qualquer tipo de fiscalização. Alguém tem de ser responsabilizado”, afirmou Mamadu Infamara Mané, presidente do sindicato.

O sindicalista denunciou ainda a alegada efetivação irregular de dez funcionários no instituto, que, segundo ele, teria ocorrido sob ordens diretas do Presidente da República.

“De forma estranha e pouco transparente, dez pessoas foram efetivadas. O Diretor-Geral afirmou que o ato foi instruído pelo Presidente da República. Com essa gestão marcada por opacidade e desorganização, consideramos que não há condições para que o atual responsável continue à frente da instituição”, declarou.

O sindicato advertiu que poderá tomar medidas mais drásticas, incluindo a paralisação das atividades no setor, caso não haja esclarecimentos e mudanças na direção do INFISCAP.

Exportações chinesas para os países lusófonos atingem novo recorde... De acordo com informações dos Serviços de Alfândega da China, as mercadorias vendidas para os mercados lusófonos até maio atingiram 34,6 mil milhões de dólares (29,6 mil milhões de euros).

Por LUSA 

As exportações chinesas para os países de língua portuguesa tiveram o melhor desempenho de sempre para o período em análise, aumentando 1,6% nos primeiros cinco meses, em comparação com igual período de 2024, segundo dados oficiais divulgados hoje.

De acordo com informações dos Serviços de Alfândega da China, as mercadorias vendidas para os mercados lusófonos até maio atingiram 34,6 mil milhões de dólares (29,6 mil milhões de euros).

Este é o valor mais elevado para os primeiros cinco meses de um ano desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar estes dados, em 2013.

Os dados divulgados revelam que a principal razão para o novo recorde foi Angola, cujas importações vindas da China subiram 72,6%, para 2,32 mil milhões de dólares (1,98 mil milhões de euros).

Ainda assim, e apesar de uma descida homóloga de 1,9%, o Brasil continua a ser de longe o maior comprador no bloco lusófono, com as mercadorias chinesas vindas da China a ficarem perto de 28 mil milhões de dólares (23,9 mil milhões de euros).

Em segundo na lista, à frente de Angola, vem Portugal, que comprou à China produtos no valor de 2,71 mil milhões de dólares (2,31 mil milhões de euros), mais 6,2% do que nos primeiros cinco meses de 2024.

Na direção oposta, as exportações dos países de língua portuguesa para a China caíram 18,5% entre janeiro e maio de 2025, em comparação com igual período do ano passado.

O bloco lusófono vendeu mercadorias no valor de 47,6 mil milhões de dólares (40,6 mil milhões de euros) para o mercado chinês, o valor mais baixo para os primeiros cinco meses de um ano desde 2020, no início da pandemia de covid-19.

A descida deveu-se sobretudo ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas caíram mais de um quinto (21,3%) para 38,4 mil milhões de dólares (32,8 mil milhões de euros).

Além disso, também o segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, Angola, viu as exportações decrescerem 3,5% para 6,91 mil milhões de dólares (5,91 mil milhões de euros).

Da mesma forma, as vendas de mercadorias de Portugal para a China diminuíram 7,1%, para 1,15 mil milhões de dólares (986,3 milhões de euros).

Pelo contrário, as exportações de Moçambique subiram 12,2%, para 720 milhões de dólares (615 milhões de euros).

Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram mais de um quarto (26,7%), para 379,3 milhões de dólares (323,9 milhões de euros).

Quase todos os países de língua portuguesa viram as vendas de mercadorias para a China encolher nos primeiros cinco meses de 2025, incluindo Timor-Leste (menos 3,1%) e Cabo Verde (menos 82,5%).

Além de Moçambique, também São Tomé e Príncipe foi excepção, com exportações para o mercado chinês que mais do que quadruplicaram, mas sem ultrapassar 15 mil dólares (cerca de 12.800 euros). A Guiné-Bissau não vendeu quaisquer produtos à China.

A China registou um défice comercial de quase 13 mil milhões de dólares (11,1 mil milhões de euros) com o bloco lusófono entre janeiro e maio.

Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 82,1 mil milhões de dólares (70,2 mil milhões de euros), menos 11,1% do que no mesmo período do ano passado.

Rússia opõe-se à suspensão da cooperação do Irão com a AIEA

Por LUSA 

A Rússia opõe-se à suspensão por parte do Irão, um aliado de Moscovo no Médio Oriente, da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

Queremos que a cooperação entre o Irão e a AIEA continue, queremos que todos respeitem a declaração reiterada do Irão de que este país não possui nem tem qualquer intenção de produzir armas nucleares", afirmou o ministro russo, em conferência de imprensa.

O parlamento e o Conselho dos Guardiões do Irão aprovaram hoje a suspensão da cooperação da República Islâmica com a AIEA, a agência de vigilância nuclear da ONU, faltando apenas a assinatura do Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, para a decisão entrar em vigor.

Após uma guerra de 12 dias com Israel, durante a qual as instalações nucleares iranianas foram atingidas por ataques israelitas e norte-americanos, os dois órgãos -- o legislativo e o que tem poder para rever a legislação - votaram a favor da suspensão da cooperação.

Nos últimos dias, as autoridades iranianas criticaram a AIEA por não ter condenado os ataques israelitas e norte-americanos às instalações nucleares do país.

A cooperação "será inevitavelmente afetada", resumiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei.

A agência da ONU assinalou que voltar a entrar nas instalações de desenvolvimento do programa nuclear iraniano é a sua prioridade, depois de três infraestruturas nucleares terem sido bombardeadas pelos Estados Unidos no passado fim de semana, no âmbito da ofensiva iniciada por Israel a 13 de junho e das suspeitas de que Teerão estaria perto de conseguir fabricar uma bomba nuclear.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, anunciou na quarta-feira que tinha escrito ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão para pedir uma reunião e discutir visitas técnicas às instalações nucleares, até porque o paradeiro de 408 quilos de urânio altamente enriquecido (a 60%, muito próximo do nível necessário para desenvolver bombas nucleares) é uma das grandes incógnitas após os bombardeamentos.

Hoje, numa entrevista a uma rádio francesa, Rafael Grossi admitiu estar muito preocupado com a relutância do Irão em retomar as inspeções às instalações nucleares após os ataques de Israel e dos Estados Unidos.

Grossi salientou que a presença da AIEA "não é um gesto de generosidade", mas antes "uma obrigação legal", uma "responsabilidade internacional" do Irão enquanto membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que estabelece a existência de um sistema de inspeção.

A Rússia, através da sua agência de energia atómica Rosatom, tem centenas de especialistas destacados na central nuclear de Bushehr, no sudoeste do Irão.

RENAJ esclarece posição em conferência de imprensa face às declarações da Mesa da assembleia geral

A Mesa de Assembleia Geral da RENAJ, reagiu esta quinta-feira (26 06.2025), com a indignação a informações postas a circular, como que a Mesa viole as normas internas da organização conducente a realização da X Assembleia Geral Eletiva, marcada para o próximo dia 28 Junho.

Liga Guineense dos Direitos Humanos em conferência de imprensa sobre o dia Internacional de Apoio a Vítimas de Tortura. Data: 26.06.2025

Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral _GTAPE, deu início esta quinta-feira (26.06), ao processo de sincronização dos dados eleitorais atualizados a nivel nacional... Esta etapa insere-se no quadro da preparação do ficheiro eleitoral, antecedendo a fase de reclamações e culminando com a Consolidação final dos dados eleitorais

28 de Junho de 2025 - Inauguração da exposição “Nuno Krus Abecasis - Lisboa 1980-1990” na UCCLA

Inauguração da exposição “Nuno Krus Abecasis - Lisboa 1980-1990” na UCCLA

A UCCLA e a Câmara Municipal de Lisboa, em parceria com o IDL - Instituto Amaro da Costa, vão inaugurar no dia 28 de junho, pelas 17h30, a exposição “Nuno Krus Abecasis - Lisboa 1980-1990”, integrada nas comemorações dos 40 anos da criação da UCCLA e dos 45 anos da primeira eleição de Nuno Krus Abecasis na presidência da Câmara Municipal de Lisboa.

A exposição integra uma importante retrospetiva fotográfica, tendo por base o acervo do Arquivo Fotográfico, oferecendo um olhar sobre as intervenções e os projetos realizados por Nuno Krus Abecasis durante os três mandatos autárquicos em que esteve à frente da cidade, entre 1980 e 1990.

Através de um conjunto de imagens captadas ao longo dessa década marcante para a cidade, a exposição permite reviver momentos de transformação urbana e social que ajudaram a moldar a Lisboa que conhecemos hoje. Cada fotografia narra não apenas a evolução da cidade, mas também a visão, o compromisso e a dedicação do Engenheiro Nuno Krus Abecasis, cuja ação política e administrativa teve um impacto duradouro na comunidade lisboeta.

Com entrada gratuita, a mostra poderá ser visitada até ao dia 28 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 e das 14 às 18 horas.

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

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Faladepapagaio

Nota à imprensa

 


Menino afegão em estado grave após ser agredido em aeroporto russo... Um menino afegão, de 18 meses, foi agredido por um cidadão da Bielorrússia enquanto brincava numa zona de espera no Aeroporto Internacional de Sheremetyevo, em Moscovo, e sofreu ferimentos no crânio e na coluna.

Por LUSA 

Um menino afegão sofreu ferimentos graves após ser agredido por um homem no Aeroporto Internacional de Sheremetyevo, em Moscovo, na Rússia. O suspeito, um homem da Bielorrússia, foi detido e acusado de tentativa de homicídio.

Segundo a Al Jazeera, o crime ocorreu na segunda-feira e o menino, que sofreu fraturas no crânio e na coluna, encontra-se estável e sem sinais de danos cerebrais.

As imagens de videovigilância do aeroporto, que o Notícias ao Minuto optou por não mostrar devido à violência das mesmas, mostram o homem a levantar a criança e a atirá-la violentamente para o chão.

O crime ocorreu pelas 1h00 locais de segunda-feira (23h00 de domingo) numa zona de espera do Aeroporto Internacional de Sheremetyevo, quando o menino, que tinha regressado de uma viagem com a família, estava a brincar com uma mala.

O crime terá acontecido quando a mãe, grávida do terceiro filho, se afastou para ir buscar uma outra mala. Após a agressão, o homem tentou fugir do local, mas acabou por ser detido pela polícia do aeroporto, contou a imprensa russa. 

O suspeito foi identificado como Vladimir, um bielorrusso de 31 anos, que estava a fazer escala na Rússia após regressar do Egito, onde tinha estado a trabalhar num projeto de construção. Segundo investigações preliminares, estaria sob influência de estupefacientes.

Quando interrogado pelas forças de segurança sobre o incidente, o suspeito admitiu que tinha tentado matar uma criança, mas não conseguiu explicar as suas razões, conta o meio de comunicação independente Belsat. 

A família regressava de umas férias no Irão e fez escala em Cabul, no Afeganistão, antes de aterrar em Moscovo. Reside atualmente na Rússia, para onde se mudou para escapar à guerra e à tomada de posse dos talibãs, tendo obtido cidadania russa. 

Após a divulgação das imagens de videovigilância, surgiram várias alegações nas redes sociais de que o agressor seria um homem israelita e o menino um iraniano.

O embaixador do Irão na Rússia, Kazem Jalali, disse à agência de notícias Tasmin que "há quem afirme que o atacante é judeu", mas reiterou que "não pode confirmar" essa informação.

"As autoridades judiciais russas efectuaram as investigações necessárias e determinaram que a criança ferida era cidadã do Afeganistão", frisou.

🇬🇼 O Governo através do Ministério do Comércio e Indústria apresenta o balanço de meio percurso da Campanha de Comercialização Interna e Exportação da Castanha de Caju – 2025 e o preço dos produtos da primeira necessidade no mercado nacional.💬

Canábis é a droga mais consumida em África. Cocaína e opioides aumentam... O consumo de canábis é elevado na África Ocidental, Central e Austral e a presença da cocaína e de opioides, como o tramadol, está a aumentar no continente, segundo um relatório das Nações Unidas.

Por LUSA 

De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2025, publicado hoje pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), cerca de 10% da população africana entre os 15 e os 64 anos consumiu canábis em 2023, com especial incidência na África Ocidental, Central e Austral.

Por sua vez, segundo o documento, África representou 44% da quantidade total de erva e resina de canábis apreendida a nível mundial no último ano.

A prevalência de consumo de opioides atingiu 1,4% no continente, sendo o uso não médico de tramadol uma das principais preocupações, sobretudo no Norte de África e na África Ocidental e Central.

Entre 2019 e 2023, "57% dos opioides farmacêuticos apreendidos no mundo tiveram origem em África", em grande parte devido ao uso indevido de tramadol, frisou.

Relativamente ao consumo de cocaína, este está a aumentar de forma consistente em África, apesar dos dados disponíveis sobre tratamentos serem escassos, lamentou.

A África Ocidental, Central e Austral registam os maiores crescimentos do uso de cocaína.

Segundo o relatório, a "África do Sul, Angola, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Libéria, Marrocos, Moçambique, Níger, Senegal, Seicheles, Serra Leoa e Zâmbia têm observado um aumento nas admissões em tratamento por perturbações associadas ao uso de cocaína".

Paralelamente, África tornou-se um ponto estratégico no trânsito da cocaína sul-americana para a Europa, "com apreensões significativas perto da costa, sobretudo na África Ocidental".

A ONU alertou que os traficantes estão a tirar partido de uma vaga de produção recorde e a explorar novos mercados em África e na Ásia.

No relatório chama-se ainda a atenção para o aumento do consumo de novas substâncias psicoativas (NPS).

Enquanto o 'Khat' permanece comum na África Oriental, o uso de NPS sintéticas, como os canabinóides presentes no 'Kush', está a crescer rapidamente, em especial na África Ocidental e Central.

A combinação de drogas como 'Nyaope', 'Karkoubi' e 'Kush' representa uma ameaça crescente à saúde pública em países como a Guiné-Bissau, Serra Leoa e Libéria, sendo estas misturas muitas vezes compostas por substâncias perigosas como opioides sintéticos do grupo das nitazenas.

Segundo a agência da ONU, cerca de 1,33 milhões de pessoas consomem drogas por via injetável em África, das quais 204.000 (15,4%) viviam com HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) em 2023.

Por sua vez, a África Austral "tem a maior prevalência de VIH entre estes consumidores" (43,2%), enquanto a África Ocidental e Central regista a maior taxa de pessoas que injetam drogas (0,21%).

Outras tendências destacadas na investigação incluem a disparidade de género --- há uma mulher para cada nove homens a consumir canábis --- e a predominância de consumidores com menos de 35 anos entre os que procuram tratamento, sobretudo devido ao uso de canábis e opioides em África.

As apreensões de heroína aumentaram em 2023, com a heroína do Sudoeste Asiático a entrar na África Oriental e a circular pelas restantes sub-regiões rumo a outros mercados, como o europeu, mas também o próprio africano.

Também o tráfico de metanfetaminas está em expansão em África.

No entanto, apesar destes dados e do aumento das drogas e tráfico disponíveis em África, a cobertura de tratamento permanece ainda desigual.

Segundo as estimativas do UNODC, a cobertura do tratamento para perturbações relacionadas com o consumo de drogas em África ronda apenas os 3%.

De acordo com a ONU, estes serviços especializados são muitas vezes limitados às capitais ou grandes centros urbanos.

No relatório destaca-se igualmente o crescimento do uso não médico da pregabalina --- fármaco prescrito para epilepsia e transtornos de ansiedade ---, cuja utilização recreativa se disseminou em África, Europa e Médio Oriente.

Globalmente, 316 milhões de pessoas consumiram drogas ilícitas em 2023 (excluindo álcool e tabaco), o equivalente a 6% da população entre os 15 e os 64 anos. A canábis lidera com 244 milhões de utilizadores, seguida de opioides (61 milhões), anfetaminas (30,7 milhões), cocaína (25 milhões) e ecstasy (21 milhões).

Riqueza dos 1% permitiria erradicar pobreza nos próximos 22 anos... Um relatório divulgado hoje pela Oxfam Internacional concluiu que a riqueza acumulada desde 2015 por 1% dos mais ricos do mundo permitiria erradicar a pobreza nos próximos 22 anos.

Por LUSA 

No documento "Do lucro privado ao poder público: Financiar o desenvolvimento, não a oligarquia", a organização não governamental (ONG) denunciou que a riqueza dos 1% mais ricos aumentou 33,9 biliões de dólares (cerca de 29 biliões de euros) em termos reais desde 2015, quando foram acordados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

O montante seria o suficiente para acabar com a pobreza anual 22 vezes, denunciou a ONG, no relatório publicado no âmbito da preparação da Conferência Internacional sobre o Financiamento do Desenvolvimento, que se realiza na próxima semana em Sevilha, no sul de Espanha.

Esta nova análise revelou um "aumento astronómico" na riqueza privada entre 1995 e 2023, com um crescimento de 342 biliões de dólares (296,4 biliões de euros), oito vezes maior que o da riqueza pública.

O documento acusa os governos ricos de estarem a fazer os maiores cortes na ajuda ao desenvolvimento, "algo essencial para a sobrevivência", desde que os registos de ajuda começaram em 1960.

"A riqueza de apenas três mil multimilionários aumentou 6,5 biliões de dólares [5,63 biliões de euros] em termos reais desde 2015 e representa agora o equivalente a 14,6% do PIB mundial", afirmou a ONG.

A análise argumentou ainda que só os países do G7 (grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo), que representam cerca de três quartos de toda a ajuda oficial, estão a reduzi-la em 28% até 2026, em comparação com 2024.

Ao mesmo tempo, a crise da dívida "está a levar à falência os países pobres, que estão a pagar muito mais aos seus credores ricos do que podem gastar em salas de aula ou hospitais".

O relatório também examina o papel dos credores privados, que "representam mais de metade da dívida dos países de baixo e médio rendimento, exacerbando a crise da dívida com a sua recusa em negociar e as suas condições punitivas".

"Os países ricos colocaram Wall Street no comando do desenvolvimento global. Trata-se de uma tomada de controlo global das finanças privadas que ultrapassou as estratégias com base empírica, para combater a pobreza através do investimento público e de uma tributação justa", afirmou o diretor-geral da Oxfam, Amitabh Behar.

A Oxfam apelou aos governos para que subscrevam as propostas políticas "que propõem uma mudança radical, combatendo a desigualdade extrema e transformando o sistema de financiamento do desenvolvimento".

Estas propostas incluem o desenvolvimento de novas parcerias estratégicas contra a desigualdade, a rejeição do financiamento privado como uma "solução milagrosa" para o desenvolvimento, a tributação dos ultraricos e a reforma da arquitetura da dívida, bem como a revitalização da ajuda.

"É tempo de rejeitar o consenso de Wall Street e, em vez disso, dar o controlo aos cidadãos. Os governos devem atender às exigências generalizadas de tributar os ricos e acompanhá-las com uma visão de construção de bens públicos, desde os cuidados de saúde à energia", acrescentou Behar.

A investigação foi elaborada pela empresa de estudos de mercado Dynata, entre maio e junho, no Brasil, Canadá, França, Alemanha, Quénia, Itália, Índia, México, Filipinas, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Em conjunto, estes países representam cerca de metade da população mundial, segundo a Oxfam.

Irão não transferiu urânio enriquecido antes de ataques, dizem EUA

Por LUSA 

Os EUA refutaram na quarta-feira a hipótese de o Irão ter transferido urânio altamente enriquecido antes dos ataques norte-americanos, numa altura em que é questionado o impacto da operação militar no programa nuclear iraniano.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, criticou meios de comunicação norte-americanos, após a divulgação de um documento confidencial que levantava dúvidas sobre a eficácia dos bombardeamentos dos EUA realizados no domingo, em apoio a Israel, contra os locais estratégicos de Fordo, Natanz e Isfahan.

De acordo com Trump, os ataques no Irão provocaram a destruição total das instalações nucleares visadas.

O diretor da agência de informações norte-americana CIA, John Ratcliffe, também confirmou, em comunicado, que, de acordo com "informações credíveis", o programa nuclear de Teerão foi "gravemente danificado pelos recentes ataques direcionados".

"Isso inclui novas informações provenientes de uma fonte/método historicamente fiável e exato, segundo as quais várias infraestruturas nucleares importantes do Irão foram destruídas e a sua reconstrução deverá levar vários anos", acrescentou a agência de inteligência norte-americana.

Teerão disse, na quarta-feira, que as instalações nucleares foram "consideravelmente danificadas" pelos bombardeamentos israelitas e norte-americanos durante os 12 dias de guerra.

Mas peritos levantaram a possibilidade de o Irão se ter preparado para o ataque, retirando cerca de 400 quilogramas de urânio enriquecido a 60%, nível próximo ao limiar de 90% necessário para a conceção de uma bomba atómica.

"Posso dizer-vos que os Estados Unidos não tiveram qualquer indício de que urânio altamente enriquecido tenha sido removido antes dos ataques, como também vi ser erroneamente relatado", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, à emissora norte-americana Fox News.

"Quanto ao que existe no terreno neste momento, está enterrado sob quilómetros e quilómetros de escombros devido ao sucesso dos ataques", acrescentou.

A Agência Internacional de Energia Atómica, com a qual o parlamento iraniano pretende suspender a cooperação, "perdeu este material de vista a partir do momento em que as hostilidades começaram", afirmou o diretor-geral, Rafael Grossi, à televisão francesa.

"Não quero dar a impressão de que está perdido ou escondido", acrescentou.

De acordo com um documento classificado como secreto, divulgado na terça-feira pela estação norte-americana CNN, os ataques teriam atrasado o programa nuclear de Teerão em apenas alguns meses, sem destruí-lo completamente, ao contrário das repetidas afirmações de Donald Trump.

A divulgação da CNN deixou Trump furioso, tendo o líder anunciado para hoje uma conferência de imprensa com o secretário da Defesa, Pete Hegseth, às 08:00 (13:00 em Lisboa), para "lutar pela dignidade" dos "grandes pilotos norte-americanos".

Israel lançou a 13 de junho ataques massivos contra o Irão, acusado de querer equipar-se com armamento nuclear, algo que Teerão nega, defendendo o direito de desenvolver um programa nuclear civil.

O Irão respondeu à ofensiva israelita com disparos de mísseis.

Um frágil cessar-fogo, anunciado por Donald Trump, está em vigor desde terça-feira.

Ucrânia relata morte de 145 soldados russos na região de Donetsk... As forças ucranianas adiantaram hoje que infligiram "perdas pesadas" à Rússia em Pokrovsk, na região de Donetsk, neutralizando 216 soldados russos, incluindo 145 mortos.

© Getty Images   Lusa  26/06/2025

De acordo com o relatório das forças ucranianas, citado pela agência de notícias pública do país Ukrinform, Kyiv manteve hoje as suas posições e infligiu "pesadas perdas".

"Só no setor de Pokrovsk foram neutralizados 216 soldados russos, incluindo 145 mortos, 71 feridos (...) cinco drones, um terminal de comunicação por satélite, quatro antenas e nove pontos de controlo de drones foram destruídos", destacou.

"O inimigo realizou 54 ataques aéreos, lançando 80 bombas guiadas. Além disso, as forças russas lançaram 1.129 drones kamikazes e realizaram 4.126 ataques de bombardeamento contra posições ucranianas e áreas povoadas", pode ler-se no comunicado.

Em Pokrovsk, Donetsk, região do Donbass  decorreram os ataques mais intensos na linha da frente, detalhou a mesma fonte.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado, em ofensivas com drones (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

No plano diplomático, as conversações entre Moscovo e Kyiv estão num impasse, apesar da pressão dos Estados Unidos. A última reunião entre as duas partes realizou-se há quase três semanas e não está, por enquanto, prevista qualquer outra.

A Ucrânia pede aos aliados garantias sólidas de segurança, para evitar que Moscovo volte a atacar, ao passo que a Rússia quer uma "Ucrânia desmilitarizada" e que entregue os territórios que a Rússia afirma ter anexado, o que Kyiv considera inaceitável.


Congresso da Língua Portuguesa pede bibliotecas na Guiné-Bissau... O primeiro Congresso Internacional do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau terminou hoje com um apelo para a criação de bibliotecas no país africano, onde nem nas universidades existe esta oferta para estudo.

© Lusa

Nas conclusões do congresso, que juntou durante três dias em Bissau académicos e especialistas de vários países lusófonos, ressalta a constatação de que a Guiné-Bissau não tem uma única biblioteca pública.

"Os responsáveis máximos têm que pensar nisso", considerou Ibraima Djaló, diretor da Escola Superior de Educação- Unidade Tchico Té, a promotora e anfitriã do congresso.

Para este professor, não é possível "falar num país desenvolvido sem a base da educação e tem que ter bibliotecas".

A própria unidade Tchico Té, que ministra uma licenciatura e iniciará, em setembro em língua portuguesa, não tem biblioteca.

Naquele estabelecimento existe apenas o espaço do Instituto Camões, inaugurado há mais de 20 anos, para os estudantes aproveitarem.

"Mas e as outras especialidades? Não têm. É bom que seja encarado como um objetivo do país, se pensamos em desenvolvimento tem que se pensar naquilo que é base : a educação com materiais didáticos, bibliotecas em todas as escolas públicas", defendeu.

Segundo disse, os poucos espaços que existem com esta designação não são bibliotecas, são "uma sala com livros".

"Uma biblioteca pública faz falta no país", sublinhou, lançado o repto aos governantes para pensarem nisso.

Os três dias de congresso da língua portuguesa serviram para interação e debate académico e salientaram as lacunas no ensino.

De acordo com os dados que foram sendo divulgados, na Guiné-Bissau menos de 5% da população fala português, enquanto em outros países lusófonos a percentagem chegam aos 80% em Angola ou 48% em Moçambique.

Na Guiné-Bissau, segundo Ibraima Djaló, "falta a base fundamental, materiais didáticos, os alunos apreendem com o esforço dos professores e isso não é suficiente".

"É preciso material didático para todos os níveis de ensino. Como podemos desenvolver a língua portuguesa sem materiais", questionou.

A situação (instabilidade) política do país gera isso, faz com que o sistema educativo seja frágil, com atrasos no início das aulas ou paragens devido às greves, como observou.

Um passo em frente, como foi referido na sessão de encerramento do congresso, foi dado no ano letivo que está a terminar com a distribuição de manuais escolares aos alunos e de guias aos professores do ensino básico nas escolas públicas.

O congresso contou com o apoio, entre outros parceiros, do Instituto Camões, que apoia a licenciatura em língua portuguesa, a formação contínua de professores e o mestrado que arranca no próximo ano letivo e será o primeiro deste nível de ensino na Guiné-Bissau.

O diretor de serviços da língua do Instituto Camões, Rui Vaz, acompanhou o congresso e disse, à margem da sessão de encerramento, que continuará a apoiar no âmbito do próximo Plano Estratégico de Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau.

O plano para os próximo anos está a ser preparado e o Camões está a fazer, juntamente com as autoridades guineenses e um grupo de investigação, que foi contratado para esse efeito, um documento estratégico para a língua portuguesa na Guiné-Bissau.

Segundo disse, aguardam o resultado dessa análise com pistas para "fazer mais e melhor" no próximo ciclo de projetos.

Os promotores do primeiro Congresso Internacional de Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau encerraram os trabalhos com a perspetiva de que para o ano haverá "certamente o segundo congresso".


AIEA afirma que cooperação de Teerão no nuclear é obrigatória... A cooperação do Irão com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre o seu programa nuclear mantém-se "uma obrigação", sublinhou hoje o diretor-geral desta agência da ONU, após o parlamento iraniano votar a suspensão dos contactos.

© Reuters  Por  LUSA

"A cooperação do Irão connosco não é um favor, é uma obrigação legal, desde que o Irão continue a ser signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)", disse Rafael Grossi à France 2.

Continua por determinar a localização ou possível destruição, na sequência dos ataques norte-americanos e israelitas a instalações nucleares iranianas na última semana, de cerca de 400 kg de urânio altamente enriquecido.

"A agência, a AIEA, perdeu a visibilidade deste material desde o início das hostilidades", admitiu Grossi.  

"Não gostaria de dar a impressão de que está perdido ou escondido", acrescentou Grossi, reiterando interesse em retomar as atividades no Irão "o mais rapidamente possível".

Questionado sobre as declarações de Donald Trump de que o programa nuclear iraniano tinha sido atrasado várias "décadas" pelos ataques norte-americanos, Grossi disse não ter "muita fé nesta abordagem cronológica das armas de destruição maciça".

"Imagino que seja uma avaliação política", sublinhou.

Grossi reuniu-se hoje com o Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, enquanto o parlamento iraniano votava a suspensão da cooperação com a AIEA, após 12 dias de guerra marcados por ataques a instalações nucleares iranianas.

Para entrar em vigor, a decisão necessita ainda da aprovação do Conselho de Curadores, um órgão da República Islâmica com poderes para rever a legislação.

A AIEA adotou uma resolução no início de junho condenando a falta de cooperação de Teerão com a agência em relação às suas atividades nucleares.

Alegando o risco de Teerão desenvolver armas nucleares, Israel lançou em meados de junho bombardeamentos contra território iraniano.  

O conflito assumiu uma nova dimensão com os bombardeamentos pelos Estados Unidos de várias instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordow.  

Fordow, que tem com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizado a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão.  

O Irão retaliou o ataque norte-americano atacando a base de Al-Udeid, no Qatar, uma das principais instalações militares norte-americanas no Médio Oriente.  

O diretor-geral da AIEA disse no domingo no Conselho de Segurança da ONU que "ninguém, nem mesmo a AIEA, está em condições de confirmar os danos subterrâneos" na central de Fordow.  

Esta reunião foi convocada, a pedido do Irão, horas depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter confirmado que bombardeiros norte-americanos tinham atacado com bombas anti-bunker as principais centrais nucleares do Irão, incluindo as instalações subterrâneas de Fordow.   

Grossi disse que são agora visíveis "fissuras" na central de Fordow, confirmando a utilização das bombas anti-bunker pelos Estados Unidos, mas insistiu que é impossível avaliar os danos na central.  

O diretor-geral da AIEA confirmou igualmente que, na central de Isfahan, "parece que o acesso aos túneis utilizados para o armazenamento de material enriquecido" e alguns edifícios relacionados foram atingidos e que a central de enriquecimento de combustível em Natanz também foi atingida, mas não deu mais pormenores.

Israel reconheceu hoje que "ainda é muito cedo" para avaliar os danos nas instalações nucleares iranianas, após a divulgação de um documento confidencial que lançou dúvidas sobre a eficácia dos ataques norte-americanos no passado fim de semana a três instalações nucleares do Irão.

Donald Trump, por sua vez, insistiu na destruição "total" dos locais e afirmou que o programa iraniano tinha sido atrasado várias "décadas" pelos ataques norte-americanos.


Trump achou "agradável" 50 minutos com Zelensky. E depois fez uma revelação preocupante sobre Putin

Por   cnnportugal.iol.pt
Houve um encontro entre o presidente da Ucrânia e o dos EUA. E saíram novidades dele - como uma sobre drones
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou esta quarta-feira que discutiu com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, uma eventual produção conjunta de drones. O tema foi falado entre ambos durante uma reunião paralela à cimeira da NATO, realizada em Haia.

“Discutimos o potencial de coprodução de drones. Podemos fortalecer-nos mutuamente”, escreveu Zelensky na rede social X, sublinhando a relevância de uma colaboração tecnológica que poderá beneficiar ambos os países em termos estratégicos e militares.
A reunião entre os dois líderes, que durou cerca de 50 minutos, foi descrita por ambos como “substantiva” e “muito positiva”.Além da questão tecnológica, Zelensky e Trump abordaram formas de alcançar um cessar-fogo e construir uma paz duradoura na Ucrânia, após mais de dois anos de guerra com a Rússia.

Durante a conferência de imprensa que se seguiu, Trump salientou: “Tivemos momentos difíceis, por vezes, mas ele [Zelensky] não podia ter sido mais agradável”. A frase surge como tentativa de mitigar as tensões anteriores entre os dois, nomeadamente após o confronto público ocorrido em fevereiro na Casa Branca.

Foto disponibilizadas pelo Serviço de Imprensa Presidencial da Ucrânia mostram o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald J. Trump, numa reunião à margem da cimeira da NATO em Haia, Países Baixos, esta quarta-feira. EPA/Lusa
Este encontro representa o primeiro diálogo formal entre os presidentes desde abril, altura em que ambos trocaram algumas palavras em Roma, durante as cerimónias fúnebres do Papa Francisco. Uma outra tentativa de reunião, na semana passada, durante a cimeira do G7 no Canadá, acabou por falhar devido à saída antecipada de Trump, alimentando dúvidas sobre a solidez do diálogo bilateral.

Revelação sobre Putin
Já na sua intervenção final na cimeira da NATO, Donald Trump reiterou a sua ambição de ver o conflito terminado: “Esperemos que isso se resolva. Nunca deveria ter acontecido, nunca teria acontecido se eu fosse presidente. Já disse isso milhares de vezes”.

Trump revelou ainda que pediu a Vladimir Putin, num telefonema recente, que “ajudasse a chegar a um acordo” para pôr fim à guerra. No entanto, alertou que o presidente russo poderá ter “ambições territoriais além da Ucrânia”, deixando no ar a possibilidade de uma ameaça mais ampla no continente europeu.

O presidente norte-americano aproveitou ainda a conferência, onde dezenas de jornalistas de todo o mundo o ouviam e interpelavam com questões, para criticar a gestão de recursos dentro da NATO, insistindo que o aumento das despesas militares da Aliança deve ser aplicado em “equipamento militar muito sério, não em burocracia”, e sublinhando que prefere que esse equipamento seja “fabricado na América porque temos o melhor equipamento do mundo”.