sábado, 29 de novembro de 2025

𝗘𝗦𝗖𝗟𝗨𝗦𝗜𝗩𝗢 𝗖𝗢𝗠 𝗢 𝗝𝗢Ã𝗢 𝗕𝗘𝗥𝗡𝗔𝗥𝗗𝗢 𝗩𝗜𝗘𝗜𝗥𝗔 ‼️... "Ou deixarmos a Guiné-Bissau na situação em que se encontra ou assumirmos o compromisso de trabalhar para restauração de ordem" justifica o candidato.

O político que sempre alertou os militares durante a campanha eleitoral a manterem equidistantes dos assuntos políticos, aceitou hoje integrar o executivo oriundo de um suposto golpe de Estado dado por militares.

@Rádio Jovem Bissau

Declaração do Primeiro-Ministro de Transição, Ilídio Vieira Té, após a posse dos novos membros do Governo

 @Radio TV Bantaba

Governo de transição da Guiné-Bissau nomeado hoje e integra 6 militares

O Governo de transição da Guiné-Bissau nomeado hoje integra seis militares titulares das pastas relacionadas com a Defesa, Ordem Pública e Saúde, segundo o decreto presidencial, a que a Lusa teve acesso.

Por decisão do Presidente da República de Transição, o general Horta Inta-A, entram para o Governo Mamasaliu Embalo, como ministro do Interior e Ordem Interna, Steve Lassana Mansaly, ministro da Defesa Nacional, Quinhin Nantote, ministro da Saúde, Salvador Soares, secretário de Estado da Ordem Pública e Carlos Mandungal, secretário de Estado dos Combatentes.

O novo ministro do Interior, Mamasaliu Embalo, era até aqui comandante do batalhão dos Comandos, Lassana Mansaly inspetor-geral do Ministério da Defesa, Quinhin Nantote, diretor da medicina militar.

Salvador Soares era até agora comissário nacional da Polícia de Ordem Pública (POP) e Carlos Mandungal é o antigo comandante da Marinha de Guerra guineense.

Do novo executivo fazem também parte nomes do Governo deposto pelos militares, nomeadamente Carlos Pinto Pereira  que deixa os Negócios Estrangeiros e passa para a Justiça e Direitos Humanos, e José Carlos Esteves, que continua na pasta das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo.

 Fatumata Jaú também se mantém no Governo com o pelouro da secretaria de Estado da Cooperação Internacional, assim como os secretários do ministério das Finanças, Mamadu Baldé, continua no Tesouro e Elísio Gomes Sá, no Orçamento e Assuntos Fiscais.

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros é o advogado e candidato às últimas eleições presidenciais, João Bernardo Vieira, das fileiras do PAIGC que avançou para a corrida eleitoral como independente com críticas ao partido que decidiu apoiar outro candidato, Fernando Dias.

O Governo de transição hoje nomeado e empossado tem um total de 23 ministros e cinco secretários de Estado.

O ministro da Presidência de Conselho de Ministros e dos assuntos parlamentares é Usna António Quadé, um economista que já integrou um governo guineense como secretário de Estado do Tesouro.

O novo ministro dos Recursos Naturais é Celedonio Vieira, que presidia à estatal dos petróleos guineenses, a Petroguin, e Florentino Mendes Pereira, antigo secretário-geral do Partido de Renovação Social (PRS), vai liderar a pasta dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital.

Seis mulheres integram o governo, sendo que a ministra do Desporto, Juventude e Cultura, Juelma Cubala, é a esposa do antigo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

As outras mulheres do governo são: Khady Florence Dabo Correia, ministra da Mulher e Solidariedade Social, Catarina Raquel Mendonça Taborda, ministra de Turismo e Artesanato, Assucénia Nesbi Emilia Seide Donate de Barros, ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Virgínia Maria da Cruz Godinho Pires Correia, ministra das Pescas e Economia Marítima e Fatumata Jaú, secretária de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades.

Mamadú Badji é o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, já foi ministro da Agricultura e diretor do grupo Malaika, cujo proprietário é o ex-primeiro-ministro, agora deposto, Braima Camará.

A ativista e antiga secretária de Estado do Turismo e Artesanato Catarina Raquel Mendonça Taborda é a ministra de Turismo e Artesanato e  com a pasta da comunicação social fica Abduramane Turé, jornalista e atual diretor da Radio África FM, cujo proprietário é Umaro Sissoco Embaló, o Presidente deposto.

Fazem ainda parte do Governo de transição Mamadú Mudjetaba Djaló, ministro da Economia Plano e Integração Regional, Amadu Uri Guissé, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e Augusto Idrissa Embalo, ministro do Ambiente e Ação Climática.

 O novo MNE e outros cinco elementos do novo Governo são dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), mas que se incompatibilizaram com o líder, Domingos Simões Pereira, nomeadamente Carlos Nelson Sano, ministro da Administração Territorial e do Poder Local, José Carlos Esteves, ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, Mário Muzante da Silva Loureiro, ministro da Energia, Jaimentino Có Ministro de Comércio e Indústria e Carlos Pinto Pereira, ministro da Justiça e Direitos Humanos.

O novo Governo guineense foi nomeado pelo Presidente da República de Transição, o general Horta Inta-A, empossado pelos militares que tomaram o poder a 26 de novembro, na Guiné-Bissau.

Os militares destituíram o Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, que deixou o país, e suspenderam a divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

O general Horta Inta-A anunciou que o período de transição terá a duração máxima de um ano e nomeou como primeiro-ministro e ministro das Finanças Ilídio Vieira Té, antigo ministro de Embaló.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem participação do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Dias tinha reclamado vitória na primeira volta sobre o Presidente Embaló, candidato a um segundo mandato. A divulgação dos resultados oficiais das eleições estava agendada para quinta-feira, 27 de novembro.

Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.




Leia Também: PAIGC exige restituição da sede nacional após "ocupação forçada"

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exigiu hoje a restituição da sede nacional, em Bissau, após a sua ocupação por indivíduos "fortemente armados".


Comunicado à imprensa do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento

 


Estamos a envelhecer mais depressa: há idades em que ocorrem "mudanças realmente drásticas"

Por sicnoticias.pt

Uma das formas de medir a rapidez com que alguém está a envelhecer é medindo a sua idade biológica. Com estes testes é possível perceber que o número de anos que os parâmetros biológicos indicam nem sempre correspondem à idade cronológica. Estudos indicam que há alturas da vida em que o processo de envelhecimento acelera, ou seja, existem fases em que tendencialmente se verificam mudanças significativas.

O ser humano está a envelhecer mais depressa. O tema tem sido alvo de vários estudos ao longo dos últimos anos, com os cientistas a perceber uma tendência preocupante no envelhecimento biológico: as pessoas estão a ficar mais velhas mais rápido. 

De acordo com um artigo publicado na revista New Scientist, quem nasceu na década de 60 está a envelhecer mais rápido do que os que nasceram 10 anos antes e isso acaba por ter influência na resistência do sistema imunológico. Doenças que antes eram consideradas apenas de pessoas mais velhas estão a tornar-se cada vez mais comuns em pessoas mais jovens. 

"Os casos de cancro estão a aumentar em populações mais jovens, pessoas com menos de 40 anos têm mais ataques cardíacos e mais diabetes", afirma Paulina Correa-Burrows, epidemiologista social da Universidade do Chile à New Scientist. E porquê? "Porque estamos a envelhecer mais rápido."

E como acompanhar o processo?

Uma das formas de medir a rapidez com que alguém está a envelhecer é medindo a sua idade biológica. O processo deve ser feito mais do que uma vez - em espaços de tempo de meses ou anos. Com estes testes é possível perceber que o número de anos que alguém viveu, ou seja, a idade cronológica, nem sempre é um bom indicador do processo de envelhecimento, até porque esse número pode estar longe da realidade. 

Os testes mais fidedignos, segundo disse Antonello Lorenzini à revista científica, serão os relógios epigenéticos que analisam as modificações no ADN. São biomarcadores estatísticos que utilizam padrões epigenéticos - alterações que modificam a expressão génica sem alterar a sequência de ADN - para prever sinais de envelhecimento e estimar a sua idade biológica. 

Em algumas pessoas os resultados entre a idade cronológica e a biológica podem fazer uma boa correspondência, mesmo assim, há casos de pessoas em que os resultados mostram, por exemplo, uma diferença de dez anos.

No entanto, é preciso considerar que estes resultados não são definitivos porque ao contrário da idade cronológica, sempre fixa porque são os anos em que uma pessoa viveu, a biológica pode ter oscilações ao longo do tempo. Daí a necessidade de fazer mais do que uma medição ao longo do tempo.

Os picos dos 40 e dos 60

Segundo um estudo publicado na revista Science Alert, não mudamos "apenas gradualmente ao longo do tempo", mas há "algumas mudanças realmente drásticas" que acontecem por volta dos 44 e dos 60 anos. 

O estudo acompanhou 108 adultos que ao longo de alguns anos foram doando amostras biológicas. A investigação permitiu perceber que no caso de algumas doenças, como o Alzheimer ou problemas cardiovasculares, o risco não aumenta apenas gradualmente, mas em certas idades há uma aceleração acentuada. 

Os investigadores concluíram que aproximadamente 80% de todas as moléculas estudadas demonstraram alterações em duas fases distintas: aos 44 e novamente aos 60. 

No primeiro caso, o estudo mostra alterações em moléculas relacionadas com o metabolismo de lípidos, cafeína e álcool, bem como disfunções na pele e nos músculos. Nas mulheres, acontece porque começam a passar pela menopausa (apesar dos investigadores descartaram esse como um fator primordial). 

"Isso sugere que, embora a menopausa ou a perimenopausa possam contribuir para as mudanças observadas em mulheres na faixa dos 40 anos, provavelmente existem outros fatores mais significativos que influenciam essas mudanças tanto em homens quanto em mulheres", explicou um dos autor do estudo, Xiaotao Shen, à revista.

Guiné-Bissau. PAIGC denuncia invasão armada à sua sede nacional... O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou este sábado que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.

Por  Rtp.pt/   29 Novembro 2025

Segundo "relatos internos" recolhidos pelo partido, esta situação "está a ocorrer neste momento na sua sede nacional" e "representa uma séria ameaça à integridade física dos membros do partido", bem como um "atentado à estabilidade, à democracia e ao Estado de Direito na Guiné-Bissau", avançou em comunicado o secretariado da Plataforma dos Presidentes das Comissões Políticas na Diáspora Europa, América do PAIGC.

Numa mensagem enviada à Lusa, o porta-voz do PAIGC, Muniro Conte, adiantou que Polícias de Intervenção Rápida (PIR) assaltaram a sede do partido, expulsando todos os que lá se encontravam. Segundo o responsável, o objetivo é "introduzir armas [no local] para depois acusarem o partido".

Na nota enviada à comunicação social, o PAIGC condenou "de forma veemente qualquer ato de violência política" e apelou às autoridades nacionais "para que atuem imediatamente no sentido de garantir a segurança de todos os cidadãos presentes na sede do partido" e para "esclarecer a situação do seu líder", Domingos Simões Pereira, que está detido desde 22 de novembro.

O partido apelou ainda à comunidade internacional "para que acompanhe de perto estes acontecimentos e apoie todos os esforços que visem preservar a legalidade democrática" e à população para que "mantenha a serenidade, rejeitando qualquer forma de provocação ou escalada de violência".

"O PAIGC reafirma o seu compromisso inabalável com a paz, a democracia e o diálogo, e espera que os responsáveis por estes factos sejam identificados e responsabilizados", refere a mesma nota.

Um grupo de militares anunciou na quarta-feira ter tomado o poder na Guiné-Bissau e ter destituído o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que viajou entretanto para o Senegal.

A junta militar nomeou general Horta Inta-A como presidente de transição pelo período de um ano e suspendeu do processo eleitoral na véspera da divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a participação do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da corrida eleitoral e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido após o anúncio da junta militar.

A oposição, que reclamou vitória nas eleições presidenciais, denuncia a intervenção militar como uma manobra orquestrada pelo Presidente cessante para travar a divulgação dos resultados eleitorais.

A União Africana (UA) anunciou hoje que suspendeu "de forma imediata" a Guiné-Bissau até que a ordem constitucional seja restabelecida.

Burkina Faso regista crescimento económico de 20% entre 2022 e 2024 "Quem quer governar um povo deve ouvir as suas preocupações afirmou Ibrahim Traoré".🇧🇫✅

Por Digital Mídia Global TV

A economia de Burkina Faso registou um crescimento nominal de cerca de 20% entre 2022 e 2024, período que coincide com a chegada de Ibrahim Traoré ao poder. O avanço económico é atribuído, sobretudo, à recuperação gradual das atividades produtivas após anos de instabilidade no país.

O capitão Ibrahim Traoré tem defendido que a sua liderança visa responder às necessidades da população. “Quem quer governar um povo deve ouvir as suas preocupações. Estou aqui para dar ao povo aquilo que deseja”, afirmou, ao justificar as medidas adotadas desde o golpe de Estado.

Bissau, 29 de novembro de 2025

Por DMG TV Digital Mídia Global TV

Guiné-Bissau: Umaro Sissoco Embaló É Novamente Retirado de Dakar em Operação Discreta e Segue para Brazzaville.🇬🇼🚨

Por Com Confidentiel Afrique / DMG TV Digital Mídia Global TV   Bissau, 29 de novembro de 2025

O antigo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi novamente retirado de Dakar, Senegal, e transportado para Brazzaville, capital da República do Congo, numa operação confidencial mediada pelos presidentes Denis Sassou N’Guesso e Alassane Ouattara, apurou o Confidencial Afrique.

Operação ocorreu após alegada “simulação” de golpe

Fontes citadas pelo jornal revelam que Embaló chegou a Dakar na semana passada, depois de uma alegada “simulação” de tentativa de golpe de Estado, supostamente organizada com o envolvimento de alguns oficiais militares próximos — entre eles o general Horta N’Tam, figura em ascensão no atual cenário político-militar em Bissau.

A deslocação do ex-Chefe de Estado ocorreu na véspera da aguardada divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Pedido urgente para abandonar Dakar

As mesmas fontes indicam que foi o próprio Embaló quem insistiu na necessidade de deixar Dakar com carácter de urgência, após uma noite descrita como “particularmente agitada”.

A tensão aumentou depois de declarações do primeiro-ministro senegalês, Ousmane Sonko, que, durante uma sessão parlamentar nesta sexta-feira, classificou a situação política na Guiné-Bissau como resultado de “manobras subterrâneas”.

Segundo pessoas próximas do processo, o tom firme de Sonko não agradou a Embaló, que se mostrou visivelmente incomodado.

Pressão política e diplomática em território senegalês

Ainda de acordo com fontes citadas, a presença de Embaló no Senegal estava a gerar forte pressão política e diplomática. Sentindo-se desconfortável, o ex-Presidente contactou o seu aliado, o líder congolês Denis Sassou N’Guesso, pedindo apoio para deixar o país.

Antes da partida, Embaló terá telefonado ao Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, para informá-lo da saída e agradecer o acolhimento durante a estadia em Dakar.

Um voo privado foi disponibilizado para transportar o antigo Chefe de Estado até Brazzaville, onde deverá permanecer temporariamente. Embaló viajou acompanhado por um colaborador de confiança, identificado apenas como Sissoko.

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Papa Leão XIV entrou mas não rezou na Mesquita Azul de Istambul... O Papa Leão XIV entrou hoje numa mesquita pela primeira vez no seu pontificado, a de Sultan Ahmed, conhecida como a Mesquita Azul de Istambul, na Turquia, mas não parou para rezar como fizeram os seus antecessores.

Por LUSA 

Omuezim da mesquita, Askin Musa Tunca, que acompanhou Leão XIV neste terceiro dia de visita à Turquia, explicou à imprensa que inicialmente lhe disseram que o Papa iria rezar ali, mas quando lhe perguntou se queria ter um "momento de louvor", o pontífice respondeu que "não, que só queria visitá-la".

O Papa norte-americano e peruano foi acompanhado por Ali Erbas, presidente da Direção de Assuntos Religiosos (Diyanet), tornando-se assim o quarto Papa a entrar numa mesquita e o terceiro a visitar a de Sultan Ahmed, onde também estiveram Bento XVI e Francisco.

Esperava-se um momento de recolhimento silencioso olhando para Meca, como fizeram tanto Bento XVI como Francisco, mas Leão XIV decidiu não o fazer, apesar do convite.

"Foi-lhe explicado que esta era a casa de Alá e que poderia ter um momento de louvor", mas ele respondeu "que estava bem assim" e circulou pela mesquita durante 20 minutos enquanto ouvia as explicações do muezim, que guia a oração.

Como manda a cultura islâmica, Leão XIV teve que tirar os sapatos para entrar e, depois, admirou as cores das abóbadas do Sultão Ahmed.

João Paulo II foi o primeiro pontífice a entrar numa mesquita, quando visitou Damasco em 2001, num momento histórico já que nenhum outro havia visitado este lugar. Ele próprio visitou em 2000 a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, mas não entrou em nenhuma.

A Mesquita Azul está situada na praça de Sultanahmet e foi construída no início do século XVII. O seu nome deriva dos mosaicos de azulejos azuis de Iznik que se encontram no seu pátio interior.

A sua construção gerou grande controvérsia no mundo muçulmano, pois os seus seis minaretes eram considerados um atentado sacrílego por rivalizarem com Meca.

Em resposta, Meca foi adicionar mais um minarete à sua mesquita para assim impor a sua superioridade como local de nascimento do profeta Maomé e de peregrinação dos muçulmanos.

A Mesquita Azul, situada em frente à Hagia Sophia (Santa Sofia), foi construída por Sinan Ibn Abdulmennan, ou Mimar Sinan (em turco, "Arquiteto Sinan"), que era o chefe dos arquitetos imperiais e cujas ideias revolucionaram a conceção estética do Islão.

Na sua viagem em 2006, Bento XVI rezou nesta mesquita em frente ao mihrab, o nicho na parede que indica a direção de Meca, e o então porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, teve de especificar que se tratava de um momento de "recolhimento". Este gesto marcou um marco nas relações com o Islão e serviu para apagar a polémica surgida após o discurso do papa alemão em Ratisbona.

Em 2014, o papa Francisco também teve um momento de "adoração silenciosa" no mesmo local que o seu antecessor.

União Africana suspende "de imediato" Guiné-Bissau devido a golpe militar

Por LUSA 

A União Africana (UA) suspendeu "de forma imediata" a Guiné-Bissau devido ao golpe militar de quarta-feira, que derrubou o presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, até que a ordem constitucional seja restabelecida.

Num comunicado emitido esta madrugada após uma sessão extraordinária do Conselho de Paz e Segurança, a UA confirmou a decisão de "suspender imediatamente a República da Guiné-Bissau de participar em todas as atividades da União, dos seus órgãos e instituições, até que a ordem constitucional seja restabelecida no país".

O Conselho, em linha com a política de "tolerância zero" da UA em relação a "mudanças inconstitucionais de governo", classificou a revolta como "um grave atentado contra a ordem democrática e constitucional" e "as perspetivas essenciais de estabilidade" expressas pelos cidadãos nas eleições gerais do domingo passado.

A resolução do Conselho insta ainda a junta militar do país da África Ocidental a "respeitar a lei e a vontade do povo", permitir que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) proclame os resultados das eleições - marcadas pela ausência dos principais opositores - e abster-se de "qualquer interferência adicional" nos processos políticos do país.

Caso contrário, advertiu, o Conselho imporá sanções específicas contra todos os atores envolvidos no golpe de Estado.

O órgão solicitou também a libertação "imediata e incondicional" de todos os funcionários eleitorais detidos, bem como das figuras políticas e participantes nas eleições, além de sublinhar a necessidade de garantir a sua "segurança e dignidade", embora o Senegal tenha confirmado que fretou um avião para evacuar o derrubado Embaló, que chegou "são e salvo" ao seu território.


Leia Também: Guiné-Bissau: Antigos Presidentes moçambicanos apelam a diálogo para paz

Os antigos Presidentes moçambicanos Joaquim Chissano e Armando Guebuza apelaram hoje ao diálogo para repor a calma e a tranquilidade na Guiné-Bissau, depois da tomada do poder por militares, defendendo o contributo de África e do mundo no processo. 


 


Detetados progressos na qualidade do ar na última década na Europa

Por LUSA 

A Europa registou progressos significativos na redução das concentrações de poluentes atmosféricos na última década (2014-2024), segundo um relatório divulgado na sexta-feira pelo Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus (CAMS, na sigla em inglês).

O documento aponta que o esforço coletivo para regular e limitar as emissões antropogénicas por parte dos políticos, da indústria e dos cidadãos está a produzir resultados mensuráveis.

Recorrendo à reanálise da qualidade do ar do CAMS, os autores do texto salientam que se podem observar melhorias na evolução das concentrações superficiais de poluentes atmosféricos regulamentados, noticiou a agência Efe.

De acordo com isto, foram identificadas melhorias significativas na maioria das regiões europeias, embora se observe que ainda há trabalho a ser feito em algumas áreas.

A informação utilizada baseia-se em análises regionais da qualidade do ar do CAMS, que combinam modelos atmosféricos com observações da qualidade do ar utilizando técnicas de assimilação de dados.

No seu relatório "Europa do Ambiente 2025", a Agência Europeia do Ambiente destacou que todos os poluentes atmosféricos com emissões regulamentadas apresentaram tendências claras decrescentes desde 2005.

As maiores reduções de emissões foram registadas no dióxido de enxofre (SO2) (85%), seguido pelos óxidos de azoto (NOx) (53%), compostos orgânicos voláteis não metânicos (COVNM) (35%), PM2,5 (38%) e amoníaco (NH3) (17%).

As partículas finas estão entre os poluentes mais nocivos para a saúde humana e para o ambiente, uma vez que o seu tamanho reduzido permite que seja inalado profundamente nos pulmões e entre na corrente sanguínea.

O relatório indica que as principais fontes antropogénicas são a queima de combustíveis fósseis no trânsito e no setor energético, e observa ainda que os incêndios florestais e o transporte de poeiras são algumas das fontes naturais.

O relatório destaca ainda que o dióxido de azoto é produzido principalmente pela combustão de combustíveis fósseis e tem vários impactos respiratórios, além de contribuir para a formação de ozono troposférico e para a poluição por partículas finas.

As estratégias de controlo de emissões implementadas na Europa levaram à redução das concentrações de poluentes atmosféricos.

Entre as conclusões do relatório, está o facto de o ozono continuar a ser o poluente mais problemático, e alerta que as estratégias de mitigação não são triviais e exigem esforços desde o nível local até ao internacional.

Última hora: Sonko envergonhado pela sua estú... posição sobre a Guiné-Bissau... Um primeiro-ministro que confunde a sua função com a de um político partidário.